30 de setembro de 2006

O elogio da revista Jazz Hot

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A revista Jazz Hot, de Julho/Agosto de 2006, publicou uma crítica favorável ao livro Duarte Mendonça: 30 Anos de Jazz em Portugal, facto que não podíamos deixar passar em claro.

Aqui fica, pois, o conteúdo da recensão crítica em causa.

A propos d'Estoril Jazz
Duarte Mendonça: 30 anos de Jazz em Portugal (1974-2004),
par João Moreira dos Santos et Duarte Mendonça, Camara Municipal, Cascais, 2005

Ouvrage destiné à un publíc averti et lusophone, il n'en est pas moins passionnant pour tous les curieux de la vie du jazz. Duarte Mendonça 30 anos de Jazz em Portugal est bien documenté, agrémenté de beaux clichés et organisé chronologiquement autour des différents événements majeurs rythmant la vie jazzistique lusitanienne: Cascais Jazz, Jazz Num dia de Verão, Estoril Jazz, Jazz num dia de Verão, Galp Jazz, Figueira da Foz, Espinho, Algarve... sans oublier les master class Projazz.

On y découvre Duarte Sarmento de Mendonça, personnage remarquable qui a consacré sa vie au jazz et qui a maintes fois lutté pour qu'il obtienne ses lettres de noblesse au Portugal. Si les premières pages donnent un aperçu de son parcours personnel, le nombre considérable de photographies (noir et blanc), nous donne une impression plus complète de I'homme et de son travail d'amateur de jazz, de collectionneur, de producteur, d'organisateur. Il ne faut pas oublier que 1974 est l'année du fameux 25 avril, qui mit fin à la dictature de Salazar, qu' à cette époque le jeune Duarte comptait déjà parmi les membres du Hot Club et qu'il organisa des le mois de novembre de la même année le premier Cascais Jazz Festival, présentant notamment Sonny Stitt, Eddie Lockjaw Davis, Cecil payne ou Red Rodney.

Après une explication rapide de la genèse des différents évenements jazzistiques et les pages de photos venant les illustrer, on trouve dans l'avant-dernier chapitre les incroyables master class organisées autour de Rufus Reid (b). Suite à une rencontre avec Duarte Mendonça, ce dernier a réuni en 1990 une véritable dream team: Clark Terry (tp), Bobby Watson (ts), Kenny Burrell (g), Kenny Washington (dm) et le critique Ira Gitler pour une semaine d'enseignements inoubliables qui contribuerent à la formation des jazzmen locaux. Un remarquable travail de documentation et un ouvrage clair et complet.

Lucie Brasseur

Cheadle é Miles Davis em filme

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Foi ontem (28) anunciado pela família de Miles Davis que o lendário trompetista pode em breve ser homenageado com um filme biográfico, produzido pela Sony Pictures, cabendo ao actor Don Cheadle a árdua tarefa de reviver esta autêntica personagem.

Cheadle foi recentemente nomeado para um Oscar de melhor actor pelo seu papel no filme Hotel Rwanda, tendo participado na famosa série Fama.

De acordo com o sobrinho de Miles, Vince Wilburn, o filme pode "focar-se em muitos aspectos, como por exemplo a forma como ele revolucionou a música ao longo de diferentes décadas", partindo de Charlie Parker até ao hip-hop. Para já sabe-se que a família de Miles Davis tem mantido conversações com o realizador Antoine Fuqua ("Training Day").

Entretanto, tal como havíamos noticiado, Miles Davis passou a fazer parte do rock walk de Hollywood, onde se encontram reproduções das mãos de grandes estrelas da música, em cerimónia realizada a 28 de Setembro, data do seu falecimento.

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Chris Botti, George Duke e Frances Davis (ex-mulher de Miles)

Nesta cerimónia estiveram presentes vários músicos e familiares de Miles Davis, incluindo o seu filho, Erin, e a sua filha, Cheryl.

29 de setembro de 2006

Jazz na Alta Estremadura

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Chris Cheek é uma das atracções do Festival.

Começa hoje o Festival de Jazz da Alta Estremadura, que decorre até 8 de Outubro entre Leiria e a Marinha Grande, com concertos de alta qualidade e sempre a partir das 22h00.


29 de Setembro - Teatro Miguel Franco, Leiria
Tora Tora Big Band


30 de Setembro - Teatro Miguel Franco, Leiria
Adam Rogers Quartet

Adam Rogers (guitarra), Ed Simon (piano), Scott Colley (contrabaixo) e Clarence Penn (bateria).

4 de Outubro - Teatro Miguel Franco, Leiria
Jeffery Davis Quartet

Jeffery Davis (vibrafone, marimba), André Fernandes (guitarra), Nelson Cascais (contrabaixo) e Jorge Queijo (bateria).

Laurent Filipe "A Luz"
Laurent Filipe (trompete), Rodrigo Gonçalves (piano), Mário Delgado (guitarra), Nelson Cascais (contrabaixo) e Alexandre Frazão (bateria).

5 de Outubro - Teatro Miguel Franco, Leiria
Bruno Santos "Trio Angular"

Bruno Santos (guitarra), Bernardo Moreira (contrabaixo) e Bruno Pedroso (bateria).

Gaia
Grégoire Mairet (harmónica), Federico Gonzales Peña (piano e teclados) e Gene Lake (bateria).

6 de Outubro - Sport Operário Marinhense, Marinha Grande
Chris Cheek Quartet

Chris Cheek (saxofone tenor), Steve Cardenas (guitarra), Matt Pavolka (baixo eléctrico) e Dan Rieser (bateria).

7 de Outubro - Sport Operário Marinhense, Marinha Grande
Jacinta

Jacinta (voz), Jorge Reis (saxofone alto), Rui Caetano (piano), João Custódio (contrabaixo) e João lencastre (bateria).

8 de Outubro - Bienal das Artes Plásticas, M. Grande (18h00)
OFJAE - Orquestra do Festival de Jazz da Alta Estremadura
+ convidada Joana Rios (voz) . Direcção: Pedro Moreira

A Orquestra do Festival de Jazz da Alta Estremadura (OFJAE), à semelhança do trabalho iniciado nas anteriores edições do Festival, vai ser "construída" no âmbito de um estágio de formação dirigido pelo maestro Pedro Moreira.

A OFJAE será composta por jovens músicos, dos concelhos de Leiria e Marinha Grande, oriundos de bandas filarmónicas e escolas de música. Com um repertório dedicado à iniciação em interpretação da linguagem de Jazz, abrangerá todos os instrumentos e voz, e será dirigida a todos os níveis de experiência.

28 de setembro de 2006

Foi hoje há 15 anos

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Foi a 28 de Setembro, há precisamente 15 anos, que Miles Davis partiu.

JNPDI! não podia deixar de lembrar e homenagear este génio do Jazz e da música do Século XX, que repousa desde então no Woodlawn Cemetery, no Bronx, em Nova Iorque.

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A sua música, essa, está um pouco por todo o mundo, em milhões de lares, fonotecas, escolas, clubes, bibliotecas, etc...

Viva!

Downbeat de Outubro

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Além do enfoque em Tony Bennett esta edição prima ainda pela entrevista a Claude Nobs, o fundador do Festival de Jazz de Montreux, que acaba de ser distinguido por esta revista com o DownBeat Lifetime Achievement Award.

Desde há quase 40 anos (1967) que Nobs organiza este mítico evento, o mais célebre e prestigiado a nível europeu. Durante este tempo, deu largas ao seu amor pelo jazz e actualmente moram no seu chalet do século XVIII nada menos do que 30 000 CDs, 47 000 LPs, 10 000 discos de 78 rotações e um vasto arquivo audio e de vídeo do Festival de Jazz de Montreux.

Que irá suceder um dia a este espólio?

E ao espólio de Duarte Mendonça, que desde há 30 anos produz festivais e concertos de Jazz em Portugal? Irá a Câmara de Cascais perceber que este não é um espólio apenas para guardar, mas sim para erguer algo vivo em torno dele, colocando-o ao serviço da comunidade através de projectos educacionais e de um um projecto museológico que prestigie o Concelho pela sua ligação histórica ao Jazz?

26 de setembro de 2006

JazzTimes de Outubro

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Os herdeiros de Miles Davis (o filho mais novo, Erin, a filha, Cheryl, e o sobrinho, Vince Wilburn Jr.) e os gestores do seu legado estão empenhados em manter "viva" esta lenda do jazz.

Entre os seus objectivos encontrma-se a realização de um filme biográfico sobre a vida e obra do mago do trompete, a mistura de alguns dos seus temas clássicos com artistas da soul, pop and hip-hop, numa tentativa de os aproximar do público mais jovem, e até a participação de Miles em campanhas publicitárias.
De tudo isto se fala em destaque nesta edição da JazzTimes.

25 de setembro de 2006

8.º Angra Jazz

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A partir de 4 de Outubro realiza-se nos Açores mais um Angra Jazz, com o arranque do 8º Festival Internacional de Jazz de Angra do Heroísmo.

Os concertos têm lugar no Centro Cultural e de Congressos de Angra do Heroísmo, com o seguinte programa:

4 de Outubro - Grande Auditório

21h30 - Orquestra Angrajazz com Zé Eduardo
Dirigida por Pedro Moreira e Claus Nymark

23h30 - Joe Lovano Noneto

Joe Lovano - Saxofone Tenor
Ralph Lalama - Saxofone Tenor
Steve Slage - Saxofone Alto
Gary Smulyen - Saxofone Baritono
Barry Ries - Trompete
Larry Farrel - Trombone
James Weidman - Piano
Dennis Irwin - Contrabaixo
Otis Brown III - Bateria

5 de Outubro - Grande Auditório

21h30 - Bruce Barth Trio com Vanessa Rubin e Carla Cook

Vanessa Rubin - Voz
Carla Cook - Voz
Bruce Barth - Piano
Doug Weiss - Contrabaixo
Montez Coleman - Bateria

6 de Outubro - Grande Auditório

21h30 - Enrico Pieranunzi Piano Solo

23h30 - Enrico Rava Quinteto

Enrico Rava - Trompete
Gianluca Petrella - Trombone
Andrea Pozza - Piano
Francesco Ponticelli - Contrabaixo
Roberto Gatto - Bateria

7 de Outubro - Grande Auditório

21h30 - Filipe Melo Trio

Filipe Melo - Piano
Bruno Santos - Guitarra
Bernardo Moreira - Contrabaixo

23h30 - Eddie Palmieri Afro Caribbean Jazz All Stars

Eddie Palmieri - Piano
Joe Santiago - Contrabaixo
Craig Handy - Saxofone
Conrad Herwig - Trombone
Giovanni Hidalgo - Percussão
Horacio Hernandez - Bateria
Brian Lynch - Trompete

24 de setembro de 2006

Keith Jarrett lança novo CD a solo

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É já no próximo dia 26 de Setembro que chega ao mercado norte-americano o mais recente trabalho de Keith Jarrett, editado, como sempre, pela ECM.

The Carnegie Hall Concert foi gravado ao vivo, em Nova Iorque, em 2005, na famosa e prestigiada sala de espectáculos de que recebe o título.

Jarrett é, entre outros trabalhos emblemáticos, conhecido pelas suas gravações a solo, nomeadamente o famoso disco The Köln Concert, registo que desde que foi lançado em 1975 já vendeu 4 milhões de cópias... tornando-o uma das obras primas do jazz e do piano.

23 de setembro de 2006

Cassandra Wilson em Lisboa...
em Novembro


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JNPDI! dá-lhe em primeima mão a notícia da vinda a Lisboa da cantora Cassandra Wilson, para dois concertos agendados para 1 e 2 de Novembro, a realizar em princípio no Casino de Lisboa.

É mais um nome a juntar aos vários grandes concertos que Lisboa recebe em Novembro, os quais abrem assim com um grande nome do jazz e da world music.

Já agora, mais uma vez aqui deixamos a lista de concertos para este "mês de todo o Jazz", à qual se soma ainda a actuação da cantora Stacey Kent, no Centro Cultural de Belém:

Cassandra Wilson (1, 2)
Wayne Shorter (9)
Jamie Cullum (9)
Stacey Kent (11)
Keith Jarrett (12)
Patricia Barber (12)
Richard Galliano (17)
Madeleine Peyroux (18)
Andrew Hill (26)

Ora, fazendo as contas... temos nada menos do que 5 vozes no mesmo mês, algo perfeitamente impensável ainda há uns anos atrás. Se a isto somarmos ainda as vozes de Carolyn Leonhart (que vem ao Ciclo Internacional de Jazz de Oeiras), Carla Cook, Vanessa Rubin (ambas agendadas para o Angra Jazz) e as vozes que por cá já passaram este ano (Dee Dee Bridgewater, Dianne Reeves, Lizz Wright, Nnenna Freelon, Diana Krall e Dena DeRose) temos um panorama global e quase completo do jazz cantado. Quem diria?

O mesmo se pode dizer do piano, com Lisboa a receber em 2006 três dos seus expoentes máximos: Chick Corea, Keith Jarrett e Herbie Hancock... (e Kenny Barron no Estoril Jazz).

Será difícil igualar este ano, muito embora 2007 prometa desde já algumas boas (muito boas) surpresas, com direito a orquestras e tudo. Começa com Michael Camilo e Jason Moran... acaba (a julgar por 2006) sabe-se lá onde!

Herbie Hancock vem a Lisboa

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Foi anunciado pela Mandrake, empresa que apresentou ontem em Lisboa o duo de Chick Corea e Gary Burton, a actuação em Lisboa do quarteto de Herbie Hancock.

A data do concerto mantém-se para já uma incógnita, embora este esteja previsto para breve.

Será mais um para o já mais do que concorrido mês de Novembro?

22 de setembro de 2006

Há Jazz em Carnaxide

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Para a semana tem lugar mais uma edição do Ciclo Internacional de Jazz de Oeiras, este ano realizado no Auditório Ruy de Carvalho, em Carnaxide, freguesia que, tanto quanto sei, se estreia assim como anfitriã de concertos de jazz.

Aqui fica, pois, o programa deste evento organizado pela Câmara Municipal de Oeiras, com programação e produção de Paulo Gil.

28.SET, 5ª feira - 22.00H
MÁRIO LAGINHA TRIO


MÁRIO LAGINHA - piano
BERNARDO MOREIRA - contrabaixo
ALEXANDRE FRAZÃO - bateria

Excelente pianista e compositor particularmente criativo, é com razão considerado um dos músicos portugueses mais talentosos e inovadores. Tocou e gravou com Wayne Shorter, Ralph Turner, Django Bates, Trilok Gurtu e Julian Arguelles, entre outros. O seu estilo único, fora do vulgar, reflete-se no seu CD Hoje, gravado há anos. É frequentemente solicitado a compor, tendo escrito para a NDR Big Band, Orquestra Metropolitana de Lisboa, Orquestra Sinfónica do Porto, Orquestra Filarmónica de Hannover e para o Grupo de Percussão Drumming. Tem trabalhado em duo de pianos, com Bernardo Sassetti, e igualmente com Pedro Burmester.

29.SET, 6ª feira - 22.00H
CAROLYN LEONHART QUINTET featuring WAYNE ESCOFFERY

CAROLYN LEONHART - voz
WAYNE ESCOFFERY - saxofones tenor e soprano
ORRIN EVANS - piano
JOE MARTIN - contrabaixo
DONALD EDWARDS - bateria

Filha de mãe cantora (Donna Leonhart) e pai contrabaixista (Jay Leonhart), CAROLYN cedo se mostrou uma talentosa cantora. Aos 16 anos, já se apresentava no famoso clube Blue Note, de Nova Iorque, no grupo do seu pai. Diz ela que, hoje em dia, continua a sentir-se inspirada pela música de Miles Davis, John Coltrane, Woody Shaw e Wayne Shorter. O irmão, Michael Leonhart, é um bom trompetista e pianista. Foi ele quem a convenceu a estudar canto e composição na famosa Eastman School of Music, onde viria a formar-se. Premiada no Concurso Internacional Thelonious Monk, apresentou-se na Europa, pela primeira vez com músicos suiços em 1998, gravou com eles em 2000, e apresentou-se com Al Jarreau noutra digressão em 2004. Neste ano, gravou o seu quinto disco, New 8th Day, com o quarteto que a acompanha em Oeiras, que inclui várias composições para as quais escreveu letras originais. Diz CAROLYN: "Hoje em dia, o meu único objectivo é fazer a música de que gosto, quer cantando quer compondo".

30.SET, sábado - 22.00H
JEREMY PELT QUARTET

JEREMY PELT - trompete
FRANCK LOCRASTO - piano
GAVIN FALLOW - contrabaixo
ERIC McPHERSON - bateria

O trompetista chegou a Nova Iorque em 1998, após formar-se na Berklee College of Music. Foi na Mingus Big Band que se estreou e nos últimos anos tem tocado com inúmeros nomes famosos do jazz como Frank Wess, Jimmy Heath, Frank Foster, Nancy Wilson e Cedar Walton. Participou em mais de 30 CD's, quatro deles como líder. Identity, de 2005, é um excelente disco que recebeu elogiosas críticas. Mas já em 2003, no CD Close to my heart, JEREMY PELT mostrava ser um inspirado solista e excelente compositor. A revista Down Beat, na escolha dos seus críticos internacionais, votou PELT no 1º lugar, em trompete, na categoria "rising star" de 2006.

Textos biográficos fornecidos pela produção do Festival.

Novo site oficial de Miles Davis

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O site oficial de Miles Davis está de regresso, isto após vários meses de remodelação.

Vale a pena passar por lá para saber mais sobre esta lenda do jazz e da música do Século XX, ainda que nem todas as funcionalidades do site estejam disponíveis.

Entretanto, já amanhã é inaugurada em Londres uma exposição dedicada à pintura de Miles Davis, composta por 90 desenhos e quadros.

E no dia 28 de Setembro, por ocasião dos 15 anos do seu desaparecimento (28 Setembro 1991), o trompetista passará a fazer parte do RockWalk de Hollywood, pelo que a forma das suas mãos ficará gravada no cimento do passeio público onde já moram várias estrelas da música.

21 de setembro de 2006

É azar certamente...

Devo ser eu que tenho muito azar, mas a verdade é que cada vez que sintonizo a RTP Memória me sai infalivelmente um jogo de futebol dos anos 80 ou 90, ou então um debate da época sobre um jogo de futebol que se jogou há 20 anos...

É azar nunca me ter saído cultura, já nem falo num concerto do Cascais Jazz ou do Estoril Jazz, ou de um Pat Metheny ao vivo no Campo Pequeno, um Piazzolla no Coliseu de Lisboa, um Stephane Grappelli na Aula Magna, um Joe Louis Walker no Centro Cultural de Belém e muito menos um Bill Evans no Teatro São Carlos, etc...

É azar... ou será que a cultura, ao "contrário" do futebol, se desactualiza e perde interesse e novidade?
Seria azar...

Agora mesmo liguei a RTP Mémória e lá vem o jogo Porto/W. Bremen (1993!) e já vi na grelha de programação que mais logo, às 00h00, me espera o STEAUA BUCARESTE/ BENFICA(1994)... Ah mas se por acaso tiver o "azar" de perder este importante e decisivo jogo já fiquei a saber que posso revê-lo (pela enésima vez, certamente) amanhã às 10h15...

Enfim...

Penso que tanto azar pode ser mais do que isso e por isso mesmo vou escrever ao Provedor da RTP a ver se a RTP se lembra menos do futebol e mais da cultura e de programas didáctivos/culturais. É tudo uma questão de memória... e de lembrar o que realmente é importante.

Se alguém quiser seguir o meu exemplo pode fazê-lo aqui.

20 de setembro de 2006

Madeleine Peyroux vem ao CCB

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Depois de todos os grandes concertos de jazz previstos para Novembro é agora vez de se tornar pública a actuação de Madeleine Peyroux no Centro Cultural de Belém, agendada e confirmada para o dia 18, às 21h00.

JNPDI! dará aqui em breve mais informação.

Quanto a Novembro, que desde baptizamos mês do Jazz em 2006, façam as contas ao que aí vem e digam lá se até nem parece mentira:

Wayne Shorter (9)
Jamie Cullum (9)
Keith Jarrett (12)
Patricia Barber (12)
Richard Galliano (17)
Madeleine Peyroux (18)
Andrew Hill (26)

É um autêntico festival de jazz e esta é porventura a melhor homenagem ao Cascais Jazz, que completa este ano 35 Invernos, evento que também se realizava em Novembro e foi o primeiro a reunir em Portugal verdadeiros elencos de luxo.

E tal é a "fartura" que até dá direito à sobreposição de datas...

19 de setembro de 2006

Branford Marsalis é Doutor

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O saxofonista Branford Marsalis acaba de ser distinguido pela Berklee College of Music com um doutoramento honorário em música, título que recebeu no passado dia 8 de Setembro, em Boston, perante um auditório de cerca de 800 alunos de 42 países.

Para Marsalis este foi também o regresso à escola que frequentou entre 1979 e 1981 e onde teve como colegas Donald Harrison e Jeff "Tain" Watts.

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Sediada em Boston, a Berklee College of Music foi fundada em 1945 pelo pianista Lawrence Berk e é a maior escola independente a nível mundial e a mais prestigiada no estudo da música contemporânea, contando com 3400 alunos, dos quais 40% provêm de mais de 70 países, incluindo Portugal. Por lá passaram músicos de jazz Portugueses, como Afonso Pais, entre outros.

Estes alunos têm à sua disposição 230 pianos, 11 500 discos, 20 000 livros e milhares de pautas e arranjos musicais, o que é possível graças ao orçamento anual da escola, situado em 72 milhões de dólares...

Entre os seus mais destacados ex-alunos contam-se músicos como Quincy Jones, Gary Burton, Toshiko Akiyoshi, Kevin Eubanks, Joe Lovano, Danilo Perez, Bill Frisell, Diana Krall, John Scofield e Joe Zawinul.

Mega Ferreira quer Jazz no CCB

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Em entrevista ao Jornal de Notícias, Mega Ferreira, presidente da Fundação Centro Cultural de Belém, manifestou a vontade de transformar o CCB "numa referência para a música jazz".

A ideia é atrair "franjas de público" ao CCB abrindo-o "às músicas plurais". A aposta no Jazz deve-se, segundo Mega Ferreira, ao facto de não existir "em Lisboa uma sala de espectáculos à qual as pessoas associem imediatamente a musica jazz. Essa é uma vocação que o CCB poderia ter".

E a verdade é que Mega Ferreira foi decisivo na realização do concerto de Keith Jarrett, já em Novembro, estando na agenda para 2007 outros espectáculos de semelhante nível e qualidade.

18 de setembro de 2006

Corea e Burton: Gigantes em palco

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É um dos concertos do ano e JNPDI! foi o primeiro a anunciá-lo.

O piano de Chick Corea e o vibrafone de Gary Burton voltam a marcar encontro a dois 35 anos após o primeiro registo desta dupla, com o álbum Crystal Silence, o qual marcou o início de vários projectos em comum e é agora celebrado com uma considerável extensa tournée.

Em Portugal, Corea e Burton actuam já nos próximos dias 22 de Setembro (Coliseu de Lisboa) e 23 (Casa da Música, Porto), estando o segundo destes espectáculos esgotado.

Ambos os músicos dispensam apresentações, mas de Gary Burton pode dizer-se que foi, juntamente com Bobby Hutcherson, o vibrafonista mais importante na área do jazz a emergir nos anos 60, época áurea do jazz e da sua fusão com outros géneros musicais. Tocou e gravou, entre outros, com George Shearing, Stan Getz, Larry Coryell (com o qual liderou um dos primeiros grupos de fusão), Pat Metheny, Stephane Grappelli e Keith Jarrett.

Quem não puder marcar presença nos concertos em Portugal pode sempre ver esta dupla em DVD:

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17 de setembro de 2006

Novidades discográficas de Setembro

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Vários jazzmen de topo lançaram em Setembro os seus mais recentes trabalho, de que damos aqui conta.

Entre estes contam-se o contrabaixista Dave Holland, que volta a gravar com o seu quinteto, composto por Chris Potter (sax tenor e soprano), Robin Eubanks (trombone), Steve Nelson (vibrapfone, marimba, tambourine) e Nate Smith (bateria).

Critical Mass foi considerado uma "raridade" pelo site www.allaboutjazz.com, que se referiu a ele nos seguintes temos: "The soloists have identities of their own and there's nothing in the way of the usual overstatement here. What emerges instead is the impression of a band mining a rich musical seam with skill and aplomb".

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Também Branford Marsalis acaba apresentar um novo CD, intitulado Braggtown. O saxofonista mantém o mesmo quarteto com que se tem apresentado ao vivo de há uns anos para cá (e com o qual actuou em 2004 no Estoril Jazz): Joey Calderazzo (piano), Eric Revis (contrabaixo) e Jeff "Tain" Watts (bateria).

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Outra novidade é o disco de Jason Moran, Artist in Residence, obra que reúne várias peças encomendadas ao pianista pelo Minneapolis Walker Art Center, a Dia Art Foundation e o Jazz at Lincoln Center.

O resultado é um disco onde cabe um pouco de tudo, desde a fusão e a utilização de samples vocais, a um estilo pianístico que evoca Satie e a utilização de ruídos, neste caso numa homenagem à mãe de Moran, que costumava tomar notas ruidosamente durante as suas actuações.

Participam neste projecto, além de Jason Moran, Marvin Sewell (guitarra), Tarus Mateen (baxio), Nasheet Waits (baixo); Alicia Hall Moran (vozes), Adrian Piper (voz sample), Joan Jonas (percussão), Abdou Mboup (djembe, kora, talking drum) e Ralph Alessi (trompete).

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De entre as novidades setembristas é de destacar o regresso de Ornette Coleman à edição discográfico, isto após um interregno de 10 anos.

O pai do free jazz surge agora com Sound Grammar, CD gravado ao vivo na Alemanha, em Outubro do ano passado, com um quarteto composto pelo seu filho, Denardo Coleman (bateria) e por dois contrabaixistas Gregory Cohen (pizzicato) e Tony Falanga (arco). O repertório é composto por "Jordan", "Sleep Talking", "Turnaround", "Matador", "Waiting for You", "Call to Duty", "Once Only" e "Song X".

16 de setembro de 2006

A vez e a voz de Patricia Barber

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Por falar em novos discos de "novas vozes" do Jazz, também o mais recente trabalho de Patricia Barber acaba de chegar a Portugal.

Mythologies foi financiado por uma bolsa do Guggenheim e surge como um projecto de fusão entre a nova música clássica e o jazz, com cada canção pensada como um quadro musical desenhado sobre cada personagem das histórias de Ovídio contidas no livro Metamorfose.

14 de setembro de 2006

Já temos o novo CD de Diana Krall

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Acaba de nos chegar às mãos (e ouvidos) From this moment on, o mais recente trabalho discográfico de Diana Krall, cortesia da editora Universal para com JNPDI!.

Este CD, que conta com a participação da orquestra Clayton-Hamilton, marca o regresso de Krall aos standards e não é exagerado dizermos que é um dos trabalhos mais interessantes da sua carreira...
Em breve aqui faremos a nossa recensão crítica.

Escola do Hot Clube no Parque Mayer?

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[Foto de João Moreira dos Santos - Set. 2005]

Soube-se esta semana que a Câmara Municipal de Lisboa e o arquitecto canadiano Frank Gehry chegaram a acordo para a revisão do plano inicial do Parque Mayer.

Segundo o "Diário Econónimo" noticiou, no total dos 50 mil metros quadrados de construção está prevista a instalação da escola do Hot Clube, que assim se transferiria do edifício da Standard Eléctrica (na foto).

Será? E quando?

12 de setembro de 2006

Acabado de sair!

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Foi hoje posto à venda no mercado americano o CD que junta o piano de Brad Mehldau e a guitarra de Pat Metheny.

Metheny / Mehldau, assim se intitula o registo, foi gravado em Dezembro de 2005 e apresenta temas da autoria de ambos os músicos.

JNPDI! já ouviu e desde já recomenda o disco em causa, o qual em 2007 deverá ser apresentado ao vivo em Portugal, com concerto a realizar no Centro Cultural de Belém.

Nota negativa, desde já, para a capa. Pior seria difícil...

11 de setembro de 2006

3 anos de JNPDI!

JNPDI! completa hoje três anos de existência.

Para assinalar esse facto publicamos um texto que produzimos para a revista "Jazz.pt", e do qual foi apenas publicado um excerto na mais recente edição.

Este texto resume, na verdade, o que é e como nasceu JNPDI!
A primeira parte é uma introdução, seguida pela resposta a algumas questões que nos foram colocadas pela referida revista.

JNPDI! nasceu na blogosfera em 11 de Setembro de 2003, dois anos depois da queda das torres gémeas, um dos ícones de uma das cidades mãe da arte que se propunha tratar: o Jazz. É, portanto, virgem de signo, o que faz dele um trabalhador nato, rigoroso, meticuloso, perfeccionista, exigente e crítico.

O primeiro post era muito simples: "Vem aí o saxofone summit, o encontro em Lisboa de três grandes saxofonistas: David Liebman, Michael Brecker e Joe Lovano. A não perder, no Coliseu, em Outubro!". Mas na verdade o blog tinha inicialmente nascido com a intenção de estabelecer contactos com amadores de jazz que estivessem interessados em partilhar conhecimentos e memórias sobre a história do jazz em Portugal, pelo que o post seguinte já ia nesse sentido e sob o título "Gravações piratas, Fotografias e Programas de Concertos antigos de jazz", dirigia-se directamente aos potenciais leitores: "Quem tiver alguns destes itens e quiser partilhá-los é bem-vindo. Estou a recolher elementos para uma pequena história do Jazz em Portugal e preciso de toda a informação relativa aos anos 40, 50, 60 e 70". Entretanto começavam a surgir posts com pequenas "pérolas" sobre a forma como jazz deu os primeiros passos em Portugal e informações e fotografias inéditas dos grandes concertos de jazz que se realizaram por cá a partir dos anos 50, fruto da investigação que o mentor do blog se encontra a realizar sobre a evolução deste género musical entre nós no Século XX.

Rapidamente, porém, o JNPDI! expandiu os seus horizontes, assumindo-se basicamente como um blog sobre jazz para o público que gosta e não gosta de jazz e desde logo começou a procurar congregar essa grande família de amadores de jazz e alargá-la aos desavindos ou subnutridos do "som da surpresa". A sua missão estava pois encontrada: fomentar o gosto pelo jazz e divulgar a sua actualidade e protagonistas.

Com estes alicerces o projecto foi crescendo e inovando. Em Junho de 2004 organizava o primeiro concurso on-line entre leitores, premiando os vencedores com bilhetes duplos para o concerto de Mark Shim, em Fevereiro de 2005 passou a ter o seu próprio logotipo (concebido pelo designer Miguel Mendes) e dois anos depois de ter sido criado, em Setembro deste mesmo ano, já dava música (de fundo) aos seus leitores, que assim se converteram também em ouvintes. Em Outubro tornou-se no primeiro blog a transmitir videoclips de músicos de jazz, estreando-se com Peter Cincotti a cantar "St. Louis Blues". Já em Março de 2006, estreou-se na rádio, criando a sua própria estação no Cotonete, onde desde então divulga Jazz 24 horas por dia, 7 dias por semana, 365 dias por ano. Paralelamente, sucediam-se as entrevistas exclusivas. Kenny Garrett, Houston Person, Ben Allison, Patricia Barber e Dee Dee Bridgewater são apenas alguns dos vários músicos que têm deixado o seu testemunho aos leitores de JNPDI!.

O público parecia valorizar o esforço de JNPDI! por inovar e foi aumentando exponencialmente, passando de um total de 500 visitas em Novembro de 2003 (ao fim de três meses de vida), para as 15 000 em Dezembro de 2004 (um ano e dois meses depois de ter sido criado) , 40 000 em Julho de 2005 e 75 000 já em finais deste mesmo ano.

Em 2006 JNPDI! mudou de endereço, passando a residir em www.jnpdi.blogspot.com


O que é o JNPDI!?

- É um blog com um pé grande no jazz e um pé mais pequeno mas bem firme na actualidade política, social, económica e cultural do país, porque o jazz é bom mas, como qualquer forma de arte, não vive isolado nem alheado do que se passa à sua volta.

- É avesso ao politicamente correcto e a qualquer forma de elitismo intelectual.

- É irreverente e frontal e totalmente alérgico à hipocrisia, de tal forma que quando se depara com ela incha, tosse, espirra e normalmente põe a boca no trombone! JNPDI! é como que a Odete Santos e o Francisco Louça do jazz! Ah, mas vota em branco?

- Se fosse uma instituição poderia ser a DECO dos amadores de jazz, no sentido em que os aconselha a saber comprar CDs com economia e a fintar as jogadas de marketing das lojas.

- Se fosse uma pessoa seria talvez um misto de Herman José e Raúl Solnado, já que não resiste a fazer humor.

- Se fosse um animal? seria talvez um touro. É teimoso, persistente, obstinado e quando o picam funga pelas narinas e investe com toda a força. Mas não marra. É só para marcar a sua posição?

- Se fosse político seria provavelmente da oposição, mas uma oposição construtiva e responsável, mais preocupada em construir o país do jazz do que em intrigas e poder pessoal. Um género de Maria José Morgado e Saldanha Sanchez.

- Se fosse um profissional, seria uma equipa do INEM que está constantemente a dar choques eléctricos ao jazz para o manter vivo e bem presente na vida cultural nacional.

- Se fosse um planeta, seria Júpiter, porque expande o jazz, e Vénus, porque o ama e oferece a quem o quiser receber.

- Como blog é o espaço de divulgação de tudo o que de mais importante acontece no jazz em Portugal e no estrangeiro e também do que aconteceu no passado. É como que um call-center do jazz aonde as pessoas se podem ligar e encontrar entrevistas, referências a novos discos, saber quem vem a Portugal (mesmo antes dos jornais noticiarem), conhecer as histórias dos bastidores, ver fotografias dos principais eventos, ouvir música, conhecer os discos mais emblemáticos do jazz, sorrir com o humor dos músicos e com as suas "pancadas" (o Mingus, por exemplo, que partiu a porta do Village Vanguard porque tinham escrito o seu nome com Charlie e não Charles?), etc.


- O que o levou a criar o blog?

O Jazz No País do Improviso nasce fruto de uma pesquisa que venho realizando sobre a história do jazz em Portugal. E nasce precisamente quando em Setembro de 2003 comecei a sentir necessidade de encontrar pessoas que pudessem dar o seu testemunho sobre os grandes concertos que se realizaram em Lisboa nos anos 50, 60 e 70. Foi um pouco como lançar um repto aos internautas: "Está aí alguém que tenha assistido aos concertos de Count Basie, Sidney Bechet, Ella Fitzgerald, Duke Ellington, Louis Armstrong ou que tenha programas, bilhetes, cartazes e gravações?" Por outro lado, nasce também com o propósito de permitir aos amadores de jazz ir acompanhando a minha pesquisa e comungando das descobertas que venho fazendo sobre a história do "som da surpresa" no século XX português; um pouco como uma janela para um livro em construção.

- Porquê o nome?

Porque em 2003 Portugal estava já a atravessar uma crise económica, política e social grave, fruto em parte do espírito e da cultura portuguesa do improviso, improviso esse que é exactamente a base do jazz. Sucede que se no jazz o improviso é um elemento fundamental para criar surpresa e novidade (o jazz é arte criada no momento) já na política ou na gestão de uma país ele é altamente indesejável, sendo preferível o planeamento e o rigor. Deste paradoxo nasce o Jazz No País do Improviso! O ponto de exclamação é fundamental porque comunica o inconformismo e a estupefacção com esse improviso que tem sido uma característica da idiossincrasia portuguesa ao longo dos tempos. Continuamos todos à espera do grande improvisador, que neste caso seria o D. Sebastião? No Jazz seria o Charlie Parker, que teima em não ter sucessor.

- Qual o feedback que tem recebido?

Ao princípio pensei que o JNPDI! seria uma perda de tempo, até por crer que o público do jazz, atendendo à faixa etária, não seria grande frequentador da Internet e muito menos do fenómeno dos blogs. Mas enganei-me redondamente. Aliás, o Villas-Boas quando lançou o Cascais Jazz (que este ano faz 35 anos) também achava que não ia ter grande sucesso? Ele refere isso em várias entrevistas. O feedback tem portanto sido muito interessante e passados poucos meses começaram a surgir os primeiros comentários, os primeiros e-mails, as primeiras sugestões. Hoje quando vou assistir a um concerto não é raro virem cumprimentar-me porque me reconhecem como o autor do JNPDI! e aproveitam para trocar ideias. Nesse sentido, o blog tem superado todas as expectativas que eu pudesse ter e tem sido também para mim um verdadeiro embaixador, abrindo-me portas e contactos muito úteis para saber mais do jazz e divulgá-lo mais. Tem sido, por exemplo, muito bem recebido entre os músicos, os professores das várias escolas de jazz e entre os próprios alunos. Aliás, temo procurado dar destaque a quem se dedica a ensinar e aprender o jazz, porque sem eles o jazz morreria. Finalmente, temos recebido o melhor acolhimento das editoras, que nos enviam discos para recensão crítica, e dos produtores de jazz e programadores dos clubes, que nos enviam informação sobre os seus espectáculos e nos permitem assistir aos mesmos como qualquer outro órgão de comunicação social. Esta é uma conquista muito importante não só para JNPDI!, mas para os blogs em geral. É o reconhecimento de que os blogs têm impacto e importância na sociedade da informação.

- Quais as diferenças entre o "Jazz no País do Improviso!" e outros blogs portugueses de jazz?

A diferença mais importante está no conceito na medida em que o JNPDI! não está virado para dentro mas sim para fora, isto é, ele é um ponto de partida e não de chegada. Por outras palavras, ele é o embrião de uma série de iniciativas que queremos que se alarguem, nomeadamente os passeios a pé pelos locais onde o jazz primeiro se ouviu em Lisboa, a que chamei o Roteiro do Jazz na Lisboa dos anos 20/40, cuja primeira edição se realizou em 2005 em parceria com o Centro Nacional de Cultura e a adesão foi tal que a 17 de Junho deste ano vamos repetir este evento. Outro exemplo deste conceito é a criação da rádio JNPDI! no cotonete. Queremos ir mais longe, organizando concertos, palestras, etc. E tudo isso gira em torno desse eixo que é o JNPDI!

Por outro lado este é um blog que tem sido inovador em quase tudo: foi o primeiro a ser acreditado em festivais de jazz e a receber discos de editoras para crítica e divulgação (tal como o são os jornais, a vossa revista, as televisões e as rádios), e aí tivemos de desbravar caminho, o primeiro a entrevistar músicos que actuam em Portugal, o primeiro a transmitir clips de vídeo, o primeiro a ter música on-line e o primeiro a oferecer, por concurso entre os leitores, bilhetes para concertos de jazz... Além destas características há uma que é fundamental: o JNPDI! é o único blog que regularmente traz aos seus leitores revelações sobre essa desconhecida que é a história do jazz em Portugal no século XX. E isso é fruto de um trabalho de horas e horas em bibliotecas e arquivos particulares e que daqui a uns dois anos deve dar o primeiro livro sobre o tema a ser publicado em Portugal. Já agora acrescentaria que os leitores do JNPDI! têm também essa rara oportunidade de acompanhar por vezes os bastidores dos festivais e conhecer as histórias e peripécias dos jazzmen e jazzwomen que por cá actuam. Isso é fruto da boa relação que mantemos com produtores, críticos de jazz e músicos.

9 de setembro de 2006

O regresso de Madeleine Peyroux

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Quem também tem um novo disco é a cantora Madeleine Peyroux.

Este é um trabalho que gira essencialmente em torno de temas originais, cuja autoria Peyroux divide com Klein e Walter Becker e com Jesse Harris, e de covers de músicos como Joni Mitchel ("River"), Fred Neil ("Everybody's Talkin'"), Leonard Cohen e Anjani Thomas ("Half the Perfect World"), Serge Gainsbourg ("La Javanaise") e Charlie Chaplin ("Smile").

7 de setembro de 2006

Novo CD de Diana Krall em Setembro

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É já no próximo dia 11 de Setembro que é lançado internacionalmente From this moment on, o mais recente trabalho discográfico de Diana Krall.

Este CD conta com a participação da orquestra Clayton-Hamilton, que actuou no ano passado no Estoril Jazz, e reúne os seguintes temas:

1. It Could Happen to You
2. Isn?t This A Lovely Day
3. How Insensitive
4. Exactly Like You
5. From This Moment On
6. I was Doing All Right
7. Little Girl Blue
8. Day In Day Out
9. Willow Weep For Me
10. Come Dance With Me
11. You Can Depend On Me

Para os fans mais ansiosos aqui fica o link que permite ouvir antecipadamente o CD.

3 de setembro de 2006

Colectânea de Miles Davis

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Acaba de chegar ao mercado nacional, com alguma pompa (deu direito a uma longa notícia na Sic Notícias... o que é sempre bom, pois para muitas pessoas Miles Davis é ainda certamente um ilustre desconhecido), um disco que reúne algumas das mais importantes gravações de Miles Davis para a editora Columbia, desde "So What" (de Kind of Blue) até "Human Nature".

Nada de especialmente novo, tirando uma gravação com Carlos Santana e pouco mais.

Esta é, pois, uma edição para quem queira iniciar-se na música do mago do trompete.

História da Impulse! em livro

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A história de uma das mais importantes editoras de jazz, a Impulse!, está agora contada em livro por Ashley Kahn, o mesmo autor de livros sobre obras de excelência como Kind of Blue e A Love Supreme.

Esta obra já chegou a Portugal (FNAC) e, em 352 páginas, Kahn traça o percurso da "casa" fundada em 1961 por Creed Taylor e continuada por Bob Thiele, para a qual gravaram músicos como John Coltrane, Archie Shepp, McCoy Tyner, Pharoah Sanders, Ray Charles, Gil Evans, Oliver Nelson, Benny Carter, Coleman Hawkins, Freddie Hubbard, Charles Mingus, Sonny Rollins, Gato Barbieri, Ahmad Jamal, entre muitos outros.

De salientar que foi também editada pela Impulse! uma colecção de discos que faz justamente o percurso da editora a nível de produção discográfica, a qual também se encontra à venda em Portugal.

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