31 de janeiro de 2005

Visitar a Lisboa do Jazz dos anos 20-50

Lisboa002.jpg

JNPDI! teve hoje uma reunião com uma entidade ligada à cultura, com o intuito de programar um primeiro passeio pelos locais do jazz na Lisboa dos anos 20-50, passando por clubes, teatros em que decorreram os primeiros concertos, cafés, etc.

A ideia foi muito bem acolhida e é possível que o primeiro destes passeios decorra já no 2.º Trimestre. Assim que o projecto estiver estruturado aqui daremos mais informação.

Entretanto, aceitam-se interessados a priori, até para aferir do interesse público numa iniciativa deste género, a primeira que se organiza em Lisboa.

Morreu mulher de Sonny Rollins

Faleceu recentemente a mulher de Sonny Rollins, que além de companheira era também a sua manager desde os anos 70.

29 de janeiro de 2005

Chegam a Portugal DVD do Festival de Jazz de Montreal

Por falar em DVD de jazz chegou às lojas portuguesas um conjunto de DVD gravados no Festival de Jazz do Montreal:

B0006IGP3C.08.LZZZZZZZ.jpg

B0006IGP2S.08.LZZZZZZZ.jpg

B0006IGP3M.08.LZZZZZZZ.jpg

B0006IGP32.08.LZZZZZZZ.jpg

Check it out!

Miles Eléctrico em Portugal

B00069FKN2.01.LZZZZZZZ.jpg

Acaba de ser lançado no mercado nacional um interessante documentário sobre a participação de Miles Davis no Isle of Wight Festival, ocorrido em 1970, perante uma audiência de 600 000 pessoas...

Em foco em «Miles Electric: A Different Kind of Blue on DVD» está, naturalmente, a fase eléctrica de Miles Davis, músico que em 1971, um ano depois deste mesmo evento, tocou em Portugal, no I Cascais Jazz.

Este DVD é realizado por Murray Lerner e conta com entrevistas a músicos que tocaram com o mago do trompete, nomeadamente Chick Corea, Herbie Hancock, Keith Jarrett, Dave Holland e Gary Bartz, assim como depoimentos de Carlos Santana e Joni Mitchell, seus fans confessos.

O concerto em si, no Isle of Wight Festival, dura apenas cerca de 28 minutos, mas cremos que vale bem a pena.

Este novo DVD está à venda na Fnac por 23 euros.

Este disco é "obrigatório"

B00000476X.01._SCLZZZZZZZ_.jpg

Julian Cannonball Adderley e John Coltrane juntos num disco histórico.

A secção rítmica é a mesma que acompanhou Miles Davis em Kind of Blue.

Do melhor!

Ouça-se «Stars fell on Alabama».

28 de janeiro de 2005

Downbeat sob o signo de Chick Corea

07_03.jpg

A mais recente edição da revista «Downbeat» é especialmente dedicada a Chick Corea, pianista e compositor que, após um hiato de 10 anos, volta à estrada com a sua banda eléctrica.

A banda actual é composta pelo saxofonista Eric Marienthal, pelo guitarrista Frank Gambale, o baixista Ric Fierabracci (que substitui John Patitucci) e o baterista Dave Weckl.

Nós gostamos, muito embora prefiramos o Miles eléctrico.

27 de janeiro de 2005

«All Jazz» pode renascer

18.jpg
[Foto de J. M. Santos: Branford Marsalis autografa um exemplar da revista]

Há boas notícias para os muitos fans da «All Jazz».

Segundo foi hoje revelado a JNPDI! está em curso um projecto para reavivar esta revista, introduzindo alguas melhorias e garantido a sua isenção face às editoras e outros interesses no mundo do jazz nacional (festivais, escolas, etc), o que é uma condição que sempre entendemos imprescindível para a sua credibilidade junto dos leitores.

Assim que tivermos mais informação e a possamos revelar aqui estaremos para o fazer em primeira mão.

Dave Douglas no CCB em 12 de Março

18.jpg

Dia 12 de Março é dia de acompanhar o trompetista Dave Douglas e o seu quinteto numa viagem pelos sons da montanha, ao vivo no Centro Cultural de Belém.

Douglas vem a Portugal apresentar o seu mais recente disco «Mountain Passages», acabado de ser editado em 25 de Janeiro. Com ele vêm Myron Walden (sax alto, clarinete baixo), Marcus Rojas (tuba), Rubin Kodheli (violoncelo) e Tyshawn Sorey (bateria).

18.jpg

Este grupo, designado "Nomad" foi formado para interpretar música inspirada nos mitos e espírito da cultura rural de montanha. As suas primeiras apresentações tiveram lugar no topo das Dolomitas italianas (Alpes), no âmbito do festival I Suoni delle Dolomitti. "Nomad", parcialmente inspirado na paixão de Dave Douglas pela música folk, é também marcado pelo espírito do jazz que está presente em toda a sua música.

«Mountain Passages» resultou de uma encomenda do Festival das Dolomitas italianas, e foi expressamente concebido para ser tocado entre 9 e 12 000 pés acima do nível do mar. A música aqui presente é uma combinação de jazz, música popular e free jazz

Informação CCB:
12 MARÇO | 21H00 | PEQUENO AUDITÓRIO
DAVE DOUGLAS «NOMAD»
PREÇOS: PLATEIA: 15,00 euros | LATERAIS: 12,50 euros

Dianne Reeves no CCB

18.jpg

Como noticiámos em primeira mão há uns meses, Dianne Reeves actua no Centro Cultural de Belém, no próximo dia 22 de Março.

Um concerto definitivamente a não perder, considerando que Reeves tem não só uma excelente voz, mas também um repertório variado e que combina jazz, pop e world music.

Reeves vem acompanhada por Peter Martin (piano), Reuben Rogers (contrabaixo) e pelo grande baterista Gregory Hutchinson, já bem conhecido do público português.

Quanto a preços, aqui ficam os ditos:

PLATEIA MÓVEL: 35,00 euros
1ªPLATEIA: 30,00 euros
2ªPLATEIA E CAMAROTES CENTRAIS: 27,50 euros
CAMAROTES LATERAIS, LATERAIS, 1ºBALCÃO E BALCÃO LATERAL: 22,50 euros
2ºBALCAO: 20,00 euros
GALERIAS: 15,00 euros

Escola Moderna de Jazz do Seixal deve avançar com big band

18.jpg

Ao que JNPDI! apurou, a Escola Moderna de Jazz do Seixal está a ponderar a criação de uma big band, facto que aplaudimos já que não há melhor escola para os jazzmen do que este tipo de formações.

26 de janeiro de 2005

Concerto de Filipe Melo no Hot Club só amanhã, dia 27 de Janeiro

Por doença sazonal de Bernardo Moreira, o concerto do Trio de Filipe Melo no Hot Club de Portugal só se realiza amanhã (27 de Janeiro) e não hoje (26 de Janeiro), conforme estava inicialmente agendado.

Fica assim anulada a actuação programada para ter lugar na noite de hoje.

Edição de jazz: o fim de um ciclo?

P23168AXDRB.jpg

O tema é levantado pela revista «JazzTimes e dá que pensar.

As grandes editoras estão a descartar-se dos músicos de jazz, centrando-se no smooth jazz e nos chamados cross-overs (músicos que chegam ao público do jazz, da pop. etc.), obrigando músicos como Dave Holland ou Dave Douglas a gerir o seu próprio processo de gravação e a encontrar adequados canais de distribuição.

Por isso mesmo, estes dois músicos criaram, no final de 2004, as suas próprias editoras, a Dare2 e a Greenleaf, respectivamente.

Já Maria Schneider encontrou outra solução, recorrendo a um novo modelo de edição. Para a gravação do seu mais recente disco, «Concert in the Garden», Schneider contou com donativos de fans, obtidos através da ArtistShare, uma organização que promove ainda a distribuição através da internet, minimizando o recurso aos intermediários. Outro jazzmen ligado a esta organização é o guitarrista Jim Hall, através da qual lançou «Magic Meeting».

De acordo com esta organização, os artistas aderentes beneficiam de uma série de vantagens:

- Desenvolvimento de parcerias duradouras e fiéis com os respectivos fans.
- Vender directamente aos fans com lucros acrescidos.
- Ter projectos estruturados de forma a evitar constrangimentos financeiros aos artistas.
- Integrar uma comunidade de artistas dedicada à qualidade da sua arte como artistas de carreira.
- Criar edições limitadas e autenticadas pelo artistas.
- Oferecer um produto sempre novo e interessante, vital, educativo, personalizado, difícil de copiar, 100% detido pelo artista e financiado previamente pelos seus fans.

Esquematicamnte, esta organização funciona conforme ilustrado pelo seguinte diagrama:

805.gif

O paradigma da indústria discográfica do jazz e não só pode, pois, estar a mudar. Senão vejamos a filosofia da Artistshare:

Our philosophy is simple. The digital age has de-valued the traditional product to the point where the only thing that cannot be stolen or pirated is the artists themselves -- their creative process. At ArtistShare the "product" is the creative process.

The artist's audience is his/her most valuable asset. Through ArtistShare, artists allow their audience to directly 'participate' in their current projects by selling "Participant Offers". By allowing such an in-depth look in to artists' lives, intimate and long lasting relationships are cultivated.

Concord enriquece catálogo

A editora Concord acaba de adquirir a Fantasy, através da qual fica proprietária de editoras lendárias como a Debut, Pablo, Prestige, Riverside ou Stax.

A partir de agora a Concord já pode disputar com a Verve e a Blue Note o mercado das reedições e, diga-se em abono da verdade, que fica detentora de um poderosíssimo catálogo.

25 de janeiro de 2005

Jazz na F1

podium94.jpg

Não é muito comum, mas a verdade é que Jazz e F1 acabaram por ter uma ligação, conhecido que é o interesse de Damon Hill, campeão mundial pela Williams-Renault, por este tipo de música.

É só uma curiosidade, já que aqui no JNPDI! também se aprecia muito este desporto.

A enteada do português Joe da Silva

ella_16.jpg
[foto disponível em www.ellafitzgerald.com]

Joe (Joseph ou José) da Silva, emigrante português nos EUA, foi o padrasto da mais popular voz do jazz, a magnífica Ella Fitzgerald, tomando o lugar do pai biológico, o qual se separou da mãe da cantora pouco tempo depois do nascimento desta, ocorrido em 25 de Abril de 1917.

Emigrante de primeira geração, Joe trabalhou como chauffeur para suportar economicamente a família mas a relação entre Joe e Ella não foi, porém, das melhores.

Talvez por isso mesmo, quando Fitzgerald actuou em Portugal evitou responder às perguntas que os jornalistas lhe colocaram sobre a sua infância.

"Castigada" por uma infância marcada pela pobreza, que a obrigou a trabalhar desde cedo, Ella não se deixou porém intimidar pelas dificuldades e viria a tornar-se uma das mais importantes vocalistas do Século XX.

"It isn't where you came from, its where you're going that counts".
Ella Fitzgerald

Something Cool...

... é o título de um excelente tema composto por Billy Barnes.

... é poder ouvi-lo ao lanche, na casa de um jazzman, tocado por quem sabe disto do jazz e do piano, o Dr. António José Barros Veloso. Para ouvi-lo ao vivo basta aparecer às terças-feiras no Hot Clube de Portugal, na Praça da Alegria.

Hoje fazem anos...

António Carlos Jobim (1927-1994)

P48726UXUJH.jpg

e Benny Golson (1929)

P21623RDT97.jpg

Dois grandes vultos da música do Século XX que dispensam apresentações.

24 de janeiro de 2005

Trio de Filipe Melo grava primeiro disco

powerindex.gif

O Trio do Filipe Melo, composto por Bernardo Moreira, contrabaixo, e Bruno Santos, guitarra, vai gravar, para a Clean Feed, o seu primeiro registo.

As gravações decorrem nos dias 1, 2 e 3 de Fevereiro próximo.

Para JNPDI! esta é uma excelente novidade já que desde há muito tempo vimos defendendo que era altura de as editoras darem a Filipe Melo a oportunidade de gravar.

Antes de entrar em estúdio, este mesmo trio actua no Hot, a 26 e 27 de Janeiro e JNPDI! vai estar lá, claro.

Quem manda no jazz internacional?

powerindex.gif

A revista «JazzTimes» volta a publicar este ano uma lista das 25 personalidades mais influentes no mundo do jazz, entre músicos, críticos, produtores discográficos e de concertos/festivais, managers de artistas, etc.

Esta lista, que tem sido alvo de polémica desde que foi criada em 2001, resulta de factores como a experiência, observação e conjecturas realizadas pelos colaboradores desta revista.

Eis, pois, a lista:

1. Wynton Marsalis
2. Bruce Lundvall
3. Ted Kurland
4. Bill McFarlin
5. John Phillips
6. Glen Barros
7. Jessica Sendra
8. Ann Marie Wilkins
9. Dave Love
10. Derek Gordon
11. Steve Macklam
12. Mary Ann Topper
13. Jeff Jones
14. Theo Van Den Hoek
15. Ron Goldstein
16. Don Lucoff
17. Randall Kline
18. Tim Jackson
19. Paxton Baker
20. George Wein
21. Steven Scott
22. Maxx Myrick
23. Matt Abramowitz
24. Todd Barkan
25. Suzan Jenkins

Para conhecer o papel de cada uma destas personalidades visite o site da «JazzTimes».

Os melhores de 2004 segundo a revista Jazztimes

Catalogue.jpg

O site da revista «JazzTimes» apresenta uma lista completa das votações dos seus críticos relativamente aos melhores CD de 2004, incluindo reedições.

Ver aqui.

22 de janeiro de 2005

O grande leilão do jazz em NYC

Catalogue.jpg

A casa de leilões Guernsey's promove no próximo dia 20 de Fevereiro um grande leilão de 400 objectos do jazz, a realizar no Jazz at Lincoln Center, em Nova Iorque.

Entre os bens a leiloar encontram-se instrumentos, pautas e objectos que pertenceram a algumas das grandes lendas do jazz, nomeadamente Charlie Parker, Thelonious Monk, John Coltrane, Benny Goodman, Dizzy Gillespie, Gerry Mulligan e Peggy Lee.

A peça que tem despertado maior curiosidade por parte dos media é um saxofone que foi feito expressamente para Charlie Parker pela empresa King instrument, em 1947: um saxofone alto modelo Super 20.

Parker1.jpg

Parker4.jpg

De outro génio do bebop, o pianista Thelonious Monk, vão a leilão um casaco, uma pauta manuscrita e uma carta:

Monk1.jpg

Monk2.jpg

Monk3.jpg

De John Coltrane serão leiloados três saxofones e 40 lotes de pautas manuscritas:

Coltrane5.jpg

Coltrane6.jpg

Coltrane7.jpg

Coltrane4.jpg

De Benny Goodman é posto a leilão um clarinete Selmer fabricado em 1974, guardado no estojo original Selmer e com vários conjuntos de palhetas por usar.

Goodman3.jpg

Também os saxofones barítonos de Gerry Mulligan podem ser adquiridos neste leilão:

Mulligan1.jpg

O presidente da leiloeira norte-americana, Arlan Ettinger, estima que os saxofones possam ser vendidos a mais de 1 milhão de dólares cada...

Mas nem só de instrumentos e pautas se faz este grande leilão do jazz. Entre os objectos a leiloar encontra-se também a arte não musical produzida por jazzmen. É este o caso dos quadros e desenhos da autoria de Miles Davis:

Davis2.jpg

Davis3.jpg

A maioria dos objectos a leiloar foram disponibilizados pelas famílias dos músicos e o dinheiro angariado destina-se em alguns casos a ser doado a escolas de jazz e a outras organizações ligadas à promoção do jazz.

Haverá compradores portugueses interessados?

Mais informações em: http://www.guernseys.com/Auctions/Jazz/About.html

21 de janeiro de 2005

Afirmações polémicas de David Liebman

milesb.jpg
David Liebman com Miles Davis em Baalbek, Líbano, 1973

Em entrevista no DVD «Miles Electric: a different Kind of Blue», David Liebman, falando da fase eléctrica do trompetista, afirma a dado momento:

"Foi um período óptimo e é claro que os críticos não perceberam. Mas ninguém faz exame para ser crítico de jazz. Fazem-se exames para guiar autocarros mas não para estragar a vida a alguém. O que adoro na crítica de jazz é ser um dos ofícios mais mesquinhos".

Pessoalmente, admiro David Liebamn como pessoa e músico e lembro-me do curso que deu no início dos anos 90 aos alunos do Hot Club de Portugal. Recordo-me dele como alguém muito exigente, duro e austero no tratamento, profissional. Recordo-me também das histórias da sua passagem pela guerra do Vietname e do coxear que daí herdou.

Talvez isto explique um pouco esta atitude, assim como o explicará também o facto de alguns críticos não terem realmente conhecimentos musicais.

Enfim, é um assunto polémico sem dúvida e que divide opiniões.

Mas a verdade é que sem os críticos de jazz esta música não teria a visibilidade que tem.

Penso por exemplo em pessoas como um Leonard Feather ou um Ira Gitler.

A história e o desenvolvimento do jazz passa também por eles.

Dois músicos de excelência, duas pessoas de excepção

DSC00266.jpg

Conheço o João Moreira nas suas duas vertentes, a de amigo e a de trompetista. E sinceramente, depois de mais de 15 anos de convívio, não sei dizer qual das duas me fascina mais. Mas sei que me fascina conhecer pessoas como ele, de boa e grande alma, de bem com a vida, exigentes consigo próprias, genuinamente boas.

DSC00265.jpg

O mesmo posso dizer do Filipe Melo, pianista e pessoa, embora o conheça há muito menos tempo. Mas do que conheço sinto também que é um privilégio dar-me com uma pessoa como ele; alguém que é genuinamente ele. E os alunos dele com quem falo dizem-me o mesmo. Têm uma grande admiração pela sua devoção ao ensino e pela sua disponibilidade.

O João e o Filipe são dois jazzmen que ainda não gravaram como líderes, uma situação que é urgente inverter!

20 de janeiro de 2005

É ela!

P37141YBWXO.jpg

No post que tinha colocado aqui sobre jazzmen e superstições falava de uma cantora de blues que desceu de costas e joelhos as escadas do Coliseu de Lisboa.

Infelizmente não me lembrava do nome da senhora mas um comentário de Rui Neves, organizador do festival em que essa cantora actuou, veio revelar a sua identidade. Linda Hopkins, assim é o seu nome.

Já agora aqui fica o referido comentário, pelo seu interesse para um melhor conhecimento dos bastidores do LISJAZZ 92.

Posso contribuir para esta memória para ajudar os mais novos: Linda Hopkins, a Orq. de Louis Bellson integravam-se no último festival de jazz que a CML promoveu com minha direcção artística -chamado LISJAZZ 92 - e onde também apareceram em palco o 6teto de Wynton Marsalis tendo antes na mesma sequência tocado o histórico Cab Calloway (1907-94)que fez uma elogiosa apresentação de Wynton que se lhe seguiu. Linda Hopkins vinha como atracção da Orq. de Cab Calloway que andou sempre de cadeirinha de rodas para se poupar, em palco, porém e felizmente, foi endiabrado, quem se lembra ?

Rui Neves

18 de janeiro de 2005

Marian McPartland doutorada pela Berklee

P48527ZLHKX.jpg

A Berklee College of Music atribuiu à pianista Marian McPartland um doutoramento honorário em música.

A cerimónia teve lugar no passado dia 11 de Janeiro, no Berklee Performance Center, e, McPartland, que conta uns distintos 86 anos de idade e muitos de jazz..., contou algumas das suas vivências musicais, assim como anedotas sobre amigos como Louis Armstrong e Duke Ellington.

A encerrar o evento, McPartland tocou em dueto com Bob Winter, professor da Berklee.

Já agora fica a nota de que Marian McPartland actuou em Portugal em 1976, no âmbito do I Festival Internacional de Jazz da Figueira da Foz.

Aqui fica ainda uma discografia seleccionada, com alguns dos seus melhores registos:

Marian McPartland - «At The Hickory House» (1954, Capitol)

B0000017CZ.01._SCMZZZZZZZ_.jpg

Marian McPartland - «Interplay» (1969, Halcyon)

B0002W5VEQ.01-A4FOGTNFUM8DJ._SCLZZZZZZZ_.jpg

Marian McPartland - «A Sentimental Journey» (1972, Jazz Alliance)

B000005HJR.01._SCLZZZZZZZ_.jpg

Marian McPartland - «Piano Jazz - McPartland/Evans» (1978, Jazz Alliance)

B00006EXDN.01._SCLZZZZZZZ_.jpg

Marian McPartland - «At The Festival» (1979, Concord Jazz)

B0000006CY.01._SCLZZZZZZZ_.jpg

Marian McPartland - «Plays The Benny Carter Songbook» (1990, Concord Jazz)

B0000006IH.01._SCLZZZZZZZ_.jpg

Marian McPartland - «With Guest Lee Konitz» (1991, Jazz Alliance)

B000005HKQ.01._SCMZZZZZZZ_.jpg

Marian McPartland - «Plays The Music Of Mary Lou Williams» (1994, Concord)

B0000006N5.01._SCLZZZZZZZ_.jpg

17 de janeiro de 2005

Branford Marsalis: o melhor concerto de jazz em 2004

DSC00477.jpg
[Foto: João Moreira dos Santos]

Os principais críticos de jazz portugueses estiveram de acordo na eleição do espectáculo de Branford Marsalis, realizado no Estoril Jazz, para melhor concerto de jazz em 2004.

Manuel Jorge Veloso (RDP e «Diário de Notícias») e Raúl Vaz Bernardo («Expresso«) colocaram este evento em primeiro lugar na sua lista dos melhores do ano. Também José Duarte (RDP e «JazzPortugal») incluiu o concerto de Marsalis nos melhores de 2004, muito embora não tenha hierarquizado as suas preferências.

JNPDI! está inteiramente de acordo e foi, aliás, por isso que no momento que esta fotografia capta o autor deste blog dizia a Branford Marsalis: "You're the man!".

DSC00492.jpg
[Foto: Rosa Reis]

Uma vez que JNPDI! acompanhou de perto este concerto, aqui fica uma foto-reportagem do antes, durante e depois, em rigoroso exclusivo para os leitores deste blog.


O MELHOR CONCERTO DE 2004 EM IMAGENS INÉDITAS

Antes do concerto, JNPDI! andou a mostrar Cascais a Branford Marsalis, uma viagem que passou por casa do produtor do Estoril Jazz, Duarte Mendonça:

DSC00425.jpg
[Foto: João Moreira dos Santos]

Sob o olhar de Lester Young, outro gigante do saxofone tenor, Branford Marsalis escuta atentamente um disco de Billie Holiday, que não hesita em considerar a melhor de sempre no jazz.

DSC00418.jpg
[Foto: João Moreira dos Santos]

Ainda a colaborar na «All Jazz», pedimos a Branford um autógrafo para os leitores da revista. Infelizmente, devido ao encerramento da mesma, nunca chegaria a ser publicado, pelo que aqui fica em primeira mão a fotografia desse momento:

DSC00430.jpg
[Foto: João Moreira dos Santos]

À noite, uma casa cheia aguarda a actuação do quarteto de Branford Marsalis...

DSC00446.jpg
[Foto: João Moreira dos Santos]

... enquanto nos bastidores os músicos trocam as últimas ideias antes da entrada em palco:

DSC00444.jpg
[Foto: João Moreira dos Santos]

O jazz que emana deste grupo é de excepção e justifica plenamente que o presente concerto venha a ser considerado o melhor de 2004:

DSC00459.jpg
[Foto: João Moreira dos Santos]

DSC00470.jpg
[Foto: João Moreira dos Santos]

DSC00479.jpg
[Foto: João Moreira dos Santos]

DSC00481.jpg
[Foto: João Moreira dos Santos]

Após o concerto são várias as figuras do jazz e da música a querer falar com Branford. É o caso de Paulo Gil e Celina Pereira:

DSC00489.jpg
[Foto: João Moreira dos Santos]

DSC00490.jpg
[Foto: João Moreira dos Santos]

No final do concerto, Duarte Mendonça, o mentor e produtor do Estoril Jazz, é uma pessoa visivelmente feliz!

DSC00491.jpg
[Foto: João Moreira dos Santos]

Backstage, os músicos aproveitam para relaxar e conversar enquanto aguardam o transporte para o hotel:

DSC00498.jpg
[Foto: João Moreira dos Santos]

Joey Calderazzo trabalha num tema seu com o contrabaixista Eric Revis:

DSC00501.jpg
[Foto: João Moreira dos Santos]

Duarte Mendonça conversa com os músicos, nomeadamente com o baterista Jeff Tain Watts e o pianista Joey Calderazzo.

DSC00504.jpg
[Foto: João Moreira dos Santos]

DSC00505.jpg
[Foto: João Moreira dos Santos]


Site Meter Powered by Blogger