Grandes concertos agora em CD!
Nestes últimos dias temos estado a transcrever, finalmente, as gravações das tradicionais cassetes aúdio para novos e modernos CD.
De súbito, eis de novo a oportunidade de ouvir grandes concertos como o de John Abercrombie no Palácio Fronteira e no Hot Clube de Portugal (na foto), em Maio de 1989, ou de Lee Konitz com Pedro Madaleno, também no Hot (foto seguinte).
Neste momento estamos a transcrever o concerto de David Liebman no Palácio Fronteira (1990). E que concerto! Há um momento sublime em que o saxofone soprano de Liebman fica a solo só com o chilrear dos pássaros... E há um excelente tema do baixista Ronan Guilfoyle: "Slightly Blues".
A grande questão passa por acharmos que estas gravações deveriam ser partilhadas, mas na verdade perdeu-se o hábito de as pessoas se juntarem para sessões públicas de audição.
What to do?
9 Comments:
"What to do?"
Há alguns meses atrás, se calhar há mais de um ano, enviei-lhe uma mensagem onde, por alto, tocava no assunto.
Penso que, o jazz, pode ser motivo para encontros fora dos habituais (clubes e concertos). Aqueles permitiríam não só o intercâmbio de experiências auditivas, como seriam uma forma pedagógica de ouvir os "experts" (músicos, críticos, radialistas, etc...) falarem sobre esta música fascinante. Ou seja, ajudar a "educar" os ouvidos de quem se interessa por algo mais para além simples acto de ouvir música passivamente.
Na altura, dizia-lhe que, no meu caso, sentía falta de oportunidades para me envolver mais no jazz, para além de ouvi-lo individualmente em casa, ir a alguns concertos e ler algum material escrito (revistas, blogs, etc...). Por motivos pessoais e profissionais, tenho pouca disponibilidade para ir a clubes.
Só é necessário um espaço, um "animador" (no bom sentido da palavra), material de reprodução de som e... os interessados surgirão.
ruimdhfernandes@iol.pt
É uma questão a ponderar com muito interesse. Vamos ver se surgem mais interessados.
;)
Obrigado pelo comentário e pelo interesse.
Sou um dos interessados... também eu (um modesto trabalhador fabril é no fundo o que sou)pouco tenho tempo para me envolver mais no Jazz: ouço em casa, tento divulgar entre a família e os colegas de trabalho, e lá consigo ir a uns concertos aqui e ali. Mas só...
Caro Mateus,
Achei interessante o seu comentário. Em que trabalha concretamente? E como se interessou pelo jazz?
Já agora o mesmo se aplica ao Rui Fernandes.
Sempre achei interessante conhecer melhor o perfil dos leitores deste também modesto JNDPI!
¿What to do? P2P (eMule). ;-)
Viva gente.
Realmente a escuta comentada de jazz e a troca de "visões" sobre a música é fundamental para desenvolver o gosto pelo Jazz. Em Junho passado convidei o Raul Vaz Bernardo a vir a Torres Vedras comentar alguns filmes em que o Jazz é uma referência importante.
(Anatomia de um crime", "Belarmino",etc. ) pouquíssima gente no Cine-Teatro na 1ª sessão mais á medida que o ciclo ia avançando.Estou certo que, em continuando o público lá estaria em maior número.
Fiquei com vontade de organizar no próximo ano sessões públicas de escuta de Jazz comentado por uma ou mais pessoas.
Irei dando notícias se isso vier a acontecer.
josemenezes@netc.pt
Pelos vistos, é uma questão de persistência que "gente interessante e interessada" aparecerá. Se calhar, não devería deixar fugir esta oportunidade. Eu serei um dos que quero aprender, pois para ensinar Jazz, pouco ou nada sei. Apenas gosto.
Respondo agora ao João Moreira dos Santos:
Sou médico e comecei a ouvir Jazz há cerca de 20 - 22 anos (entre os 16 e os 18 anos) através do empréstimo de alguns discos duma pessoa amiga. Depois foi só continuar...
Por mim, vamos para a frente.
Já agora pergunto ao José Menezes:
essa iniciativa que teve foi organizada individualmente ou no seio de uma organização? No caso de ser esta última situação qual é a organização?
ruimdhfernandes@iol.pt
Caro João,
Trabalho na Indústria de Curtumes, em Alcanena (mas vivo nem Lisboa). Como a empresa pertence ao grupo restrito de coisas que funcionam bem em Portugal, vejo-me obrigado a viagens constantes pela Europa e algumas vezes EUA e mesmo México. Empresa que não se desdobra para estar próxima dos clientes é ultrapassada, como sabemos. Comecei a ouvir Jazz já nos anos 70: tenho um amigo que na época conseguia todos os discos das novas tendências brasileiras em primeira mão, foi assim que conheci Caetano Veloso, Gilberto Gil, Gal Costa, etc. Daí a passar para João Gilberto, depois às gravações com o Stan Getz,e por aí fora, foi o que aconteceu.
Aqui em Portugal as pessoas que vejo interessadas em Jazz são a excepção: são-no certamente nos meios rurais e industriais.Mas a divulgação é tão diminuta...uma ideia que tenho tido últimamente é a seguinte: um disco de "standards" de músicas portuguesas em Jazz ajudaria a que as pessoas começassem a apreciar? Teus olhos Castanhos será um disparate? e tantas outras músicas conhecidas, do que será o Great Portuguese Song Book. É que na minha perspectiva, é muito mais fácil para um leigo compreender o Jazz através de uma melodia bem conhecida do que através de uma composição que nunca ouvida.
Esta mensagem já vai longa, peço desculpa. Mas estou de férias...
Viva Rui Fernandes.
Essa iniciativa teve lugar no âmbito do TVedrasJazz, um festival que eu "inventei" em Torres Vedras associado á escola de Jazz local a qual eu dirijo.Acho que em torno de um festival deve haver acções de carácter mais ou menos pedagógico (debates,audição comentada,workshops) que ajudem o público (o mais e o menos especializado) a abordar o Jazz.Já agora visite p.f. www.tvedrasjazz.com
José Menezes
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