31 de agosto de 2005

(b)Ota abaixo

Diz o consultor partner ao consultor júnior:

- Oh Sr. Dr. prepare-me aí um estudo cuja conclusão é, e passo a ditar, a seguinte: "O aeroporto da OTA revela-se, pois, um excelente investimento para Portugal".

- Mas como é que eu posso concluir isso antes mesmo do estudo?

- Se fizesse o estudo seria essa a conclusão!

- Ah, mas isso quer dizer que não faço o estudo?

- Pois claro que não, Sr. Dr.! O que é que vocês aprendem na universidade nos dias de hoje?!

- Então, mas se não faço o estudo como posso saber que é essa a conclusão? Até pode ser a oposta...

- Ouça lá... oh... oh... meu... Nunca ouviu dizer que o cliente tem sempre razão?

- Já sim, Sr. Dr.

- E então?

- Então o quê, Sr. Dr?

- Se a conclusão é esta quem é o cliente?

- Hmmmm?

- Oh Zéeeeeeee! Este tipo passou no teste do quantos pêlos tem um cão?!

- Não estou a perceber...

- O cliente é... tá a ver... Ora se o cliente é que paga e se o cliente já anunciou publicamente que... é você que vai dizer o contrário?!

- Ah! Mas então e a ética? Eu não posso assinar um estudo desses!

- Vou contar-lhe uma coisa... A ética é prima da paraplégica. Neste país quem tem ética não avança, homem!

- Sendo assim... mas onde é que eu vou arranjar argumentos para chegar a essa conclusão?!

- Arranje-me soluções! Problemas já eu tenho. Olhe, por exemplo, no outro governo queriam um estudo a dizer o contrário... agora é só reverter.

- Hmmmmm, mas e o conteúdo argumentativo?

- Oh homem, desculpe que lhe diga, mas o senhor não percebe nada disto. Pegue lá no lápis e tome nota: começa por falar da estabilidade das fronteiras de Portugal desde 1143, depois vai aos descobrimentos, Vasco da Gama e por aí fora, e a seguir atira-lhes com a ameaça do isolamento e remata certeiro com a certeza de que com o novo aeroporto a economia cresce, o emprego floresce, o poder de compra fortalece, a família agradece e o português, qual povo de nobres ideais e horizonte longínquo, todo ele se compadece com os milhões de euros que esta porcaria vai custar! Percebeu?

- Sim Sr. Dr... Então é para fazer copy paste do projecto de Sines e do Euro 2004, certo?

- Isso, isso mesmo! Brilhante.

Olhó Gillespie fresquinho!!

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"Dizzy Gillespie: The Life of a Jazz Legend. Own a piece of American music history"

Assim anuncia a casa de leilões a venda dos objectos e memórias que pertenceram a Dizzy Gillespie, um dos pais do bebop.

É que dia 14 de Setembro próximo o espólio de Lorraine e John Birks Gillespie é posto à venda.

Olhá carta de condução a 5! É escolher, freguês... Vá lá ver!

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Olhó passaporte a 10!

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E se um dia se lembram de leiloar a vida dos nossos políticos...

Olhó contrato dos subamrinos a 5 euros! É fresquinho, oh freguês!
Olhá PAC a 10!
Olhó hospitais SA a 15!
Olhós direitos dos trabalhadores do Bagão a 7! Está por estrear!
Olhá k7 do cunhal a 10!
Olhá paixão do Guterres a 2!
Olhás certezas do Cavaco a 50 cêntimos!
Olhós prejuízos do Euro2004 a 1!

:)

Foi para evitar isto que eles não se meteram no jazz...

Há jazz na alta Estremadura

De 24 de Setembro a 9 de Outubro ouve-se jazz na alta estremadura, o que equivale a dizer em Leiria e na Marinha Grande.

E grande é o elenco... com destaque para o quinteto do senhor Dave Holland, que toca dia 2 de Outubro, às 22h00, na boa companhia de Chris Potter (não tem nada a ver com o Harry e toca saxofone), Robin Eubanks (que é irmão mais velho do outro Eubanks, o Kevin, que toca guitarra para o Jay Leno e nos anos 80 se baldou a um concerto na Aula Magna), Steve Nelson (não há vibrafone como o dele!, diz, quem como nós, o ouviu no Galp Jazz, em 2004, ao lado de Mulgrew Miller) e Nate Smith (...).

O programa completo, seleccionado por Pedro Moreira e produzido por Luís Hilário, é o seguinte (ou a saber, como se dizia no tempo da outra senhora, quando se ensinavam estas coisas da Estremadura e das estações de caminho-de-ferro):

24 e 25 de Setembro - Workshop de Jazz
João Moreira (trompete) e Pedro Madaleno (guitarra)
Biblioteca da Marinha Grande(1)

30 de Setembro - Orquestra de Jazz de Matosinhos (2)
Leiria - Mercado de Sant'Ana - Centro Cultural (3)

1 de Outubro - "Who" Trio
Michel Wintsch(4), piano, Gerry Hemingway (bateria - nunca percebi se bateria significa que tencionava bater e já não bate) e Banz(5) Oester, no contrabaixo.
Leiria - Mercado de Sant'Ana - Centro Cultural

4 de Outubro - Ravi Coltrane(6) Quartet
Ravi Coltrane (saxofone tenos e soprano), Luis Perdomo (piano), Drew Gress (contrabaixo e contra Cavaco, o Anímal... o Aníbal, marchar, marchar!) e Marcus Strickland (bateria e bate).
Leiria - Mercado de Sant'Ana - Centro Cultural

5 de Outubro - OFJAE (7) - Orquestra do Festival de Jazz da Alta Estremadura
Com todos os que lá tocam mais o João Moreira e o João Pedro Madaleno, sempre lado a lado com'ó fado.
Leiria - Mercado de Sant'Ana - Centro Cultural

7 de Outubro - Quarteto de Jorge Reis (8) + Quinteto de Mário Santos "bloco de notas"
Marinha Grande - Sport Operário Marinhense (9)

8 de Outubro - Saxofínia + Quarteto de Carlos Martins
Marinha Grande - Sport Operário Marinhense

9 de Outubro - OFJAE - Orquestra do Festival de Jazz da Alta Estremadura
Marinha Grande - Sport Operário Marinhense


Preço dos bilhetes: perguntem à Câmara de Leiria!
Locais de venda: por aí...
Descontos: perguntar ao Paulo Cunha ou ao Zé Distrital!
Endereço dos locais de espectáculo: sempre em frente, não sigam as tabuletas porque o tipo que as colocou estava c'os copos.


Não aos posts tradicionais, de fato e gravata, bem comportadinhos, copos de leite e queques!!


(1) Presumimos que a biblioteca deve ser pequena porque $ neste país só mesmo para estádios de futebol. E em Leiria há um... que dizem que também serve para fazer casamentos quando não há 22 marionetas em campo. Em Leiria há também um aeródromo atravessado por uma estrada, ou uma estrada atravessada por um aeródromo (vai dar ao mesmo). O Presidente do INAC diz que é normal porque em Gibraltar isso também acontece. Com tanta coisa que se exporta... também podíamos exportar presidentes do INAC.

(2) Uma prova de que nem todos os Narcisos são narcisistas, ou esta orquestra seria Miranda!

(3) Lá por ser no mercado, não vale atirar tomates aos artistas! Primeiro porque os artistas não são condes (e por isso não os apreciam), segundo porque com a seca os ditos cujos têm pouco sumo e não fazem splash na cabecinha deles!

(4) Não confundir com o autocolante que os taxistas usam: 20 buscar... Este é Wintsche e se ainda busca algo faz ele muito bem porque na música, tal como na vida, o caminho faz-se andando e é uma eterna busca.

(5) Mãos ao ar! Banz Oester! Deve ser primo do Panzer que combateu os yankees na II Guerra Mundial...

(6) Uma verdadeira oligarquia do jazz: o pai era saxofonista, a mãe toca harpa e o filho, Ravi, saxofone como o pai, de quem não herdou porém a genialidade ou então ainda não a usa.

(7) "Ofjae, filho, vai lá abaixo à fonte ter c'a tua prima e ajuda-a a trazer a bilha".

(8) Se o jazz em Portugal fosse uma monarquia ele podia ser o rei...

(9) Vira-se à direita na primeira estalada a Mário Soares e depois é sempre em frente até ao pavilhão.

29 de agosto de 2005

Charlie Parker podia ser vivo

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[www.downbeat.com]

Se o fosse, completaria hoje 85 anos.

Morreu aos 35.

Se tivesse vivido porventura não teria sindo endeusado como merecidamente o foi...

Olhá Downbeat de Setembro!

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28 de agosto de 2005

Jazz bom e barato no Carrefour de Oeiras

O Carrefour do Oeiras Parque está a vender os discos da colecção Jazz in Paris a 5,80, bem mais barato do que na FNAC, onde os preços raramente descem abaixo dos 8 euros.

Deixamos aqui algumas boas sugestões de compras, daquelas de que dificilmente nos arrependemos.

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E, neste mesmo hipermercado, por apenas 1 euro é possível comprar um disco de Mahalia Jackson e entrar no maravilhoso mundo da sua voz e do Gospel. É preciso é procurá-lo bem.

Parece mentira, mas é verdade!

27 de agosto de 2005

Atenção adeptos de Ben Allison!

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O contrabaixista norte-americano Ben Allison, considerado pela revista Downbeat uma das "25 estrelas de jazz do futuro", actua no Ciclo Internacional de Jazz Oeiras 2005, que se realiza de 22 de Setembro a 1 de Outubro, cabendo-lhe precisamente encerrar o evento.

Ben Allison actua com o projecto Ben Allison New Quartet, composto por Steve Cardenas (guitarra), Ron Horton (trompete) e Gerald Cleaver (bateria).

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Mas nem só de Allison vive este ciclo, que conta ainda com:

- Trio de Bernardo Sassetti
- Moutin Reunion Quartet
- Sheila Jordan + Serge Forté Trio
- Quinteto de Rodrigo Gonçalves
- Christian Brewer Quartet

Os concertos decorrem no auditório municipal Eunice Muñoz, às quintas, sextas e sábados.

Quem silenciou Keith Jarrett?

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A propósito do post em que manifestavámos interesse em recolher material relativo à história do jazz em Portugal, o nosso leitor Rui Fernandes enviou-nos gentilmente um artigo de Pedro Osório sobre o concerto que o pianista Keith Jarrett protagonizou no Coliseu de Lisboa, em 24 de Junho de 1981.

Vale a pena ler esta história e perceber, provavelmente, uma das razões pelas quais Jarrett não voltou a pisar palcos portugueses... Este texto, assim o autor o permita, tem entrada directa no nosso livro.

Para já pode ser lido aqui ou na publicação "30 DIAS" da Câmara Municipal de Oeiras, no número de Agosto:


Keith Jarrett no Coliseu

Foi numa noite de Junho de 1981 que Keith Jartett veio fazer em Lisboa um concerto de improvisos em piano solo, que se previa, como veio a verificar-se, ser uma das raras oportunidades de escutar ao vivo, e na disciplina em que ele atingiu os mais elevados padrões, um dos músicos mais geniais do século XX.

Comprei bilhetes para esse concerto poucos minutos depois de serem postos à venda três meses antes, e os dias que decorreram desde então até ao espectáculo foram de ansiedade crescente.

Na noite de 24 de Junho cheguei ao Coliseu com a sensação de me encaminhar para uma cerimónia iniciática que sabia ser irrepetível. As poucas gravações realizadas em concertos semelhantes, o de Colónia e os do Japão, não deixavam dúvidas de que seriam duas horas para recordar minuto a minuto.

Quando o pianista entrou e se dirigiu ao Steinway de concerto, de ténis e toalha na mão como habitualmente, aconcheguei-me melhor na cadeira incómoda e preparei-me para uma noite de puro prazer. O que se passou de seguida continua a servir-me, ainda hoje, como tema de reflexão sobre as dificuldades do nosso país em ultrapassar um certo tipo de problemas que lhe vão aparecendo ao longo do tempo.

Tinham decorrido poucos minutos de música, a aura do génio começava a envolver-nos, quando um grupo de assistentes da galeria soltou um despropositado 'wow!' seguido de diversos gritinhos.

Keith Jarrett parou de tocar, assustado, e olhou para a plateia. Esta reagiu com um "chiu" que pareceu tranquilizá-lo e após uns momentos de hesitação recomeçou a tocar. Pouco tempo de tréguas lhe e nos foi dado, porque bastou uma "malha" mais 'bluesy' para outros energúmenos lançarem um ruidoso 'yeahhh!'. Aí Jarrett zangou-se, pegou na toalha e saiu do palco. O organizador do espectáculo veio a cena pedir respeito e silêncio, levou palmas da plateia e alguns apupos da galeria.

Abreviando a história; este ambiente manteve-se, o músico voltou ao palco, foi mais duas vezes interrompido pelos selvagens, e deu um concerto curto e que nunca pode chegar, nem de perto, ao que dele justamente se esperava.

Keith Jatrett saiu dali jurando que nunca mais cá punha os pés e eu saí com lágrimas de raiva por ter perdido uma oportunidade que sabia ser única, e com uma grande inquietação por esta coisa simultaneamente maravilhosa e preocupante que é a de ser português.



Já agora, recomendo a leitura do artigo de Pedro Osório sobre o seu encontro com Luís Villas-Boas.

Villas-Boas merecia uma estátua!

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[Luís Villas-Boas e Duarte Mendonça, Jazz Num Dia de Verão, 1986]

Ficaram célebres as trocas de argumentos que Villas-Boas manteve na imprensa com os detractores do jazz, aos quais, não obstante a rudeza da linguagem e o carácter primitivo e racista do pensamento, sempre respondeu com a maior diplomacia e ironia, recorrendo a expressões como "estimado correspondente", isto quando certamente lhe apeteceria utilizar outras bem mais apropriadas...

Escolhemos um dos vários exemplos para que os leitores de JNPDI! possam mergulhar no ambiente do Portugal dos anos 40 que ainda olhava para o jazz de forma desconfiada.

O título do artigo de Villas-Boas é "O Jazz continua a ser discutido, insultado, defendido, exaltado" e aqui fica uma reprodução, ainda que não integral.


O leitor que nos escreve merece a nossa especial atenção por vários motivos, entre os quais destacamos a boa argumentação e a delicadeza, que a desobriga de ter de chamar doidos e anormais aos amadores do «jazz», para defender o seu ponto de vista.

Diz-nos ele:

Devo adverti-lo de que sou cem por cento anti-música de «jazz», e que também sou um rapaz novo; contudo, por factos diversos, eu mantenho esta atitude, em virtude de:

1.º) Não considerar o «jazz» suficientemente belo, para o poder apreciar (julgo que um Gene Krupa a bater. desenfreadamente num tambor não deve ser das coisas mais agradáveis de ouvir).

Resposta:

O facto de ser um rapaz novo não é condição «sine qua. non» para se gostar do «jazz». O gosto por este género de música manifesta-se em pessoas de todas as idades. Sobre o bater desenfreado de Gene Krupa confessamos que também não é muito do nosso agrado, mas, como isso não é «jazz», continuamos a gostar deste género de música.

2.º) «Sendo nós brancos, base da civilização mundial, porque fomos buscar a música de negros? E, sendo assim, temos que reconhecer que, estudando música de raças atrasadas, vamos contribuindo para um movimento retrógrado da civilização».

Há a considerar que o «jazz» não é a música dos negros de África, primitiva, pois, espontânea e não trabalhada, mas sim a dos negros da América, homens que à face da constituição dos Estados Unidos e da religião cristã são iguais (e têm mostrado sê-lo sempre que lhes dão uma oportunidade) aos brancos.

3.º) «Também concordaria que nos nossos postos emissores transmitissem «jazz», mas por amor de quem o senhor queira, reconheça que os vários postos ocupam em média, vinte e cinco por cento dos tempos de suas emissões, no qual transmitem música de «jazz». Seria lógico um pouco menos.

Ora veja: actualmente há apenas um programa de «jazz» na rádio portuguesa (que nós saibamos pelo menos) o «Hot Club», que R. C. P. transmite. Esse programa é semanal e de meia hora. Já vê...

E por aqui ficamos, estimado correspondente. Mais gostaríamos de dizer, mas o espaço opõe-se.

L. VILLAS BOAS


Nota: Infelizmente apesar da importância de Luís Villas-Boas para o desenvolvimento do jazz em Portugal, não se encontra na internet uma única fotografia do próprio, o que dá que pensar. E só desapareceu do mundo dos vivos em 1998...

JNPDI! está a ponderar, se para tal obtiver apoios, coligir num pequeno livro os textos de Villas-Boas na imprensa portuguesa e não só. É de elementar justiça.

Vale a pena ouvir Ahmad Jamal

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Ahmad Jamal é um pianista fundamental na história do jazz e que alcançou maior notoriedade graças à influência que exerceu em Miles Davis, o qual sempre lhe prestou tributo.

Em Junho deste ano Jamal lançou um novo registo, "After Fajr", que vale bem a pena ouvir.

Quem tiver dúvidas pode ouvir excertos na Amazon.com!

Gravado ao vivo em França, no Centre des Arts, no festival de jazz de Enghien-les-Bains, Jamal tem a seu lado "velhos" companheiros de palco, o baixista James Cammack e o baterista Idris Muhammad.

Este disco, cujo título vai beber à sua filiação no Islamismo, evidencia bem a excelência muscial de Jamal e o seu lado espiritual contemplativo da vida, o qual pudemos testemunhar quando o entrevistámos em 1996 (ver post com a entrevista).

26 de agosto de 2005

Michael Bublé em Madrid

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O cantor Michael Bublé continua a esgotar pavilhões um pouco por todo o mundo e chega agora a Madrid, onde actua a 13 de Dezembro, no Madrid Arena, um moderno pavilhão multiusos situado no recinto da Casa de Campo.

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E para já é o mais próximo que vai estar de Lisboa pois a avaliar pela agenda do cantor parece que ficou adiada a actuação por cá.

25 de agosto de 2005

Miles Davis merecia melhor...

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É uma grande desilusão o CD de hoje do Let's Jazz em Público, dedicado a Miles Davis e à sua música.

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Como esta colecção só colabora com as editoras Universal e Blue Note e os melhores trabalhos de Miles Davis foram gravados para a Prestige/OJC e a Columbia... o disco que acompanha o livro pára nos anos 50 e depois dá um tremendo salto para os anos 90, sem que se explique aos leitores porquê. (era o mínimo!)

De fora ficam o primeiro quinteto de Miles, discos como Kind of Blue, as gravações essenciais com Gil Evans, o segundo quinteto, com Shorter, Hancock, Carter e Williams e toda a passagem para o jazzrock. E mesmo do período do bebop não está o solo essencial de Miles em "Now's the Time", ao lado de Charlie Parker, o tal que Red Garland toca nota-por-nota no disco Milestones.

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Ou seja, quem percebe pouco de jazz - ou está a querer perceber mais ou o essencial através desta colecção - fica com uma ideia super redutora desse génio que foi Miles Davis e não visualiza minimamente o seu impacto no jazz e na música improvisada. É como explicar Picasso sem Guernica.

O que salva a edição é o texto curto, mas super esclarecedor do João Moreira, que tão bem sintetiza no final a singularidade de Miles Davis:

Miles Davis toca a essência da música quando o normal para um músico é tocar a música

Miles merecia bem melhor e nestas condições seria preferível que não se fizesse este enfoque específico no trompetista ou que, pelo menos, se explicasse tudo o que lá falta que é mesmo praticamente tudo. Depois há analepses e prolepses no que toca à apresentação das capas dos discos, com Doo-Bop (de 1991) a surgir no meio de discos dos anos 50, por exemplo.

Não se percebem francamente os critérios e é pena porque esta colecção tem qualidade, é excelente para divulgar o jazz a um público mais vasto e podia mesmo, se não tivesse estas pechas que já inquinaram outros números anteriores, ser exportada por exemplo para Espanha, já que de lá também recebemos vários dos coleccionáveis que abundam na nossa imprensa.

Enfim, o problema das colecções é que depois de iniciadas não se podem/devem interromper, pelo que lá tive de comprar o dito CD...

Tierney Sutton "with the band"!

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Acaba de sair nos EUA o mais recente CD da cantora Tierney Sutton.

I'm with the Band é uma edição da TELARC e capta Sutton e a sua banda ao vivo no clube Birdland, em Nova Iorque, composta por Christian Jacob (piano), Kevin Axt e Trey Henry (contrabaixo) e Ray Brinker (bateria).

Pelo que já ouvimos, não temos dúvidas em afirmar que se trata de um trabalho bem interessante.

O cardápio de temas servidos pela sua voz é o seguinte:

1. Softly, As In A Morning Sunrise
2. Let's Face the Music and Dance
3. 'S Wonderful
4. Between the Devil and the Deep Blue Sea
5. Two for the Road
6. East of the Sun (And West of the Moon)
7. People Will Say We're In Love
8. If I Loved You
9. Surrey With the Fringe On Top
10. Cheek to Cheek
11. Blue Skies
12. I Get a Kick Out of You
13. The Lady Is a Tramp
14. What a Little Moonlight Will Do
15. On My Way to You
16. Devil May Care

Informação completa no site da TELARC.

Quem tem 5000 dólares para jantar com Diana Krall?

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Pois é, é esse o preço a pagar se quiser ser uma das 40 pessoas com direito a jantar com Diana Krall, no próximo dia 24 de Setembro, e a ouvi-la cantar num ambiente íntimo e reservado.

O valor em causa reverte para a luta contra o cancro dos ossos, doença que em 2002 causou a morte da mãe da cantora.

Desde esta data, Diana e a sua irmã Michelle têm colaborado com a Multiple Myeloma Research Foundation (MMRF) e é para esta entidade que reverte a totalidade dos proveitos desta noite especial, ou seja, 200 000 dólares, que bem falta deverão fazer como sempre na dispendiosa área da investigação em saúde.

24 de agosto de 2005

Cantora em fuga!

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Depois da noiva em fuga, chegou agora a vez da "cantora em fuga".

A história é real e passou-se recentemente com a relapsa Madeleine Peyroux, que já depois da gravação do seu primeiro CD, em 1996, se eclipasara, só regressando aos estúdios em 2004, para a gravação de "Careless Love" (ver post de 12 de Abril).

Na passada semana Peyroux desapareceu misteriosamente de Inglaterra, não comparecendo nas acções promocionais programadas pela editora Universal.

Certamente decontente com tal incumprimento, a Universal, qual marido enganado, resolveu contratar um detective para encontrar o paradeiro da cantora, a qual viria a ser descoberta em Nova Iorque, na companhia do seu manager.

De acordo com este, Peyroux recusa-se a fazer mais trabalho promocional ao seu mais recente CD. Já Bill Holland, da Universal, não tem papas na língua e declarou à BBC que está "farto" do seu comportamento: "She's gone off-that's what she does and she won't come back".

O manger de Peyroux veio agora dizer que tudo não passou de uma invenção da BBC e que a cantora nunca desapareceu, o que certamente será pouco credível para a Universal tendo em conta a história da primeira vez que Peyroux se eclipsou, em 1996.

Nessa altura, depois de ter lançado um primeiro disco que vendeu 250 000 exemplares, Peyroux em vez de se deixar embalar pela fama preferiu actuar nas ruas, abandonando um álbum que se encontrava a gravar em estúdio para a editora Atlantic.

O berço de todos os festivais de jazz em Portugal

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[Pavilhão do Dramático, Cascais, Julho 2005 - João Moreira dos Santos]

Neste pavilhão, agora já com os dias contados, se fez a história do jazz (e também dos Blues) entre Novembro de 1971 e Novembro de 1980, através do Cascais Jazz, o pai de todos os festivais de jazz em Portugal.

Por aqui passaram, entre tantos outros, Miles Davis, Orquestra de Duke Ellington, Orquestra de Woody Herman, Dizzy Gillespie, Sarah Vaughan, B. B. King, Orquestra de Gil Evans, Charles Mingus, Betty Carter, Sonny Rollins, Muddy Waters, Art Blakey e os Jazz Messengers, Dexter Gordon, Albert King, Orquestra de Thad Jones/Mel Lewis, Milt Jackson, Sonny Stitt, Sam Rivers, Buddy Guy, Freddie Hubbard, John Abercrombie e Phil Woods.

Seria injusto não falar dos jazzmen e grupos portugueses que tiveram aqui o seu primeiro palco ou o seu primeiro grande palco: Rão Kyao, António Pinho Vargas, Plexus, Marcos Resende e Index, quarteto Araripa, trio de José Eduardo, quinteto de Pedro Mestre ou Quinto Crescente (com Laurent Filipe).

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[Pavilhão do Dramático, Cascais, anos 70 - Duarte Mendonça]

Estamos à procura, para o nosso livro da história do jazz em Portugal, de quem tenha fotografias deste evento, autógrafos de músicos, histórias e memórias curiosas para contar, gravações, etc.

O e-mail de contacto é joaomoreirasantos@gmail.com

23 de agosto de 2005

JazzTimes completa 35 anos de publicação

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A revista JazzTimes, fundada por Ira Sabin, completa este ano 35 anos de publicação ininterrupta e para celebrar esta efeméride publica uma lista com os 50 melhores LP de jazz editados entre 1970 e 2005.

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A selecção foi realizada pelos colaboradores da revista e é divulgada na edição de Setembro, que apresenta ainda fotografias raras de, entre outros, Miles Davis, Dizzy Gillespie e Herbie Hancock.

Aqui mora um génio (1)

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JNPDI! inicia aqui a divulgação dos sites oficiais dos grandes génios do jazz.

E o primeiro, não por qualquer razão especial, mas também podia ser pela estruturação e pelo grafismo, é o de John Coltrane.

Visita-se enquanto se ouve "A Love Supreme" ou "Giant Steps".

Quem tiver o software apropriado pode mesmo ver e ouvir o solo de John Coltrane em "So What", no âmbito no programa "The sound of Miles Davis", gravado em Nova Iorque, em 2 de Abril de 1959, com o quinteto de Miles e a orquestra de Gil Evans.

O site é da responsabilidade da John Coltrane Foundation, entidade gerida, entre outros, por Alice Coltrane e Michelle Coltrane.

22 de agosto de 2005

ForUmusic dá jazz em Setembro

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É já de 1 a 4 de Setembro que decorre no Forum Lisboa o "ForUmusic", promovido pela EGEAC (Empresa de Gestão de Equipamentos e Animação Cultural / Câmara Municipal de Lisboa) e pela editora Trem Azul.

Oficialmente não recebemos qualquer informação sobre este evento (ao contrário do que sucede com tantos outras organizações de festivais, desde o mais pequeno ao maior), o que é de estranhar sendo este o blog de jazz mais visitado em Portugal, mas como não somos arrogantes nem mesquinhos e porque achamos que os nossos leitores têm o direito à informação, aqui fica o respectivo programa:

1 de Setembro

Afonso Pais Trio (21h30)
Afonso Pais (guitarra), Carlos Barretto (contrabaixo) e Alexandre Frazão (bateria).

Zé Eduardo Unit (23h00)
Zé Eduardo (contrabaixo), Jesus Santandreu (saxofone tenor) e Bruno Pedroso (bateria).

2 de Setembro

Filipe Melo Trio (21h30)
Filipe Melo (piano), Bruno Santos (guitarra) e Bernardo Moreira (contrabaixo).

Joachim Kuhn (23h30)
Joachim Kuhn (piano solo)

3 de Setembro

Wishful Thinking (21h30)
Alipio Carvalho (saxofone tenor), Johannes Krieger (trompete), Alex Maguire (piano), Ricardo Freitas (baixo eléctrico) e Rui Gonçalves (bateria).

Don Byron's Ivey Divey Trio (21h30)
Don Byron (clarinete), Jason Moran (piano) e Billy Hart (bateria).

4 de Setembro

Lisbon Improvisation Players (21h30)
Rodrigo Amado (saxofones), João Moreira (trompete), Pedro Gonçalves (contrabaixo) e Bruno Pedroso (bateria).

Sonny Fortune / Rashied Ali (23h00)
Sonny Fortune (saxofone alto) e Rashied Ali (bateria).

Os respectivos bilhetes custam 12,50 euros e encontram-se à venda na FNAC, TicketLine e bilheteira do Forum Lisboa, na Avenida de Roma (2ª, 4ª, 5ª e 6 ª feira das 10h00 às 19h00; Sábado das 14h00 às 19h00; dias de espectáculo reabre às 20h00 e encerra à hora do espectáculo)

O país do improviso no seu melhor... (2)

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[Cascais - João Moreira dos Santos]

O improviso está sempre à mão, logo ali ao virar da esquina.

Comunicação política à portuguesa

"(...) Os mais satisfeitos com a performance, a eles pertence o termo bárbaro, não a quem esta fábula vem narrando, eram os do p.d.d., que, com ar entendido, piscando os olhos uns aos outros, se felicitavam pela excelência da técnica que o chefe [primeiro-ministro] havia empregado, essa que tem sido designada pela curiosa expressão de ora-o-pau-ora-a-cenoura, aplicada predominantemente aos asnos e às mulas nos tempos antigos, mas que a modernidade, com resultados mais do que apreciáveis, reaproveitou para uso humano".

José Saramago in "Ensaio sobre a Lucidez".

Pedro Madaleno lança novo disco no Hot Clube

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É já no próximo dia 24 de Agosto que o guitarrista Pedro Madaleno lança o seu novo CD - UNDERPRESSURE - no Hot Clube de Portugal.

Neste registo, Madaleno é acompanhado por Lukas Frohlich (trompete), Miguel Amado (baixo eléctrico) e Vicky (bateria).

A edição é da portuguesa e independente Tone Of A Pitch, que apresenta nestes termos o CD em causa:

UNDERPRESSURE. Um projecto original de Pedro Madaleno, de composiçoes que revelam um caminho mágico de sons entre o Jazz, a New Age, Rock ,World Music , começado nos anos 70 com Miles Davis. Música de melodias cruzadas, contraponto constante, é dotada de grande tensão rítmica e energia. Underpressure ao vivo, não deixa descansar o publico.

21 de agosto de 2005

Relembrar um "capitão" do swing

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Se Count Basie fosse vivo completaria hoje mais um aniversário, no caso o 101º, ocasião mais do que própria para recordar quem de 1935 a 1984 dirigiu o autêntico navio almirante do swing que foi a Count Basie Orchestra, com paragem no Porto de Lisboa, em Outubro de 1956.

Recomendo vivamente a audição dos seguintes discos, especialmente, a quem nunca tomou contacto com a música de Count Basie:

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[Count Basie Swings, Joe Williams Sings]

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[Count Basie At Newport]

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[Complete Atomic Basie]

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[April in Paris]

Se só puder escolher um, então a opção correcta é...

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[Complete Atomic Basie]

A coisa está negra!

Visitando o blog Jumento dei com uma informação que já tinha visto antes na televisão, mas que ainda assim me fez pensar.

Refiro-me à moda que os fabricantes de papel higiénico estão a tentar lançar, isto é, a criação de um limpa rabos de luxo, o que lhes permite vender o mesmo produto 10 vezes mais caro graças à sede de "diferenciação" e "ostentação" que os consumidores sentem e pela qual estão a dispostos a dar o ** e 5 tostões. (peço perdão mas a natureza do assunto pedia este dito popular!)

Depois de a nossa Renova ter lançado o papel higiénico preto, que ainda poderá ter alguma utilidade, ainda que nada tenha a ver com jazz...

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... outras marcas se têm seguido, incluindo a Gucci, por exemplo.

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Tudo isto me leva a pensar em algumas questões:

- Um livro que custe 18 euros é caro... mas uns rolos de papel higiénico a 900 euros não? Ok, o da renova custa 2,5 euros por unidade, mas há outros bem mais caros.

- Com a iliteracia e falta de cultura geral que há em Portugal e no globo em geral não seria melhor imprimir pensamentos, poemas, etc?

- Com a corrupção que há em Portugal, particularmente, não seria melhor imprimir nos rolos o nome dos políticos faltosos para que nos actos eleitorais os pagantes de impostos não se deixassem enganar com promessas vãs ou súbitos asfaltamentos de estradas e ajardinamentos?

- Será que as pessoas acreditam ainda que por terem papel higiénico de luxo são mais do que as outras ou são simplesmente mais alguma coisa?

Ora aqui está, nesta questão do papel higiénico de luxo, uma ideia a que bem se podem limpar os seus criadores.

Este tipo de produtos é tudo o que a actual sociedade de consumo e egocentrada não precisa.

Enquanto uns têm fome... outros limpam os excessos da saciedade com verdadeiros rolos de "notas" de euro e dólar.

Contudo, atente-se na forma como a Renova tenta vender papel a preço de papel... moeda:

Descubra o novo papel higiénico preto RENOVA: ouse ser moderno e utilize um produto na fronteira entre a decoração e a arte, entre o luxo o mundano.

Produto ou objecto?

Cabe-lhe a si descobrir! Docemente perfumado com uma fragrância requintada, dará um novo toque ao ambiente da sua casa de banho?


A isto se chamam em português argumentos de merd*!

Só falta dizerem-nos que com este papel higiénico seremos mais felizes, mais bem sucedidos, mais cultos e respeitados. Aliás, a publicidade da Renova já ousa sugerir algumas destas associações, para já confinadas aos sentimentos e às relações.

Quem quiser que enfie o barrete...

20 de agosto de 2005

O País do Improviso no seu melhor...

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[Vila Nova de Milfontes, Agosto de 2005 - João Moreira dos Santos]

Quando não se sabe escrever e o importante ainda assim é comunicar... improvisa-se e já está!

De pequenino se... aprende a gostar de jazz

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Aqui fica um post à atenção dos pais que sonham conquistar para o jazz os seus mais directos descendentes de palmo e meio.

Há mais um livro que pretende, na terra do Tio Sam, claro, ensinar às crianças o gosto pelo jazz.

A ideia é original e pretende realmente prender a atenção dos mais pequenos. É que a viagem pelo jazz e pela sua história é feita através do cão Django (cujo nome deriva certamente do guitarrista Django Reinhardt) que quer aprender a tocar jazz e conquistar assim o seu dono, um apaixonado por esta música singular.

E como jazz sem som é como um livro sem palavras, a acompanhar este vem um CD com alguns temas que pretendem iniciar os mais novos no "som da surpresa".

A autoria é de Tyra Neftzger e o livro estará disponível a partir de 28 de Setembro.

Neste site há mais informação disponível.

19 de agosto de 2005

Jamie Cullum "volta" em Outubro

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[Foto: João Moreira dos Santos - Freeport]

Desenganem-se pela leitura do título aqueles que pensam já que Cullum volta a Portugal.

Sucede é que em Outubro, como já havíamos noticiado, é lançado o seu mais recente trabalho discográfico - Catching Tales.

Gravado em Londres e em Los Angeles, a faixa principal deste disco, Get Your Way, resulta da colaboração com Dan the Automator (Gorillaz and Handsome Boy Modeling School fame).

O novo CD, o terceiro de Cullum, gravita essencialmente em torno de temas da autoria do cantor, embora tenha ainda espaço para standards como I Only Have Eyes for You e Our Day Will Come.

15 de agosto de 2005

Parabéns, Oscar!

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Oscar Peterson completa hoje 80 anos, mais de 60 deles dedicados ao jazz e ao piano.

No site deste pianista é possível ter uma ideia resumida da sua carreira e da sua importância no jazz, ele que foi o natural sucessor do virtuosismo de Art Tatum.

Quanto a discos, deixamos aqui a referência de alguns dos tidos como mais importantes.

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Infelizmente, grande parte deles, para não dizer a esmagadora maioria, são difíceis de encontrar por cá.

Se de todos estes apenas puder escolher um e estiver limitado orçamentalmente, então opte por este, que custa pouco menos de 6 euros na FNAC do Colombo (isto enquanto durar a promoção):

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