31 de julho de 2005

87 anos de Hank Jones!

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[Foto: João Moreira dos Santos]

O pianista Hank Jones completa hoje, 31 de Julho, 87 anos de vida. De jazz são mais mais de 60 Primaveras em que este grande pianista da escola de Detroit se cruzou musicalmente com músicos como Hot Lips Page, Howard McGhee, Coleman Hawkins, Andy Kirk, Billy Eckstine, Ella Fitzgerald, Charlie Parker, Artie Shaw, Benny Goodman, Lester Young, Cannonball Adderley...

Sobre a sua longevidade já tínhamos falado, no final do concerto que o quarteto de Joe Lovano e Hank Jones realizou na Casa da Música, com o baterista Lewis Nash, que então nos disse sobre Jones: "Ele está bem e vai tocar até aos 100 anos de idade como o Eubie Blake!"

PS: Quanto à foto acima foi obtida num momento de sorte, quando Hank Jones chegava às traseiras da Casa da Música. Com um tímido mas resoluto "Mr. Hank Jones?" se meteu conversa com esta lenda viva do piano e se convenceu o octogenário pianista a posar para a foto. "Tire depressa senão depois não consigo dar com o caminho". Acedemos, claro.

Pena capital para A Capital

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O jornal A Capital encerrou ontem as suas páginas aos leitores, volvidos que são 37 anos de publicação ininterrupta.

Este facto tem para mim especial importância pois foi neste mesmo jornal que há precisamente 10 anos, em Julho de 1995, comecei a escrever sobre jazz, mantendo-me como colaborador nesta área até 1999/2000, quando da venda deste título ao grupo que agora o encerrou.

Dividia as páginas da cultura com José Duarte, que também aí escrevia, o que deve ser coisa rara num jornal português isto de haver dois críticos, um sénior e um júnior, a escrever sobre jazz!

Para A Capital efectuei inúmeras crónicas de concertos (a primeira sobre Ray Brown no Estoril Jazz), entrevistas (a primeira que Diana Krall concedeu a um órgão de comunicação social português) e antevisões de espectáculos.

A equipa da secção de cultura, que foi a que conheci, era fantástica, inicialmente sob a coordenação de Célia Pedroso (que me possibilitou a entrada no jornal por conselho de um colega meu de faculdade), depois chefiada por Francisco Barbosa e, finalmente, pelo meu amigo Rui Tentúgal, também ele um apaixonado pelo jazz e que publicou textos meus na primeira e última página do jornal, uma honra para qualquer jornalista, quanto mais para um simples colaborador...

Nesta hora quero, pois, solidarizar-me com todos os colaboradores actuais de A Capital, cujo futuro profissional fica seriamente ameaçado por este encerramento prematuro mas expectável em face do decréscimo que se vinha registando nas vendas em banca deste título.

Tal acto de solidariedade estende-se também à redacção e equipa global do Comércio do Porto, jornal que acompanhei no exercício das minhas funções profissionais durante mais de 10 anos.

All the best and don't give up!

30 de julho de 2005

Sarah Vaughan: The Divine One!

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Este é um DVD bem interessante para todos os admiradores da voz de Sarah Vaughan (me included!).

Aqui se conta a história da sua carreira, desde o início, na Mt. Zion Baptist Church, em Newark, New Jersey, passando pela sua estreia no Apollo Theater.

Aqui se podem ver e ouvir actuações ao vivo da inimitável Sassy, assim como o testemunho de amigos, núsicos e familiares, incluindo Billy Eckstine, Roy Haynes, Joe Williams, George Gaffney, Ada Vaughan (mãe) e Paris Vaughan (filha).

Uma das canções que mais prende a atenção é a balada, em tempo muito lento, "The Shadow of your Smile". BEla letra, melhor voz, sobrebo acompanhamento:

The shadow of your smile
When you are gone
Will color all my dreams
And light the dawn

Look into my eyes
My love and see
All the lovely things
You are to me

Our wistful little star
Was far too high
A teardrop kissed your lips
And so did I

Now when I remember spring
All the joy that love can bring
I will be remembering
The shadow of your smile


Sarah Vaughan actuou apenas uma vez entre nós, no Cascais Jazz 1973, infelizmente com péssimas condições sonoras e com enorme cansaço devido a problemas com a viagem de avião, que obrigou ao adiamento do concerto para um dia após o previsto. Sarah passou também pelo Hot Clube, queria cantar, mas o agente assim não o permitiu...

Foi pena, pois teria sido uma página importante na história do clube que nunca ali apresentou nenhum das grandes vozes do jazz.

Neste DVD os seus amigos e músicos contam várias histórias de bastidores. Uma das mais engraçadas é a que Roy Haynes testemunha quando afirma que numa certa digressão com a orquestra de Count Basie, nos anos 50, Sarah resolveu saltar para o lugar do motorista, agarrar-se ao volante e assumir ela própria a condução do autocarro da banda. Isto nos anos 50 era seguramente pouco ortodoxo, ainda para mais nuns EUA com segregação racial.

Um senão deste DVD: é zona 1 e por isso não é lido por todos os leitores de DVD.

Demasiado caro!

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Este DVD sobre Keith Jarrett já está à venda nas FNAC, mas é infelizmente muito caro.

Nada menos do que 32,00 euros!

Em compensação, na WORTEN do Colombo pode comprar-se o seguinte DVD por apenas 14,00 euros...

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29 de julho de 2005

E por falar em Anita O'Day...

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... aqui fica a letra do célebre tema:


LET ME OFF UPTOWN
(Redd Evans / Earl Bostic)

Anita O'Day & Roy Eldridge (with Gene Krupa & his Orchestra)

(falado)
Anita: Hey Joe
Roy: What d'ya mean Joe, My name's Roy
Anita: Well come here Roy and get groovy
You bin uptown?
Roy: No I ain't bin uptown but I've bin around
Anita: You mean to say you ain't bin uptown?
Roy: no I ain't bin uptown, what's uptown?

(cantado)
Anita: If it's pleasure you're about
And you feel like steppin' out
All you've got to shout is
Let me off uptown

If it's rhythm that you feel
Then it's nothing to conceal
Oh, you've got to spiel it
Let me off uptown

Rib joints, juke joints, hep joints
Where could a fella go to top it

If you want to pitch a ball
And you can't afford a hall
All you've got to call is
Let me off uptown

(falado)
Roy: Anita, oh Anita, say I feel somethin'
Anita: Whatcha feel Roy? The heat?
Roy: No it must be that uptown rhythm
I feel like blowin'
Anita: Well blow Roy, blow.

(Roy Eldridge finaliza com solo de trompete)

BD Jazz encerra primeira série com Charlie Parker

Dia 8 de Agosto encerra a primeira série da colecção DB Jazz promovida pelo Diário de Notícias. Nesse dia será possível, por 9,90 euros, levar para casa um pouco da música de Charlie Parker.

Mas já que se fala em BD Jazz vale a pena tecer aqui algumas considerações sobre a mesma.

Por que razão resolveu o DN, repentinamente, dispensar as versões originais e encomendar trabalho criativo a autores portugueses?

Nada temos, obviamente, contra dar oportunidade à expressão criativa dos nossos ilustradores e argumentistas, mas não faria mais sentido que houvessse coerência, isto é, que toda a colecção fosse desde o início da autoria de portugueses?

É que assim arriscamo-nos a ter algo que não é carne nem é peixe... algo tão tipicamente português.

Ou será que as lojas que comercializam as versões originais em francês (significativamente mais caras) protestaram e o DN viu-se obrigado a criar algo diferente para o público português e que assim não entrasse em concorrência com a FNAC?

Não se percebe sinceramente esta súbita mudança de rumo. E será para continuar ou a colecção vai regressar aos autores originais?

Responda quem souber!

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Sobre a edição de hoje, dedicada a Anita O'Day, é de realçar o tema "Let Me Off Uptown", gravado com Gene Krupa (mestre da bateria que se exibiu em Lisboa nos anos 90) e com o genial Roy Eldridge.

É um clássico e existe uma versão gravada para televisão que é um verdadeiro must! Infelizmente a RTP deixou de passar este tipo de programas, nomeadamente uma série dedicada à voz no jazz, apresentada por Carmen McRae.

Pois, é mais é futebol... e concursos.

Para quem procurar mais do que isso pode ler a autobiografia de Anita O'Day e perceber os altos e baixs de uma cantora que passou por várias dependências. Que se saiba, o futebol não foi uma delas! :) Talvez por isso ainda esteja viva intelectualmente.

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Grandes concertos agora em CD!

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Nestes últimos dias temos estado a transcrever, finalmente, as gravações das tradicionais cassetes aúdio para novos e modernos CD.

De súbito, eis de novo a oportunidade de ouvir grandes concertos como o de John Abercrombie no Palácio Fronteira e no Hot Clube de Portugal (na foto), em Maio de 1989, ou de Lee Konitz com Pedro Madaleno, também no Hot (foto seguinte).

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Neste momento estamos a transcrever o concerto de David Liebman no Palácio Fronteira (1990). E que concerto! Há um momento sublime em que o saxofone soprano de Liebman fica a solo só com o chilrear dos pássaros... E há um excelente tema do baixista Ronan Guilfoyle: "Slightly Blues".

A grande questão passa por acharmos que estas gravações deveriam ser partilhadas, mas na verdade perdeu-se o hábito de as pessoas se juntarem para sessões públicas de audição.

What to do?

28 de julho de 2005

Philipp Weiss: o jazz europeu tem uma nova voz

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Philipp Weiss é alemão, nascido em Munique em 1971, canta jazz e dele se espera o melhor.

Acaba de lançar o seu terceiro CD, «You Must Believe in Spring», onde conta com o trio de Steve Khun (Billy Drummond e David Fink) e os convidados Lew Soloff, Eric Alexander e Tim Bolden.

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Mark Murphy, aclamada voz do jazz, compara-o a Johnny Hartman e Kurt Elling, embora a nós nos faça lembrar um pouco Kevin Mahogany, e dele diz o seguinte:

Here is a great present to you, the listener. Just at a time when one might think that nothing is left worthy to the ears, here's music done with a jazz simplicity, sung from a place singers have seemed to forgotten to sing from... THE HEART!

JNPDI! já ouviu este CD e recomenda a sua audiçãio, sobretudo a quem gosta de uma voz calma, relaxante, sem grandes virtuosismos, mas que sabe criar ambiente emocional.

A faixa 11 tem na verdade outra escondida, um original de Weiss: "Burden".

Uma avaliação mais correcta do talento de Weiss apenas poderá ser feita mediante a sua audição ao vivo. É aí que se pode realmente apreciar todo o talento de uma voz no jazz, quando ela se solta e improvisa. Nos discos de estúdio, normalmente a voz é certinha...

Fiat lux!

Graças ao n.º 10 da colecção Let's Jazz em Público fiquei finalmente a saber qual o título do mítico tema que serve de indicativo ao programa 5 Minutos de Jazz.

Dá pelo nome de Lou's Blues e é extraído deste disco, esgotado, de Lou Donaldson, entitulado «The Time Is Right»:

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26 de julho de 2005

Estoril Jazz em imagens - Parte IV

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[Foto de João Moreira dos Santos]

Terminamos hoje a reportagem fotográfica relativa ao Estoril Jazz 2005, com destaque para o concerto de Roy Haynes, o qual consideramos o melhor dos seis que tiveram lugar no Parque Palmela.


JAPP - Jazz At Palmela Park (8 Julho 2005)

Este ano o JAPP reuniu um sexteto cujos solistas eram três saxofonistas alto, isto para melhor homenagear Charlie Parker por ocasião dos 50 anos da sua morte.

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[Foto de João Moreira dos Santos]

Jesse Davis, Wess Anderson e Vincent Herring (por esta ordem na fotografia) foram acompanhados por uma secção rítmica de luxo, composta pelo pianista Ronnie Mathews, pelo contrabaixista Ray Drummond e pelo mítico baterista Jimmy Cobb.

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[Foto de João Moreira dos Santos]

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[Foto de João Moreira dos Santos]

Dos três saxofonistas acabou por se destacar Vincent Herring, sem dúvida o melhor em palco e o mais Parkeriano.

Já na indumentária o "Óscar" vai directamente para Wess Anderson, pelos seus magníficos sapatos de pele de crocodilo pintada em vários tons de azul! No itnervalo do concerto haveríamos de lhe perguntar em tom de brincadeira: "where do you get those shoes that we can't find them here in Portugal?!"

Custa a creditar que, como nos confidenciava Ray Drummond no final do espectáculo, já dentro da carrinha que o transportaria ao hotel, este super grupo se formou para se apresentar ao vivo quatro vezes, nenhuma delas nos EUA, a pátria de Parker...

É caso para dizer que em muitos casos a Europa ainda continua a ser o El Dorado para o jazz. E também que nós, espectadores do Estoril Jazz, tivemos realmente um certo privilégio em vê-los por cá.


Roy Haynes (9 Julho)

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[Foto de João Moreira dos Santos]

Roy Haynes é uma personagem por si só. Apesar dos seus 80 anos, ele é a alegria em pessoa e nos camarins nem uns toques de sapateado faltaram. É conversador, tem estilo (algo que manteve dos anos 50 quando integrava o grupo de Miles Davs e com ele "competia" pelo uso dos melhores fatos) e sabe criar empatia com a audiência.

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[Foto de João Moreira dos Santos]

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[Foto de João Moreira dos Santos]

Com Roy Haynes vinha um grupo que recebe a designação de Fountain of Youth, justamente por se tratar de um combo de jovens músicos. De entre estes destacou-se claramente o saxofonista Marcus Strickland. Lembram-se das baladas?

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[Foto de João Moreira dos Santos]

No final, Roy Haynes agradeceu o apoio entusiástico da plateia e pediu desculpa por não pode tocar mais, mas o avião partia demasiado cedo na manhã do dia seguinte...

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[Foto de João Moreira dos Santos]

Na bagagem fez questão de levar um par de garrafas do nosso vinho do Porto, isto depois de o ter provado nos camarins e também com ele ter criado empatia.


Count Basie Orchestra (10 Julho)

A orquestra de Count Basie (sem o conde, entenda-se) era uma das mais aguardadas formações deste Estoril Jazz e, em nossa opinião, não defraudou as expectativas, excedendo mesmo, porventura, a prestação ali assinada em 1992.

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[Foto de João Moreira dos Santos]

Talvez por isso mesmo, foi uma casa cheia que, tal como há 13 anos, recebeu esta lendária orquestra do swing, este ano a comemorar 70 anos de actividade!

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[Foto de João Moreira dos Santos]

Dirigida pelo trombonista Bill Hughes, agora que Frank Foster se encontra incapacitado por razões de saúde para continuar a sua regência, a grande estrela da companhia estava porém sentada na bateria e dá pelo nome de Butch Miles.

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[Foto de João Moreira dos Santos]

Quem o viu e ouviu sabe bem porquê!

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[Foto de João Moreira dos Santos]

Joe Williams já não está entre nós, ele que veio com a orquestra de Count Basie que actuou em 1956 no cinema Império, pelo que coube a Melba Joyce assegurar a voz da orquestra em temas como "All of Me".

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[Foto de João Moreira dos Santos]

Os seus largos kilos, havia quem falasse em 120!, quase a impossibilitaram de cantar, tal era o inchaço nos pés, situação que foi resolvida com uma equipa da produção a ir de emergência ao centro de saúde local em demanda de ligaduras providenciais. E foi assim, já devidamente ligada, que Melba actuou na segunda parte do espectáculo.

Canta bem, tem uma bela voz e uma óptima presença. Não é uma Sarah nem um Ella, mas lembra fisicamente Mahalia Jackson.

Hot Clube reonovado

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Durante o período em que esteve encerrado, em Junho, o velhinho Hot Clube da Praça da Alegria beneficiou de algumas obras no seu interior, nomeadamente no bar e no palco, como as fotografias demonstram.

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Entretanto, aqui deixamos a programação de Julho e Agosto:

JULHO
21, 22, 23 - QUINTA a SABADO
Trio de Vasco Agostinho
Vasco Agostinho (guitarra)
Hugo Antunes (ctb) Bruno Pedroso (bat)

27 QUARTA
Rodrigo Gonçalves -?Tribology?
Perico Sambeat (sax a) Mário Delgado(guit) Rodrigo Gonçalves (piano)
Demian Cabaud (ctb) Alex. Frazão (bat)

29, 30 - SEXTA e SABADO
AGOSTO ?Triosphere?
Steffen Schorn (sax bar; clarinete bx)
Roger Hanschel (sax alto;sop)
Dirk Mündelein (guitarras)
em colaboração com o Goethe-Institut Lissabon

5, 6 - SEXTA e SABADO
Antonio Faraò Trio - Itália
Antonio Faraò (piano)
Nelson Cascais (ctb) Bruno Pedroso (bat)

11, 12, 13 - QUINTA a SABADO
?Sound of Choice?
Hasse Poulsen (guitarra) Lars Juul (bateria)
Frederik Lundin (saxofones)
colaboração: Jazz em Agosto da F.C.G.Danish Jazz Federation / Embaixada da Dinamarca

18, 19, 20 - QUINTA a SABADO
Quinteto de Sara Serpa
Sara Serpa (voz)
Jorge Reis (sax alto) André Matos(guitar)
Nelson Cascais (ctb) Bruno Pedroso (bat)

25, 26, 27 - QUINTA a SABADO
?Eurobots?+David Binney
David Binney (sax alto)
A. Fernandes (guitarra) J.Chandler (orgão) João Lencastre (bateria)

25 de julho de 2005

Jazz na montanha

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De 28 a 30 de Julho há jazz nos Alpes franceses.

O Festival de Jazz de Serres decorre à beira de um lago, rodeado por montanhas, na proximidade da pequena vila medieval de Serres.

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Já as jam-sessions têm por cenário um género de catacumbas, na verdade uma cave medieval localizada no centro histórico da vila.

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Assim junta-se, realmente, o útil ao agradável. E França tem realmente sabido aproveitar os cenários naturais ou antigos, como o faz o Jazz à Vienne, para enquadrar o jazz.

Por cá esperamos não sei porquê e continuamos, sendo um país de bom tempo, a encafuar as pessoas em auditórios, isto enquanto se podia rentabilizar o investimento na cultura à promoção do património arquitectónico e natural. Estou a imaginar um festival de jazz no Douro, por exemplo, ou em Sintra, nos jardins do Palácio de Monsaraz.

Mas isso... isso era ser criativo e criatividade em Portugal só para o futebol e para o disparate e para o desperdício!

24 de julho de 2005

O puto que ousou criticar Miles Davis...

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A história é engraçada e quem a conta é o puto que um dia se virou para Miles Davis e lhe disse: "You don't play correct".

Esse puto é hoje um homem de 60 e alguns anos e, além de médico, tornou-se num respeitável músico de jazz que, felizmente, tivemos já a oportunidade de ver e ouvir por várias vezes em Portugal.

Refiro-me a Eddie Henderson.

A história do(s) encontro(s) com Miles Davis conta-a ele em entrevista ao site All About Jazz.

Aqui fica:

Jazz trumpeter extraordinaire Eddie Henderson always had talent. After all, his first informal lesson on the instrument at the age of 9 was from Louis Armstrong. But his studies went well beyond that. As a teenager he was learning legitimate trumpet at the San Francisco Conservatory of Music and performing with the San Francisco Conservatory Symphony Orchestra. Proper technique is always the cornerstone of such an undertaking. And so it was with a bit of brashness, and a dash of innocent ignorance, that he spoke to a friend of his parents sometime in 1957 as the two drove down a city street.

Young Eddie didn't know the man well, but had just accompanied him to a gig in San Francisco. "You don't play correct", the teenager told the driver, who promptly screeched the car to a halt.

"What the fuck are you playing?"? intoned the man in a gravely voice. "I play trumpet", the boy responded.

"Yeah. I'll BET you play trumpet", said Miles Dewey Davis III as he threw the car back in gear and drove on.

"Actually, I really didn't know who he was", says Henderson in early June, recalling the incident.

"Miles is so very special to me because when I was in high school he stayed in my parents' house when he came through town about 1957, '58 and '59 in San Francisco. I was going to the conservatory then studying classical music. I saw him do all these songs live when I was much younger".

Miles returned to the Bay area about nine months after that day in the car, Henderson recounted. "In the interim, I found out who he was and bought records. So he walked in my house. My mother was taking pictures. I got my trumpet and said, 'Man, you gotta hear this.' I played with the record. So I ran up to him and said, 'How do you like that?' and he said, [affecting Miles trademark voice] 'You sound good. But that's me.' That was my first revelation".

"These are important things for the predecessors to relay to the people coming up. You should emulate, not imitate", explained Henderson, noting that he also received other tips from Miles. ?My stepfather said, 'Show him something.' So he wrote on a napkin, four notes implying a C7 chord. I'm looking at him, and he said, 'Man, don't look at me. Look at the music!' That's about as far as it went as far as formal sitting down stuff, but by going and hearing him play, I learned so much without words".


Em 2003, Henderson gravou o disco So What, em homenagem a Miles Davis.

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23 de julho de 2005

O jazz que aí vem!

A editora Universal/Verve tem um apreciável conjunto de novidades e reedições discográficas para lançar até ao final do ano, sendo de destacar os novos discos de Diana Krall (Count Your Blessings - Novembro) e Jamie Cullum (em Outubro), certamente os mais ansiados pelos amantes do cool jazz.

Vamos então às principais novidades e reedições, por ordem cronológica:

19.7.05
Sammy Davis Jr. & Carmen McRae - Boy Meets Girl: The Complete Sammy Davis Jr. and Carmen McRae on Decca - Catalog/Reissues - Verve

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26.7.05
Jimmy Witherspoon/Brother Jack McDuff - The Blues Is Now (LPR) - Catalog/Reissues - Verve Reissues

Sarah Vaughan - After Hours At The London House (LPR) - Catalog/Reissues - Verve Reissues

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Dinah Washington - I Wanna Be Loved (LPR) - Catalog/Reissues - Verve Reissues

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30.8.05
Charlie Haden - Not In Our Name - New Release - Verve Int'l

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Bobby McFerrin - Live In Montreal (DVD) - New Release - Verve

13.9.05
Yusef Lateef - Psychicemotus - Catalog/Reissues - Impulse

Freda Payne - After The Lights Go Down Low (LPR) - Catalog/Reissues - Impulse

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Gabor Szabo - Spellbinder (LPR) - Catalog/Reissues - Impulse

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27.9.05
Gato Barbieri - Chapter Four: Alive In New York (LPR) - Catalog/Reissues - Impulse

Oliver Nelson - Live From Los Angeles (LPR) - Catalog/Reissues - Impulse

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Pharoah Sanders - Elevation (LPR) - Catalog/Reissues - Impulse

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11.10.05
John Coltrane - Live at The Half Note - Catalog/Reissues - Impulse

25.10.05
Jimmy Smith - Christmas Cookin' (LPR) - Catalog/Reissues - Verve Reissues

A aguardar data de alnçamento ficam ainda um disco ao vivo de Herbie Hancock e um registo do trompetista Roy Hargrove.

22 de julho de 2005

Coltrane sai do armário...

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[Foto de www.downbeat.com]

Bem, não é propriamente John Coltrane que sai do armário, mas literalmente uma gravação ao vivo que foi recentemente encontrada no roupeiro da família Coltrane.

Isso mesmo!

É já no dia 11 de Outubro que a editora Impulse! lança o inédito duplo CD que leva o título de One Down, One Up: Live at The Half Note.

Este registo capta Coltrane e o seu quarteto clássico - McCoy Tyner, Jimmy Garrison e Elvin Jones - em concerto no clube Half Note, isto em Março e Maio de 1965.

Entre os temas gravados encontram-se "One Down, One Up", "Afro Blue", "Song of Praise" e "My Favorite Things".

As liner notes são de Ashley Kahn, responsável pelo magnífico livro que documenta a gravação da obra prima de Coltrane, que é A Love Supreme, e a produção é de Ravi Coltrane, filho de John Coltrane.

A idade do jazz-band

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Entre Julho de 1922 e Fevereiro de 1923, António Ferro, que viria nos anos 30 a dirigir o Secretariado da Propaganda Nacional, realizou no Brasil uma série de conferências subordinadas ao modernismo, encontrando no irreverente e original jazz, que então rompia na Europa e no Mundo, o paradigma de uma nova sociedade.

Estas palestras tiveram lugar no Rio de Janeiro, em São Paulo, Santos e em Belo Horizonte e vieram a dar origem ao livro "A idade do jazz-band", editado em Portugal em 1924.

Este livro, que já conhecia de o consultar em bibliotecas, chegou-me agora às mãos através do empenho de Augusto Mayer, que muito tem contribuído para o futuro livro da história do jazz em Portugal.

De resto, António Ferro terá sido, numa das suas deslocações aos EUA, porventura o único português a ver ao vivo Bessie Smith, cuja actuação aliás descreve num bar do Harlem de NYC, ainda que sem nunca mencionar directamente o seu nome.

É meu projecto e sonho que um dia esta e outras peças que venho a reunir possam incorporar um futuro museu do jazz em Portugal, que bem podia ficar instalado em Cascais, dada a proeminência que este Concelho assumiu, através de Luís Villas-Boas e do Cascais Jazz e, posteriormente, de Duarte Mendonça e do Jazz Num Dia de Verão/Estoril Jazz, na divulgação deste género musical no País.

21 de julho de 2005

De 11 a 15 de Agosto há Jazz em Lagos

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Está aí à porta a quarta edição do Lagos Jazz, evento apoiado pela Câmara Municipal de Lagos e pela Faro Capital Nacional da Cultura 2005, e que decorre de 11 a 15 de Agosto.

A organização é do trompetista Hugo Alves, a quem damos a palavra em discurso directo:

Dia 11 de Agosto, pelas 18:00h no Salão Nobre da Câmara Municipal, apresenta-se uma pequena conferência: ?O Jazz Em Portugal: um breve retrato?, por António Branco. O New Orleans andará pelas ruas pouco depois, e já pela noite, no Auditório do Centro Cultural de Lagos, a OJL abre o Festival com o solista convidado Miguel Martins, num repertório que muito abrange a História das Big Bands pelo Séc. XX.

Dia 12 de Agosto, chega a noite do meu Taksi Trio. Devo salientar que este projecto muito deve a várias entidades, mas logo à partida à FCNC2005 que distinguiu e apoiou a própria edição do CD com um Alto Patrocínio. Sobem comigo ao palco: Jorge Moniz (bateria) e Rodrigo Monteiro (contrabaixo).

Dia 13 de Agosto, a primeira noite internacional chega-nos pela mão do pianista Antonio Ciacca. Embora desconhecido em Portugal, está associado a um dos grandes nomes que ainda nos deleita: Benny Golson. Ciacca tem acompanhado regularmente aquele músico nos últimos anos, depois de ter acompanhado Steve Lacy. Apresenta-se em Trio Patrick Boman (contrabaixo) e Owen Hart (bateria). O Jazz mais ?clássico? numa grande estreia em Portugal!

Dia 14 de Agosto, outra estreia no nosso País, desta feita com músicos polacos. Embora longe de nós, a Polónia é um dos países que muitos e bons músicos na área do Jazz tem produzido. Krisztof Wolinski apresenta-nos um quarteto eléctrico, com um repertório de originais, alguma fusão e blues, e com uma instrumentação muito interessante que resulta numa sonoridade muito singular: violino, guitarra eléctrica, baixo eléctrico e bateria. Wolinski tem um percurso longo no Jazz, iniciado em 1978, com vários discos gravados, música escrita para bailado e teatro, aparições com músicos americanos, muito Jazz pela Europa.

Dia 15 de Agosto, a última noite, é já uma ?obrigação? do nosso Festival, chega a hora de os nossos alunos mostrarem o que aprenderam nas workshops a que assistiram. Os docentes estarão presentes e darão a sua orientação e ajuda se necessária, num concerto que tem muito mais importância do que se imagina! Segue-se a entrega de Diplomas por representante da Câmara Municipal de Lagos e professores. e... para o ano cá estaremos, se nos deixarem! A todos, um óptimo Lagos Jazz!

Além dos concertos há ainda um conjunto de workshops com Hugo Alves (coordenação pedagógica, trompete/big band); Guto Lucena (saxofone/combo); Peter Wetherhill (trombone/combo); Krisztof Wollinski (guitarra/combo); Antonio Ciacca (piano/combo);
Rodrigo Monteiro (contrabaixo/combo); Jorge Moniz (bateria/combo).

Mãe e filho juntos em estúdio

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O pianista Bill Charlap e a vocalista Sandy Stewart têm mais em comum do que a música: laços familiares de filho e mãe.

Juntos vão lançar em Setembro o seu primeiro CD conjunto, o qual leva o título de Love Is Here to Stay.

Entre os temas deste trabalho a editar pela Blue Note contam-se "It Might As Well Be Spring", "Dancing on the Ceiling" e "Here I Am in Love Again".

20 de julho de 2005

And his mother called him Bill...

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Billy Strayhorn foi um dos grandes compositores do jazz e o grande companheiro musical de Duke Ellington, assinando êxitos como "Lush Life", "Take the A Train" ou "Day Dream".

Três meses após a sua morte, em Maio de 1967, Ellington e a sua orquestra entraram em estúdio para gravar um disco de homenagem, que recebeu o título de "And his mother called him Bill".

Este disco é absolutamente essencial na discografia de qualquer amante de jazz, sendo de destacar os solos de Johnny Hodges em "Day Dream" e "Blood Count", assim como o arranjo de "Lotus Blossum".

Os vários livros de recensão de discos de jazz raramente lhe atribuem menos de cinco estrelas em cinco...

Infelizmente, é um disco difícil de encontar no mercado nacional.

Já agora, vale a pena ouvir grande disco que o grande saxofonista Joe Henderson dedicou precisamente à música de Billy Strayhorn:

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É obrigatório ouvir... pelo menos. Nem que seja na fonoteca, a que tão poucas pessoas recorrem e que permite a consulta online do catálogo bem como a audição de excertos dos registos em base de dados.

18 de julho de 2005

E por falar em política...

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[Legenda: é sabido que a porcaria atrai os cães]

Os leitores deste blog já sabem que JNPDI! trata de jazz mas por vezes, quando as situações bradam aos céus, não consegue deixar de intervir política ou civicamente.

Neste caso publicamos esta imagem como protesto contra a atitude do Banco Espírito Santo relativamente à comunicação social, particularmente o Grupo Impresa, ao qual decretou um boicote publicitário por não estar de acordo com o tratamento editorial (leia-se divulgação das más notícias) sobre os seus negócios.

Este é em nosso entender um atentado à liberdade de informação, tão mais grave quanto a maior parte dos órgãos de comunicação social está hoje dependente da publicidade e nas mãos de privados, que já por si tratam a informação como uma mercadoria. Assim o têm evidenciado autores como Ignacio Ramonet.

O fenómeno dos blogs, pela sua total independência económica, é uma esperança contra estas tentativas de manipulação dos media pelo poder empresarial e dos negócios ou políticos.

É sintomático o poder empresarial pugnar pela liberalização e pelo funcionamento do mercado, mas depois estrangular alguns actores do mercado quando estes não funcionam de acordo com os seus interesses.

Se não fossem os jornais e as televisões não teríamos sabido da história dos sobreiros, etc.. e dos executivos do BES que foram intimados pela justiça (detidos?).

Charlie Haden volta a fazer das dele

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Charlie Haden volta a usar a música como veículo de opinião política volvidos que são 34 anos sobre os incidentes no Cascais Jazz.

Desta vez o contrabaixista e a sua Liberation Orchestra editam a 30 de Agosto um registo que é um autêntico manifesto contra as opções políticas da administração de Bush a nível nacional e internacional.

Not In Our Name é o nome deste trabalho, o qual desde já louvamos pois entendemos que os músicos não podem viver isolados do contexto que os rodeia e têm direito (e legitimidade) a intervir politicamente. Este é também um acto de coragem.

Tematicamente o disco está organizado em torno de compositores norte-americanos, com a excepção de uma peça da autoria de Antonin Dvorak:

- ?Not in Our Name? (Charlie Haden)
- ?This Is Not America? (Pat Metheny, Lyle Mays, David Bowie)
- ?Blue Anthem? (Carla Bley)
- ?America the Beautiful? (medley)
- ?Amazing Grace? (Traditional)
- ?Goin? Home? (from Largo of the New World Symphony) Antonin Dvorak
- ?Throughout? (Bill Frisell)
- ?Adagio? (from Adagio for Strings) (Samuel Barber)

A edição é da Verve/Universal.


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