31 de março de 2010

Herb Ellis: R.I.P.

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Confirma-se o falecimento do guitarrista Herb Ellis (1921/2010), facto sobre o qual circulavam desde há dias alguns rumores. A notícia foi confirmada pelo seu filho, que comunicou a morte deste ícone do jazz no passado Domingo, aos 88 anos de idade.



Desaparece assim um músico que se notabilizou pela associação ao trio de Oscar Peterson (1953/58) e pelas digressões mundiais com Ella Fitzgerald. A sua sonoridade na guitarra é uma das mais emblemáticas na história do jazz.




Maria Viana lança hoje novo livro/CD

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A cantora Maria Viana lança hoje o seu mais recente trabalho editorial, um livro + Cd que celebra os seus 30 anos de carreira.

A apresentação decorre na FNAC do Colombo, em Lisboa, às 21h30, no âmbito da rubrica "Momentos de Jazz com João Moreira dos Santos", e inclui um showcase com o pianista norte-americano Kirk Lightsey, músico que actua hoje à tarde, com produção de JNPDI, num concerto privado para os empregados de uma instituição bancária de referência.

E a propósito dos 30 anos de carreira de Maria Viana, divulgamos hoje um vídeo que documenta o início do seu percurso no jazz e que tem a curiosidade de ter uma entrevistadora muito especial...que os leitores talvez conheçam... e que tem uma prestação excelente também neste papel. A gravação é do programa Clube de Jazz, criado por Villas-Boas e Duarte Mendonça e emitido pela RTP no início dos anos 80.


30 de março de 2010

"MY ONE AND ONLY LOVE"

Voltamos hoje a dedicar a nossa atenção aos grandes standards do cancioneiro norte-americano. "My One and Only Love" foi originalmente composta em 1947 por Guy Wood, mas só com a letra de Robert Mellin é que realmente adquiriu maior visibilidade, o que sucedeu quando em 1953 Frank Sinatra a gravou.



Nos anos 60, John Coltrane e Johnny Hartman decidiram incluir este tema entre o repertório seleccionado para um disco que fez história ao ver a luz do dia em 1963.




Coltrane e Hartman não foram, porém, os primeiros músicos de jazz a gravar este belíssimo tema, que já tinha sido adoptado por Pepper Adams nos anos 50. A sua beleza melódica e lírica fez, aliás, com que muitos mais o gravassem ao longo dos anos. Entre estes inclui-se a grande Ella Fitzgerald.



Vejamos, pois, algumas das versões deste tema por diferentes e distintos músicos.







Não gostaríamos de deixar de fora esta interessante versão de Sting, digna de nota pela sua interpretação.

29 de março de 2010

FESTIVAL TOAP 2010 arranca dia 2

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Ora aqui está uma notícia que nos alegra dar pois é não só mais uma prova da vitalidade do jazz nacional, mas também a celebração de uma editora discográfica, a TOAP, que muito tem feito pela divulgação dos nossos músicos e pela consolidação deste género musical entre nós.
De 2 a 3 de Abril próximos decorre a primeira edição do Festival TOAP Records, evento que surge como uma celebração do dificil, mas importante caminho que a TOAP (Tone of a Pitch) percorreu até hoje. Em palco estará a "família" TOAP, um conjunto de músicos unidos pela sua dedicação e partilha de ideais artisticos, pondo o lado comercial em segundo plano, e a criatividade e compromisso com a música em primeiro.

Fundada em 2001, a partir da necessidade urgente de criar uma plataforma de registo e divulgação daquilo que de mais criativo se passava no rejuvenescido universo do jazz em Portugal, a TOAP começou por produzir e editar a mais nova geração de músicos nacionais, aos quais rapidamente se juntaram as mais conceituadas e estabelecidas gerações anteriores de músicos, assim como artistas um pouco de todo o mundo, desde os Estados Unidos, Inglaterra, Japão, Alemanha, Espanha, etc.

A TOAP tornou-se, e permanece ainda hoje, um modelo de integridade artistica e de capacidade de independência. O seu legado mudou a face do panorama do jazz em Portugal, abrindo oportunidades aos músicos e elevando os seus padrões de exigência, contribuindo assim de forma directa para o crescimento daquela que pode hoje ser considerada uma "cena" jazzística portuguesa, conhecida e respeitada internacionalmente.

FESTIVAL TOAP 2010
FAKTORY . LX Factory . Lisboa
2 e 3 de Abril . 22:00
3 Concertos por noite
Blihetes à venda no local dias 2 e 3 a partir das 21:00.
10€/noite com direito aos 3 concertos + oferta de CD TOAP Colectivo

Mais info :
http://www.toapmusic.com
info@toapmusic.com

Texto adaptado a partir de original remetido pela TOAP

26 de março de 2010

Luís Villas-Boas homenageado ontem no Dose Dupla

Se fosse vivo, Luís Villas-Boas, o "pai" do Jazz em Portugal, completaria hoje nada menos do que 86 anos.

Para assinalar esta efeméride, Kirk Lightsey (que Villas-Boas contratou em 1982 e 1984) e Carlos Barretto dedicaram-lhe ontem o seu concerto no Dose Dupla e, particularmente, um tema em que o pianista escolheu a flauta, instrumento que também domina.



Aproveitamos para divulgar o vídeo que marcou a estreia de Kirk Lightsey em Portugal, quando em 1982 acompanhou Dexter Gordon num memorável concerto realizado na Aula Magna, em Lisboa, por iniciativa, claro, de Luís Villas-Boas e também de Duarte Mendonça.



E, especificamente para as novas gerações, aqui fica uma breve biografia de Luís Villas-Boas, documento audiovisual que criámos quando em 2007 lançámos o livro O Jazz Segundo Villas-Boas, a única obra publicada entre nós sobre o "pai" do Jazz em Portugal e que se encontra praticamente esgotada.





E, já agora, ouçamos e vejamos o próprio Villas-Boas e a sua percepção do que é o Jazz.


25 de março de 2010

Carlos Barretto e Kirk Lightsey hoje no Dose Dupla
Concerto homenageia memória de Luís Villas-Boas


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Carlos Barretto e Kirk Lightsey são a dupla que encerra o ciclo Dose Dupla em 2010, actuando no CCB na próxima quinta-feira, 25 Março, às 22h00, um concerto que é dedicado à memória de Luís Villas-Boas já que o "pai" do jazz não só nasceu a 26 de Março de 1924, há precisamente 86 anos, como trouxe por duas vezes Kirk Lightsey a Portugal (Cascais Jazz e Aula Magna).

A colaboração de Carlos Barretto (um dos expoentes do contrabaixo em Portugal) e Kirk Lightsey (que tocou com gigantes como Dexter Gordon, Pharoah Sanders, Betty Carter e Chet Baker) remonta aos anos 80, período em que o músico português viveu e tocou em Paris. O duo apresentou-se em Portugal pela primeira vez em 1998, actuando em trio no Hot Clube de Portugal, e reuniu-se no final de 2008, em concerto realizado no Centro Cultural de Cascais e marcado pela profundidade, intensidade e constante busca de inovação e surpresa musical.

24 de março de 2010

Fred Hersch na Culturgest sexta-feira

O pianista Fred Hersch actua na Culturgest na próxima sexta-feira, 26 de Março, um concerto a não perder já que marca a estreia deste músico entre nós, ele que tem um apreciável curriculum e uma interessante história humana que embebe a sua arte e que mostra como um drama pode ser transformado num serviço aos próximos.


Hersch vem a solo, solo ele, que foi o único a tocar a solo no Village Vanguard, mas só depois da morte do seu fundador e talvez porque antes tocou com músicos como Stan Getz, Joe Henderson, Lee Konitz e Art Farmer.



Nascido em 1955 em Cincinanti, Ohio, pianista e compositor, Fred Hersh foi considerado como “um dos mais brilhantes músicos da sua geração” pela revista Downbeat e ganhou um lugar entre os mais notáveis artistas de jazz do mundo actual. Desde o fim da década de 1970, como sideman de lendas do jazz como Joe Henderson, Art Farmer, e Stan Getz, firmou uma reputação de um mestre versátil do piano jazz, e de um sólido compositor. É largamente reconhecido pela sua capacidade de criar um corpo único de obras originais e ao mesmo tempo de reinventar o repertório standard do jazz – abordando clássicos testados pelo tempo sob novos e penetrantes pontos de vista, ideias frescas e uma extraordinária técnica. Seja a solo, em duo, em trios ou quintetos, Hersh explorou toda a tradição do jazz e abriu novas e inexploradas portas. De entre as suas numerosas distinções incluem-se uma Guggenheim Memorial Fellowship de composição (2003), três nomeações para os Grammy, duas na categoria Best Jazz Instrumental Performance e uma na categoria Best Instrumental Composition. Participou em mais de uma centena de gravações, incluindo mais de duas dúzias de álbuns como líder ou a solo.

A sua carreira como pianista foi muito reforçada pela sua actividade como compositor, uma parte vital de quase todos os seus concertos e gravações. Em 2003 Hersch criou Leaves of Grass (Palmetto Records) uma composição de larga escala com poemas de Walt Whitman para duas vozes (Kurt Elling e Kate McGarry) e um octeto instrumental; a obra foi apresentada em Março de 2005 no Zanket Hall do Carnagie Hall, com lotação esgotada, como parte de um digressão por seis cidades dos EUA. Hersh fez digressões com o pianista clássico Christopher O’Riley (“Heard Fresh: Music for Two Pianos”) e colaborou também com músicos como Bill Frisell, Toots Thielmans e Charlie Haden ou cantores como Renée Fleming, Norma Winstone e Audra McDonald. Recebeu encomendas de The Gilmore Keyboard Festival, The Doris Duke Foundation, The Miller Theatre da Universidade de Colúmbia, The Gramercy Trio e The Brooklin Youth Chorus. As suas composições para piano solo e música de câmara estão publicadas pela Edition Peters. A editora Naxos publicou Fred Hersch: Concert Music 2001-2006 um disco com as suas composições “clássicas”.



Hersch começou a tocar piano muito novo. Com 12 anos escreveu a sua primeira sinfonia. Estudou no Grinnell College e a meio da década de 1970 começou a tocar em clubes em Cincinnati. Formou-se no New England Conservatory of Music em Boston e mudou-se para Nova Iorque no final dos anos 1970..

Hersh é considerado o mais fecundo e apreciado pianista de jazz a solo da sua geração. Em 2006, Palmetto Records editou o disco a solo Fred Hersch in Amsterdam: Live at the Bimhuis. Essa gravação levou a que, pouco depois, Hersch fosse o primeiro pianista, em 70 anos de história de Village Vanguard, o lendário clube de Nova Iorque, a ser contratado para tocar uma semana a solo. Hersch lidera ainda um trio e um quinteto e mantém constantes colaborações por todo o mundo com instrumentistas clássicos e de jazz e cantores. Um dos seus mais recentes projectos inclui um conjunto não convencional formado por piano, trompete, voz e percussão. The Fred Hersch Pocket Orchestra: Live at Jazz Standard foi editado em 2009 pela Sunnyside Records

Hersch tem tido, desde 1993, uma actividade apaixonadamente empenhada como porta-voz e fund-raiser de instituições relacionadas com a SIDA que prestam serviços e se dedicam à educação no combate à doença. Produziu e tocou em quatro álbuns cujos lucros reverteram para essa causa e apresentou-se em concertos para Performing Arts Against AIDS e Broadway Cares/Equity Fights AIDS que até agora renderam 250 000 dólares.

Fred Hersch participou no programa da CBS Sunday Morning com o Dr. Billy Taylor e numa grande variedade de programas da Rádio Nacional Pública, incluindo Fresh Air, Jazz Set, Studio 360 e Marion McPartland’s Piano Jazz. Hersch recebeu uma Rockfeller Fellowship e financiamentos de The National Endowment for the Arts e Meet the Composer, e seis residências de composição em The MacDowell Colony. Dirigiu um workshop de treino profissional para jovens músicos em The Weill Institute no Carnagie Hall em 2008 e foi distinguido com a Branigan Lectureship na Universidade de Indiana em 2004. Professor empenhado, ensinou em The New School e na Manhattan School of Music; actualmente é professor convidado na Western Michigan University e ensina na Faculdade de Jazz Studies no Conservatório de New England.


Biografia cedida pela Culturgest.

23 de março de 2010

Manuela Lopes & Zé Eduardo no DOSE DUPLA

O duo Be&Bop, formado por Manuela Lopes & Zé Eduardo, abriu no passado dia 4 de Fevereiro o ciclo Dose Dupla de 2010. É desse espectáculo que JNPDI partilha hoje um vídeo.


20 de março de 2010

JazzTimes Abril 2010

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18 de março de 2010

Nelson Cascais e James Uhart hoje no Dose Dupla às 22h45



O contrabaixista Nelson Cascais e o pianista James Uhart encontram-se hoje às 22h45 no Dose Dupla, no Centro Cultural de Belém.

Nelson Cascais é não só um dos mais importantes contrabaixistas da actualidade no jazz nacional, mas também um prolífico compositor e líder dos seus próprios agrupamentos musicais. O seu encontro em palco com o pianista franco/britânico James Uhart (cujas composições incorporam influências de Brad Mehldau e Abdullah Ibrahim) prenuncia um resultado musical tanto inesperado, como seguramente criativo e original.

17 de março de 2010

Caronia: O barco do Jazz

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Nos anos 50 e 60 o navio Caronia desempenhou um papel activo nas jam-sessions realizadas no Hot Clube de Portugal, como recorda Augusto Mayer, um dos sócios históricos do clube:

“O Caronia foi o principal navio a que íamos buscar músicos para as jam-sessions. Eles tinham uma orquestra e os músicos escreviam-nos com antecedência a avisar quando chegavam e mal apareciam iam logo para o Hot”.


Também nos anos 50, a Cunard, proprietária do Caronia, realizou um vídeo promocional do navio, documentário que é actualmente uma interessante janela aberta para o passado. É precisamente esse filme que hoje aqui propomos pois permite, por exemplo, vislumbrar o que eram o Funchal, Lisboa, Estoril e Sintra nesta época.




Já agora, no diário de viagens do Caronia pode ver-se o custo de vida em Lisboa nos anos 60... Vejamos o caso do preço dos táxis e, 1966:

Taxis are plentiful, reliable and cheap.

Approximate rates:

Small car: 1st 500 metres - Esc.2.50.
Each additional 200 metres - Esc.0.50
Large car: lst 500 metres - Esc.3.50.
Each additional 200 metres - Esc.0.70
Hourly rates vary from Esc.40 to Esc.50

16 de março de 2010

Carlos Azevedo & Peter King no Dose Dupla: Jazz à primeira vista

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Na passada quinta-feira o pianista Carlos Azevedo e o saxofonista Peter King encontraram-se em palco no Centro Cultural de Belém, naquele que foi mais um concerto do ciclo DOSE DUPLA.

Os músicos actuaram pela primeira vez em conjunto e não tiveram praticamente tempo de ensaiar pelo que a música que ofereceram ao público inscreveu-se na mais pura tradição de jam-session.


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Para acentuar ainda mais esta realidade, no final do espectáculo foram convidadas a subir ao palco as cantoras Maria Anadon e Maria Viana e também o produtor e ex-músico Paulo Gil (produtor do Seixal Jazz e Ciclo Internacional de Jazz de Oeiras).

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Eis o resultado.



14 de março de 2010

SF Jazz Collective: Master class na Universidade Lusíada de Lisboa

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Fotos: JMS/JNPDI

A Universidade Lusíada promoveu hoje à tarde uma master class com o prestigiado octeto San Francisco Jazz Collective, agrupamento que reúne alguns dos mais prestigiados jazzmen da actualidade. A iniciativa, que chamou ao campus de Lisboa cerca de 100 músicos (entre estudantes, professores e profissionais), inscreve-se na licenciatura em Jazz e Música Moderna deste estabelecimento de ensino e foi coordenada pelo professor e guitarrista Ricardo Pinheiro, mentor e responsável do referido curso.

JNPDI esteve lá e divulga agora algumas fotografias da nossa autoria.

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Fotos: JMS/JNPDI

O grupo seguiu uma metodologia que consistiu em tocar/apresentar um tema e seguidamente abrir-se a questões da audiência, as quais lá foram surgindo timidamente.

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Fotos: JMS/JNPDI

De todos os músicos, foi Stefon Harris que gerou mais empatia com o público, em parte pelas suas concepções muito pessoais da música e também por ter desenvolvido um exercício conjunto com a plateia.

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Fotos: JMS/JNPDI

Eric Harland falou pouco, mas disse muito, sobretudo no tema "Song for My Father", um original de Horace Silver com novo arranjo do pianista Edward Simon.

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Fotos: JMS/JNPDI

Como era de esperar a passagem por Lisboa do SF Jazz Collective motivou a presença de muitos músicos profissionais e, também, dos media, particularmente a Rádio Europa Lisboa.

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Júlio Resende e Matt Penman
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Stefon Harris e Massimo Cavalli
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Mafalda Costa

De Lisboa, o SF Jazz Collective segue a sua digressão europeia, devendo repetir a mesma master class apenas em Amesterdão.

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Avishai Cohen

Por cá fica um pouco da sabedoria destes mestres e também a certeza, cada vez mais óbvia, de que o Jazz vive em Portugal um período aureo inigualável.

13 de março de 2010

António Palma e Katt Tait no Dose Dupla: Simplesmente tocantes!

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Fotos: JMS/JNPDI

António Palma (piano) e Katt Tait (voz) actuaram no passado dia 4 de Março no Centro Cultural de Belém, naquele que foi "mais" um espectáculo do ciclo DOSE DUPLA.

Não é seguramente exagero dizer, sobretudo junto de quem assistiu ao evento, que este foi um concerto simplesmente tocante, tanta foi a emoção que esta dupla colocou no repertório seleccionado, o qual variou entre o american songbook e a pop. De facto, pelo CCB ecoaram os grandes compositores do início do século XX, mas também nomes como Cindy Lauper e Aerosmith.




António Palma mostrou-se um pianista com fundações musicais muito sólidas e, sobretudo, com uma grande capacidade de improvisação e acompanhamento. Mas a revelação da noite foi mesmo Katt Tait, cujo canto e interpretação dos temas mostrou uma sensibilidade, profundidade e mestria que conseguiu surpreender mesmo aqueles que já no ano passado encantara como convidada surpresa do duo de Barros Veloso e Art Themen no DOSE DUPLA.

Katt está a viver um sonho, o sonho de cantar, e por ele largou tudo nos Estados Unidos, o seu país, e embarcou numa viagem à volta do mundo que a tem levado a vários palcos, clubes, salas e espaços. A sua presença pessoal e musical não deixa ninguém indiferente e sem agentes ou promotores, tem vindo a afirmar-se apenas à custa do seu talento e da sua vontade de tornar o seu sonho uma realidade. E se é ainda cedo para dizer até onde este sonho a pode levar, a verdade é que o que se passou em palco no CCB deixa adivinhar um futuro muito risonho.

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Fotos: JMS/JNPDI

Hoje, JNPDI dá apenas uma pálida ideia do que por lá se passou, apresentando um vídeo amador do tema que Katt cantou com Barros Veloso neste Dose Dupla e também um dos encores exigidos pelo público que enchia a sala (na foto acima, Katt e Palma tentam definir um último tema para um último encore, claramente surpreendidos pela exigência do público).





Foi-nos muito grato receber no final do espectáculo, como co-produtores do DOSE DUPLA, os parabéns e elogios de alguns dos espectadores, sobretudo aquele que nos disse, sem nos conhecer: "Muito obrigado por nos proporcionarem estes extraordinários momentos".

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João Moreira dos Santos, Katt Tait e Barros Veloso.
Fotos: JMS/JNPDI

Tal comentário reflecte, afinal, um concerto em que a Alma de ambos os músicos tocou as nossas, o que sucedeu, no nosso caso, sobretudo com os temas da pop, talvez por serem mais actuais na sua temática ou na sua linguagem e simbologia.

12 de março de 2010

Estoril Jazz com cartaz de excelência

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O Estoril Jazz apresenta este ano um dos melhores e mais interessantes elencos de sempre. Faltam apenas os músicos portugueses, sem dúvida possuidores de talento e apreço público à altura deste importante evento jazzístico.

11 de março de 2010

Carlos Azevedo e Peter King hoje no Dose Dupla



O pianista Carlos Azevedo e o histórico saxofonista-alto Peter King, considerado um digno sucessor de Charlie Parker, encontram-se hoje às 22h00 no Dose Dupla, espectáculo que terá ainda duas convidadas surpresa.

Peter King não actua em Lisboa há mais de 20 anos, tendo deixado saudades a sua passagem pelo Hot Clube no final dos anos 80, ocasião em que o saxofonista gravou para a RTP o seguinte vídeo.

4 de março de 2010

António Palma e Katt Tait hoje no Dose Dupla

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Em 2009, Katt Tait, natural dos EUA, actuou no Dose Dupla como convidada do duo formado por António José de Barros Veloso e Art Themen. A sua voz e o seu amplo conhecimento dos standards do American Songbook cativaram desde logo o público, justificando agora a sua apresentação com o pianista António Palma, músico que tocou, entre outros, com Alexandre Frazão, David Gausden, Eddie Goltz, Laurent Filipe, Bill Goodwin, Melissa Walker e Lars Arens.

2 de março de 2010

Jazz em DOSE DUPLA no CCB

Março promete a continuação de bons concertos no ciclo DOSE DUPLA, que decorre todas as quintas-feiras, às 22h00, no Centro Cultural de Belém, com entrada livre. O ciclo tem o apoio de Jazz no País do Improviso, que participa na sua direcção artística.

1 de março de 2010

Jazz em Março na Sociedade de Instrução Guilherme Cossoul

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A Sociedade de Instrução Guilherme Cossoul (SIGC) vai realizar um “Mês de Jazz” que inclui concertos em todas as Sextas-Feiras e Sábados do mês de Março. Tendo como objectivo a divulgação e o apoio aos artistas nacionais na área do Jazz, a SIGC une-se em parceria com a Escola JB Jazz na realização deste evento. Os concertos têm início às 23h00 e decorrem no Bar da SIGC.


Programação do “Jazz em Março”


Dia 5 – José Dias Q4

Dia 6 – La Farse Manouche

Dia 12 – João Lencastre New Trio

Dia 13 – Ébano

Dia 19 – Vasco Agostinho Trio

Dia 20 – Beatriz Portugal Inefable

Dia 26 – Groove 4tet

Dia 27 – Sofia Vitória / Júlio Resende

As Incríveis Aventuras de Dog Mendonça e Pizzaboy

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Depois do jazz, de um filme e de uma série televisiva, o pianista Filipe Melo aventurou-se agora (e, ao que parece, bem) pelo mundo da Banda Desenhada, assinando o argumento do livro As Incríveis Aventuras de Dog Mendonça e Pizzaboy.

Explica o autor que esta é a história de "um jovem distribuidor de pizzas, um ex-lobisomem de meia-idade e um demónio de seis mil anos", personagens que são as únicas aptas a "fazer frente às forças do mal que ameaçam a Humanidade". Eis, pois, "três amigos e uma cabeça de gárgula responsáveis por uma viagem demente que fará com que cruzem os limites da imaginação".

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As Incríveis Aventuras de Dog Mendonça e Pizzaboy é uma novela gráfica de 120 páginas, publicada pelas Edições Tinta-da-China, e prefácio a cargo do grande John Landis, realizador de filmes de culto como American Werewolf in London e Michael Jackson's Thriller".


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