31 de maio de 2007

Roteiro do Jazz na Visão

A revista Visão publica hoje duas páginas, no seu guia Visão Sete, sobre o Roteiro do Jazz que organizamos no próximo Sábado, dia 2 de Junho.

visao1.jpg

visao2.jpg

Entretanto, o Roteiro foi alargado, contando agora com 25 paragens, a que correspondem 25 locais históricos do Jazz em Lisboa dos anos 20 aos anos 50.


P R O G R A M A

10h00 - ENCONTRO

1 - Teatro da Trindade (10h00: ponto de encontro)
2 – Livraria Barateira
3 - Restaurante "Primavera do Jerónimo"
4 - Teatro São Luiz
5 - Teatro São Carlos
6 - Discoteca Columbia
7 - Casa Valentim de Carvalho
8 – Custódio Cardoso Pereira
9 - Café Chave D'Ouro
10 - Teatro Nacional D. Maria II
11 - Casa Odeon
12 - Bristol Club
13 - Clube Majestic/Monumental

13h00 - ALMOÇO (livre)

1 – Arcádia (14h00: ponto de encontro)
2 - Coliseu
3 - Olympia
4 - Condes
5 - Eden
6 - Salão Foz
7 - Clube Maxim's
8 - Clube Bal Tabarin Montanha
9 - Clube Alhambra (referência)
10 - Discostudio
11 - CUJ - Clube Universitário de Jazz
12 - Hot Clube de Portugal (1.ª e 3.ª e actual sede)

Participação musical: Maria Viana (voz) e António José de Barros Veloso (piano)

18h00 - FIM DO ROTEIRO

O custo por cada participante é de 25 blue notes (15 para jovens até aos 25 anos). Para casais haverá um desconto, passando as inscrições a custar 20 blue notes por pessoa.

As inscrições podem ser feitas através do e-mail roteirodojazz@gmail.com ou por comparência no ponto de encontro no próprio dia.

30 de maio de 2007

JazzTimes de Junho

200706_cover_large.jpg

Destaque para o saxofonista Joshua Redman, que se apresenta no Estoril Jazz a 13 de Julho.

Kind of Blue visto por Baptistão

kindofblue1.jpg?et=

O caricaturista paulista Baptistão, um dos mais talentosos artistas da sua geração e frequente colaborador do jornal Estado de S. Paulo e da revista Veja, caricaturou desta forma os músicos que em 1959 participaram com Miles Davis na gravação do disco Kind of Blue.

51atgWhL0PL._AA240_.jpg

29 de maio de 2007

Há Jazz no Festival Músicas do Mundo

Byron%20Don%20(Cory%20Wells%20Braun)%201r.jpg

Realiza-se entre 20 e 28 de Julho, em Sines e Porto Covo, mais uma edição do Festival Músicas do Mundo, que apresenta nada menos do que 32 concertos com artistas dos cinco continentes, repartidos por quatro palcos, um na aldeia de Porto Covo, junto ao Porto de Pesca) e três na cidade de Sines (Castelo, Avenida da Praia e Centro de Artes).

Entre estes encontram-se alguns espectáculos de jazz e outros de música improvisada, dos quais destacamos:

SÁBADO, 21 DE JULHO

No segundo dia de música em Porto Covo, o americano Don Byron (na foto), um dos mais importantes clarinetistas do jazz do mundo, traz a Porto Covo o disco de 2006 "Do The Boomerang", onde visita a música de Junior Walker, pioneiro da música soul dos anos 60. Às 21h30.

DOMINGO, 22 DE JULHO

Entre os grupos mais interessantes do jazz centro-europeu, os húngaros Djabe abrem a noite, às 21h30, com o seu encontro de música improvisada, tradição popular húngara, ritmos de todo o mundo e referências do rock progressivo.

Às 23h00, um espectáculo em estreia mundial. Karl Seglem é um dos melhores saxofonistas noruegueses. Rão Kyao foi o músico que levou o saxofone ao fado e trouxe a flauta oriental à música portuguesa. Juntam-se, pela primeira vez, no FMM 2007.

SEGUNDA, 23 DE JULHO

Segunda-feira, o festival transita para Sines.

Marcel Kanche e Ttukunak preenchem a primeira noite no Auditório do Centro
de Artes de Sines. O cantautor Marcel Kanche é uma figura especial da música de França. Entre a chanson française, o jazz e o rock experimental, tem recebido elogios
entusiásticos da imprensa do seu país e internacional. Às 21h30.

TERÇA, 24 DE JULHO

Dia 24, ainda no Auditório do Centro de Artes, sobe ao palco o violinista Jacky Molard é uma instituição da música da Bretanha. Regressa a Sines em 2007, pela primeira vez num grupo com o seu nome, onde aproxima a música bretã da música irlandesa, do jazz "manouche" e de sons orientais. Às 23h00.

QUARTA, 25 DE JULHO

Dia 25, um momento sempre esperado: a música arranca no Castelo, e, este ano, um dia mais cedo, logo na quarta-feira.

O maior percussionista do mundo, o indiano Trilok Gurtu, é o primeiro a subir ao palco, às 21h30, com o quarteto de cordas italiano Arkè String Quartet e a cantora Reena Bhardwaj. Uma fusão indo-mediterrânica, com o lirismo das cordas e o fogo das percussões.

QUINTA, 26 DE JULHO

No Castelo, lugar ao contrabaixista português Carlos Bica, um dos melhores músicos de jazz da Europa. Acompanhado dos americanos Frank Möbius e Jim Black e do DJ alemão Ill Vibe apresenta-se às 21h30 com o seu projecto mais emblemático, "Azul".

SEXTA, 27 DE JULHO

Sexta-feira, 27, a Oceania estreia-se no festival. O pianista neo-zelandês Aron Ottignon está em Sines com o grupo Aronas para um concerto de jazz com um caldeirão de influências, entre elas os ritmos das ilhas da Polinésia. A ouvir na praia, às 19h30.

Com pouco mais de 30 anos, Hamilton de Holanda foi considerado pelo mestre Hermeto Pascoal "o maior bandolinista do mundo". Animal de palco, toca de forma vertiginosa um repertório de música popular, erudita e jazz. Às 21h30, com o seu quinteto.

Às 23h00, o mais famoso quarteto de saxofones do mundo, o World Saxophone Quartet, regressa a Sines com "Political Blues", jazz condimentado de blues e muito funk, com letras que criticam o clima político dos Estados Unidos contemporâneos.

SÁBADO, 28 DE JULHO

Às 21h30, já no Castelo, uma cantora desconcertante, Erika Stucky. Tradição suíça, rock, pop alternativa e jazz vanguardista desaguam num imaginário muito pessoal. Acompanha-a para a estreia em Portugal o grupo Roots of Communication.

Todas as informações aqui.

28 de maio de 2007

Benny Goodman



Benny Goodman (1909-1986) completaria esta semana, a 30 de Maio, 98 anos.

JNPDI! recorda o "rei do swing" e a sua orquestra em "Sing, Sing, Sing", tema interpretado por este clarinetista e, entre outros, por Gene Krupa (bateria) e Harry James (trompete), numa gravação do filme "Hollywood Hotel" (1937).

Em Janeiro de 1938 Goodman atingia um dos picos de sucesso da sua carreira, ao actuar no Carnegie Hall, em Nova Iorque.

26 de maio de 2007

Paulo Gil participa no Roteiro do Jazz

DSCN2616.jpg
João Moreira dos Santos e Paulo Gil (Março 2007)

É com muita honra e satisfação que noticiamos a participação de Paulo Gil no Roteiro do Jazz na Lisboa dos Anos 20/50, o qual vem enriquecer em muito este projecto que, recorde-se, conta já com a participação musical de António José de Barros Veloso e de Maria Viana e com a previsível intervenção de Augusto Mayer, sócio fundador do Hot Clube de Portugal e responsável pela descoberta, nos anos 50, da actual e histórica sede, na Praça da Alegria.

Paulo Gil dispensa também apresentações, ele que foi um conceituado crítico de Jazz (tendo desde os anos 60/70 escrito para várias publicações da imprensa nacional, desde a revista Flama ao jornal O Século), responsável editorial da Valentim de Carvalho (1970/1984), autor e apresentador do célebre programa "O Som da Surpresa" (emitido pela RTP desde 1986), um dos primeiros jovens sócios do Hot Club de Portugal (onde ingressou ainda nos anos 50 a convite de Luís Villas-Boas) e que actualmente é promotor, entre outros, dos festivais Seixal Jazz e Ciclo Internacional de Jazz de Oeiras. Para além disso, como bem demonstrou no evento Parabéns, Luís Villas-Boas, é ainda um exímio scat singer!

O roteiro decorre no próximo dia 2 de Junho e consiste num passeio pedonal pelos espaços de Lisboa onde decorreram as primeiras manifestações de Jazz em Portugal, visitando os teatros, clubes, cafés-concerto e antigas lojas de discos.

Com início no Teatro da Trindade, o Roteiro cruza-se com as actividades de espionagem realizadas por Josephine Baker em Lisboa, nos anos 40, passa pelo restaurante onde a Vénus negra almoçou em 1939, visita clubes como o Bristol e o Maxim, relembra o histórico café Chave D’Ouro (onde se realizaram as primeiras jam-sessions públicas em Portugal) e termina no Hot Clube de Portugal – fundado em 1950 por Luís Villas-Boas – com a actuação especial de Maria Viana (voz) e António José de Barros Veloso (piano).

O Roteiro do Jazz é guiado por João Moreira dos Santos, autor dos livros O Jazz Segundo Villas-Boas e Duarte Mendonça: 30 anos de Jazz em Portugal, do blog Jazz No País do Improviso, colaborador da revista Blitz, do site norte-americano AllAboutJazz e antigo crítico de jazz do jornal A Capital (1995/99) e das revistas O Papel do Jazz (1997) e All Jazz (2001/2004).

Este Roteiro teve a sua primeira edição em Junho de 2005, numa organização conjunta de João Moreira dos Santos e o Centro Nacional de Cultura, na qual participaram cerca de 40 pessoas.

Na sua segunda edição o programa (aumentado) tem a seguinte agenda:

10h00 - ENCONTRO
1 - Teatro da Trindade (10h00: ponto de encontro)
2 - Restaurante "Primavera do Jerónimo"
3 - Teatro São Luiz
4 - Teatro São Carlos
5 - Discoteca Columbia
6 - Casa Valentim de Carvalho
7 - Café Chave D'Ouro
8 - Teatro Nacional D. Maria II
9 - Casa Odeon
10 - Bristol Club
11 - Clube Majestic/Monumental

13h00 - ALMOÇO (livre)
1 – Arcádia (14h00: ponto de encontro)
2 - Coliseu
3 - Olympia
4 - Condes
5 - Eden
6 - Salão Foz
7 - Clube Maxim's
8 - Clube Bal Tabarin Montanha
9 - Clube Alhambra (referência)
10 - Discostudio10
11 - CUJ - Clube Universitário de Jazz
12 - Hot Clube de Portugal (1.ª e 3.ª e actual sede): Participação musical: Maria Viana (voz) e António José de Barros Veloso (piano)*


18h00 - FIM DO ROTEIRO


* Sujeito a um mínimo de 10 inscrições

O custo por cada participante é de 25 euros (15 para jovens até aos 25 anos) e o passeio só se realizará com um mínimo de 20 inscrições. Para casais haverá um desconto, passando as inscrições a custar 20 euros. Os eventuais interessados deverão inscrever-se por e-mail até ao final da presente semana: roteirodojazz@gmail.com


I ROTEIRO DO JAZZ - 2005

DSCN1200.jpg

O passeio começou junto ao Teatro São Carlos, onde pela primeira vez o jazz entrou em 1925, aí voltando 50 anos depois, em 1975, com Bill Evans e Eddie Gomez, num concerto organizado por Luís Villas-Boas e Duarte Mendonça, em pleno "Verão Quente".

DSCN1201.jpg

O Presidente do CNC, Dr. Gulherme d'Oliveira Martins e João Moreira dos Santos (autor do roteiro e de JNPDI!) recebem os participantes nesta odisseia. Oliveira Martins explicou a importância do grupo do Orpheu na estética do jazz, um enquadramento muito útil para situar esta linguagem musical no âmbito das artes e da renovação por que estas passaram no início do Século XX.

DSCN1211.jpg

O Roteiro do Jazz passou pelo cinema Condes (onde Don Byas tocou nos anos 40) e pelo Clube Maxim's, então instalado no Palácio Foz.

DSCN1213.jpg

O grupo do Roteiro do Jazz, constituido por mais de 40 pessoas, a caminho do Clube Bal Tabarin Montanha. Nunca antes se viu nas ruas de Lisboa tanta gente reunida em torno do jazz... o que não deixou de espantar os respectivos moradores.

DSCN1216.jpg

Um dos pontos de visita foi o edifício onde esteve em tempos instalado o Clube Bal Tabarin Montanha, por onde o Jazz passou a partir dos anos 20.

DSCN1219.jpg

A visita terminou em beleza, no Hot Clube de Portugal, um dos mais antigos clubes de jazz a nível mundial, com o respectivo presidente, Eng.º Bernardo Moreira, a fazer a história desta instituição e do seu fundador, Luís Villas-Boas.

DSCN1223.jpg

Recorrendo a um gramofone que foi propriedade de Luís Villas-Boas e actualmente integra o espólio do Hot Clube, Bernardo Moreira explica, para deleite dos visitantes, o funcionamento destes aparelhos onde nos anos 20 a 40 se ouvia o jazz que chegava a Portugal.

DSCN1226.jpg

No prato do gramofone tocou o disco mais antigo da colecção de Luís Villas-Boas, e agora do Hot, uma belíssima versão de "Tiger Rag", gravada em 1921, pela Original Dixieland Jazz Band. E que bem que funciona o gramofone e que bom som ainda debita!

DSCN1231.jpg
O roteiro terminou ao som do jazz, com o piano de António José de Barros Veloso.

Ainda a Maria João no Maxime

Aqui fica um excerto vídeo do tema "Rosa", filmado pelo nosso amigo Miguel Henriques.

25 de maio de 2007

Maria João brilha no Maxime

MariaJoao007.jpg

Assistimos ontem ao concerto de Maria João no Maxime, um espectáculo mais intimista do que o realizado há semanas na Festa do Jazz do São Luiz e que teve algumas novidades e particularidades.

As novidades consistiram basicamente na interpretação de dois temas que tinham ficado, com muita pena nossa, fora do alinhamento do São Luiz, fundamentalemente por condicionantes de tempo e que no Maxime foi possível apresentar. Referimo-nos a "Retrato em branco e preto" e "Escurinha", dois temas muito fortes do novo CD João e que Maria João interpretou muito bem, especialmente o segundo, que foi quanto a nós um dos momentos altos da noite, juntamente com "Rosa" e "Dor de cotovelo" (Ah grande Maria João!!).

MariaJoao020.jpg

Quanto às particularidades obviamente que a primeira é o espaço em si, mais intimista, a proporcionar mais contacto com os músicos. A segunda tem a ver com o guitarrista Mário Delgado que, se no São Luiz esteve longe de conseguir demonstrar o seu real valor, no Maxime evidenciou bem a sua elevada competência tanto como solista como acompanhante, para satsifação auditiva de muitos dos presentes (incluindo nós).

Maria João soma e segue na sua carreira, está bem rodeada de músicos, continua a apresentar trabalhos que reflectem a sua identidade e tem, além disso, um clube de fãs que a segue por quase todos os concertos, vendendo discos, t-shirts e puxando pela banda.

MariaJoao015.jpg
Pedro Mendes, presidente do clube, e Catarina Coelho

24 de maio de 2007

Maria João no Maxime hoje e amanhã

bioMM2.jpg

Conforme aqui noticiámos ontem, Maria João actua hoje (24) e amanhã (25) no Maxime, na Praça da Alegria, em Lisboa, a partir das 23h00, acompanhada por Mário Delgado (guitarra), Eleonor Picas (harpa), Demian Cabaud (contrabaixo) e Alexandre Frazão (bateria).

Os bilhetes valem 15 euros e podem ser adquiridos unicamente através de contacto directo com o Maxime pelo telefone 21 346 70 90 ou por compra directa no local, a partir das 22h00.

Jazz às Quintas no café Nicola

3aebe247.jpg

A partir de hoje e até ao final de Julho o Nicola volta a ser um café-concerto de qualidade, apresentando Jazz às quintas-feiras, pelas 20.00 horas.

Com os ENCONTROS NICOLA o afamado café do Rossio retoma a tradição cultural que detém desde os tempos áureos de Bocage, propondo "uma programação que aposta na qualidade de novos projectos, jovens talentos que surgem no panorama do jazz português e alguns nomes já bem conhecidos".

Em parceria com a VH Produções, responsável pela programação musical, o Café Nicola propõe os seguintes concertos:

MAIO

24 Maio - À Descoberta de Novas Vozes Mariana Zenha (a convite de Gualdino Barros)
Mariana Zenha: voz
Gualdino Barros: bateria
Diogo Vida: piano
Zeca Neves: contrabaixo

31 Maio - Conversas (Improvisadas) de Café
Gonçalo Marques: trompete
André Carvalho: contrabaixo

JUNHO

14 Junho - O Nicola Descobre... Zurugudo
Gonçalo Prazeres: saxofone alto
Nuno Costa: guitarra
João Custódio: contrabaixo
João Rijo: bateria

21 Junho - À Descoberta de Novas Vozes - Joana Castro e Costa (a convite de Gualdino Barros)
Joana Castro e Costa: voz
Gualdino Barros: bateria
Piano e contrabaixo (a designar)

28 Junho - Conversas (Improvisadas) de Café
Beatriz Portugal: voz
Nuno Ferreira: guitarra

JULHO

5 Julho - O Nicola Descobre... G2CB
Vasco Agostinho: guitarras
Francisco Costa Reis: guitarras
Contrabaixo (a designar)

12 Julho - Conversas (Improvisadas) de Café
Gonçalo Prazeres: saxofone alto
Bruno Santos: guitarra
João Custódio: contrabaixo

19 Julho - À Descoberta de Novas Vozes: Marta Mira (a convite de Gualdino Barros)
Marta Mira: voz
Gualdino Barros: bateria
Piano e contrabaixo (a designar)

26 Julho - O Nicola Descobre... Four & More
Alexandre Dahmen: piano
Ivan Silvestre: saxofone alto e soprano
Pedro Pinto: contrabaixo
Rudolfo Neves: trompete
Joel Silva: bateria

Maria João apresenta João no Maxime



Hoje e amanhã Maria João apresenta o seu mais recente CD, João, em dois concertos no Maxime, em Lisboa, na Praça da Alegria.

Os espectáculos começam às 23h00 e cada bilhete vale 15 euros.

23 de maio de 2007

Homenagem a Luís Villas-Boas

369797559_0e37f9bbce_o.jpg

O fotógrafo Dionísio Leitão presta no seu site homenagem ao "pai" do Jazz em Portugal, publicando a foto que acima reproduzimos, que capta Villas-Boas em pleno Cascais Jazz, algures nos anos 70.

K_Jazz.jpg

Entretanto, temos recebido alguns e-mails em reacção (até agora só positivas) ao livro O Jazz Segundo Villas-Boas,

Estoril Jazz: Assinaturas superam expectativas

XXVIEstorilJazz2007-Cartaz.jpg

A campanha de venda antecipada de assinaturas para o Estoril Jazz superou as expectativas do produtor do mais antigo festival de Jazz realizado em Portugal, ficando muito acima do registado em anos anteriores.

A tal facto não é estranha a qualidade dos músicos que sobem ao palco do Parque Palmela em Julho, considerando Duarte Mendonça o elenco do próximo Estoril Jazz "talvez o melhor dos últimos 17 anos".

Este ano o festival vai ser promovido pela primeira vez no canal Mezzo, muito embora, como já aqui noticiámos, mesmo sem tal publicidade já tenham chegado à produção pedidos de bilhetes provenientes da Nova Zelândia, Canadá e Inglaterra.

Os bilhetes avulsos deverão chegar aos locais habituais a partir do início de Junho.

Dargil passa a representar a MaxJazz

max185a13.gif

A DARGIL, a loja e distribuidora portuguesa de Jazz mais antiga do país, passa a representar em Portugal o catálogo da editora norte-americana MaxJazz, para a qual gravam músicos como Mulgrew Miller, Jeremy Pelt, Dena DeRose, Terell Stafford, Carla Cook, Nancy Wilson ou Russell Malone.

Com esta nova aquisição, conquistada à concorrência, a Dargil representa agora cerca de 50 marcas discográficas, entre as quais se contam as prestigiadas e importantes ECM (que engloba "apenas" músicos que vão desde Keith Jarrett a Jan Garbarek, Charles Lloyd etc), ENJA, High Note, MPS, Storyville, SteepleChase e a portuguesa Tone Of A Pitch, que gradualmente vem consolidando a sua actividade e assumindo importância no mercado nacional.

A MaxJazz foi fundada em 1998 por Richard McDonnell.

A Dargil foi criada em 1970, em Lisboa, nascendo da soma do gosto pessoal dos seus proprietários pela música com a descoberta de que ela existia fora das multinacionais e do seu circuito de vendas. Tendo começado com o jazz - que, através da representação de prestigiados catálogos, continua a ser um dos seus núcleos duros - a distribuição da Dargil alargou-se a outras áreas, abrangendo hoje variadíssimas etiquetas de música clássica, todas elas expoentes de qualidade e primando pela diferença, quer nas obras editadas quer na valia dos intérpretes, além de títulos da Música do Mundo e da música religiosa.

Downbeat Junho 2007

07_03.jpg

E o destaque vai para o trompetista Jeremy Pelt, que tivemos oportunidade de ouvir em 2006 por duas vezes, uma no Estoril Jazz, com Gary Smulyan, e outra no Ciclo Internacional de Jazz de Oeiras, com o seu próprio quarteto.

ESTORIL JAZZ 2006

DSCN0031.jpg
Foto de João Moreira dos Santos


DSCN0082.jpg
Foto de João Moreira dos Santos


DSCN0107.jpg
Foto de João Moreira dos Santos

DSCN0148.jpg
Foto de João Moreira dos Santos

DSCN9930.jpg
Foto de João Moreira dos Santos

DSCN9875.jpg
Foto de João Moreira dos Santos

Ciclo Internacional de Jazz de Oeiras

DSCN2180.jpg

Foto de João Moreira dos Santos

22 de maio de 2007

Stacey Kent no CCB a 30 de Maio

stacey2.jpg

Stacey Kent sobe ao palco do Centro Cultural de Belém no próximo dia 30 de Maio, para um espectáculo que se adivinha intimista e especial. Com Gershwin e Sinatra a iluminar-lhe o caminho, a cantora norte-americana viaja para Portugal com a promessa de novo álbum.

Kent é uma cantora de jazz inesperada. Com formação superior em linguísticas e literatura (talvez advenha daí a sua elogiada expressividade vocal), iniciou a sua carreira musical em Oxford. Lá conheceu o saxofonista Jim Tomlinson, com quem viria a casar-se mais tarde, e juntos decidiram apostar numa vida ligada ao jazz.

Depois de um ano de formação na Escola de Música de Guildhall, Kent entregou-se à cena de jazz londrina na companhia de Tomlinson. Com uma só demo, a cantora conseguiu assegurar um pequeno papel no filme «Ricardo III» e um contrato com uma editora discográfica. Depois de editar Close Your Eyes em 1997, Kent recolheu os mais rasgados elogios, tanto por parte da crítica como do público, e desde então não parou de cantar.

Porter, Ellington e Gershwin são apenas alguns dos compositores que gosta de cantar, e Nat King Cole e Frank Sinatra duas das suas grandes influências. Com uma voz límpida e uma dicção impressionante, Stacey Kent é uma das grandes revelações do jazz da última década. Recentemente resgatada pela conceituada editora discográfica Blue Note, Kent prepara-se para editar novo álbum em Setembro de 2007.

[Texto da produtora: Incubadora d'Artes]


Preço dos Bilhetes:

1ªPlateia: 27,50
2ªPlateia: 25
Laterais: 25
Camarotes Centrais: 27,50
Camarotes Laterais: 25
1ºBalcão: 22,50
2ºBalcão: 20
Balcão Lateral: 22,50
Galerias: 15,00
Laterais deficientes: 15,00

Conceição Lino canta Gershwin e Porter

jn_artigo_conceicao.jpg

A jornalista Conceição Lino, conhecida pelos seus programas informativos na SIC, canta hoje no Teatro Maria Matos (no MM Café), pelas 22h30, temas de George Gershwin e Cole Porter, inserida na rubrica Cantores Improváveis, que tem lugar todas as quartas-feiras do mês.

20 de maio de 2007

Jaco Pastorius, oh yeah!

Hoje JNPDI! propõe aos seus leitores a memória de Jaco Pastorius, músico que foi o grande inovador do baixo eléctrico, mudando por completo a sua função e sonoridade, fazendo dele um instrumento solista e um instrumento de apoio rítmico muito presente ao longo da música.

Esta última faceta é bem visível neste concerto de 1979 em que Pastorius toca com Joni Mitchel e Pat Metheny.



No seguinte vídeo, Pastorius interpreta "Teen Town" com o grupo Weather Report, um dos mais bem sucedidos e conhecidos projectos de fusão do Jazz com o Rock. Nos telcados está Joe Zawinul, no saxofone soprano Wayne Shorter



Em 1978, novamente com os saudosos Weather Report, em "Birdland", cuja melodia toca no seu baixo em super harmónicas.



Do mesmo ano, "Black Market" e "Scarlet Woman".



De recordar que os Weather Report actuaram em Portugal, porém sem Jaco Pastorius.

Nos bastidores da gravação de um disco de Jazz

donfriedman2007_8.jpg

Victor L. Schermer escreveu para o site AllAboutJazz, de que somos colaboradores, um interessante artigo sobre como se grava um disco de Jazz, tendo acompanhado em estúdio o pianista Don Friedman, o contrabaixista Martin Wind, o baterista Tony Jefferson e o guitarrista Peter Bernstein, este como convidado especial de Friedman.

O artigo pode ser lido aqui.


O resultado final, o disco, só sai em Junho, mas já tem capa e título: Waltz for Marilyn.

waltzformarilyn_200.jpg

JNPDI! conta ainda este ano fazer semelhante trabalho em torno de um jazzman português, o que já está projectado há algum tempo, mas só se deverá concretizar lá para Setembro.

19 de maio de 2007

Um toque de Jazz

Um programa de Manuel Jorge Veloso, emitido pela Antena 2 aos Sábados e Domingos às 24.00, com webcast em mms://rdp.oninet.pt/antena 2)

Sábado, 19.05.07 – Novos discos (6) – «Unicity» (Edward Simon); «Hiden Treasures» (Gary Smulyan); «Minsarah» (Florian Weber); «Crazy Girl» (Andrzej Winnicki’s Komeda Project); «Prevue of Tomorrow» (Peter Madsen); «Night & The Music» (Fred Hersch); «Organic-Lee» (Lee Konitz / Gary Versace); «Solo» (Gonzalo Rubalcaba).

Domingo, 20.05.07 – Concertos Europeus – «Live at The Blue Note» - «Democracy Now» pelo sexteto de Kenny Werner (piano) com Kenny Wheeler (trompete), Matt Shulman (trompete), David Sanchez (saxofones), Scott Colley (contrabaixo) e Brian Blade (bateria), numa gravação realizada em 02 e 05.02.06.

Mandamentos para uma leitura alinhada e politicamente correcta do Jazz

Em face da polémica suscitada pelo artigo sobre o (des)concerto de Evan Parker no CCB, achámos por bem retirar algumas conclusões dos "esclarecedores e construtivos" comentários que recebemos, compilando um conjunto de mandamentos para uma divulgação politicamente correcta do Jazz... Quem quiser ver aqui um pouco dos conselhos de Maquiavel ao príncipe é livre de o fazer.

Aqui ficam, pois, os 10 mandamentos para quem queira escrever sobre Jazz sem ser ofendido nem considerado imbecil pela opinião que se pretende impor como dominante nesta área...

1 - Não escreverás sobre Jazz dito moderno, mas se tiveres mesmo de o fazer dirás que tudo é fantástico, maravilhoso, absolutamente extraordinário, sobretudo se for organizado pela Trem Azul Jazz Store, a qual deves sempre louvar porque assim está instituído. E não te apoquentarás nem acharás injusto ou estranho que se um dia eventualmente propuseres um certame parecido ao organizado por esta entidade para um qualquer organismo público de cultura este mesmo organismo te diga que não tem verba ou que o jazz não é prioridade, mesmo que tenha programado um festival para esse ano; acharás isso mera coincidência e acreditarás estar num país em que cunhas, amizades e compadrios e lóbis são coisas inventadas pelos jornais e por políticos e gente que se apresenta como séria... Finalmente, não te esquecerás, obviamente, de dar 5 estrelas a todos os discos saídos desta casa, sob pena, de não o fazendo, seres considerado obtuso, quadrado e demodé;

2 - Não tocarás nas vacas sagradas, vulgo free jazz e pseudo vanguardismos, mesmo que quando entrevistares músicos de renome (como sucedeu com um que recentemente se apresentou na Culturgest) este te confidencie em off-record que concorda contigo. Por alguma razão ele te pediu para não publicares o que te disse e se ele que é mais velho e experiente assim o faz deves fazer como ele;

3 - Não ousarás ter um pensamento independente e crítico. Em vez disso filiar-te-ás num grupo de opinion-makers e assim não serás atacado por tudo e por todos. Perderás, porém, a tua liberdade e serás obrigado a fazer concessões e a alinhar pelo pensamento corrente desse grupo, que sempre te protegerá, mesmo que dele discordes. É natural que te sintas um pé de microfone, um desalmado, mas pelo menos asseguraste alguma paz;

4 - Não dirás o que pensas, mas sim o que os outros acham que deves pensar para seres considerado um pensador justo, equilibrado e credível. Gerarás, assim, muitos comentários positivos no teu blog e até é possível que algum lóbi sugira o teu nome para uma entrevista num programa de televisão;

5 - Criarás, se possível, um grupo de indefectíveis seguidores alinhados com o teu pensamento. Para tal deverás recrutar pessoas o mais básicas possível (e que de preferênciam tenham como característica não pensar de todo) para que não tenham opinião própria e sempre te sigam, servindo de controleiros e de trauliteiros quando assim for necessário, poupando-te ao desgaste da tua imagem;

6 - Se vires uma mostra de jazz organizada por uma loja e nessa dita mostra te deparares com um folheto cujos melhores discos do ano são por acaso quase todos editados pela dita loja, calar-te-ás. Se tal não te for de todo possível, dirás apenas que o dito folheto apresenta "uma visão muito particular do jazz" e assim não dizendo nada também não te comprometerás nem suscitarás críticas indesejadas no teu blog. Pensando bem chegarás à conclusão que o ditado "em terra de cegos quem tem um olho é rei" sempre fez sentido nesta terra e que afinal de contas até o Camões só tinha um olho e vê onde ele chegou...;

7 - Acreditarás ser mera coincidência e até positivo que um certo jornal tenha entre os seus críticos de jazz pessoas ligadas à dita loja. E se não acreditares ser mera coincidência esforçar-te-ás por achar que isso até é positivo. E ainda... se leres nesse jornal que fulano tal é o melhor improvisador de jazz em Portugal, mesmo que os músicos assim não o considerem, acharás isso natural porque neste país cada um tem de se safar e se isso foi escrito e ninguém contestou passa a ser verdade e, por outro lado e ainda mais importante, o rapaz só está a fazer pela sua vida;

8 - Não gostarás de jazz clássico ou mainstream e mesmo que gostes não o dirás em público, logrando apenas dizer que esse tipo de jazz jaz desde que Charlie Parker morreu. Assim sendo, manifestárás o teu apreço por tudo o que é moderno e pseudo vanguardista e assim mostrarás estar muito à frente e ter uma visão ampla do que se passa no jazz, mesmo que naquilo que ouves nada se passe desde os anos 60. À semelhança da pintura, apreciarás qualquer borrão e verás em qualquer músico que não percebas um génio, sobretudo se ele for capaz de fazer urros e uivos com o seu instrumento. Se por acaso te aperceberes que ele não domina sequer os rudimentos técnicos do instrumento, dirás que o mais importante é a expressão do seu sentir. Se nada disso for suficiente, diz que a música dele se filia num movimento político de revolta e leva os teus leitores a pensar que ainda estamos na fase do Martin Luther King;

9 - Terás duas caras e duas escritas. Uma para os amigos, a verdadeira, e outra para os leitores, a que te convém;

10 - Acima de tudo, e que isto guie a tua vida, não ousarás jamais ter qualquer iniciativa no jazz pois bem vistas as coisas se nada fizeres nem disseres de nada poderás ser acusado e ninguém se sentirá lesado ou ferido no orgulho por não ter feito ou dito aquilo que tu ingenuamente fizeste ou disseste;

O abaixo não assinado,

JNPDI!

18 de maio de 2007

Diz que é uma espécie de festival de Jazz...

JNPDI! passou ontem pelo CCB para ver o concerto de Evan Parker (saxofone soprano e tenor), Herb Robertson (trompete) e Agustí Fernandez (piano) na Cafetaria Quadrante... Jazz às 5.ªs, asssim se chama este evento.

Não resistimos muito tempo... é verdade... saímos ao fim de 15 minutos de ininterrupta agressividade musical...

Mas comecemos pelo princípio...

22h15: O público que se juntou no exterior da cafetaria aguarda enquanto lá dentro o trio improvisa um ensaio à vista desarmada.

22h30: As portas abrem e é a correria às mesas e às cadeiras das primeiras filas. Como música de fundo sons e gritos lancinantes. Alguém diz: "Parece que estão a matar um porco!". Casa cheia... fila habitual para os comes pré-pagos...

23h00: O programador do evento dirige-se ao palco e tenta fazer-se ouvir enquanto a multidão fala por cima dele. Sem microfone é difícil... Alguém ajuda ao gritar em vozeirão lá do fundo da sala: "Silêncio!!!!"... O programador anuncia que vamos ouvir um "extraordinário momento musical"... Já sabemos que sim, nas suas palavras e da sua editora tudo é extraordinário, único, fantástico, maravilhoso, imperdível.

O momento musical começa. O piano mal se ouve, já que a opção foi por tocar sem amplificação. Saxofone e trompete degladiam-se numa improvisação livre que pouco ou nada tem a ver com Jazz. Sem colocar em causa a competência técnica dos instrumentistas, o que sobressalta é uma extrema agressividade e um soprar por soprar. Um discurso narcisista que não convida ninguém para o mundo dos músicos, mas parece pelo contrário repelir qualquer tentativa de partilha com o que quer que seja que se passe no seu mundo. Nada a fazer... O trompetista deixar de emitir notas musicais e sopra apenas no instrumento. Alguém do público grita: "Toca isso, pah!!!". Damos mais cinco minutos.... pode ser que melhore... Não melhorou: "Dá-me licença?".... "Desculpe...". Saímos da sala em demanda de melhor ambiente sonoro.

De passagem pela recepção do CCB, por problemas com o ticket de estacionamento, testemunhamos casualmente o diálogo de um dos que como nós debandou. Pergunta à recepcionista onde pode encontrar um bar ali no CCB? "Tem a cafetaria Quadrante". Responde o debandado: "Viemos agora de lá e acredite que não é um ambiente nada aprazível!". Concordamos... Indedendentemente do que por lá se passasse musicalmente, aprazível não é certamente um adjectivo adequado para caracterizar o ambiente....

Conclusão...

O CCB tem obrigação de esclarecer o público sobre o tipo de jazz que apresenta e não induzir as pessoas em erro. Há Jazz e Jazz. Claro que se dissesse a verdade poucas pessoas apareceriam por lá... Referimo-nos apenas ao concerto de ontem, mas... a avaliar pelo que consta do site do CCB - "A programação foi pensada por Pedro Costa e Ilídio Nunes, proprietários da Trem Azul, loja especializada em jazz e das mais dinâmicas na organização de concertos" - sabemos que mais do mesmo se espera... É a sua estética, é o seu conceito de jazz fantástico... Nada contra... Nada a não ser que convém esclarecer o público. Eis a razão deste post...

Nada temos contra Jazz experimental. Ele é necessário. Mingus era experimental e era muito bom. O que ouvimos ontem não era nem experimental nem bom. Era algo, sem dúvida uma experiência... mas que nada traz de novo ao que se fazia há 30 anos... Antes pelo contrário...

Voltemos ao CCB... Será legítimo uma entidade pública, com dinheiros públicos, programar um "Jazz" hermético para meia dúzia? Como instituição de referência cultural, deverá embarcar nestes enganos pseudo-vanguardistas? Em suma: quer criar público ou afastar público? Por lá vimos ontem Mega Ferreira... Será que gostou? Era interessante saber... Uma coisa é certa: Mega Ferreira não foi ao Jazz em Agosto 2006. Como sabemos? Simples... Se tivesse ido tinha testemunhado as sucessivas debandadas de público a cada vez que Evan Parker terminava um tema... Mega Ferreira é competente e sensato; se tivesse testemunhado tal acontecimento não teria agora deixado incluir este músico no Jazz às 5.ªs...

Temos cá por Portugal músicos portugueses com projectos muito mais interessantes. Não era necessário mandar vir estes senhores de fora. Zé Eduardo e a sua música de Zeca Afonso? Não consta. Porém é um projecto de altíssima qualidade e que revisita a música popular portuguesa, construindo-lhe novas sonoridades. E tantos outros...

E aqui ao lado, senhores do CCB (não é preciso pagar viagens dos EUA nem de Inglaterra!), aqui ao lado há músicos extraordinários. Barcelona, Madrid, Sevilha... é escolher... Faria mais sentido uma mostra de Jazz Ibérico. O CCB tem obrigação de ter critério, de ter política cultural. Produzir por produzir, não chega. Impõe-se um rumo, uma política, bem assentes no binómio qualidade/interesse público e musical.

No festival de Jazz "Trem Azul às 5.ªs"... o Jazz foi de comboio e não parou no CCB.

Venham os insultos, se são esses os melhores argumentos que têm! Já estamos habituados...

17 de maio de 2007

Dee Dee Bridgewater: Red Earth

deedee-1.jpg

Red Earth - A Malian Journey é mais um excelente registo discográfico de Dee Dee Bridgewater, para nós a melhor e mais completa cantora de jazz da actualidade, só comparável com Dianne Reeves. Este título fica a dever-se à paisagem que Dee Dee viu do quarto do seu hotel, na primeira manhã da sua visita ao Mali, na respectiva capital, Bamako.

Depois de projectos dedicados a grandes músicos de jazz e de um registo baseado no cancioneiro francês, em Red Earth Dee Dee visita a música do Mali, numa viagem em busca das suas próprias raízes e que a levou de facto a passar algum tempo neste país, acompanhando, por exemplo, as actividades da FAO e das mulheres locais. Em resultado surge um disco que é simultaneamente um projecto "musical, político e espiritual", como refere a cantora.

Este projecto está obviamente intimamente ligado às sonoridades africanas, contando com a participação de vários músicos deste país, nomeadamente Cheick Tidiane Seck, que ficou responsável pela congregação dos músicos e pela selecção das músicas tradicionais do Mali, como por exemplo "Bani" (Bad Spirits), "Mama Digna Sara Ye" (Mama don't ever go away), "Demissènw" (Children Go 'Round), "Sakhodougou" (The Griots) e "Massane Cissé" (Red Earth). Ainda dentro dos temas tradicionais gostamos sobretudo de "Djarabi" (Oh my love), em que Dee Dee canta em dueto com Oumou Sangaré. Finalmente, um dos temas que Dee Dee fez questão de incluir foi "Bambo (No More)", canção de forte mensagem política e social que nos anos 60 levou o governo do Mali a abolir os casamentos forçados, então ainda em "voga", e que aqui neste registo conta com belos cânticos africanos.

Fora do repertório do Mali, Dee Dee foi buscar "Four Women" (que esteve para dar o título ao presente cd) a Nina Simone, "Afro Blue" a Mongo Santamaria e "Footprints" a Wayne Shorter, escreveu "Meanwhile" e "Dee Dee" e interpreta ainda "Compared to what".

Red Earth permite também o contacto com instrumentos tradicionais do Mali, como a Kora, que se fundem com os instrumentos convencionais, tendo sido praticamente todo gravado neste país, à excepção de três temas registados em Paris.

A acompanhar o CD encontra-se um DVD que documenta a produção deste disco e que tão bem capta a carismática Dee Dee e a sua capacidade de se fundir com a cultura do Mali.

Resta falar sobre a extraordinária qualidade das fotografias que acompanham Red Earth, à imagem do que tem sucedido nos mais recentes trabalhos de Dee Dee, ela própria muito beneficiada pela fotogenia, o que contribui para uma obra muito completa e apelativa também a este nível.

Dee Dee Bridgewater


16 de maio de 2007

Oscar Peterson a solo em Montreux

oscarpetersonsolo.jpg

Em 1975, praticamente dez anos depois de ter passado por Portugal, Oscar Peterson actuou, como aliás era prática corrente, no Festival de Jazz de Montreux, que nessa altura ainda tinha de facto jazz...

Este DVD, permite rever não só esse concerto, mas sobretudo todo o manancial téncico do virtuoso Peterson, pianista que a par de Art Tatum, que o antecedeu, dificilmente teve par à altura. Aqui tal virtusosismo, com as duas mãos em plena laboração (o que não acontece desde que Peterson sofreu um AVC nos anos 90), torna-se ainda mais evidente por estarmos perante um concerto a solo, em que o piano enche por completo a sonoridade.

É sobretudo digno de nota o extenso meddley em que Peterson visita o cancioneiro de Duke Ellington e Billy Strayhorn, passando por temas como "Take the A Train", "Don't get around much anymore", "In a sentimental mood", "I'm beginning to see the light" ou "Satin Doll" e o incontornável "Caravan".

5 estrelas!

Este DVD encontra-se disponível por apenas € 9,99 (mais portes de envio) exclusivamente através do nº de telefone 219 265 510 ou, eventualmente, num quiosque perto de si.

15 de maio de 2007

Olivier Ker Ourio actua em Lisboa

OlivierKerOurio.jpg

Olivier Ker Ourio, que é apresentado como digno sucessor de Toots Thielemans, vai estar em Lisboa nos próximos dias 24 a 26 de Maio, dando três concertos, dois no Onda Jazz (24 e 25) e um no Instituto Franco Português (26), sempre acompanhado pelo guitarrista Bruno Santos e pelo contrabaixista Hugo Antunes.

Informação da produção

Instalado em Paris desde 1992, após uma infância passada na Ilha da Reunião, Olivier Ker Ourio é hoje reconhecido como um dos melhores harmonicistas cromáticos de jazz do planeta. Além de um solista muito solicitado, ele é também um brilhante compositor e pioneiro em projectos.

Nos cinco álbuns gravados até hoje com o seu nome, as suas composições revelam um mundo poético habitado por melodias líricas com harmonia criativa e de ritmos pouco habituais. Expressiva e calorosa, a sua música privilegia a emoção e vem directa do coração.

Olvier Ker Ourio já tocou com Michel Petrucciani, Aldo Romano, Paolo Fresu, Stefano di Battista, Rufus Reid e Gene Jackson,

O Institut Franco-Portugais está localizado na Avenida Luís Bívar, 91, em Lisboa.

Maria Viana e Barros Veloso no Roteiro do Jazz

villasboas14.jpg

Maria Viana e António José de Barros Veloso vão participar no Roteiro do Jazz, que assim fica mais enriquecido, terminando no Hot Clube de Portugal com uma dupla de voz/piano que tão boas memórias deixou no evento Parabéns, Luís Villas-Boas.

O II Roteiro do Jazz, a realizar no próximo dia 2 de Junho, consite num passeio pedonal pelos espaços de Lisboa onde decorreram as primeiras manifestações de Jazz em Portugal, visitando os teatros, clubes, cafés-concerto e antigas lojas de discos.

Este Roteiro teve a sua primeira edição em Junho de 2005, numa organização conjunta de João Moreira dos Santos e o Centro Nacional de Cultura, na qual participaram cerca de 40 pessoas.

Com início no Teatro da Trindade, o Roteiro cruza-se com as actividades de espionagem realizadas por Josephine Baker em Lisboa, nos anos 40, passa pelo restaurante onde a Vénus negra almoçou em 1939, visita clubes como o Bristol e o Maxim, relembra o histórico café Chave D'Ouro (onde se realizaram as primeiras jam-sessions públicas em Portugal) e termina no Hot Clube de Portugal – fundado em 1950 por Luís Villas-Boas – com a actuação especial de Maria Viana (voz) e António José de Barros Veloso (piano).

O Roteiro do Jazz é guiado por João Moreira dos Santos, autor dos livros O Jazz Segundo Villas-Boas e Duarte Mendonça: 30 anos de Jazz em Portugal, do blog Jazz No País do Improviso, colaborador da revista Blitz, do site norte-americano AllAboutJazz e antigo crítico de jazz do jornal A Capital (1995/99) e das revistas O Papel do Jazz (1997) e All Jazz (2001/2004).


P R O G R A M A


10h00 - ENCONTRO

1 - Teatro da Trindade
2 - Restaurante "Primavera do Jerónimo"
3 - Teatro São Luiz
4 - Teatro São Carlos
5 - Discoteca Columbia
6 - Casa Valentim de Carvalho
7 - Café Chave D'Ouro
8 - Teatro Nacional D. Maria II
9 - Casa Odeon
10 - Bristol Club
11 - Clube Majestic/Monumental

13h00 - ALMOÇO (livre)

1 - Arcádia
2 - Coliseu
3 - Olympia
4 - Eden
5 - Salão Foz
6 - Clube Maxim's
7 - Clube Bal Tabarin Montanha
8 - Clube Alhambra (referência)
9 - Discostudio
10 - CUJ - Clube Universitário de Jazz
11 - Hot Clube de Portugal (1.ª e 3.ª e actual sede)

Participação musical: Maria Viana (voz) e António José de Barros Veloso (piano)

18h00 - FIM DO ROTEIRO


O custo por cada participante é de 25 blue notes (15 para jovens até aos 25 anos). Para casais haverá um desconto, passando as inscrições a custar 20 blue notes por pessoa. O Roteiro só se realizará com um mínimo de 10 inscrições.

Inscrições até 25 de Maio através do e-mail: roteirodojazz@gmail.com

14 de maio de 2007

Combo da ESMAE vence e convence Festa do Jazz

O septeto da ESMAE (escola do Porto) foi o grande vencedor da 5.ª Festa do Jazz do São Luiz, ao arrecadar o prémio de melhor combo e também o de melhor solista, entregue à espanhola Lucía Martínez (vibrafone).

O septeto, dirigido pelos professores Michael Lauren e Nuno Ferreira era composto por João Mortágua (sax alto), Susana Santos Silva (trompete), Lucía Martínez (vibrafone), Miguel Moreira (guitarra), Joaquim Rodrigues (piano), Zé Carlos Barbosa (contrabaixo) e José Marrucho (bateria).

Uma vez que já não é a primeira vez que um grupo da ESMAE vence este certame, será correcto dizer-se que ou a ESMAE ensina muito bem, ou no Porto existem actualmente melhores ouvidos para o Jazz...

De salientar que a Escola JBJazz (de Lisboa) venceu dois Prémios de Reconhecimento, um atribuído a Telmo Campos (saxofone tenor e soprano) e outro ao Combo com que se apresentou nesta Festa do Jazz.

Pedro Segundo distinguido na Festa do Jazz

DSCN7405.
Pedro Segundo na 4.ª Festa do Jazz, em Abril de 2006

Soubemos hoje pelo nosso amigo Paulo Gil (personalidade do Jazz nacional que dispensa apresentações) que o baterista Pedro Segundo foi distinguido na 5.ª Festa do Jazz, que ontem terminou, com o prémio de talento revelação como solista.

Se damos especial relevo a este músico tal deve-se ao mesmo contar apenas 18 anos e a ser, pelo seu talento e atitude em palco, um instrumentista em que JNPDI! deposita uma grande esperança desde que pela primeira vez o vimos a actuar nas jam-sessions do Hot Clube, tal como aqui já noticiámos em tempo.

Parabéns, pois ao Pedro, e os nossos votos de que continue com a sua humildade, talento e empenho a impulsionar com muito swing os combos em que se integra!

13 de maio de 2007

Festa do Jazz do S. Luiz

festadojazz.jpg

Chegou ao fim a Festa do Jazz do S. Luiz, que infelizmente este ano, por razões profissionais, não pudemos acompanhar, tendo apenas testemunhado o excelente concerto de Maria João na passada sexta-feira.

Clube de Jazz na RTP Memória

22103_jazz2.jpg

A RTP Memória está a transmitir aos Sábados (às 3 da manhã...) o programa Clube de Jazz, produzido por Luís Villas-Boas e Duarte Mendonça a partir de 1982, com apresentação de Maria João e, posteriormente, de Maria Viana.

Desconhecemos, porém, desde quando a RTP Memória vem transmitindo este programa.

11 de maio de 2007

Dois olhares sobre Villas-Boas

galeria.jpg

JNPDI! promove a 22 de Julho uma inédita palestra dedicada a Luís Villas-Boas, a realizar na galeria Matos Ferreira, no Bairro Alto, pelas 18h00.

"Dois olhares sobre Luís Villas-Boas" apresenta duas visões daquele que é considerado o "pai" do Jazz em Portugal. A cargo de João Moreira dos Santos, autor do livro O Jazz Segundo Villas-Boas, fica o olhar biográfico. José Augusto, astrólogo e professor de astrologia, dará a visão astrológica, ajudando a conhecer a personalidade do Homem que conseguiu implantar o Jazz em Portugal e fazê-lo perdurar até hoje como legítima expressão artística e cultural.

Respondendo ao repto de JNPDI! José Augusto ensaiará respostas para as seguintes questões:

- Que personalidade tinha realmente aquele que é considerado o “pai” do Jazz em Portugal?

- Que projecto evolutivo era o de Villas-Boas?

- Cumpriu Villas-Boas a missão da sua encarnação?

- Poderia Villas-Boas ter sido um músico?

- Quais os aspectos astrológicos ligados aos eventos marcantes da vida de Villas-Boas?

A entrada é livre e para chegar à galeria, localizada na R. Luz Soriano, 14 e 18, próximo do Largo Camões poderá consultar o mapa disponibilizado no site desta entidade.

10 de maio de 2007

Jazz em Portimão

maria.jpg

Arranca hoje com um concerto pelo quinteto de Jacinta o Festival "Maio Lindo Maio"’, que decorre em plena Zona Ribeirinha de Portimão.

Seguem-se Equinox (Quarteto: piano, tuba, percussão e voz), a 11 de Maio, Dixie Gang (Dixieland), no dia 12 e Maria Anadon and Five Play (Projecto In a Jazzy Way), no dia 13 de Maio.

Os espectáculos têm lugar na Zona Ribeirinha de Portimão, a partir das 22h00. Os bilhetes estão à venda no local e custam 5 euros. Titulares do Cartão Jovem Municipal e do Passaporte Sénior usufruem de um desconto de 50% no bilhete simples.

Norah Jones no Cool Jazz Fest

Norah-Jones.jpg

Norah Jones é a cabeça-de-cartaz do Cool Jazz Fest, evento que se realiza de 2 a 22 de Julho e no qual participam ainda Mariza, Carlos do Carmo, Tito Paris e Rui Veloso.

A cantora norte-americana, que vendeu já em todo mundo mais de 30 milhões de discos, tendo sido Portugal o país onde, pela primeira vez, atingiu o primeiro lugar do top de vendas, fecha o festival com um concerto no Casino Estoril no dia 22.

Hmmmm... Será Cool? Será Jazz? Jazz não é certamente porque o Jazz não soa assim, por melhores que sejam, e são, os artistas em cartaz.

9 de maio de 2007

Quarteto de Júlio Resende no Jazz às 5ªs

jazz_Ornette_Coleman.jpg

O ciclo Jazz às 5ªs (não ler por favor Jazz às quintas, assim mesmo com q minúsculo!), promovido pelo CCB na Cafetaria Quadrante, prossegue amanhã, 10 de Maio, às 22h45, com a actuação do quarteto do pianista Júlio Resende, músico (e filósofo de formação) cuja evolução temos acompanhado nas jam-sessions do Dr. Jazz no Hot Clube e que gradualmente se tem vindo a afirmar e a conquistar adeptos.

Com ele actuam José Pedro (jovem saxofonista-tenor que recolhe o aplauso de vários músicos de Jazz portugueses, o que diz muito do seu talento), Hugo Antunes (contrabaixo) e o consagrado Alexandre Frazão, cuja bateria pode ser ouvida em projectos como o da cantora Maria João ou do grupo TGB, por exemplo.

A entrada é livre, tal como o Jazz o deve ser para ser Jazz.

As terças do Dr. Jazz no Hot Clube

DSCN4327.jpg

Já aqui nos referimos a essa verdadeira instituição de ensino e partilha que são as terças-feiras de Jazz no Hot Clube de Portugal, onde António José de Barros Veloso (mais conhecido por TóZé Veloso e Dr. Jazz) vem desde há alguns anos liderando e animando jam-sessions com músicos e estudantes de Jazz.

Ontem à noite passámos por lá - e é sempre bom passar por lá para sentir o Jazz feito ao vivo, sem ensaios - e testemunhámos mais uma vez as já célebres e concorridas jam-sessions.

DSCN4187.jpg

Entre os músicos em palco com o Dr. Jazz destaque para o guitarrista Afonso Pais, um dos mais talentosos de uma verdadeira geração de ouro de guitarristas portugueses de jazz, onde se incluem Bruno Santos, Nuno Ferreira ou André Fernandes (correndo o sério risco de deixar alguns de fora, o que fica somente a dever-se a momentâneo lapso de memória que o adiantado da hora explica).

DSCN4295.jpg

E por falar em Bruno Santos, eis que também ele entra em cena, rendendo Afonso Pais. Ninguém quer monopolizar o estreito palco do Hot Clube e sem necessidade de palavras os músicos comunicam e vão passando testemunho. É caso para perguntar por que razão noutros meios que não o dos músicos as coisas no mundo do jazz não decorrem com tanta fluidez... Ainda e sempre as capelinhas, os egos, as quintas, rodeados de um alto e armadilhado arame farpado, onde até o Jazz tem por vezes dificuldade em entrar. Dificuldades de cobertura pelos media? Que tal desminar o terreno antes?

Mas aproveitemos esta oportunidade para ilustrar como funciona uma jam-session.

DSCN4158.jpg

TóZé Veloso e o contrabaixista (cujo nome desconhecemos, facto pelo qual desde já pedimos desculpa ao próprio) já estavam em palco. Juntam-se-lhes agora Bruno Santos e Diogo Moreira, este na bateria.

DSCN4160.jpg

O primeiro passo é decidir o que tocar e convém que seja um tema que todos saibam... Alguém sugere "Body and Soul", mas a canção em causa não reúne o consenso. Eis que o Dr. Jazz expõe no piano o "Beatrice", também ele rejeitado.

DSCN4276.jpg

Bruno Santos dedilha uma melodia na guitarra e o Dr. Jazz, reconhecendo-a, pergunta: "Fazemos o «Tenderly»?

DSCN4328.jpg

Mas nnguém se mostra interessado nessa balada imortalizada por Sarah Vaughan (que em tão más condições sonoras a interpretou no Cascais Jazz de 1973). O Dr. Jazz sugere então "Just squeeze me", mas eis surge um problema: o contrabaixista não sabe a harmonia de cor e o real book (o livro que contém as pautas de dezenas e dezenas de standards e que por isso é uma verdadeira bíblia de alguns músicos de jazz, sobretudo em jam-sessions) que possui ignora-a por completo. O Dr. Jazz, porém, não "acredita" que um tema destes não esteja contemplado e, dizendo em tom de brincadeira que o livro está "falsificado", vai procurando em vão a dita canção. Na verdade nem "Just squeeze me" nem sequer "Just friends". Com livros destes quem precisa de inimigos?

DSCN4271.jpg

Finalmente gera-se o consenso e o quarteto arranca.

Eis, em suma, os bastidores de uma jam-session, que mais não é do que uma dupla oportunidade: músicos a conviverem com músicos, livres do stress do palco em concerto; músicos a aprenderem uns com os outros e a ganhar rodagem.


Site Meter Powered by Blogger