3 anos de JNPDI!
JNPDI! completa hoje três anos de existência.
Para assinalar esse facto publicamos um texto que produzimos para a revista "Jazz.pt", e do qual foi apenas publicado um excerto na mais recente edição.
Este texto resume, na verdade, o que é e como nasceu JNPDI!
JNPDI! completa hoje três anos de existência.
Para assinalar esse facto publicamos um texto que produzimos para a revista "Jazz.pt", e do qual foi apenas publicado um excerto na mais recente edição.
Este texto resume, na verdade, o que é e como nasceu JNPDI!
A primeira parte é uma introdução, seguida pela resposta a algumas questões que nos foram colocadas pela referida revista.
JNPDI! nasceu na blogosfera em 11 de Setembro de 2003, dois anos depois da queda das torres gémeas, um dos ícones de uma das cidades mãe da arte que se propunha tratar: o Jazz. É, portanto, virgem de signo, o que faz dele um trabalhador nato, rigoroso, meticuloso, perfeccionista, exigente e crítico.
O primeiro post era muito simples: "Vem aí o saxofone summit, o encontro em Lisboa de três grandes saxofonistas: David Liebman, Michael Brecker e Joe Lovano. A não perder, no Coliseu, em Outubro!". Mas na verdade o blog tinha inicialmente nascido com a intenção de estabelecer contactos com amadores de jazz que estivessem interessados em partilhar conhecimentos e memórias sobre a história do jazz em Portugal, pelo que o post seguinte já ia nesse sentido e sob o título "Gravações piratas, Fotografias e Programas de Concertos antigos de jazz", dirigia-se directamente aos potenciais leitores: "Quem tiver alguns destes itens e quiser partilhá-los é bem-vindo. Estou a recolher elementos para uma pequena história do Jazz em Portugal e preciso de toda a informação relativa aos anos 40, 50, 60 e 70". Entretanto começavam a surgir posts com pequenas "pérolas" sobre a forma como jazz deu os primeiros passos em Portugal e informações e fotografias inéditas dos grandes concertos de jazz que se realizaram por cá a partir dos anos 50, fruto da investigação que o mentor do blog se encontra a realizar sobre a evolução deste género musical entre nós no Século XX.
Rapidamente, porém, o JNPDI! expandiu os seus horizontes, assumindo-se basicamente como um blog sobre jazz para o público que gosta e não gosta de jazz e desde logo começou a procurar congregar essa grande família de amadores de jazz e alargá-la aos desavindos ou subnutridos do "som da surpresa". A sua missão estava pois encontrada: fomentar o gosto pelo jazz e divulgar a sua actualidade e protagonistas.
Com estes alicerces o projecto foi crescendo e inovando. Em Junho de 2004 organizava o primeiro concurso on-line entre leitores, premiando os vencedores com bilhetes duplos para o concerto de Mark Shim, em Fevereiro de 2005 passou a ter o seu próprio logotipo (concebido pelo designer Miguel Mendes) e dois anos depois de ter sido criado, em Setembro deste mesmo ano, já dava música (de fundo) aos seus leitores, que assim se converteram também em ouvintes. Em Outubro tornou-se no primeiro blog a transmitir videoclips de músicos de jazz, estreando-se com Peter Cincotti a cantar "St. Louis Blues". Já em Março de 2006, estreou-se na rádio, criando a sua própria estação no Cotonete, onde desde então divulga Jazz 24 horas por dia, 7 dias por semana, 365 dias por ano. Paralelamente, sucediam-se as entrevistas exclusivas. Kenny Garrett, Houston Person, Ben Allison, Patricia Barber e Dee Dee Bridgewater são apenas alguns dos vários músicos que têm deixado o seu testemunho aos leitores de JNPDI!.
O público parecia valorizar o esforço de JNPDI! por inovar e foi aumentando exponencialmente, passando de um total de 500 visitas em Novembro de 2003 (ao fim de três meses de vida), para as 15 000 em Dezembro de 2004 (um ano e dois meses depois de ter sido criado) , 40 000 em Julho de 2005 e 75 000 já em finais deste mesmo ano.
Em 2006 JNPDI! mudou de endereço, passando a residir em www.jnpdi.blogspot.com
O que é o JNPDI!?
- É um blog com um pé grande no jazz e um pé mais pequeno mas bem firme na actualidade política, social, económica e cultural do país, porque o jazz é bom mas, como qualquer forma de arte, não vive isolado nem alheado do que se passa à sua volta.
- É avesso ao politicamente correcto e a qualquer forma de elitismo intelectual.
- É irreverente e frontal e totalmente alérgico à hipocrisia, de tal forma que quando se depara com ela incha, tosse, espirra e normalmente põe a boca no trombone! JNPDI! é como que a Odete Santos e o Francisco Louça do jazz! Ah, mas vota em branco?
- Se fosse uma instituição poderia ser a DECO dos amadores de jazz, no sentido em que os aconselha a saber comprar CDs com economia e a fintar as jogadas de marketing das lojas.
- Se fosse uma pessoa seria talvez um misto de Herman José e Raúl Solnado, já que não resiste a fazer humor.
- Se fosse um animal? seria talvez um touro. É teimoso, persistente, obstinado e quando o picam funga pelas narinas e investe com toda a força. Mas não marra. É só para marcar a sua posição?
- Se fosse político seria provavelmente da oposição, mas uma oposição construtiva e responsável, mais preocupada em construir o país do jazz do que em intrigas e poder pessoal. Um género de Maria José Morgado e Saldanha Sanchez.
- Se fosse um profissional, seria uma equipa do INEM que está constantemente a dar choques eléctricos ao jazz para o manter vivo e bem presente na vida cultural nacional.
- Se fosse um planeta, seria Júpiter, porque expande o jazz, e Vénus, porque o ama e oferece a quem o quiser receber.
- Como blog é o espaço de divulgação de tudo o que de mais importante acontece no jazz em Portugal e no estrangeiro e também do que aconteceu no passado. É como que um call-center do jazz aonde as pessoas se podem ligar e encontrar entrevistas, referências a novos discos, saber quem vem a Portugal (mesmo antes dos jornais noticiarem), conhecer as histórias dos bastidores, ver fotografias dos principais eventos, ouvir música, conhecer os discos mais emblemáticos do jazz, sorrir com o humor dos músicos e com as suas "pancadas" (o Mingus, por exemplo, que partiu a porta do Village Vanguard porque tinham escrito o seu nome com Charlie e não Charles?), etc.
- O que o levou a criar o blog?
O Jazz No País do Improviso nasce fruto de uma pesquisa que venho realizando sobre a história do jazz em Portugal. E nasce precisamente quando em Setembro de 2003 comecei a sentir necessidade de encontrar pessoas que pudessem dar o seu testemunho sobre os grandes concertos que se realizaram em Lisboa nos anos 50, 60 e 70. Foi um pouco como lançar um repto aos internautas: "Está aí alguém que tenha assistido aos concertos de Count Basie, Sidney Bechet, Ella Fitzgerald, Duke Ellington, Louis Armstrong ou que tenha programas, bilhetes, cartazes e gravações?" Por outro lado, nasce também com o propósito de permitir aos amadores de jazz ir acompanhando a minha pesquisa e comungando das descobertas que venho fazendo sobre a história do "som da surpresa" no século XX português; um pouco como uma janela para um livro em construção.
- Porquê o nome?
Porque em 2003 Portugal estava já a atravessar uma crise económica, política e social grave, fruto em parte do espírito e da cultura portuguesa do improviso, improviso esse que é exactamente a base do jazz. Sucede que se no jazz o improviso é um elemento fundamental para criar surpresa e novidade (o jazz é arte criada no momento) já na política ou na gestão de uma país ele é altamente indesejável, sendo preferível o planeamento e o rigor. Deste paradoxo nasce o Jazz No País do Improviso! O ponto de exclamação é fundamental porque comunica o inconformismo e a estupefacção com esse improviso que tem sido uma característica da idiossincrasia portuguesa ao longo dos tempos. Continuamos todos à espera do grande improvisador, que neste caso seria o D. Sebastião? No Jazz seria o Charlie Parker, que teima em não ter sucessor.
- Qual o feedback que tem recebido?
Ao princípio pensei que o JNPDI! seria uma perda de tempo, até por crer que o público do jazz, atendendo à faixa etária, não seria grande frequentador da Internet e muito menos do fenómeno dos blogs. Mas enganei-me redondamente. Aliás, o Villas-Boas quando lançou o Cascais Jazz (que este ano faz 35 anos) também achava que não ia ter grande sucesso? Ele refere isso em várias entrevistas. O feedback tem portanto sido muito interessante e passados poucos meses começaram a surgir os primeiros comentários, os primeiros e-mails, as primeiras sugestões. Hoje quando vou assistir a um concerto não é raro virem cumprimentar-me porque me reconhecem como o autor do JNPDI! e aproveitam para trocar ideias. Nesse sentido, o blog tem superado todas as expectativas que eu pudesse ter e tem sido também para mim um verdadeiro embaixador, abrindo-me portas e contactos muito úteis para saber mais do jazz e divulgá-lo mais. Tem sido, por exemplo, muito bem recebido entre os músicos, os professores das várias escolas de jazz e entre os próprios alunos. Aliás, temo procurado dar destaque a quem se dedica a ensinar e aprender o jazz, porque sem eles o jazz morreria. Finalmente, temos recebido o melhor acolhimento das editoras, que nos enviam discos para recensão crítica, e dos produtores de jazz e programadores dos clubes, que nos enviam informação sobre os seus espectáculos e nos permitem assistir aos mesmos como qualquer outro órgão de comunicação social. Esta é uma conquista muito importante não só para JNPDI!, mas para os blogs em geral. É o reconhecimento de que os blogs têm impacto e importância na sociedade da informação.
- Quais as diferenças entre o "Jazz no País do Improviso!" e outros blogs portugueses de jazz?
A diferença mais importante está no conceito na medida em que o JNPDI! não está virado para dentro mas sim para fora, isto é, ele é um ponto de partida e não de chegada. Por outras palavras, ele é o embrião de uma série de iniciativas que queremos que se alarguem, nomeadamente os passeios a pé pelos locais onde o jazz primeiro se ouviu em Lisboa, a que chamei o Roteiro do Jazz na Lisboa dos anos 20/40, cuja primeira edição se realizou em 2005 em parceria com o Centro Nacional de Cultura e a adesão foi tal que a 17 de Junho deste ano vamos repetir este evento. Outro exemplo deste conceito é a criação da rádio JNPDI! no cotonete. Queremos ir mais longe, organizando concertos, palestras, etc. E tudo isso gira em torno desse eixo que é o JNPDI!
O primeiro post era muito simples: "Vem aí o saxofone summit, o encontro em Lisboa de três grandes saxofonistas: David Liebman, Michael Brecker e Joe Lovano. A não perder, no Coliseu, em Outubro!". Mas na verdade o blog tinha inicialmente nascido com a intenção de estabelecer contactos com amadores de jazz que estivessem interessados em partilhar conhecimentos e memórias sobre a história do jazz em Portugal, pelo que o post seguinte já ia nesse sentido e sob o título "Gravações piratas, Fotografias e Programas de Concertos antigos de jazz", dirigia-se directamente aos potenciais leitores: "Quem tiver alguns destes itens e quiser partilhá-los é bem-vindo. Estou a recolher elementos para uma pequena história do Jazz em Portugal e preciso de toda a informação relativa aos anos 40, 50, 60 e 70". Entretanto começavam a surgir posts com pequenas "pérolas" sobre a forma como jazz deu os primeiros passos em Portugal e informações e fotografias inéditas dos grandes concertos de jazz que se realizaram por cá a partir dos anos 50, fruto da investigação que o mentor do blog se encontra a realizar sobre a evolução deste género musical entre nós no Século XX.
Rapidamente, porém, o JNPDI! expandiu os seus horizontes, assumindo-se basicamente como um blog sobre jazz para o público que gosta e não gosta de jazz e desde logo começou a procurar congregar essa grande família de amadores de jazz e alargá-la aos desavindos ou subnutridos do "som da surpresa". A sua missão estava pois encontrada: fomentar o gosto pelo jazz e divulgar a sua actualidade e protagonistas.
Com estes alicerces o projecto foi crescendo e inovando. Em Junho de 2004 organizava o primeiro concurso on-line entre leitores, premiando os vencedores com bilhetes duplos para o concerto de Mark Shim, em Fevereiro de 2005 passou a ter o seu próprio logotipo (concebido pelo designer Miguel Mendes) e dois anos depois de ter sido criado, em Setembro deste mesmo ano, já dava música (de fundo) aos seus leitores, que assim se converteram também em ouvintes. Em Outubro tornou-se no primeiro blog a transmitir videoclips de músicos de jazz, estreando-se com Peter Cincotti a cantar "St. Louis Blues". Já em Março de 2006, estreou-se na rádio, criando a sua própria estação no Cotonete, onde desde então divulga Jazz 24 horas por dia, 7 dias por semana, 365 dias por ano. Paralelamente, sucediam-se as entrevistas exclusivas. Kenny Garrett, Houston Person, Ben Allison, Patricia Barber e Dee Dee Bridgewater são apenas alguns dos vários músicos que têm deixado o seu testemunho aos leitores de JNPDI!.
O público parecia valorizar o esforço de JNPDI! por inovar e foi aumentando exponencialmente, passando de um total de 500 visitas em Novembro de 2003 (ao fim de três meses de vida), para as 15 000 em Dezembro de 2004 (um ano e dois meses depois de ter sido criado) , 40 000 em Julho de 2005 e 75 000 já em finais deste mesmo ano.
Em 2006 JNPDI! mudou de endereço, passando a residir em www.jnpdi.blogspot.com
O que é o JNPDI!?
- É um blog com um pé grande no jazz e um pé mais pequeno mas bem firme na actualidade política, social, económica e cultural do país, porque o jazz é bom mas, como qualquer forma de arte, não vive isolado nem alheado do que se passa à sua volta.
- É avesso ao politicamente correcto e a qualquer forma de elitismo intelectual.
- É irreverente e frontal e totalmente alérgico à hipocrisia, de tal forma que quando se depara com ela incha, tosse, espirra e normalmente põe a boca no trombone! JNPDI! é como que a Odete Santos e o Francisco Louça do jazz! Ah, mas vota em branco?
- Se fosse uma instituição poderia ser a DECO dos amadores de jazz, no sentido em que os aconselha a saber comprar CDs com economia e a fintar as jogadas de marketing das lojas.
- Se fosse uma pessoa seria talvez um misto de Herman José e Raúl Solnado, já que não resiste a fazer humor.
- Se fosse um animal? seria talvez um touro. É teimoso, persistente, obstinado e quando o picam funga pelas narinas e investe com toda a força. Mas não marra. É só para marcar a sua posição?
- Se fosse político seria provavelmente da oposição, mas uma oposição construtiva e responsável, mais preocupada em construir o país do jazz do que em intrigas e poder pessoal. Um género de Maria José Morgado e Saldanha Sanchez.
- Se fosse um profissional, seria uma equipa do INEM que está constantemente a dar choques eléctricos ao jazz para o manter vivo e bem presente na vida cultural nacional.
- Se fosse um planeta, seria Júpiter, porque expande o jazz, e Vénus, porque o ama e oferece a quem o quiser receber.
- Como blog é o espaço de divulgação de tudo o que de mais importante acontece no jazz em Portugal e no estrangeiro e também do que aconteceu no passado. É como que um call-center do jazz aonde as pessoas se podem ligar e encontrar entrevistas, referências a novos discos, saber quem vem a Portugal (mesmo antes dos jornais noticiarem), conhecer as histórias dos bastidores, ver fotografias dos principais eventos, ouvir música, conhecer os discos mais emblemáticos do jazz, sorrir com o humor dos músicos e com as suas "pancadas" (o Mingus, por exemplo, que partiu a porta do Village Vanguard porque tinham escrito o seu nome com Charlie e não Charles?), etc.
- O que o levou a criar o blog?
O Jazz No País do Improviso nasce fruto de uma pesquisa que venho realizando sobre a história do jazz em Portugal. E nasce precisamente quando em Setembro de 2003 comecei a sentir necessidade de encontrar pessoas que pudessem dar o seu testemunho sobre os grandes concertos que se realizaram em Lisboa nos anos 50, 60 e 70. Foi um pouco como lançar um repto aos internautas: "Está aí alguém que tenha assistido aos concertos de Count Basie, Sidney Bechet, Ella Fitzgerald, Duke Ellington, Louis Armstrong ou que tenha programas, bilhetes, cartazes e gravações?" Por outro lado, nasce também com o propósito de permitir aos amadores de jazz ir acompanhando a minha pesquisa e comungando das descobertas que venho fazendo sobre a história do "som da surpresa" no século XX português; um pouco como uma janela para um livro em construção.
- Porquê o nome?
Porque em 2003 Portugal estava já a atravessar uma crise económica, política e social grave, fruto em parte do espírito e da cultura portuguesa do improviso, improviso esse que é exactamente a base do jazz. Sucede que se no jazz o improviso é um elemento fundamental para criar surpresa e novidade (o jazz é arte criada no momento) já na política ou na gestão de uma país ele é altamente indesejável, sendo preferível o planeamento e o rigor. Deste paradoxo nasce o Jazz No País do Improviso! O ponto de exclamação é fundamental porque comunica o inconformismo e a estupefacção com esse improviso que tem sido uma característica da idiossincrasia portuguesa ao longo dos tempos. Continuamos todos à espera do grande improvisador, que neste caso seria o D. Sebastião? No Jazz seria o Charlie Parker, que teima em não ter sucessor.
- Qual o feedback que tem recebido?
Ao princípio pensei que o JNPDI! seria uma perda de tempo, até por crer que o público do jazz, atendendo à faixa etária, não seria grande frequentador da Internet e muito menos do fenómeno dos blogs. Mas enganei-me redondamente. Aliás, o Villas-Boas quando lançou o Cascais Jazz (que este ano faz 35 anos) também achava que não ia ter grande sucesso? Ele refere isso em várias entrevistas. O feedback tem portanto sido muito interessante e passados poucos meses começaram a surgir os primeiros comentários, os primeiros e-mails, as primeiras sugestões. Hoje quando vou assistir a um concerto não é raro virem cumprimentar-me porque me reconhecem como o autor do JNPDI! e aproveitam para trocar ideias. Nesse sentido, o blog tem superado todas as expectativas que eu pudesse ter e tem sido também para mim um verdadeiro embaixador, abrindo-me portas e contactos muito úteis para saber mais do jazz e divulgá-lo mais. Tem sido, por exemplo, muito bem recebido entre os músicos, os professores das várias escolas de jazz e entre os próprios alunos. Aliás, temo procurado dar destaque a quem se dedica a ensinar e aprender o jazz, porque sem eles o jazz morreria. Finalmente, temos recebido o melhor acolhimento das editoras, que nos enviam discos para recensão crítica, e dos produtores de jazz e programadores dos clubes, que nos enviam informação sobre os seus espectáculos e nos permitem assistir aos mesmos como qualquer outro órgão de comunicação social. Esta é uma conquista muito importante não só para JNPDI!, mas para os blogs em geral. É o reconhecimento de que os blogs têm impacto e importância na sociedade da informação.
- Quais as diferenças entre o "Jazz no País do Improviso!" e outros blogs portugueses de jazz?
A diferença mais importante está no conceito na medida em que o JNPDI! não está virado para dentro mas sim para fora, isto é, ele é um ponto de partida e não de chegada. Por outras palavras, ele é o embrião de uma série de iniciativas que queremos que se alarguem, nomeadamente os passeios a pé pelos locais onde o jazz primeiro se ouviu em Lisboa, a que chamei o Roteiro do Jazz na Lisboa dos anos 20/40, cuja primeira edição se realizou em 2005 em parceria com o Centro Nacional de Cultura e a adesão foi tal que a 17 de Junho deste ano vamos repetir este evento. Outro exemplo deste conceito é a criação da rádio JNPDI! no cotonete. Queremos ir mais longe, organizando concertos, palestras, etc. E tudo isso gira em torno desse eixo que é o JNPDI!
Por outro lado este é um blog que tem sido inovador em quase tudo: foi o primeiro a ser acreditado em festivais de jazz e a receber discos de editoras para crítica e divulgação (tal como o são os jornais, a vossa revista, as televisões e as rádios), e aí tivemos de desbravar caminho, o primeiro a entrevistar músicos que actuam em Portugal, o primeiro a transmitir clips de vídeo, o primeiro a ter música on-line e o primeiro a oferecer, por concurso entre os leitores, bilhetes para concertos de jazz... Além destas características há uma que é fundamental: o JNPDI! é o único blog que regularmente traz aos seus leitores revelações sobre essa desconhecida que é a história do jazz em Portugal no século XX. E isso é fruto de um trabalho de horas e horas em bibliotecas e arquivos particulares e que daqui a uns dois anos deve dar o primeiro livro sobre o tema a ser publicado em Portugal. Já agora acrescentaria que os leitores do JNPDI! têm também essa rara oportunidade de acompanhar por vezes os bastidores dos festivais e conhecer as histórias e peripécias dos jazzmen e jazzwomen que por cá actuam. Isso é fruto da boa relação que mantemos com produtores, críticos de jazz e músicos.
9 Comments:
Muitos parabéns pelo 3º aniversário do JNDI!
Parabéns também pelo espírito inovador e simultâneamente crítico e por vezes irónico, se não mesmo mordaz...
A esta apreciação porventura não será alheio o facto de o meu nome ser Odete, mas não Santos (já fui) e ser Touro com ascendente em Virgem.
Parabéns.
Para a frente é o caminho... de
preferência sem paragens.
Obrigado por este trabalho.
Muitos parabéns, João. Continue, por favor
Um abraço
Mateus
João,
Parabéns pelo 3º aniversário e boa continuação.
Bom dia meu querido João!
Parabéns pelo excelente trabalho e pelo 3º aniversário!
Um abraço,
maria virgínia
Parabéns e continuação do bom trabalho. Vá dando notícias do Jazz de todas as cores...branco, negro, amarelo e ...(especialmente)..azul.
José Menezes
Parabéns e continuação do bom trabalho. Vá dando notícias do Jazz de todas as cores...branco, negro, amarelo e ...(especialmente)..azul.
José Menezes
Parabéns e um abraço de todo o pessoal da JBJazz.
José Dias
Obrigado a todos, mesmo, pelo apoio e incentivo.
Valeu!
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