30 de junho de 2004

Cascais volta a ter um clube de Jazz

Pois é, depois do encerramento do Luisiana, aberto por Villas-Boas em 1965, Cascais vai voltar a ter novamente um clube de jazz.

O Blueswing tem abertura prevista para o corrente mês e «Jazz no País do Improviso!» sabe que o mentor deste projecto é o trompetista Laurent Filipe.

Assim que soubermos mais detalhes aqui daremos nota deles em primeira mão.

Agora só falta um museu do jazz... e Cascais é porventura o Concelho com maior legitimidade para acolher um tal projecto. A ver vamos.

Vamos democratizar Mark Shim

p23431ha6lq.jpg

O «Jazz No País do Improviso!» gosta tanto de Mark Shim que conseguiu mais 5 bilhetes duplos para oferecer aos seus leitores e proporcionar-lhes uma noite de swing com o trio do saxofonista Mark Shim, já no próximo dia 3 de Julho, pelas 19h00.

Os 5 primeiros leitores a deixarem nos comentários deste post uma frase sobre o Estoril Jazz, que este ano celebra 15 anos, ganham imediatamente um bilhete duplo que assegura a entrada no fantástico Parque Palmela, em Cascais. Devem deixar igualmente um e-mail para contacto.

NOTA: as participações recebidas por e-mail não contam.

fundo_jazz_hcp.jpg


Sobre Mark Shim

Cabe ao jovem Mark Shim a difícil tarefa de homenagear no Estoril Jazz uma das lendas do saxofone tenor, o genial Joe Henderson, músico que em 1993 participou neste mesmo Festival, com Al Foster e Dave Holland.

Este desafio partiu de um projecto idealizado pelo produtor Duarte Mendonça e foi prontamente aceite por Shim. Para tal, o músico montou uma secção rítmica composta pelo contrabaixista Mark Helias, um músico versátil que colaborou, entre outros, com Ray Anderson, Gerry Hemingway, Anthony Braxton e Cecil Taylor, e pelo baterista Jonathan Blakey.

Nascido em 1973, em Kingston, na Jamaica, Mark Shim cedo emigrou com a família para o Canadá e, posteriormente, para os EUA, país em que iniciou os estudos do saxofone, inspirado pela audição dos discos do lendário Charlie Parker, cujos solos transcreveu como método de aprendizagem da técnica da improvisação.

Muito embora tenha frequentado várias escolas de música, foi nas múltiplas jam-sessions em que participou a partir de 1994, em Nova Iorque, que Mark Shim mais aprendeu e se lançou para as primeiras gravações, inicialmente com Hamiet Bluiett. A partir daí o saxofonista viu-se integrado na big band de David Murray, na Mingus Dynasty Band, no trio de Betty Carter e no combo de Terence Blanchard.

Shim, que tem como referências Sonny Rollins, Eddie Lockjaw Davis e, claro, Joe Henderson, iniciou-se discograficamente como líder na prestigiada editora Blue Note, com Mind Over Matter, em 1998. Mais recentemente lançou Turbulent Flow (2000

29 de junho de 2004

João Moreira e Filipe Melo não dão hipótese!

Refiro-me ao mini concerto que estes dois jazzmen portugueses deram ontem na FNAC do Cascais Shopping, no âmbito das comemorações dos 30 anos de produção de jazz por Duarte Mendonça.

A empatia entre ambos é notável e João Moreira está no trompete como poucos em Portugal, se é que mais algum. Filipe Melo revelou-se um exímio companheiro na exposição dos temas, no acompanhamento dos improvisos do trompete e nos momentos a solo, brilhando à medida que ia aquecendo.

O último tema da noite foi, por isso mesmo, o auge do que se foi construindo musicalmente nos temas prévios, impregnando a FNAC de um swing e de uma musicalidade que raramente por lá terão pairado!

Anedotas de Jazz sobre flautistas (7)

FLUTE

How many classical flutists does it take to change a light bulb?
Only one, but she'll pay $5,000 for a gold-plated ladder.

How do you get 5 flutes in tune?
Shoot 4 of them.

Definition of a flute: a sophisticated pea shooter with a range up to 500 yards, blown traversely to confuse the enemy.

How many flute players does it take to change a light bulb?
Only one, but he'll spend 15 minutes screwing it in and out until he gets it just right.

What is the definition of a minor second?
Two flutes playing in unison.

How many flute players does it take to change a light bulb?
Only one, but she needs a sterling silver screwdriver with a gold-plated engraved handle.

What do you get when you mix a flute player and a fifth of scotch?
A pie-eyed piper.

How many concert band flute players does it take to change a light bulb?
None. They ask their boyfriends to do it for them.

How many flute players does it take to change a light bulb?
Only one, but he'll break 10 bulbs before he realizes they can't be pushed in.

What key is the alto flute pitched in?
G------I really don't care, either!!

Two musicians are walking down the street. One asks the other, "who was that piccolo I saw you with last night?"
The other replies, "that was no piccolo, that was my fife!"

What's the difference between a flutist and a seamstress?
A seamstress tucks up frills and a flutist f---s up trills.

How do you tune two piccolos?
You shoot them both.

What do you call a good flute section?
Impossible.

How do you define perfect pitch on a piccolo?
When you toss it in the toilet and it doesn't hit the rim

I was once a piccolo player in an orchestra that travelled around
Europe. First we went to England and played for the Queen. She said
"Simply marvelous!! Fill their instruments with gold!" So they filled
the tuba with gold and the trombone with gold and damnit.....I play
piccolo. So then we played for the King of France and he declared
"Formidable!! Fill their instruments with silver!!" So they filled the
tuba with silver and the trombone with silver and damnit.....I play
piccolo. Finally we played for the Czar of Russia. He interrupted
right in the middle and shouted "They are TERRIBLE!! Shove their
instruments up their behinds!!!" And the tuba wouldn't fit, and the
trombone wouldn't fit.......and damnit.....I play piccolo.....

How can you tell if a plane is full of flute players?
When the engines stop, the whining continues.

28 de junho de 2004

cherne.jpg

fonte

Cristiano Ronaldo casa...

188700_MEDIUMSQUARE.jpg

... bem com a música de Monk.

É que se Cristiano Ronaldo fosse um jazzmen seria certamente um Thelonious Monk.

Digo isto pela forma como finta, pelos arranques e paradas sincopados. Pela forma repicada como joga. Pela forma como improvisa em campo.

Jazz no Mezzo

p40039ydspw.jpg

... e o destaque vai para Trilok Gurtu, músico que tocou e gravou com Jan Garbarek e se desloca brevemente a Lisboa com John McLaughlin (15 de Julho, Coliseu de Lisboa).

2a. Feira - 28 de Junho de 2004

00:00 Mezzo Archive - Bobby Jones Jazz In Vienna
19:50 Classic Jazz - La Grande Aventure Du New Morning, 20 Ans De Passions Partagées
20:50 Clip Émotion Special - Best Of New Morning
21:50 Jazz Clubbin' - Henri Texier Azur Quintet

3a. Feira - 29 de Junho de 2004

01:00 John Zorn Electric Massada - Nancy Jazz Pulsation 2003
21:50 Jazz Clubbin' - Trilok Gurtu Group New Morning's Live 2002

4a. Feira - 30 de Junho de 2004

21:50 Jazz Clubbin' - Henri Texier Azur Quintet New Morning's Live
22:50 Gilberto Gil & Milton Nascimento - Jazz In Marciac 2002

5a. Feira - 1 de Julho de 2004

14:00 Classic Jazz - Les 15 Ans De Virgin Classics
21:50 Jazz Clubbin' - Ravi Coltrane 5tet New Morning's Live 2002
23:55 Jazz At Vienne 2000 - Dr Bobby Jones

6a. Feira - 2 de Julho de 2004

21:50 Jazz Clubbin'
22:50 Henri Texier Azur Quintet New Morning's Live

Sábado - 3 de Julho de 2004

17:00 Classic Jazz - La Grande Aventure Du New Morning, 20 Ans De Passions Partagées
18:25 Mezzo Emotion Special - Best Of New Morning

Domingo - 4 de Julho de 2004

00:40 Mezzo Archive - Stanley Beckford Jazz At Juan 2003

27 de junho de 2004

Nós tínhamos prometido!

ouvidos.jpg

Pois é, isto embora «Jazz no País do Improviso!» não acredite em Ferro Rodrigues nem o queira ver perto do poder!

Faça-nos lá o favor de se demitir... e siga o exemplo do outro: arrume as malas e faça-se à estrada, de preferência para bem longe daqui!

Eu explico, é que quando o conhecemos, ainda nos nossos tempos de universidade, foi desamor à primeira vista. Seria pela antipatia?

Se calhar, mas hoje em dia é por bem mais do que isso.

26 de junho de 2004

30 anos de Jazz em Cascais, na FNAC

palmela2.jpg

Duarte Mendonça, o mentor do Estoril Jazz, celebra este ano 30 anos de produção de jazz em Portugal.

Para assinalar esta efeméride, a Loja FNAC do Cascais Shopping apresenta, em colaboração com a Comissão Organizadora dos 30 anos de Produção de Jazz por Duarte Mendonça, uma exposição de fotografias de alguns dos mais importantes jazzmen que pisaram os palcos do Cascais Jazz, do Jazz Num Dia de Verão e do Estoril Jazz e exibe diariamente uma hora de vídeos com o melhor destas três décadas de jazz em Cascais, alguns deles em estreia absoluta no visionamento público.

Este evento único e irrepetível tem início hoje (26 de Junho) e prolonga-se até 15 de Julho, tendo como ponto alto uma conferência a realizar no próximo dia 28 de Junho, pelas 21h000, no Fórum FNAC, a qual conta com a participação de oradores que intervieram ou acompanharam activamente a divulgação do jazz em Cascais. António José Barros Veloso (assistente musical de realização televisiva), José Nuno Martins (realizador de televisão), Raúl Vaz Bernardo (crítico de jazz do jornal «Expresso»), João Freire de Oliveira (fotógrafo) e, claro, Duarte Mendonça (produtor), debatem estes «30 anos de Jazz em Cascais».

A rematar esta conferência, Filipe Melo (piano) e João Moreira (trompete), um dos filhos do Jazz Num Dia de Verão, executam ao vivo alguns temas clássicos do jazz, provando que os festivais serviram também para divulgar o jazz nacional e criar uma geração de jazzmen portugueses de altíssima qualidade.

A organização é aqui do humilde autor do «Jazz no País do Improviso!», que fica a aguardar comentários à mesma. Positivos ou negativos!

Já agora, aqui deixo uma breve nota histórica sobre a evolução do Jazz em Cascais, desde os anos 20 até hoje, fruto da investigação para o livro da história do jazz em Portugal, que me vem ocupando.

JAZZ EM CASCAIS NO SÉCULO XX

Embora o mais mediático acontecimento ligado ao jazz em Cascais sejam os festivais realizados no Pavilhão do Dramático a partir de 1971, o som da surpresa chegou a este Concelho, ainda que de forma não consistente, logo em meados dos anos 20, com a actuação de orquestras estrangeiras no Grande Casino Internacional do Monte Estoril, de que é exemplo o Jazz-Band Sul-Americano Romeo Silva (1926). Nos anos 50 houve um recrudescimento do jazz no Concelho, aqui actuando a Orquestra de Hazy Osterwald (1952), os Delta Rhythm Boys (1957) e o quinteto de Dizzy Reece.

Seria, contudo, o ano de 1965 a marcar realmente o início do jazz em Cascais, com a abertura do Clube Luisiana. O impulsionador deste espaço e dos célebres Cascais Jazz foi não só o mesmo como também a figura mais importante no panorama do jazz em Portugal no Século XX: Luís Villas-Boas.

O primeiro clube

Corria o mês de Setembro de 1965 quando Villas-Boas se lembrou de "plantar" numa rua, ironica e premonitoriamente, sem saída, um clube especialmente dedicado «aos que apreciam e conhecem "jazz"», explicava à revista «Flama», por ocasião da inauguração deste espaço que se viria a tornar histórico.

Por aquela moradia «decorada à semelhança das de Nova Orleães» passaram grandes nomes do jazz. Alguns vieram propositadamente, como, em 1967, o quarteto do então jovem Charles Lloyd, com Keith Jarrett, Cecil McBee e Jack Dejohnette, um autêntico feito para a época, e outros foram literalmente "pescados" noutros eventos, nomeadamente o «Cascais Jazz».

Um ano depois da abertura do Luisiana, em 1966, teve lugar em Cascais o primeiro grande concerto de jazz, realizado por nada menos do que o trio de Oscar Peterson. Natural do Canadá e de passagem por Lisboa, para uma actuação no Cinema Monumental, este génio do piano, o seu trio e o seu swing imbatível foram "desviados" pelo «pai do jazz em Portugal» para uma actuação extra no Teatro São José. E, claro, o baterista Louis Hayes terminou a noite no Luisiana a acompanhar músicos portugueses, aos quais se juntou ainda o lendário Gerry Mulligan, na época a passar a lua de mel no país.

De facto, a importância do Luisiana ficou desde logo marcada pela possibilidade de encontro entre os jazzmen nacionais e estrangeiros, tendo sido uma autêntica escola para músicos como, entre outros, Rão Kyao, Zíngaro, Sarbib, Manuel Jorge Veloso, Canelhas e Bernardo Moreira.

O primeiro festival

Em Novembro de 1971, graças ao espírito empreendedor e visionário de Luís Villas-Boas, Cascais acolheu o primeiro Festival Internacional de Jazz realizado em Portugal, esgotando o Pavilhão do Dramático com cerca de 10 000 pessoas ansiosas por participar num evento ímpar. Tendo por base o modelo do prestigiado Festival de Jazz de Newport e o apoio do seu mentor, George Wein, foi possível apresentar um cartaz de excelência, onde cabiam nomes como Miles Davis, Ornette Coleman, Phill Woods, Dexter Gordon, Joe Turner e o sexteto «Giants of Jazz». Deste combo faziam parte tão só Dizzy Gillespie, Thelonious Monk, Art Blakey, Sonny Stitt, Kai Winding e Al McKibbon...

Em 1974, Villas Boas passou a contar com o apoio de Duarte Mendonça, o qual, sem saber, viria a continuar até hoje a herança e o legado do primeiro, contribuindo para a democratização desta forma de arte musical e para a sua afirmação no Concelho de Cascais.Jazz Num dia de Verão e Estoril Jazz

Em 1982, por iniciativa de Mendonça, nasceu o «Jazz Num Dia de Verão», rompendo com a tradição invernia do jazz em Cascais, e, em 1989, o «Estoril Jazz», festival que completa este ano 15 anos de ininterrupto swing ao mais alto nível. Pelo Parque Palmela e pelo Casino Estoril passaram os grandes nomes do jazz, desde Joe Williams a Joe Henderson, Ray Brown, Wayne Shorter, Chet Baker, Lionel Hampton ou a mais recente revelação do jazz, a cantora e pianista Diana Krall. E ao fim de quatro décadas o jazz teima em não abandonar Cascais e Cascais também não parece interessada em deixar de fazer ecoar pelo Concelho os seus sons, a bem da cultura, do turismo e do prestígio alcançado internacionalmente.

A ocorrência este ano do Cool Jazz Fest, evento que mistura jazzmen com fado e música brasileira, confundindo o público e degradando a palavra jazz, é um desafio que o Estoril Jazz terá de superar, como aliás já superou tantos outros bem mais difíceis de contornar. Assim a Junta de Turismo da Costa do Estoril perceba a mais valia deste histórico festival e a sua projecção nacional e internacional, separando claramente as águas e investindo num evento que ao longo dos anos já provou sobejamente no terreno a sua qualidade e integridade.

O contrário disto seria como, metaforicamente, deitar abaixo a Cidadela para aí construir um novo quartel sem contornos claros de utilidade.

João Moreira dos Santos, autor do livro «Jazz em Portugal no Século XX» (em preparação). www.bizarrologia.com/jazz.html

25 de junho de 2004

Jazz no País do Improviso! está atento...

Está atento às movimentações de quem vinha para salvar o país da tanga e agora se prepara para fugir como o outro... que tanto criticou por isso mesmo...

Está atento a quem vem a seguir...

Está atento à legitimidade desse ou dessa, ao não ser escolhido por voto universal...

Está atento ao destino do país, eternamente usado como trampolim...

Está atento, sempre, a tudo o que tenha a ver com o país porque ser patriota é mais do que estender uma bandeira de Portugal e cantar o hino por causa do futebol...

Está disposto a colocar uma bandeira branca (ou negra) em todas as janelas (da net e de casa) se a notícia se confirmar...

Está descontente com o Governo, mas não aceita que quem se armou em salvador da pátria a troque agora por outro trono e a abandone no meio da tormenta que tanto alardeou...

Não fica nada orgulhoso de ter o dito cujo como XPTO da União Europeia porque se não o queria para os Portugueses muito menos para o resto dos Europeus...

Não fica orgulhoso que quem defendeu a guerra se sente num cargo importante...

Não vê o convite como uma honra para nós porque o convite não deriva das suas capacidades nem da importância do País...

Está cada vez mais certo de que este é mesmo o País do Improviso!

24 de junho de 2004

Quem quer ver Mark Shim?

p23431ha6lq.jpg

O «Jazz No País do Improviso!» tem 3 bilhetes duplos para oferecer aos seus leitores e proporcionar-lhes uma noite de swing com o trio do saxofonista Mark Shim, já no próximo dia 3 de Julho, pelas 19h00.

Os três primeiros leitores a deixarem nos comentários deste post uma frase sobre o Estoril Jazz, que este ano celebra 15 anos, ganham imediatamente um bilhete duplo que assegura a entrada no fantástico Parque Palmela, em Cascais. Devem deixar igualmente um e-mail para contacto.

E assim, creio, este blog torna-se no primeiro a oferecer mais do que pensamentos e reflexões.

NOTA: as participações recebidas por e-mail não contam.

fundo_jazz_hcp.jpg


Sobre Mark Shim

Cabe ao jovem Mark Shim a difícil tarefa de homenagear no Estoril Jazz uma das lendas do saxofone tenor, o genial Joe Henderson, músico que em 1993 participou neste mesmo Festival, com Al Foster e Dave Holland.

Este desafio partiu de um projecto idealizado pelo produtor Duarte Mendonça e foi prontamente aceite por Shim. Para tal, o músico montou uma secção rítmica composta pelo contrabaixista Mark Helias, um músico versátil que colaborou, entre outros, com Ray Anderson, Gerry Hemingway, Anthony Braxton e Cecil Taylor, e pelo baterista Jonathan Blakey.

Nascido em 1973, em Kingston, na Jamaica, Mark Shim cedo emigrou com a família para o Canadá e, posteriormente, para os EUA, país em que iniciou os estudos do saxofone, inspirado pela audição dos discos do lendário Charlie Parker, cujos solos transcreveu como método de aprendizagem da técnica da improvisação.

Muito embora tenha frequentado várias escolas de música, foi nas múltiplas jam-sessions em que participou a partir de 1994, em Nova Iorque, que Mark Shim mais aprendeu e se lançou para as primeiras gravações, inicialmente com Hamiet Bluiett. A partir daí o saxofonista viu-se integrado na big band de David Murray, na Mingus Dynasty Band, no trio de Betty Carter e no combo de Terence Blanchard.

Shim, que tem como referências Sonny Rollins, Eddie Lockjaw Davis e, claro, Joe Henderson, iniciou-se discograficamente como líder na prestigiada editora Blue Note, com Mind Over Matter, em 1998. Mais recentemente lançou Turbulent Flow (2000).

Anedotas de Jazz sobre Saxofonistas (6)

Saxofonistas e, já agora, também clarinetistas.

SAXOPHONE / CLARINET

You are in a room with Saddam Hussein, Adolf Hitler, and Kenny G. You have a gun but only two bullets. What do you do?
Shoot Kenny G twice... just to make sure.

What do you call a saxophonist who plays mostly 1/64 notes?
A ballad-specialist.

Why did Adolph Sax invent the saxophone?
He hated mankind but couldn´t build an atom-bomb.

The reason why so many weird noises comes out of the business end of saxophones is that Mr Sax never issued any instructions on how to use them. Contrary to popular belief the saxophones are percussion-instruments and meant to be beaten by hammers. Large hammers.

When should a saxophonist change his reed?
Whenever a difficult section comes up in the music score.

Which is the ideal place to practise on a tenor-saxophone? A: In Saddam Husseins bedroom. B: Five fathoms under the surface of the Pacific Ocean. C: In a deserted coal mine. D: None of the above. Correct answer: D: None of the above. A saxophone-player never, but never practises. The risk of learning to play is too great.

What's the difference between a saxophonist and a lawnmower?
A lawnmower cuts grass; a sax player smokes it.

What's the purpose of the bell on a bass clarinet?
Storing the ashes from the rest of the instrument.

What do you get when you remove half a bass clarinetist's brain?
An even more gifted contrabass clarinetist.

How do you get a clarinetist out of a tree?
Cut the noose.

What's the difference between a clarinet solo and scraping your nails down the blackboard?
Vibrato.

Why don't sax players like playing soprano? There's no place to hide your drugs.

Why did the lead alto player play so many wrong notes?
Because he kept ignoring the key signature-- he thought it was a suggestion.

What is the difference between Kenny G and a machine gun? The machine gun repeats only 10 times per second.

Kenny G gets on an elevator and says "Wow! This rocks!"

How many C melody sax players can you fit into a phone booth?
All of them.

A good title for a saxophone with strings album: ?Sax and Violins'.

What's the difference between a lawnmower and a tenor sax?
1. Lawnmowers sound better in small ensembles.
2. You can tune a lawnmower.
3. The neighbors are upset if you borrow a lawnmower and don't return it.
4. The grip.

What's the difference between the creationist theory of the origin of life and a tenor sax?
The theory doesn't have as many leaks.

What's the difference between a bari-sax and a chain saw?
1. Vibrato.
2. The exhaust.

At the end of a concert a critic approached a bebop alto sax player and said: 'You know your problem is that you sound just like Charlie Parker.' The sax player took his alto sax from around his neck and handed it to the critic. 'Here,take this,' he said. 'Now you try and sound just like Charlie Parker.'

You may be a redneck saxophonist if...
...you have an old bass sax up on blocks in your front yard.
...you spell it "saxaphone."
...you think the bell of your instrument is a great place to hold a longneck during a gig.
...the gun rack in your pickup truck holds a couple of old Buesher sopranos.
...you think that Boots Randolph is the greatest jazz musician who ever lived.

How do you make a chainsaw sound like a baritone sax?
Add vibrato.

A famous saxophone player renowned for being an excessive drinker was astonishing the audience by taking extended solos on difficult tunes although he was clearly highly intoxicated. At the end of a particularly long solo on 'Cherokee', taken at a break-neck tempo, an incredulous admirer came to the side of the stage.
'Man, how can you play so good when your drunk?', he asked in amazement.
'I practise drunk,' came the reply.

How many clarinetists does it take to change a light bulb?
One. But he has to go through a whole box of light bulbs before he finds a good one.

The Golden Club, Las Vegas The morning after a night on the town in Las Vegas, Bob told his friend about the Golden Club that he had been drinking in. Everything in the club was lined with gold. The glasses had a gold rim, the rail on the bar was plated with gold, even the urinals were gold plated. Bob was ready to believe his buddy until he mentioned the gold plated urinals so he called the Golden Club. "Is it true that the glasses in your club have a gold rim?" Bob asked. "Yes, it's true" replied the voice on the other end. "And is the rail on the bar plated with gold?" asked Bob. "Yes it is," was the reply from the other end. "And, one more thing, is it true that the urinals are gold plated?" inquired Bob. Bob could hear the person on the other end yell to the band, "Hey Joe, I think I found the guy that pissed in your saxophone last night."

19 de junho de 2004

Jezz no Mezzo

Em tempo de Euro até o Jazz perde força. Esta semana no canal Mezzo pouco há a assinalar.

Ainda assim, aqui fica a programação.


Sábado - 19 de Junho de 2004

00:30 Mezzo Archive - On The Road With Monty Alexander
01:30 Monty Alexander - Trio New Morning's Live 2004
17:00 Classic Jazz - Smoothie

2a. Feira - 21 de Junho de 2004

19:50 Classic Jazz - Les 15 Ans De Virgin Classics
22:50 Jazz Clubbin' - Concert Des 25 Ans; Le Jubilé

3a. Feira - 22 de Junho de 2004

21:50 Jazz Clubbin' - Jazz At Vienne 2000, Dr Bobby Jones
23:00 Gilberto Gil & Milton Nascimento - Jazz In Marciac 2002

4a. Feira - 23 de Junho de 2004

21:50 Jazz Clubbin' - John Zorn Electric Massada, Nancy Jazz Pulsation 2002

5a. Feira - 24 de Junho de 2004

14:00 Classic Jazz - Smoothie
21:50 Jazz Clubbin' - Maraca y Otra Vision

6a. Feira - 25 de Junho de 2004

21:50 Jazz Clubbin' - Stanley Beckford At Juan In 2003
22:50 John Zorn Electric Massada - Nancy Jazz Pulsation 2003

18 de junho de 2004

Festival Jazz a Vienne

affiche_2004.jpg

De 30 de Junho a 13 de Julho são 14 dias de jazz non stop neste Jazz a Vienne, um festival célebre por onde passaram alguns dos maiores nomes do som da surpresa, desde Miles a Ella.

Já agora, vale sempre a pena passar pelo site e ver o que perdemos em termos de programação, para além de todo o cenário envolvente deste evento que decorre num antigo anfiteatro romano.

O nosso Estoril Jazz ainda é o que de mais próximo temos deste festival, embora, naturalmente, à escala do país. Não fosse o Cool Jazz Festival aparecer este ano para lhe retirar recursos e bem podíamos ter em Cascais um evento de dimensão internacional ao nível de um Jazz a Vienne.

Mas por aqui a regra parece ser dividir para reinar, se bem que, feitas as contas, nem o Rei é Rei nem o Reino é Reino. Assim ficamos nós, meros súbditos pagadores de impostos, vulgos sujeitos passivos (como nos epitomizam, em nome do Estado, os impressos do IRS), a ver passar navios e... vacas, loucas ou não!

Como diria Fernando Pessa, «Senhor Presidente da Junta de Turismo da Costa do Sol olhe lá para o que está a fazer ao mais antigo festival de Jazz em Portugal e ponha cobro a esse Cool Jazz que nem é carne nem é peixe!»

E esta hã?

17 de junho de 2004

Elvin Jones homenageado no clube Blue Note

elvin.jpg

De 24 a 27 de Junho, o clube Blue Note, em Nova Iorque, presta homenagem a Elvin Jones, recentemente desaparecido.

Para o efeito sobem ao palco a Elvin Jones Jazz Machine, composta por Delfeayo Marsalis, trombone e direcção musical, Sherman Irby, Mark Shim, Carlos McKinney, Sonny Fortune, Gerald Cannon e Ali Jackson, na bateria.

Todos os dias haverá um conjunto de convidados especiais, incluindo o irmão Hank Jones:

June 24
Bill Cosby, Cecil Taylor, Hank Jones, Jeff "Tain" Watts & Lenny White

June 25
Cecil Taylor, Hank Jones, Wallace Roney, Robin Eubanks, Will Calhoun

June 26
Chick Corea, Joe Lovano, Cecil Taylor, Hank Jones, Will Calhoun

June 27
McCoy Tyner, Cecil Taylor, Frank Wess, Jack Dejohnette, Ravi Coltrane

A tribo do Jazz

5607026400125.jpg

Já está nas lojas o primeiro registo discográfico do pianista Rodrigo Gonçalves, à venda na FNAC por 14,95 euros. Nada mal para uma novidade com esta qualidade!

«Tribology» é a designação que se aplica não apenas a este álbum mas também ao grupo de músicos de luxo que nele o acompanha e para o qual escreveu uma série de composições originais que cruzam o jazz com sonoridades ibéricas.

É assim que o pianista surge com um grupo composto pelo saxofonista espanhol Perico Sambeat, bem conhecido de quem acompanha as movimentações do jazz em Portugal, por Mário Delgado, um dos mais notáveis e eclécticos guitarristas portugueses, recém-saído do sucesso do seu projecto Filactera, pelo veterano baterista Alexandre Frazão e o contrabaixista galego Paco Charlín. Como convidado especial, surge o aclamado saxofonista americano Mark Turner, considerado pela revista «Downbeat» um dos "25 músicos americanos de maior futuro".

Pianista, professor da Escola de Jazz do Hot Clube de Portugal e integrante da sua Big Band, Rodrigo Gonçalves (filho de um importante músico na história do Jazz em Portugal, o contrabaixista Nuno Gonçalves) conta já 10 anos de carreira profissional no meio do jazz, tendo feito parte do Quarteto de Carlos Barretto e do Quarteto de Ana Paula Oliveira, entre muitos outros.

Paralelamente, tem liderado o seu próprio trio e tocado com músicos como Jesus Santandreu, Dave O'Higgins, Mike Zwerin, John Ellis, Mark Turner, Von Freeman e Benny Golson.

Rodrigo Gonçalves participou igualmente nas gravações de «Ciclope», o CD do Quinteto de Nelson Cascais, e no caso sério de popularidade que foi «A Tribute to Bessie Smith», o álbum da cantora Jacinta.

Edição: Capella
t. 217122010 f. 7122019
capella@audiopro.pt

Anedotas de Jazz sobre contrabaixistas (5)

Estas tocam-me a mim, que encontrei no contrabaixo um fiel amigo para a vida.

BASS

How many bass players does it take to change a light bulb?
Only one - but the guitarist has to show him first.

How do you make a double bass sound in-tune?
Chop it up and make it into a xylophone.

Bassist: Man, I went up into the mountains for three whole months to practice.
Pianist: Oh yeah? So what did you practice?
Bassist: The first month I practised quarter notes and eighth notes. The second month I only practised sixteenth notes. And I spent the whole of the third month practising thirty second notes.
Piano player: Wow! A whole month only thirty second notes. That's amazing!
Bassist: Yeah, right. Listen, I'll let you hear one. Tonk!

How many bass players does it take to change a light bulb?
Six. One to change it and five to fight off the lead guitarists who are hogging the light.

What is the definition of a bass note played perfectly in tune?
Pure coincidence.

What is the difference between O.J. Simpson and the bassist Chuck Israels?
O.J. Simpson walked.

What's the difference between a double bass and a coffin?
With a double bass the corpse stands upright behind it.

Just before going on stage a band leader is surprised to see the bass player of the group leaning against the dressing room wall crying.
"What's the matter?', he asks.
'The piano player has de-tuned one of my strings.' sobbed the bassist.
'So, what's the problem?'
'He won't tell me which one!'

What is this? (move your hand as if repeatedly looking at your watch.)
A classical bass player using vibrato.

What is the difference between a bass and a cello?
A bass burns longer.

It is said that each contrabass case has a sign inside it which reminds the player to hold the bass up with his left hand and the bow in his right.'

One angry bass player says to another:
'Wipe that smile off your bass or you'll get into treble'.

How can you tell when a bass player is knocking at your door?
It gets slower.

A bass player who is also a professor of mathematics rejoins a big band after a long absence of many years. In the band room the musicians ask him what he had been doing all this time.
'Didn't you guys hear about it? I wrote a book about relativity.'
'No. We didn't hear about that.'
'I also received a nobel prize for my work on abstract mathematics.'
'Really? We didn't hear about that either.'
'But right now my chops are really down. I sat in at a jam session last week and I played really bad.'
'Oh yeah, we heard about that!'

A journalist visits Africa to interview a tribal chief. As soon as he gets off the plane he hears loud drums beating an obsessive rhythm.
'What do those drums mean?' he asks a steward.
'Man, dem drums is good news. When dem drums stop then you got big trouble!'
Confused, the journalist moves into a hotel while the drums continue their incessant beating. In the morning, after a sleepless night, he asks the hotel attendant for an explanation.
'Why are these drums beating all the time?', asks the anguished journalist. 'Don't they ever stop?'
'Man, dem drums is real good news,' replies the attendant. 'When dem drums stop playing den you got big trouble!'.
Finally, exhausted from the constant pounding, the journalist reaches the tribal village and interviews the chief.
'First of all,' says the journalist. 'I have to know what those drums mean'.
'Man', says the chief, 'dem drums is great news! When dem drums stop beating den real big trouble starts'.
'But I must know, what happens when the drums stop?'
'When de drums stop, terrible thing happens. Then you get the bass solo'.

How can you tell when a bass is playing really out of tune?
The bow is moving.

Bass players carrying their bass to a gig must often put up with more than just the weight of the instrument. Struggling out of cars, going up and down stairs, passing through narrow doorways etc. they are a perfect target for inane comments from the general public. Here are some of the most well known examples:
'What have you got in there, your grandmother?'
'Why didn't you take up the piccolo?'
'How the hell can you get that thing under your chin?'
'What kind of vitamin pills did you feed that violin?'

Whenever he would seee a young bass student struggling to carry his double bass to the lesson, a jazz workshop teacher would explain to the student that carrying a bass was a form of karmic debt for having been a drummer in a previous life. In order to console the student he would add that in a future life a truly great bass player would reincarnate as the famous and highly paid jazz harmonica player Toots Thielmans.
However, the fact that there is only one Toots Thielmans just goes to show how few truly great bass players there have been.

A jazz bass player who was short of money took a temporary job as substitute in a classical orchestra performing Bizet's opera 'Carmen'. After a month of playing every night he gets a night off and decides to go and see the show as a member of the audience. After the final curtain he goes back stage to talk with the rest of the bass section.
'What did you think of the show?' asks one of his colleagues.
'Wow, too much man,' replies the jazz bassist, 'Crazy! You know that bit where we play the tonic and dominant, boom boom, boom boom? Well, you won't believe this, but there are all these people up on stage singing 'Toreador....'

What do a bass player and a terrorist have in common?
They both mess up bowings.

A couple that have not been talking to each other for more than a year, go to a marriage councillor for help.
The husband tells the councillor that they have been married for 15 years and lately the realationship has deteriorated to the point that they never speak a word to each other. The councillor asks them to wait a minute while he goes to fetch something. To their surprise he comes back with a double bass and begins to play. In no time at all the husband starts talking to the wife.
'Darling, do you remember that night in Hawai?' The councillor continues playing.
'Yes,' replies the wife dreamily. 'Under a full moon. It was wonderful.'
After five more minutes the couple are reminiscing, happily and cuddling like a pair of love birds.
'This is marvellous!' says the husband. 'It's a miracle! How did you get us to talk to each other?', he asks the councillor.
'During the bass solo, everybody talks!' came the reply.

How many bass players does it take to change a light bulb?
None, the piano player can do that with his left hand.

23RD PSALM FOR BASSISTS

The Lord is my drummer; I shall not rush.
He maketh me to lay out in tasteful places;
He leadeth me beside cool meter changes;
He restoreth my "one."
He leadeth me to the right repeats
For His name's sake.

Yea, though I read through the trickiest road maps,
I will fear no train wrecks;
For Thou art with me;
Thy ride and Thy snare,
They comfort me.

Thou setteth up a solo for me
In the presence of mine guitarists;
Thou annointeth my lines with drive;
My groove overflows.

Surely good feel and swing will follow me
All the tunes of each set;
And I will dwell in the pocket
The whole gig long.

16 de junho de 2004

Jazz no Sacramento

Para quem é ou para quem ainda não é... frequentador do Sacramento Jazz Bar, aqui fica a programação para os próximos dias (16 a 19 Junho).

Concertos às 23h00:

Quarta-Feira, 16 de Junho
DAMN NATION BLUES
Barbara Lagido - Voz
João Pedro Luz - Guitarra Slide
Hugo Ganhão - Baixo Electrico
Rui Reis - Bateria

Quinta-Feira, 17 de Junho
LUA A JANELA - Quarteto Maria Morbey
Maria Morbey - Voz
José Soares - Guitarra
Yuri Daniel - Contrabaixo
Carlos Miguel - Bateria

Sexta, 18 de Junho
CABARET LX
Sylvie C. - Voz
Gabriel Godoi - Guitarra
Sérgio Crestana - Baixo

Sábado, 19 de Junho
THE SACRAMENTO JAM SESSION


Sacramento Jazz Bar
Calçada do Sacramento
(ao Largo do Carmo)

13 de junho de 2004

Em Julho há Jazz no Funchal

O 5.º Funchal Jazz decorre de 7 a 10 de Julho, na Quinta da Magnólia, e apresenta um cartaz de grande qualidade, ao nível dos festivais que se realizam aqui pelo continente.

7 de Julho (4ª feira) - 21h30
DAVE BRUBECK QUARTET

8 de Julho (5ª feira) - 21h30
MARIA VIANA c/ ORQUESTRA DE JORGE COSTA PINTO (Homenagem a MAX)e JOÃO BOSCO GROUP

9 de Julho (6ª feira) - 21h30
MARK TURNER TRIO e LIZZ WRIGHT

10 de Julho (sábado) - 21h30
QUARTETO DE HUGO ALVES e MAGIC SLIM & THE TEARDROPS

Infelizmente parece não se confirmar a actuação da cantora Abbey Lincoln.

Já agora, este festival é uma iniciativa da Câmara Municipal do Funchal. Parabéns!

Não lembra ao careca!

Mas lembrou a alguém mais habituado a produzir grandes festivais de cerveja, perdão, rock, organizar um festival dito de Cool Jazz que conta, pasme-se, com a actuação de Camané (músico de quem gostamos e contra o qual nada temos)e Adriana Calcanhoto...

Prova-se, assim, que o jazz é um rótulo que dá hoje em dia para tudo e onde cabe até o fado. O que é estranho é que este ecletismo não se vê nos festivais que não são de jazz. Isto é, não há jazz nas grandes noites do fado, nem no Rock In Rio, nem no Super B. Super Rock.

Então por que razão há fado num festival supostamente de jazz? E porque não o vira do Minho ou os pauliteiros de Miranda? Ou, melhor, algo típico da região: o Coro de Sto. Amaro de Oeiras! Tinha era de cantar os solos do Charlie Parker em vocalese colectivo...

Fica aqui a sugestão... acabemos com os jazzmen estrangeiros e nacionalizemos o jazz. Contra a saída de divisas, lutar, lutar!

10 de junho de 2004

Mundo da música mais pobre

p18370rw4sp.jpg

O mês de Junho parece estar a ser aziago para o jazz. Depois de Elvin Jones e Steve Lacy, chegou agora a vez de Ray Charles partir. O mundo da música, particularmente o da soul, que cresceu à sua sombra, e do jazz/blues, fica infinitamente mais pobre.

Com Ray Charles desaparece, ainda, mais um ícon da música do Século XX, tão forte como Louis Armstrong, Ella Fitzgerald, Billie Holiday ou Elvis Presley e Sinatra.

Dos vários encontros musicais de Charles é de assinalar o registado em 1961 com Betty Carter, do qual resultou um disco fabuloso mas muito pouco divulgado:

B0000063EW.01.LZZZZZZZ.jpg

Recomenda-se vivamente a audição deste registo, especialmente dos temas «Everytime We Say Goodbye», «People Will Say We're in Love», «Concktails for Two» ou «Margie».

9 de junho de 2004

Jazz e Poesia

poezz.jpg

Já está à venda a antologia de Jazz e Poesia em língua portuguesa.

Editado pela Almedina, «Poezz» é uma antologia organizada por José Duarte, Ricardo António Alves, Artur Queiroz, Helder Leitão, Levi Condinho e Manuela Barreto Nunes. No total são cerca de 90 poemas de cerca de 190 poetas.

«Jazz no País do Improviso!» vai investigar...

Jazz em Agosto

jazz_em_agosto_2004_logo.jpg

Hoje apetecia-me falar de Sousa Franco, mas este é um blog de jazz e por mais que tente não consigo encontrar relação entre um e outro. De qualquer forma tenho de dizer que penso que o país perdeu um dos poucos políticos sérios e honestos. E digo isto de forma isenta porque nem estava a pensar votar nele. Foi, como disse Saramago, vítima de uma campanha "rasca" feita por políticos rascas.

Enfim, falemos de Jazz em Agosto, que este ano completa 20 anos!

Aqui fica a programação:

NOW ORCHESTRA
3 de Agosto, 3ª feira, 21h30
Anfiteatro ao ar Livre
---------------
PEGGY LEE BAND
4 de Agosto, 4ª feira, 21h30
Anfiteatro ao ar Livre
---------------
THE THING
5 de Agosto, 5ª feira, 18h30
Auditório 2
---------------
FRANÇOIS HOULE ELECTRO-ACOUSTIC QUARTET
5 de Agosto, 5ª feira, 21h30
Anfiteatro ao ar Livre
---------------
GÜNTER ?BABY? SOMMER
6 de Agosto, 6ª feira, 18h30
Auditório 2
---------------
OTOMO YOSHIHIDE NEW JAZZ QUINTET featuring MATS GUSTAFSSON
6 de Agosto, 6ª feira, 21h30
Anfiteatro ao ar Livre
---------------
ARVE HENRIKSEN
7 de Agosto, Sábado, 15h30
Sala Polivalente
---------------
MARTIN TÉTREAULT / OTOMO YOSHIHIDE
7 de Agosto, Sábado, 18h30
Auditório 2
---------------
FRANZ HAUTZINGER REGENORCHESTER XI
7 de Agosto, Sábado, 21h30
Anfiteatro ao ar Livre
---------------
NUNO FERREIRA/JESUS SANTANDREU
8 de Agosto, Domingo, 15h30
Sala Polivalente
---------------
PAUL PLIMLEY/LISLE ELLIS
8 de Agosto, Domingo, 18h30
Auditório 2
---------------
PAUL CRAM ORCHESTRA
8 de Agosto, Domingo, 21h30
Anfiteatro ao ar Livre

8 de junho de 2004

A vida não é só jazz...

Pois não, também é política, futebol, economia, trabalho, etc...

Pronto, agora que já arranjei uma ligação do jazz com o tema que me proponho debater, cá vai.

Vem isto a propósito do que se vai passando neste sítio onde, para expiação do nosso karma colectivo, Deus nos fez nascer: Portugal.

Vem a propósito também de um post que aqui coloquei e que tanta contestação e polémica causou... Falava-se do disparate de construir um estádio para o Euro 2004 em Faro, cidade que nem um hospital decente tem! Pois bem, hoje a TVI noticiou que um acidentado politraumatizado teve de esperar 12, DOZE, horas por um ventilador, acabando por ser transferido para Lisboa porque Faro não tem neurocirurgia. Só por milagre não morreu.

Ah, mas se recuperar ainda vai a tempo de ir ao Estádio de Faro. Para assistir à bola já não tem de vir a Lisboa...

Depois há sempre a campanha para as Europeias. Sobre isso deixo aqui uma mensagem clara:

Dão-se alvíssaras a quem encontrar um conjunto minimanente coerente de ideias para a Europa, perdido algures entre os insultos de cada candidatura e a falta de respeito pela inteligência dos portugueses em geral.

Já agora... um recado ao Sr. Dr. Santana Lopes e ao Dr. Durão Barroso. Ao primeiro, que não se limite só a pintar as faixas de rodagem que estão nos acessos aos estádios do EURO... Ao segundo, que esqueça essa ideia peregrina de «colocar Portugal no Top 10 do turismo internacional». A não ser que nos posicione como um jardim zoológico
ou um campo de betão à beira mar plantado, ideal para o treino de Bin Ladens e companhia no tiro ao alvo e no ensaio de atentados. Podiam começar pelo Cacém e acabar em Armação de Pêra.

Assim, daqui a uns 10 anos tínhamos o país limpo dos atentados perpetrados pelos políticos e autarcas que se dedicaram ao terrorismo urbano nas últimas décadas e podíamos sonhar com o tal Top 10...

Jazz e Poezzia

Este blog anda ultimamente por terras da literatura...

Então, já agora aproveito para dar nota de um site que descobri ontem - o Poezzia - e que combina poemas com sugestões de temas de jazz para acompanhar a leitura.

Vale a pena passar por lá e viver as emoções do autor enquanto se ouve bom jazz.

7 de junho de 2004

Percepções e concepções

A madeira. Tens de sentir a madeira. A madeira é toque, é tacto. No fundo, não passa de fibras. Mas, a madeira é vida. A madeira é civilização; feita de naus, de madeira, que chegaram ao Brasil e à Índia. E esses países são madeira. Toda a sua cultura popular é madeira. Depois há a madeira lisa, suave, pela qual desliza a mão, sensível. Uma madeira sem arestas! Haverá algo mais belo do que a arte esculpida em madeira?

A madeira é música. É, sobretudo, música. É vibração, é ressonância. Madeira e cordas; violino agudo ou contrabaixo grave. Madeira e pele; tambor e banjo. Madeira é música popular, o berimbau, é jazz numa palheta vibrante de Parker e é clássica, em Mozart. Toda a madeira vibra solidária com a orquestra numa sinfonia. Madeira. Madeira tocada em cima de um palco de... madeira. Claro!
Não. Nada se lhe compara. Definitivamente. A madeira tem finesse, tem classe, tem glamour. A madeira envelhece e guarda a história. A madeira é a história.

Em livros?

Não necessariamente. Nos móveis. Nos nós da árvores. E há tantos objectos históricos, em madeira. Já nem quero ir por aí...

Concordo que a madeira é música. É até mais do que isso. É som. A madeira range. E talvez por isso é o único material que revela a sua alma. O ferro apenas tilinta. É um som superficial e efémero. Já a madeira pode ressoar e perpetuar-se no tempo e no espaço. A experiência mais metafísica que tive foi justamente com a madeira. Estava sozinho numa velha estação de comboios no Algarve, por volta das onze da noite, e a única coisa que ouvia era o estalar da madeira dos carris. Era ao mesmo tempo arrepiante e excitante. ouvir gritar aqueles barrotes fortes e sentir o cheiro a comboio que retinham na sua essência. Há até uma amiga minha que mandou fazer a cama a partir de antigos barrotes de carris de comboio. O difícil é ignorar o cheiro típico dos comboios.

Para mim a madeira é árvore. Muitas árvores numa floresta tropical. Penso nela e ouço todos os seus habitantes selvagens como se estivesse lá. Há um macaco gritador que grita, há um pássaro que canta. E há todo o ambiente da magia do nascer do sol. Uma bruma ligeira, raios de luz por entre as árvores, insectos no chão e sons. Pequenos sons que não consigo referenciar. A humidade desliza pelos troncos das árvores e algum animal pisa delicadamente pequenos ramos que se quebram à sua passagem. Devo ter visto isto nalgum documentário. Ou talvez seja apenas o meu desejo de conhecer algum desses países africanos que ainda conservam quase intactas as suas florestas.

Eu não consigo separar a madeira da pólvora e logo chego à pistola. Depois, depois vejo os biombos que retratam a chegada dos portugueses ao Japão, com a pólvora e as espingardas que cuspiam fogo. Por acaso até são em madeira. E por aí, toda a história mundial desfila no meu imaginário. Vejo e ouço a tomada da bastilha, há uma espingarda, um fusil, que dispara e homens que carregam pólvora em barris de madeira estrangulados por apertadas cintas metálicas, as trincheiras em Verdum, soldados entre terra e madeira, o som de uma Mauser, de corunha de madeira, que ecoa nas ruas ocupadas de Varsóvia. Nesse sentido a madeira é história e já não a consigo trazer para os conflitos do presente. Interessante... o presente é ferro, é plástico. Se calhar é por isso que é tudo tão efémero e sem sentido.

O plástico não desperta os sentidos...

Pois. Não tem cor e a textura é irremediavelmente imperfeita e... plástica. É impossível fazer uma escultura em plástico. Falta-lhe o peso, ainda que tenha a forma. Falta-lhe sempre a arte, mesmo quando a forma pudesse ser trabalhada. O plástico não tem valor. É para deitar fora.

Estão a esquecer-se do papel! Para mim a madeira é papel. Troncos moídos transformados em pasta e que me trazem as notícias do dia ou os pergaminhos do prémio Nobel da literatura. Para mim a madeira é o cheiro do papel acabado de imprimir, com as tintas ainda frescas e as páginas imaculadas. É o ambiente de uma livraria numa tarde de inverno eu a demorar-me na procura de algo que me excite os sentidos. Lá está a questão dos sentidos...

Então e o vinho? O vinho é obviamente madeira. O vinho não existe sem a madeira! Para mim a madeira é vinho, é adegas, é o culminar da faina das vindimas. São as pipas a envelhecer, é Douro, é França é Itália. É a memória de um bom vinho servido à mesa num bom restaurante. Não diria luxo, mas sim prestígio.

Sabiam que o Grande Canyon antes de ser deserto estava repleto de árvores? Ouvi isto num documentário que passou um dia destes na televisão. E eu que quando lá estive imaginei que os habitantes de há séculos viam exactamente a mesma paisagem do que eu... Provavelmente no Saara e noutros desertos passou-se o mesmo. E então a o progresso da civilização era a madeira. Bem, esta visão é provavelmente melhor explicada por um ecologista ou por um antropólogo.

A madeira para mim, que sou mulher, é romance. É o som dela a crepitar numa lareira acesa num qualquer Inverno, junto a alguém que se ama ou a embalar a memória de um amor perdido. Nesse sentido a madeira é praticamente nostálgica. Às vezes é mesmo cruel porque nos reforça a solidão. Quando nada nos resta senão os móveis que nos olham com indiferença. Quando me separei apetecia-me queimá-los e apagar o passado!

Enfim, madeira... um cão corre atrás de um pau. Tão simples. Já nós vivemos dentro dela, pagamos com ela, sonhamos com ela e morremos nela sem nunca saber atrás de que pau corremos. Ou será que o fito de viver é simplesmente o acto de correr?

6 de junho de 2004

Farewell, Steve Lacy

p14234o8qq9.jpg

Steve Lacy, um dos maiores saxofonistas soprano de sempre, morreu na passada sexta-feira, no New England Baptist Hospital.

A notícia chegou-nos por um leitor deste blog e é confirmada por um post colocado hoje na edição on-line da revista Downbeat.

Com a sua partida, aos 69 anos de idade, Steve Lacy deixa o mundo do jazz mais pobre mas deixa, em compensação, uma rica e profusa obra gravada. Entre os registos mais importantes contam-se, de acordo com a Downbeat, Spirit Of Mingus (Freelance, 1991), More Monk (Soul Note, 1989), Anthem (Novus, 1989), Morning Joy (hat ART, 1986), Trickles (Black Saint, 1976), The Forest And The Zoo (ESP, 1966), Schooldays (hat ART, 1963) e Reflections (OJC, 1958).

Eu, particularmente, apaixonei-me pelo disco que Lacy gravou em dueto com Gil Evans, em 1987: Paris Blues.

B000056ETY.08.LZZZZZZZ.jpg

Já agora, fica a nota de que Steve Lacy protagonizou em 29 de Fevereiro de 1972 um concerto em Lisboa, organizado por José Duarte por ocasião do 6.º aniversário dos 5 Minutos de Jazz. 1600 pessoas assistiram ao vivo a este espectáculo do qual resultou o registo Estilhaços.

D Day e V Records - Jazz na II Guerra

band_ship.jpg

Com a guerra em marcha e com a necessidade de elevar o moral das tropas, o governo dos EUA decidiu copiar para discos de alumínio os principais êxitos musicais da época, desde Duke Ellington a Fats Waller. O jazz era então a música do momento e por isso era natural que os jovens nas frentes de batalha quisessem ouvir a sua (nossa) música.

Estes discos eram chamdos V-Records, com o V de Vitória, e deveriam ter sido destruídos após a guerra. Felizmente, assim não aconteceu e ainda hoje existem centenas ou milhares deles em perfeitas condições, incluindo em Portugal.

Mas nem só os discos tiveram guia de marcha. Muitos jazzmen foram eles mesmos para a guerra, pelo que a revista DownBeat noticiava a dado momento: "Bandsmen today are not just jazz musicians, they are soldiers of music". Só a orquestra de Jack Teagarden perdeu 17 músicos para o exército em apenas quatro meses... E como nem todos regressaram sãos e salvos, a mesma Downbeat criou em 1942 a tétrica coluna "killed in action". Um dos listados foi, claro, Glenn Miller, que este ano celebraria 100 anos se não tivesse tombado no Canal da Mancha.

Já os grandes mestres do swing que não se alistaram acabaram também a pisar o palco da guerra, de uma forma ou de outra. Artie Shaw andou pelas selvas do Pacífico à frente de uma orquestra da marinha e foi várias vezes bombardeado. Benny Goodman gravou vários V Discs.

Já agora, aqui fica mais uma estória interessante sobre Jazz e II Guerra Mundial... Apesar de várias tentativas de banir o jazz da Alemanha, Goebbels acabou por desistir e decidir virar o feitiço contra o feiticeiro. Foi então que criou uma orquestra de swing numa rádio para difundir swing, não sem mudar, claro, as letras dos temas. Foi assim que acabou, por exemplo, o «Makin' Whoppee»:

Another war, another profit, another Jewish business trick,
Another season, another reason for makin' whoopee!
We throw our German names away,
We are the kikes of USA.
You are the goys, folks,
We are the boys, folks ?
We're makin' whoopee!

O alvo das emissões eram, claro, os soldados americanos, numa óbvia manobra de propaganda e desinformação.

Para mais detalhes este site tem alguma desta informação e muito mais.


Jazzzzzz no Mezzzzzo

p12129il399.jpg

... e o destaque vai para os 100 anos do nascimento de Fats Waller (21 de Maio de 1904 / 15 de Dezembro de 1943), um dos maiores nomes do piano no jazz.

2a. Feira - 7 de Junho de 2004

00:00 Mezzo Archive - David S. Ware, Portrait
19:50 Classic Jazz - On The Road With Monty Alexander
20:50 Monty Alexander Trio New Morning's Live 2004
21:50 Jazz Clubbin' - Ernest Ranglin New Morning's Live 2002

3a. Feira - 8 de Junho de 2004

21:50 Jazz Clubbin' - Concert Des 25 Ans; Le Jubilé

4a. Feira - 9 de Junho de 2004

21:50 Jazz Clubbin' - Nico Wayne Toussaint New Morning's Live 2002

5a. Feira - 10 de Junho de 2004

14:10 Classic Jazz - 100 Ans De La Naissance de Fats Waller Parte 1
15:00 100 Ans De La Naissance de Fats Waller, Parte 2
21:50 Jazz Clubbin' - David S. Ware, Portrait
22:50 Ernest Ranglin - New Morning's Live 2002

6a. Feira - 11 de Junho de 2004

21:55 Jazz Clubbin' - Tomasa La Macanita, Festival Sons D'Hiver
23:00 Nico Wayne Toussaint - New Morning's Live 2002

Sábado - 12 de Junho de 2004

17:00 Classic Jazz - On The Road With Monty Alexander
17:55 Monty Alexander Trio - New Morning's Live 2004

4 de junho de 2004

Worten sempre ou Worten nunca mais?

logo_worten.gif

As lojas devem estar loucas e o mercado da distribuição discográfica anda definitivamente descontrolado...

Então não é que depois de a Worten ter baixado «The Girl In The Other Room» para os 12,99 euros agora já o vende a 17,79!! Tudo isto no espaço de uma semana...

Afinal em que ficamos?

Ou será que vamos entrar num género de leilão?

A FNAC essa continua a vender a cerca de 14,00 euros. Por isso, aqui fica um conselho: antes de comprar um CD vale a pena fazer uma ronda por várias lojas e mesmo de FNAC para FNAC há diferenças brutais!

«Downbeat» em tom de Jones

07_03.jpg

A mais recente edição da revista «Downbeat» coloca em destaque Norah Jones, fazendo eco do seu mais recente disco, e aproveita para divulgar um Top 30 All-Time Vocal Jazz Albums. É de ler...

O outro Jones, o Elvin, é recordado no site desta publicação, que recupera um antigo Blindfold Test realizado em 1975:

The Blindfold Test: Elvin Jones
An Exclusive Online Extra

by Herb Nolan ? 03/27/1975

There's one thing Elvin Jones does everytime he works in Chicago (where this Blindfold Test was conducted), he plays a free concert for Warden Winston Moore and the prisoners at Cook County Jail. This trip was no exception: on a cold, overcast Wednesday afternoon, Elvin and his band (including Junior Cook, tenor, Roland Prince, guitar, and David Williams, bass) drove out to the county courts and jail complex at 26th and California. The concert was held in a long, aging, one-story building with low beams and a concrete floor. Elvin's group played for more than an hour to a capacity crowd of about 1,200 inmates, as many as the building would hold and about 25 percent of the total prison population. The Cook County concert was just one of a series he's done in the past couple of years, and they are among some of the most personally satisfying performances he gives these days.

On his way through the double, barbed wire topped gates, Elvin took a guard's name and address so he could send him his newest album.

Elvin Jones, who just signed with Vanguard Records after ending his long association with Blue Note, is as musically active as when he started leading his own bands about nine years ago. On the road more than ten months out of the year, Elvin plans to tour Italy and Japan this year, as well as make another trip to South America for the USIA.

He was given no information about the records played.

1. JELLY ROLL MORTON. Wolverine Blues (second take) (From Mr. Jelly Lord, RCA). Morton, piano; Johnny Dodds, clarinet; Warren "Baby" Dodds, drums. Recorded June 10, 1927.

Yeah! That was something. The style is early jazz just when it was beginning to become the sophisticated art form it is now. I won't even begin to guess who it is, but I will say it's a recent recording or a good recording of an old record. It's a shame that this sort of redoing isn't done more so people can really get a clear idea, a clear impression, of what things were like.

That record took three or four minutes, all that music in three or four minutes. It's like some of the old Duke Ellington recordings; the whole thing would only last two minutes and 15 seconds or somethin' like that, and you'd have a complete composition, a symphony, a concerto, or whatever, and everything would be perfectly matched ? the musicians, the composition, the sound.

I think as far as classification, that's five in my book. I don't know who it is, and I don't care who it is. All I know is it's beautiful music and I love it.

Nolan: I'm going to tell you anyway, the drummer is someone you talk about quite often.

Jones: Baby Dodds? And who's that clarinet, Bunny Bigard? No, Johnny Dodds with Jelly Roll Morton on piano. Jelly Roll Morton, there you are, the master. The first thing that comes to my mind is I'd like to have a copy of that. This is what you should hear on the radio when guys are getting ready to go to work at five o' clock in the morning and then build up, or down, to the rest of the music that's current. When I go to a museum, the things there are selected from thousands of sculptures and paintings worthy of public attention, and this is what should occur when you turn on the radio to listen to a music program. Who cares who makes the most money? The fact is this should be available so the proper attention can be paid to it ? so it is part of everybody's life. That's the way I feel.

Here I am. I'm supposed to be a musician and that's a record I never heard. I never had an opportunity to hear that. Maybe I would have been a little better if I'd had a chance to hear that when I was ten years old; maybe I would have been a better drummer.

2. DIZZY GILLESPIE. Two Bass Hit (From The Dizzy Gillespie Orchestra at Salle Pleyel; Paris, France, Prestige). Gillespie, Benny Bailey, Dave Burns, Lamar Wright Jr. , Elmon Wright, trumpets; Al McKibbon, bass; Kenny Clarke, drums; Chano Pozo, congo drums. Arranged by John Lewis. Recorded in 1948.

I know that's Dizzy Gillespie with that first big band with Fats Navarro, Miles, and all the cats. I think Tad Dameron did that arrangement. It's a lousy recording but a good reproduction. The lack of attention and sophistication in recording I think reflects on people's feelings and the whole atmosphere involved in producing this art form. Maybe the guys were thinking "well we won't make much money on it anyway, so the hell with it. But we like Dizzy, so okay, we'll throw a couple of bones to the dog right?" That's what pisses me off. This is a masterpiece. It's a live recording too, isn't it?

Whoever the drummer is, he's a hell of a one. Could he be Teddy Stewart? Ray Brown on bass? This is another one you should hear on the radio every morning. This is one of the best records ever recorded and it was live, it wasn't contrived. John Birks said that Gillespie is a master of his own instrument. And I think a lot of people in the world ? except perhaps in this country ? have the utmost respect for this man. I think this is a contribution, a real contribution.

É bom mas é em Barcelona!

Wayne Shorter, Herbie Hancock, Dave Holland e Brian Blade uniram-se este ano para criar uma super máquina de swing. Uma máquina que anda em tournée pelo Mundo mas que infelizmente não passa por Portugal, ao que «Jazz no País do Improviso!» apurou, devido ao elevado cachet envolvido: 50 000 euros.

Assim sendo, para ver este supergrupo só em Barcelona, no dia 24 de Julho.

Por Barcelona passam ainda Lee Konitz (18 Junho), Keith Jarrett, com Gary Peacock e Jack DeJohnette (13 Julho), Diana Krall (3 Outubro), Norah Jones (6 Junho), Benavent-Di Geraldo-Pardo (13 Junho) e B.B. King (2 Julho).

2 de junho de 2004

Anedotas de Jazz sobre trompetistas (4)

Pois é, ainda não tínhamos ido ter com os nossos amigos dos sopros!

Aqui ficam algumas anedotas com maior ou menor graça...

TRUMPET

What are trumpets made out of?
Leftover saxophone parts.

How many trumpets does it take to change a light bulb?
Just one, but he'll do it too loudly.

A replacement trumpet player was rehearsing for the first time with a big band famous for playing unusual and complex arrangements. On looking over the charts he saw that all the pieces were in uncommon time signatures such as 7/4 and 11/8. Turning to the trumpeter next to him he asked: 'Hey man, what are these? Hat sizes?'
'Man,' replied the other, 'Tell me about it! The only time this band plays in 4/4 is when we play 'Take Five'!'

How do trumpet players traditionally greet eachother?
"Hi. Nice to meet you. I'm better than you."

A jazz trumpet player working as a substitute in a classical orchestra had a 32 bar rest. On the 33rd bar he failed to come in which caused the conductor to stop the rehearsal. 'Why didn't you play?' asked the conductor'
'It says here in the part that I've got to take a 32 bar rest,' replied the trumpeter.
'I know that, but we were at bar 33 and there you must play. You have to count.'
'Man, that's not fair.' complained the jazz musician. 'If I have to count what kind of a rest is that?'

How do you get a trumpet player to play fff? Write mp on the part.

How many trumpet players does it take to change a lightbulb?
Five: one to handle the bulb and four to tell them how they could do It better (but only in the practice room)!

A trumpet player goes through customs where is stopped by a suspicious customs officer.
Customs officer: Excuse me sir. Is that a musical instrument.
Trumpeter: Sometimes.

How many jazz trumpeters does it take to change a light bulb?
Never mind- they can fake the changes.

A very well known arranger was rehearsing a big band assembled to play arrangements of the "Canadiana Suite" by Oscar Peterson. At some point plunger mutes were required and all the trumpet players but one got them out.
The arranger asked: "Hey man the part says plunger mute, where's your mute?"
The trumpet player replies: "I don't have one."
Arranger: " I can't believe that! How can you not have a plunger?"
Player: "Well I don't have one!"
Arranger: "Listen what the hell do you do at home when your sink or your toilet get blocked up?"
Player: "I use a harmon".

How do you get a trumpet player to play softly?
Take away his instrument.

Why can't a gorilla play the trumpet?
He's too sensitive.

How can you tell a trumpet player's kids at a playground?
They don't know how to swing.

4 trumpet players are in a mini van. The mini van goes off a cliff. What's the tragedy in this? You can fit 8 trumpet players in a mini van.

A lead trumpet player and his neighbour are talking about the value of their respective houses.
Trumpeter: I've just had my house valued at $250.000.
Neighbour: How is that possible. My house is exactly the same as yours and was recently valued at $100.000.
Trumpeter: Yeah, but I don't have a trumpet player living next door.

How many trumpet players does it take to screw in a lightbulb?
Zero. They just complain about the darkness until a trombone player does it for them.


Site Meter Powered by Blogger