31 de maio de 2009

Peggy Lee: "He's a Tramp"

Em 1955, Peggy Lee emprestou a sua voz a várias personagens do filme Lady and the Tramp, uma longa metragem animada da Disney para a qual compôs e gravou também o tema "He's a Tramp".

Eis o making of desta canção...




... e o resultado final...


30 de maio de 2009

Benny Goodman: 100.º aniversário celebra-se hoje em Nova Iorque

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Benny Goodman (1909-1986), ícone do swing e do jazz, nasceu há 100 anos, em 30 de Maio de 1909. Para assinalar esta importante efeméride da música, realiza-se hoje em Nova Iorque um concerto pela Lincoln Center Jazz Orchestra.

Dirigido por Bob Wilber e com a participação de clarinetistas como Buddy DeFranco e Ken Peplowski, este concerto pretende recrear o célebre espectáculo que a orquestra de Goodman protagonizou no Carnegie Hall em Janeiro de 1938, evento que marcou a primeira vez que o jazz entrou nesta emblemática sala de espectáculos dos EUA.



Para além da música, Benny Goodman ficou na história por contribuir para derrubar as barreiras raciais, ao juntar em palco músicos brancos e pretos, e políticas, tendo realizado concertos na União Soviética em plena Guerra Fria.

Aqui ficam alguns vídeos seleccionados da sua carreira,

(1937)



(1942)





(1980)



(1985)



De referir que Benny Goodman actuou em Portugal apenas por uma vez, em Fevereiro de 1970, data em que se exibiu com a sua orquestra no Teatro Monumental, em Lisboa.

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Foto: Augusto Mayer

29 de maio de 2009

Barros Veloso e Ralf Rothkegel: O espírito do Jazz

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Hoje propomos uma estória curiosa e que ilustra bem o que é o espírito do jazz e de uma verdadeira jam-session entre músicos que não se conheciam previamente e que são oriundos de dois países bem distintos separados por uma enorme barreira linguística. A narrativa é de um dos protagonistas: António José de Barros Veloso.

"No dia 5 de Maio, terça feira, estive como (quase) sempre no Hot Club.

Comecei por tocar sozinho e ia já no 3º tema quando ouvi alguém a tocar sax alto atrás de mim. Tinha influências de [Charlie] Parker, [Paul] Desmond e Lee Konitz.

Não parámos para falar e daí para a frente, durante duas horas, foram surgindo os standards: "Days of wine and Roses", "All the Things you Are", "We’ll be together again", "Old folks", etc. etc.

Não foi a primeira vez, e espero que não seja a última vez, que tenho encontros destes no Hot Club. Assinalo este, porque o saxofonista, advogado alemão reformado residente em Berlim, teve a amabilidade de me fazer chegar um amável texto e uma fotografia da jam-session".


Eis o texto em causa:

Dear José,

Wasn´t it a memorable meeting of those old folks? In the attachment you will find a picture to keep in memory. Sorry, the Buddha-like saxophone player being a little bit too much in the foreground, the youthful piano player would have deserved a more obvious presentation. The next time the anonymous photographer will do better ... Hope very much to meet you again!

28 de maio de 2009

Memória do Jazz em Portugal
Cascais Jazz 1975: Entre Haynes e Mingus

Hoje revemos uma reportagem da RTP sobre o Cascais Jazz de 1975, com pequenas entrevistas a Karin Krog, Roy Haynes e Charles Mingus.

Os mais conhecedores das figuras do jazz português, reconhecerão, entre outros, José Soares, Duarte Mendonça e Luís Villas-Boas.

27 de maio de 2009

ESTORIL JAZZ 2009: Cartaz de peso!

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O Estoril Jazz arranca já daqui a um mês, decorrendo este ano na última semana de Junho e primeira semana de Julho, decisão que pretende evitar a sobreposição de datas com outros festivais que se realizam na mesma época, possibilitando assim aos amadores de jazz assistirem às várias realizações neste domínio musical.

Com o Parque Palmela ainda em obras e o abandono da Cidadela, o Estoril Jazz ruma este ano ao Centro de Congressos do Estoril, realizando-se no respectivo auditório.

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Foto: JNPDI/JMS
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Foto: JNPDI/JMS

Na sua 28ª edição, o Estoril Jazz 2009 permanecerá fiel aos seus critérios de selecção, baseados no jazz mainstream de origem norte-americana, propondo ao mesmo tempo uma variedade de formações instrumentais lideradas por destacados músicos, sem esquecer solistas de inegável peso histórico. Tudo isto durante seis dias (26, 27 e 28 de Junho; e 3, 4 e 5 de Julho), num dos quais, Sábado 27 de Junho, terão lugar três concertos.

Esta edição é também o palco para o lançamento do livo Jazz em Cascais: 80 Anos de História, da autoria de João Moreira dos Santos, o qual tem lugar no dia 28 de Junho pelas 20h45. Nesta sessão será estreado o documentário Rewind: Cascais Jazz '71, uma ideia original e argumento de João Marques, com realização de João Maria Abecassis.


SEXTA 26 DE JUNHO – 21H30
James Carter Quinteto

James Carter - saxofones alto, tenor e barítono
Corey Wilkes - trompete
Gerard Gibbs - piano
Leonard King - bateria
Ralphe Armstrong - contrabaixo

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Tendo surgido na cena do jazz apenas com 17 anos de idade e logo partindo para tocar em digressão ao lado de Wynton Marsalis, é irrecusável ter de reconhecer que, ao falar-se de James Carter, não se está a falar de um músico vulgar, coisa que os passos que se seguiram na sua carreira vieram a confirmar amplamente.

Na verdade, o virtuosismo técnico de Carter, aliado a uma extrema capacidade para se adaptar a várias situações e contextos musicais, não só lhe permitiram uma rápida ascenção na sua carreira (aliás previsível já aos 11 anos, quando se revelava um menino prodígio ao estudar com o trompetista Marcus Belgrave) como o tornaram um dos músicos mais solicitados entre os seus contemporâneos para colaborar nos grupos de músicos já instalados e de maior nomeada como, entre outros, Cyrus Chestnut, Rodney Whitacker, Frank Lowe, Julius Hemphill, Ronald Jackson ou a Mingus Big Band que chegou a integrar.

Entretanto, é a explosão da sua própria carreira pessoal como líder e não tanto o seu trabalho diário como sideman, que caracterizam a singularidade de James Carter. Em primeiro lugar pela genuína facilidade com que toca toda a família dos saxofones ou ainda dos clarinetes - o que lhe possibilita tornar-se polivalente nas suas próprias obras discográficas - mas ainda, e sobretudo, pela individualidade estilística através da qual marca cada um dos vários instrumentos que toca.

Por um lado, esta faculdade permite-lhe conferir personalidade própria às muito diversas peças tocadas mas, por outro lado, uma certa dispersão estética e estilística directamente relacionada com esta polivalência instrumental pode contribuir para o risco de uma exibição pela exibição, sempre possível de acontecer neste tipo de talentos sem freio.

Positivo, sem dúvida, é o facto de o concerto que se antevê como possível para esta actuação de James Carter e seus companheiros no Estoril Jazz 2009 ser preenchido com parte substancial do repertório do seu último álbum "Present Tense" e assim surpreendê-lo, para além da execução de peças próprias, na homenagem a grandes referências do jazz de todos os tempos, como Eric Dolphy ou Duke Ellington, Clifford Brown ou Django Reinhardt, Sonny Rollins ou Dodo Marmarosa, Stanley Turrentine ou Gigi Gryce.


SÁBADO 27 DE JUNHO
15H00 - Jazz Em Miúdos

Anaísa Melo - voz
Laura Neves - voz
Luísa Gomes - voz
Margarida Gomes - voz
Nádia Meireles - voz
Sofia Marques - voz
Hugo Raro - piano
Rodrigo Monteiro - contrabaixo
António Torres Pinto - bateria

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Tudo começou há quatro anos, quando a ECM - não, não confundamos a sigla com a da célebre editora de Manfred Eischer mas liguemo-la, sim, ao de uma pequena editora de Santa Comba Dão, de seu nome Edições Convite à Música - resolveu lançar a público uma experiência não só emocionante como original em alto grau: nada menos do que um conjunto de temas clássicos, os chamados standards, habitualmente conhecidos do universo do jazz, nas vozes de 6 jovens raparigas cujas idades, à época, variavam entre os 7 e os 10 anos de idade, acompanhadas em piano, contrabaixo e bateria por um trio de músicos profissionais.

O projecto foi abraçado por dois docentes de música, Paulo Gomes e Luís Matos, ambos incentivados por outros dois professores, César Oliveira e Augusto Faustino, sendo estes os responsáveis pela tradução e adaptação das letras das canções que compõem o CD, gravado em Junho de 2004 na ESMAE, Escola Superior de Música e Artes do Espectáculo do Porto.

Interessante é que, sem atraiçoar a frescura e a individualidade musical dos originais a que recorreram, aqueles autores tenham sido capazes de incorporar as letras cantadas no imaginário da gente pequena que lhes deu nova vida. E é assim que "My Favorite Things" se transformou em "Tantas Coisas", "Bye, Bye Blackbird" é agora "Melro, adeus!", "Solitude" passou a chamar-se "Quando Estou Só" ou "Blue Monk" virou "O Palhaço Jarbas".

Além das vozes de Anaísa Melo, Laura Neves, Luísa Gomes, Margarida Gomes, Nádia Meireles e Sofia Marques, estarão em palco, a acompanhá-las, o trio de Hugo Raro (piano), Rodrigo Monteiro (contrabaixo) e António Torres Pinto (bateria), num projecto que poderá hoje ser ouvido no concerto que irá dar início à tarde de jazz e que é também uma estreia neste conjuntural novo figurino do Estoril Jazz 2009.


16H30 - Jon Mayer Trio

Jon Mayer - piano
Darryl Hall - contrabaixo
Steve Pi - bateria

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A presença, este ano, do pianista Jon Mayer tem um significado evocativo muito especial para todos aqueles que, nos idos de 1960, tiveram a oportunidade de o ouvir pela primeira vez tocar entre nós, num clube cuja vida teve curta duração: o CUJ - Clube Universitário de Jazz, inaugurado em 1959 em Lisboa, também ali nas vizinhanças da Praça da Alegria, destinada pelos vistos a albergar parte sinificativa da história do jazz em Portugal.

Jon Mayer integrava então o chamado "New Blues Jazz Sextet", na companhia de outros músicos notáveis, como o contrabaixista Chuck Israels, o clarinetista Perry Robinson, o baterista Alan Dawson ou ainda o saxofonista-barítono belga Jean-Pierre Gebler, "compagnon de route" dos primeiros músicos de jazz portugueses em full time (embora amadores) e figura decisiva para a maioridade do jazz moderno em Portugal.

Mayer começou por se graduar na High School of Music and Arts de Manhattan e passou brevemente pelas salas de aula da Manhattan School of Music. Mas foi na dura labuta diária dos clubes e dos estúdios de gravação que o pianista se formou como músico de parte inteira, frequentando a movimentadíssima cena do jazz de Nova Iorque, tocando ao lado de músicos como Kenny Dorham, Tony Scott ou Pete LaRoca e chegando mesmo a gravar com dois mestres do jazz moderno: Jackie McLean, para o álbum "Strange Blues" (Prestige), e John Coltrane numa sessão, hoje lendária, conhecida por "I Talk With the Trees", finalmente editada em 1990 como parte integrante da reedição em CD do álbum "Like Sonny" de Coltrane para a Roulette.

Depois de alguns anos de actividade nos quais tocou nos EUA e na Europa com a Thad Jones/Mel Lewis Jazz Orchestra, Dionne Warwick, Sarah Vaughan ou os Manhattan Transfer, Jon Mayer abandonou precocemente, por motivos vários, a carreira musical profissional activa tendo regressado à cena do jazz há cerca de década e meia, voltando hoje a tocar em público e a gravar em vários contextos, particularmente com o seu trio.

Admirador confesso de Bud Powell, Bill Evans, Red Garland, Wynton Kelly ou Horace Silver, Jon Mayer é um inveterado fiel à linguagem do bebop (que nunca abandonou) e um talentoso improvisador, pleno de delicadeza técnica e de swing impulsivo.


21H30 - Roseanna Vitro com o convidado especial Kenny Werner

Roseanna Vitro - voz
Kenny Werner - piano
Robert Bowen - contrabaixo
Tim Horner - bateria

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Talvez não ande nas bocas do mundo como outras suas companheiras, cantoras de profissão, porventura mais dadas ao espalhafato e com maior sabedoria para adornar carreiras proveitosas, assim melhor caíndo nas boas graças do sacrossanto "mercado" discográfico.

Mas Roseanna Vitro é, sem dúvida, senhora de um talento indiscutível e sobretudo versátil, que alia ao extremo bom gosto das suas escolhas, sempre sujeitas ao swing recatado que coloca nas suas interpretações, o tratamento quase instrumental do seu canto, tornando-se uma das mais interessantes vozes femininas da actualidade.

Não admira que, a seu lado, tenham estado com frequência músicos que, regra geral, mais do que meros acompanhadores, são eles próprios solistas de primeiro plano, entre os quais é indispensável destacar James Carter, Randy Brecker, Ray Anderson, Adam Rogers, Joe Lovano ou Buster Williams, isto para apenas referir aqueles que comprovam o amplo espectro dos seus interesses musicais.

Característica particular do estilo de Roseanna é, pois, a sábia associação que em geral faz do ambiente instrumental em que gosta de cantar e se, neste concerto, o seu trio tem no contrabaixo de Robert Bowen e na bateria de Tim Horner dois atentos, talentosos e cúmplices acompanhadores, é sem dúvida o seu velho conhecido Kenny Werner, convidado especial desta noite, que muito contribuirá para a excelência musical do concerto.

Werner figura, seguramente, entre a meia dúzia de grandes pianistas de estilo intemporal e inclassificável que hoje mantêm vivo o esplendor de um instrumento que tantas glórias trouxe ao jazz de todas as épocas sendo, ao mesmo tempo, um criador de momentos musicais nos quais o classicismo e a modernidade se conjugam de uma forma imprevisível e jamais acomodada, assim enriquecendo como poucos a música que toca e em que toca.

Charles Mingus, Archie Shepp, Joe Lovano, Eddie Gomez, Bob Brookmeyer, Peter Erskine, John Abercrombie, Lee Konitz, Joe Henderson, Tom Harell, Gunther Schuller, Dave Holland, Chris Potter ou Jack DeJohnette são apenas alguns dos nomes que, ao longo dos anos, gostaram de ter a seu lado a invenção criativa de Kenny Werner, ele próprio compositor de primeira água, pelo que este concerto se antevê digno de se transformar e figurar entre as melhores noites do Estoril Jazz.


DOMINGO 28 DE JUNHO
19H00 - 1ª Sessão - Chick Corea
21H30 - 2ª Sessão - Chick Corea


Chick Corea - Piano Solo

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Falar de Chick Corea é falar de um dos mais fabulosos pianistas que o jazz conheceu até hoje, senhor de uma técnica impressionante que lhe permite estar à altura de todas as exigências que se coloca a si próprio mas também de um talento criativo que, em verdadeiras revoadas, atravessa quer as suas próprias composições quer os standards mais conhecidos, que permanentemente reinventa, sempre deixando as suas marcas inconfundíveis em vários períodos-chave da história do jazz, que ajudou a construir e a definir, desde os já longínquos anos de 1960.

Pode sem margem para dúvidas dizer-se que, a par de um Herbie Hancock e de um Keith Jarrett, Chick Corea é um dos pianistas que de forma mais arrebatadora e criativa continuou, renovando-o, o legado das duas grandes linhas de evolução do piano-jazz moderno, iniciadas com McCoy Tyner ou Bill Evans.

Como se isso não bastasse, Corea foi ainda o autor de composições que, na sua época, se tornaram novos standards do jazz, como "Spain", "La Fiesta", "Windows" ou "Return to Forever", para já não falar na sua participação em discos seminais do jazz de todos os tempos, como os paradigmáticos "Filles of Kilimajaro", "In a Silent Way", "Bitches Brew" ou "At Filmore", nos quais integrou bandas históricas de Miles Davis, ou outras obras discográficas de referência que co-liderou, como "Now He Sings, Now He Sobs" (com Miroslav Vitous e Roy Haynes).

Jamais permanecendo estático ou aquietado num dado percurso musical linear ou contínuo, Chick Corea não se sentiu apenas ou sobretudo atento às exigências de obras conceptuais de grande fôlego, como as já referidas. Pelo contrário, deixando-se ainda arrebatar pelas tentações das várias fusões e crossovers musicais, apaixonado pela música de origem latina, Corea era assim capaz de se sentir ao mesmo tempo à vontade na criação de obras profundamente arreigadas à música popular urbana, tornando-se deste modo um caso único no jazz moderno.

Como alternativa às suas actuações em contextos instrumentais mais alargados - e mesmo em alguns discos mais recentes gravados nos últimos anos, como "Solo Piano: Originals" e "Solo Piano: Standards" (2000), "Past, Present & Future" (2001), "Rendez-vous in New York" (2003), "To The Stars" (2004) ou "The Ultimate Adventure" (2006) - os recitais a solo, como os dois que esta noite Chick Corea apresentará em salas certamente lotadas, são o contexto cada vez mais habitual em que a arte de Chick Corea melhor se deixa disfrutar.


SEXTA 3 DE JULHO – 21H30
David Murray “Black Saint Quartet”


David Murray - saxofone tenor, clarinete baixo
Lafayette Gilchrist - piano
Jaribu Shahid - contrabaixo
Hamid Drake - bateria

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O nome de David Murray, saxofonista e clarinetista dos mais conceituados nas décadas de evolução e reconfiguração convulsiva do jazz moderno, tem já o seu lugar reservado na história desta música, sobretudo pelo papel que desempenhou em períodos-chave desse percurso ao lado de outros protagonistas maiores de uma caminhada que trouxe a primeiro plano os nomes de Cecil Taylor, Dewey Redman, Anthony Braxton, Oliver Lake ou Don Cherry, com os quais tocou nos anos de brasa do free jazz.

Colaborando com Hamiett Bluiett, Lester Bowie e Frank Lowe no âmbito da chamada Energy Band, esta experiência levou-o a estar na fundação do famoso World Saxophone Quartet, uma formação de referência que constituiu com o mesmo Bluiett e ainda Oliver Lake e Julius Hemphill e no seio da qual sempre se reafirmou a força telúrica da grande música afro-americana, num experimentalismo que aliou, de forma muito original, o espírito da música religiosa negra, as influências ancestrais das poliritmias africanas, a modernidade do free jazz e as batidas da música popular urbana.

No decurso da sua extensa carreira, David Murray (hoje radicado em Paris) sentiu-se também atraído pelo estudo e pela prática das músicas das Áfricas e das Caraíbas, quantas vezes materializada na constituição de grupos de maior ou menor amplitude com a participação de inúmeros músicos oriundos dessas paragens, numa constante viagem e convivência entre o jazz e a world music.

Mas Murray nunca deixou de se afirmar nas linguagens da música afro-americana, tendo frequentado as companhias de Max Roach, Randy Weston ou Elvin Jones, entre tantos outros, até passar a privilegiar os seus próprios grupos, desde a mais ampla big band até ao octeto de dimensão média, fixando-se por último em múltiplas apresentações públicas nesta mais familiar formação de quarteto, como é o "Black Saint Quartet" à frente do qual actua no Estoril Jazz 2009 e cujo nome tem, na sua origem, o da conhecida editora independente italiana, para a qual o multi-instrumentista gravou inúmeros discos.

Constituído ainda por Lafayette Gilschrist (piano). Jaribu Shahid (contrabaixo) e Hamid Drake (bateria), o quarteto Black Saint é o contexto por excelência para o desenvolvimento cada vez mais expressivo e concludente da faceta de compositor de David Murray, que o multi-instrumentista, de forma peremptória e calorosa, cada vez mais pretende desenvolver.


SÁBADO 4 DE JULHO – 21H30
Mingus Dynasty Septeto


Boris Kozlov - contrabaixo
Donald Edwards - bateria
Orrin Evans - piano
Craig Handy - saxofones alto, flauta, soprano
Wayne Escoffery - saxofone tenor
Alex Sipiagin - trompete
Ku-umba Frank Lacy - trombone, voz

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Com o desaparecimentro prematuro de um dos maiores génios de todo o jazz - Charles Mingus - é impossível de prever o que continuaria a ser-nos proporcionado, em termos de invenção e de avanços estéticos, por um dos mais irreverentes e criativos instrumentistas e compositores do jazz moderno.

Mas seria também impossível - revelando-se, aliás, extremamente injusto - deixar de realçar o papel supletivo e relevante que a sua viúva, Sue Mingus, vem desenvolvendo, após a morte do contrabaixista, no sentido de preservar e continuar a divulgar, em actuações públicas e em múltiplas gravações que vão sendo editadas, o extraordinário legado composicional e a mensagem mobilizadora que a música do grande mestre transporta para a vivência transformadora desse jazz contemporâneo.

Esta actividade de revitalização do acervo de Mingus vem sendo assegurado por três formações instrumentais - três grupos "de repertório" - que, com amplitude muito diversa, melhor correspondem aos vários tipos de composições com a impressão digital do compositor: são elas a Mingus Orchestra, a Mingus Big Band e a Mingus Dynasty.

As duas primeiras distinguem-se entre si, sobretudo, pela maior preponderância que, respectivamente, o peso da composição ou o peso da improvisação e do mérito solístico representam nas suas performances. Quanto à Mingus Dynasty, esta formação de septeto, pela maior facilidade de reunião e movimentação, é aquela que mais digressões internacionais leva a cabo, actuando precisamente nesta 28ª. Edição do Estoril Jazz.

Uma particularidade interessante é que todos estes grupos instrumentais mantêm, nas suas fileiras, músicos que, num dado momento das suas carreiras, passaram pelas várias formações do próprio Charles Mingus, transmitindo à sua maneira aos novos músicos, que não tiveram essa ventura, a fidelidade a um estilo que se impôs pela sua originalidade e pelo especial poder de comunicação e afirmação.
Noutro local deste programa, a simples consulta dos músicos que compõem nesta digressão a Mingus Dynasty levará seguramente à conclusão de que estaremos perante um dos seus melhores line up.


DOMINGO 5 DE JULHO – 19H00
Christian McBride And Inside Straight (Quinteto)


Christian McBride - contrabaixo
Eric Reed - piano
Carl Allen - bateria
Steve Wilson - saxofone-alto e soprano
Warren Wolf - vibrafone

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Tendo surgido na cena do jazz em finais dos anos de 1980, Christian McBride é, tipicamente, o produto de uma fornada de jovens talentos que, sob a genérica chancela young lions, nessa época se apresentaram como novas revelações, quando não expoentes, em praticamente toda a panóplia do instrumentário do jazz. Mas a especial versatilidade de que sempre deu provas, tanto no contrabaixo acústico como no baixo eléctrico, permitiu-lhe uma polivalência instrumental e estética numa carreira que imediatamente o colocou em plano de destaque na cena do jazz, pela multitude de projectos aos quais emprestou o seu virtuosismo de instrumentista bem apetrechado tecnicamente.

Solicitado pelas mais variadas figuras de distintas áreas musicais - de Diana Krall a Sting, passando por McCoy Tyner ou Kathleen Battle - McBride aprofundou ao mesmo tempo a sua prática musical de forma a enfrentar os mais variados contextos musicais. Não admira, assim, que, no campo estrito do jazz "puro e duro", o contrabaixista (herdeiro moderno de mestres como Ray Brown ou Paul Chambers) tenha feito lugar nos grupos de Bobby Watson, Benny Golson, Roy Hargrove, Kenny Barron, John Hicks, Larry Willis, Gary Bartz, Freddie Hubbard ou Benny Green.

O seu primeiro opus discográfico - "Gettin' to It" (Verve) - data de 1994 e, desde então até hoje, Christian McBride vem demonstrando as várias tendências das suas apostas musicais. Entre estas, as frequentes incursões na música popular urbana (pop, funk, fusão) chegaram a desempenhar papel de relevo, detectável por entre um conjunto de 8 álbuns que entretanto gravou como líder.

Ultimamente virado para uma faceta de compositor, a sua coroa de glória foi uma obra intitulada "Bluesin' in Alphabet City", já apresentada em público pela Lincoln Center Jazz Orchestra, sob a direcção de Wynton Marsalis, e que resultou de uma encomenda do próprio Jazz at Lincoln Center.

Ainda em 1998, uma outra encomenda da Arts Society de Portland em conjunto com o National Endowment for the Arts resultou na composição de "The Movement, Revisited", uma obra que retrata a luta pelos direitos cívicos dos negros norte-americanos nos anos de 1960, escrita para quarteto de jazz e um coro gospel de 30 vozes.

Biografias e fotografias cedidas pelo Estoril Jazz, excepto onde indicado em contrário.

Memória do Jazz em Portugal
Stephane Grappelli na Aula Magna

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Em Maio de 1988, Stephanne Grappelli trouxe o seu trio à Aula Magna, em Lisboa, para um concerto no âmbito do festival Jazz na Primavera, evento promovido por Luís Villas-Boas e Duarte Mendonça. Este grupo era constituído pelo próprio violinista (também pianista) e por Martin Taylor (guitarra) e Jack Sewing (contrabaixo).

JNDPI apresenta em estreia no YouTube um tema extraído deste concerto: "Swing 42".

26 de maio de 2009

Joel Xavier e Randy Brecker hoje no CCB às 21h00

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Joel Xavier convidou o trompetista Randy Brecker para o acompanhar hoje pelas 21h00 em concerto no CCB, onde apresentará o seu mais recente disco, Saravá, um trabalho de fusão entre o jazz e os ritmos afro-brasileiros gravado ao vivo no Teatro Municipal São Luiz, em Lisboa.

Aos 35 anos, Joel Xavier é considerado um dos mais prestigiados guitarristas mundiais. Com apenas 19 anos venceu o Concurso Internacional de Guitarra da National Association of Music Merchants em Los Angeles e foi considerado um dos cinco melhores guitarristas do ano nos EUA. Tocou e gravou com Ron Carter, Toots Thielemas, Paquito D’Rivera, Arturo Sandoval, Michel Camilo, Richard Galliano, Larry Coryell, Birele Lagrene e Tomatito, entre outros.



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Músico versátil, Randy Brecker tem-se feito ouvir nos universos do jazz, da pop, do funk e da fusão. Nascido em 1945, estudou trompete clássico na Indiana University. Seguiu-se uma carreira que passou inicialmente pelos Blood, Sweat & Tears (1967), pelo quinteto de Horace Silver (1968-1969) e pelas big bands de Clark Terry, Duke Pearson, Frank Foster e Thad Jones/Mel Lewis.

Em 1969, juntamente com o irmão, Michael Brecker, fundou o grupo Dreams. Seguidamente, colaborou com o grupo de fusão Eleventh House, fundado nos anos 70 pelo guitarrista Larry Coryell, e com Billy Cobham. Entre 1974 e 1979, reuniu-se ao irmão, fundando o popular e aclamado grupo Brecker Brothers. Nos anos 80, surgiu frequentemente com a sua mulher, a pianista e vocalista Eliane Elias, e nos anos 90 regressou com os Brecker Brothers.

Ao longo da sua carreira, teve oportunidade de colaborar com músicos tão díspares como Frank Zappa, Frank Sinatra, Steely Dan, David Sanborn, Horace Silver, Jaco Pastorius, James Taylor, Bruce Springsteen, Chaka Khan, George Benson e Parliament-Funkadelics.

Hot Club no feminino: Inês Homem Cunha é a nova presidente

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Inês Homem Cunha foi ontem eleita presidente do conselho directivo do Hot Club de Portugal, tornando-se assim a primeira mulher a dirigir este clube de jazz em 60 anos de história. Ate à data, a agora presidente era responsável pela catalogação e gestão do espólio de Villas-Boas, processo que iniciou em 2003.

Da única lista concorrente ao acto eleitoral fazem parte Bruno Santos e João Moreira, como vice-presidente e secretário-adjunto, respectivamente, além de Paulo Gil, João Faro Viana, Filipe Melo e Paula Oliveira. Bernardo Moreira, o presidente cessante, foi eleito para presidente da mesa da Assembleia Geral, sucedendo a António José de Barros Veloso.

JPNDI deseja à nova direcção do Hot Club as maiores felicidades e sucesso para este desafio de três anos que se segue, disponibilizando desde já as suas páginas online para divulgar as realizações que venham a ocorrer.

Memória do Jazz em Portugal
Betty Carter na Aula Magna (1990)

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Em Outubro de 1990, Betty Carter trouxe o seu quarteto à Aula Magna, em Lisboa, e protagonizou um espectáculo inesquecível que hoje aqui recordamos na rubrica Memória do Jazz em Portugal através de um vídeo que acabamos de publicar em rigorosa estreia no YouTube.

Para ilustrar este concerto, o primeiro do Galp Jazz, escolhemos o tema "Droppin' Things". O seu visionamento dispensa-nos de justificar tal opção... Atenção a Betty Carter, mas também aos músicos, três jovens na casa dos 20 anos: Marc Carey (piano), Dwayne Burno (contrabaixo) e Gregory Hutchinson (bateria).

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25 de maio de 2009

Bernardo Moreira não se recandidata
Hot Club elege hoje novo presidente

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Os sócios do Hot Club de Portugal elegem hoje à noite um novo presidente e direcção, anunciada que está a não recandidatura do Eng.º Bernardo Moreira.

À frente do Hot desde 1992, tendo sucedido a Rui Martins, Bernardo Moreira é o presidente com mais anos de exercício no cargo, destacando-se dos seus vários mandatos o grande contributo para a institucionalização e prestígio do clube, a consolidação e afirmação da Big Band, o forte impulso dado à escola e à sua internacionalização e a preservação activa do espólio de Villas-Boas e da memória do jazz em Portugal.

Queremos nesta ocasião endereçar um forte abraço a Bernardo Moreira, cuja primeira direcção integrámos, tendo testemunhado o seu carisma e, sobretudo, o empenho absoluto na gestão do Hot Club.

24 de maio de 2009

Os Sabores do Jazz: 1000 emissões a levar o jazz aos Açores

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O programa radiofónico Sabores do Jazz, criado por José Ribeiro Pinto (um dos mentores do AngraJazz) e transmitido semanalmente na RDP Açores, ao Domingo à noite, celebra hoje 1000 emissões, o que é um feito digno de nota e o coloca como um dos mais antigos programas de jazz em Portugal.

Os Sabores do Jazz remontam a 1992, ano em que foi para o ar a primeira emissão deste programa criado por um amador de jazz de longa data cuja paixão remonta à infância, quando com o pai ouvia as emissões radiofónicas transmitidas dos Estados Unidos e desfrutava do som das grandes orquestras de Benny Goodman e Glenn Miller. Ribeiro Pinto deu os primeiros passos na rádio em 1968, data em que ingressou na Faculdade de Ciências de Lisboa e com um colega de curso começou a realizar diversos programas, emitidos a partir de um pequeno estúdio que transmitia para a sala de jantar.

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Os Sabores do Jazz começaram a ser preparados em finais de 1991 e surgiam inicialmente como uma rubrica de outro programa – Contos velhos, rumos novos – cujos autores (Paulo Henrique Silva e São Rocha) convidaram Ribeiro Pinto a realizar uma emissão semanal de meia hora sobre a evolução do Jazz. Foi neste enquadramento que foi para o ar a primeira emissão de um total de 21 (a última das quais irradiada a 22 de Junho de 1992, o que obrigou a interromper a história do Jazz no período do Bebop), com uma selecção musical baseada em discos de Miles Davis, Billie Holiday, Preservation Hall Jazz Band, Charlie Parker, Fletcher Henderson e António Pinho Vargas, e, sobretudo, o claro propósito de fomentar o gosto pelo jazz nos Açores.

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Finda esta primeira série, o director de programas da RDP Açores desafiou então Ribeiro Pinto a realizar um programa autónomo e de autor. Os novos Sabores do Jazz foram para o ar em Março de 1993 e mantêm-se desde então, passando desde Fevereiro de 2002 a ser emitidos ao Domingo, entre as 23h00 e as 24h00. O programa é o único programa de jazz nos Açores e através da Antena 1 é ouvido em todo o arquipélago.

Para nós, Ribeiro Pinto é como que um Villas-Boas dos Açores, o que é não só um elogio sincero mas diz também muito da sua importância na promoção do jazz neste arquipélago. Foi, pois, com muito gosto que a convite da RDP Açores participámos em entrevista telefónica nesta 1000.ª edição, deixando o nosso testemunho sobre a importância de Os Sabores do Jazz e o papel pioneiro e fulcral do seu autor.

22 de maio de 2009

Bruno Santos: Trioangular

Hoje divulgamos um excerto do concerto realizado por Bruno Santos e o seu projecto Trioangular no II Xôpana Jazz. Bruno Santos (guitarra) Bernardo Moreira (contrabaixo) Bruno Pedroso (bateria). Imagens transmitidas no Passeio Público da RTP-Madeira.

Andrea Pozza amanhã em Oeiras

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O pianista italiano Andrea Pozza apresenta-se amanhã em concerto em Oeiras, no Auditório Eunice Muñoz, pelas 22h00, acompanhado por Aldo Zunino (contrabaixo) e Sangoma Everett (bateria). Este concerto integra-se nas comemorações dos 30 anos de carreira de Maria Viana e conta com o convidado especial Laurent Filipe.

Diplomado pelo Conservatório N. Paganini di Genova, Andrea Pozza dedica-se ao jazz há mais de 20 anos, tendo tido oportunidade de tocar com grandes músicos como Harry "Sweets" Edison, Bobby Durham, Chet Baker, Al Grey, Charlie Mariano, Phil Woods, George Coleman, Scott Hamilton, Massimo Urbani, Larry Nocella e Lee Konitz.

Entre 2004 e 2008, fez parte parte do quinteto de Enrico Rava, com o qual gravou para a ECM o CD “The Words And The Days” (2007) e se apresentou em alguns dos mais importantes festivais e salas de concerto em Inglaterra, França, Alemanha, Espanha, Portugal, EUA, Canadá, Brasil, Argentina e Japão. Com este mesmo quinteto tocou ainda com convidados especiais como Roswell Rudd e Pat Metheny.

Pozza colabora frequentemente com Gianni Basso, Bob Bonisolo, Tullio DePiscopo, Alan Farrington, Dado Moroni, Bruno Marini, Carlo Att e Piero Odorici. Com a formação com que agora se apresenta em Portugal, o Andrea Pozza Trio, gravou recentemente o CD
Drop This Thing, registo que se encontra em fase de lançamento e apresentação pública.

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Texto biográfico redigido a partir de material cedido pela produção do espectáculo.

Toots Thielemans

Eis uma curiosa versão de "Sophisticated Lady" por Toots Thielemans, curiosa porque tem como um dos protagonistas um simples metrónomo.

21 de maio de 2009

Jef Neve a partir de hoje no Hot Club



O pianista belga Jef Neve actua a partir de hoje no Hot Club de Portugal, onde se mantém diariamente até Sábado. Do seu trio fazem parte Peit Verbist (contrabaixo) e Teun Verbruggen (bateria).

Sarah Vaughan: We've got a crush on you

Porque todos os dias são bons para recordar uma grande voz, voltamos novamente a Sarah Vaughan para a ouvir em "I've Got a Crush on You" e em "Misty" e "Round Midnight".





20 de maio de 2009

Tim Sparks: Guitarrista virtuoso

A visita de um amigo que nos trouxe como sugestão um disco em que Tim Sparks é protagonista trouxe-nos à memória este virtuoso que tivemos o prazer de ouvir ao vivo no Hot Clube no final dos anos 80 e de escutar vezes sem conta numa cassete do seu projecto "Balkan Dreams".

Natural dos EUA, onde nasceu em 1954, na Carolina do Norte, Sparks estudou guitarra clássica com um discípulo de Andrés Segovia e veio a Portugal estudar o fado no âmbito de uma bolsa de estudo da Jerome Foundation.

Vejamo-lo, pois, em acção em alguns vídeos de uma carreira que tem sido marcada pelo estudo das tradições musicais de vários países europeus e também dos blues.












Ainda Elza Soares...

"Formosa"



"Rio de Janeiro"



"Deixa a Nega Gingar"

19 de maio de 2009

Elza Soares grava CD de Jazz

A cantora brasileira Elza Soares encontra-se em estúdio a gravar pela primeira vez um CD com repertório de jazz onde se inclui o tema "Strange Fruit", popularizado por Billie Holiday. A interpretação deste tocante testemunho de racismo levou Elza às lágrimas em pleno estúdio de Santa Teresa: “Eu sou a strange fruit”, afirmou.

A cantora, que Armstrong caracterizou nos anos 60 como tendo "um sax na garganta", prepara um disco de alcance internacional, testemunhando estar "numa euforia louca. Este trabalho é muito sério”.



Entre as suas gravações mais clássicas conta-se o dueto com Chico Buarque no tema "Façamos (Vamos Amar), um cover do clássico de Cole Porter, "Let's do It".

17 de maio de 2009

Betty Carter: Uma grande voz do jazz

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Betty Carter teria completado ontem 79 anos se fosse viva (1930-1998), pretexto mais que suficiente para JNPDI prestar homenagem a esta grande voz do jazz que nunca alcançou - fruto do seu não compromisso com o lado comercial da música - junto do grande público a notoriedade e fama que o seu talento merecia.

"Tight" (198?) Com Branford Marsalis



"Once Upon a Summertime" (1993)



"How High the Moon" (1994)




História do Jazz em Portugal na RTP2

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Foto: JMS/JNPDI

Está em pré-produção uma série documental sobre a história do jazz em Portugal a exibir a partir de Outubro na RPT2. A Tensão Jazz, assim se chama, é um conjunto de 10 episódios de cerca de 30 minutos e tem autoria de Rui Neves e realização de Paulo Seabra (na fotografia).

14 de maio de 2009

Luís Villas-Boas: O "pai" do Jazz em Portugal

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Foto: Diário de Lisboa. D.R.

No ano em que se assinalam 10 anos da partida de Villas-Boas, redigimos e colocamos on-line uma biografia resumida daquele que foi o "pai" do jazz em Portugal. Pretendemos com este gesto contribuir para que a sua memória prevaleça nas novas gerações de músicos e amadores de jazz.

A actividade de Luís Villas-Boas em prol do jazz estendeu-se por cinco décadas (1940/1980) e foi pioneira e extraordinariamente abrangente e diversificada, facto que lhe valeu o cognome de “pai” do jazz em Portugal. Entre as suas múltiplas facetas contam-se principalmente as de comunicador e divulgador na imprensa rádio e televisão, organizador de jam-sessions (juntando músicos portugueses e estrangeiros), fundador das primeiras instituições do jazz no País (Hot Clube de Portugal, Discostudio e Luisiana), produtor e promotor de concertos e festivais, pedagogo e produtor discográfico.

Natural de Lisboa, cidade onde nasceu a 26 de Março de 1924, a estreita ligação dos seus pais com a música levou-o a ingressar aos seis anos na Academia dos Amadores de Música e, posteriormente, no Conservatório Nacional.

O contacto com o jazz ocorreu na adolescência por ocasião da mudança temporária da família para a ilha da Madeira e a consequente exposição aos músicos ingleses que ali se encontravam e, também, à música das The Andrews Sisters, a qual lhe chegou através de um disco que a sua mãe adquirira a um marinheiro de um dos vários barcos que escalavam o Funchal. Foi, porém, no regresso a Lisboa que se acendeu realmente a paixão ao ouvir a bordo de um navio inglês um disco com o famoso tema “Saint Louis Blues” e, sobretudo, através da um livro – mais uma vez oferecido pela sua mãe – intitulado Histoire Générale du Jazz. Strette, Hot, Swing.

Em 1941, assistiu ao seu primeiro concerto de jazz ao vivo através de um dos muitos espectáculos da Willie Lewis Orchestra no Casino Estoril, e três anos depois, em plena II Guerra Mundial, empregou-se como Fiscal Auxiliar de Rádio nos CTT, tendo como missão traduzir os noticiários das estações radiofónicas estrangeiras, o que lhe assegurou igualmente a oportunidade de contactar com as grandes orquestras de swing da época.

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Foto: Reitoria da Universidade de Lisboa

O início da sua verdadeira cruzada pela implantação e legitimação do jazz em Portugal teve início no Verão de 1945 quando durante o cumprimento do serviço militar conheceu Eduardo Botton, um emigrante filho de portugueses que o motivou a fundar o programa radiofónico Hot Club, que se tornou realidade em Novembro deste ano.

Nesta mesma década, Villas-Boas assinou igualmente vários artigos de opinião para a imprensa, nomeadamente uma primeira história do jazz, e responsabilizou-se pela importação de discos para a loja Custódio Cardoso Pereira. Com os lucros deste empreendimento, em 1947 realizou a sua primeira viagem exclusivamente com o propósito de ouvir jazz, tendo-se deslocado a Barcelona, cidade onde criou laços de amizade com o saxofonista Don Byas.

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Foto: Augusto Mayer

A sua obra mais visível e duradoura foi o Hot Clube de Portugal, instituição que logrou fundar em Março de 1950 depois de um demorado e difícil processo iniciado em 1946. Através desta verdadeira “casa do jazz” em Portugal, organizou os primeiros festivais de jazz em Lisboa com músicos portugueses e estrangeiros de passagem pela cidade, promoveu incontáveis jam-sessions (muitas delas alimentadas por marinheiros norte-americanos e ingleses que contactava no Porto de Lisboa), incentivou e dirigiu mostras de cinema e de audição de discos e fundou, já nos anos 70, com o contrabaixista Zé Eduardo, uma escola de jazz.

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Foto: Augusto Mayer

A vertente de produtor de concertos despontou nos anos 50 quando apoiou o empresário de teatro Vasco Morgado na contratação de Sidney Bechet (1955) e participou directamente na produção de espectáculos de Dizzy Reece (1956), orquestra de Count Basie (1956) e Bill Coleman (1959).

Nesta mesma década, conheceu George Wein (produtor do Festival de Jazz de Newport), começando a sonhar com a realização de um grande festival internacional em Portugal, fundou a primeira discoteca do País especializada em jazz, a Discostudio, e interveio pela primeira vez num programa de televisão (1958), consolidando a sua crescente autoridade neste género musical.

Também significativa foi a sua contratação para a KLM, como oficial de operações de voo, o que lhe permitiu ao longo dos anos assistir periodicamente aos melhores festivais de jazz realizados na Europa e nos EUA.

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Foto: Augusto Mayer
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Foto: Augusto Mayer

Os anos 60 trouxeram o início da ligação ao sindicalismo, outra das suas paixões, a colaboração no Festival de Jazz de Comblain-La-Tour (Bélgica), a fundação do Luisiana Jazz Club, em Cascais, a primeira tentativa de organizar um festival internacional na Costa do Sol e a junção pioneira do fado com o jazz, através do encontro em estúdio entre Amália Rodrigues e Don Byas.

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Foto: Barros Veloso
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Foto: Flama

Com o Cascais Jazz, agitou política e culturalmente a década de 70, trazendo ao Pavilhão do Dramático verdadeiros gigantes do jazz como Miles Davis, Dizzy Gillespie, Thelonious Monk, Art Blakey, Duke Ellington, Jimmy Smith, Sarah Vaughan, Gil Evans ou Sonny Rollins.

A veia de produtor de Villas-Boas materializou-se ainda nesta década nos festivais da Figueira da Foz (1976), Espinho (1977) e Algarve (1978) e através de concertos com músicos como Bill Evans e Eddie Gomez e Tete Montoliu.

A sua presença estendeu-se também à RTP, participando em vários programas – Curto-Circuito-Splash, Pop 25, Discorama, Semibreve, Disco e Daquilo e Aqui Jazz – e integrando o júri do Festival da Canção, à produção de discos para a Philips, nomeadamente de João Braga e Fernando Tordo, e à revista norte-americana DownBeat.

Porém, o seu sucesso profissional e as suas opções programáticas para o Cascais Jazz tornaram-no alvo de uma campanha de críticas perpetrada por uma certa facção do panorama do jazz em Portugal que pretendia abrir alas a uma estética vanguardista e revolucionária.

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Foto: JMS/JNPDI
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Foto: Augusto Mayer
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Foto: JMS/JNPDI

Nos anos 80, fundou com Duarte Mendonça o festival Jazz Num Dia de Verão (1982), o Festival Internacional de Jazz de Lisboa (1985/1987) e o Festival de Jazz na Primavera (1988), produzindo simultaneamente concertos com músicos como Horace Silver (1980), Stan Getz e Sonny Stitt (1981), Dexter Gordon (1982) e Gary Burton (1983).

Retomou, igualmente, a sua actividade editorial através das marcas Nova – Companhia de Música e Sojazz, mantendo-se presente na RTP através dos programas Jazz Magazine, Clube de Jazz e Jazz para Todos.

O envolvimento no sindicalismo levou-o à presidência do SITAVA (Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos) e à participação no Conselho Nacional da CGTP.

Em 1989, por ocasião do Dia de Portugal, foi agraciado com a Ordem do Infante D. Henrique.

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Foto: Augusto Mayer

Dez anos depois, a 10 de Março de 1999, faleceu em Lisboa e a sua partida foi assinalada na Assembleia da República com um voto de pesar e um minuto de silêncio. Enterrado ao som de “Just a Closer Walk With Thee”, na sua campa ergueu-se uma lápide com o epitáfio “Aqui jazz Luís Villas-Boas”.

Em 2007, foi publicado por João Moreira dos Santos um primeiro livro sobre a sua obra escrita: O Jazz Segundo Villas-Boas.

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Foto: Diário de Lisboa






13 de maio de 2009

Xico Fran inaugura hoje exposição jazzística em Lisboa

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Foto: Gonçalo Barriga

Xico Fran inaugura hoje mais uma exposição de trabalhos seus ligados ao jazz. A mostra estará patente a partir das 17h30 na Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo, em Lisboa (Rua Rodrigo da Fonseca), onde se mantém até 16 de Junho.

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Hoje, às 18h00, há jazz ao vivo com João Maló (guitarra), Guto Lucena (saxofone), Francisco Henriques (contrabaixo) e Maria Viana (voz)

Esta iniciativa tem o apoio de JNPDI.

BB King e Rui Veloso no Casino Estoril (Memória do Jazz em PT)

Em Março de 1990, BB King e Rui Veloso partilharam o palco do Casino Estoril, naquele que foi um momento histórico dos blues em Portugal.

12 de maio de 2009

Júlio Resende no Braço de Prata

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Foto: Nuno Martins

O pianista Júlio Resende está a gravar o seu novo CD ao vivo na Fábrica do Braça de Prata, onde realiza dois concertos a 12 e 13 de Maio com o seu International Quartet com Perico Sambeat (saxofone-alto e soprano), Ole Morten Vagan (contrabaixo) e Joel Silva (bateria).

O CD será lançado em Setembro próximo com a chancela da Clean Feed e sucede ao aclamado Da Alma.

Sarah Vaughan: "My Funny Valentine"

11 de maio de 2009

Orrin Keepnews: Memória viva do Jazz

Orrin Keepnews foi (é) um importante produtor discográfico e fundador da editora Riverside, para a qual gravaram alguns dos maiores nomes do jazz, rivalizando com as concorrentes Prestige e Blue Note. Falar de Keepnews é falar de Thelonious Monk, Bill Evans, Cannonball e Nat Adderley, Sonny Rollins, Wes Montgomery, Johnny Griffin e Jimmy Heath.

Os seguintes vídeos permitem-nos ver e ouvir o testemunho de Keepnews sobre alguns dos discos mais emblemáticos que sairam das suas mãos.






























10 de maio de 2009

Matosinhos Jazz de 13 a 16 Maio

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O Matosinhos Jazz, um dos mais regulares e importantes festivais de jazz em Portugal, regressa de 13 a 16 de Maio para mais uma edição, a 13.ª, desta feita significativamente marcada pela presença do jazz latino.


13 Maio - Salão nobre da CMM
Quadro Nuevo

Mulo Francel (Clarinete e Saxofone)
Robert Wolf (Guitarra e Bouzouki)
Andreas Hinterseher (Acordeão, Vibrafone e Xilofone)
D. D. Lowka (Contrabaixo e Percussão)


Quadro Nuevo foi formado em 1996. O guitarrista Robert Wolf participou em algumas digressões com Paco de Lucia, o saxofonista Mulo Francel é um músico convidado para participar em divers orquestras de jazz, o contrabaixista D.D. Lowka trabalha com vários projectos na música latina e o acordionista é um especialista na “valse musette”. O projecto de cruzamento do jazz com o tango contém ainda elementos musicais do flamenco, e do “Balkan swing”. Este quarteto já tocou em diversos festivais de jazz, de ende se destacam:” Montreal Jazz Festival”, “Internationale Jazzwoche Burghausen”, “Rheingau Musikfestival”, “Meraner Musikwochen”, “Saalfelden Jazztage” e de “Quebec Festival”. In 2005, Quadro Nuevo tocaram em Singapore, Coreia, Canada, Australia, Itália, Espanha, França, Suissa, Áustria, Ddinamarca e na Túrquia, num total de 1500 concertos por toda a Europa. Receberam o “ German Jazz Award “ e estiveram no “ the Top Ten of the Jazz and World Music Charts“.

14 Maio - Exponor
Orquestra de Jazz de Matosinhos com Maria Schneider


Maria Schneider concluiu os estudos na universidade de Minnesota, na universidade de Miami e na Eastman School of Music com nota máxima. Iniciou os seus trabalhos profissionais com Bob Brookmeyer e foi assistente de Gil Evans. Criou a sua orquestra “Maria Schneider Jazz Orchestra” em 1993 e actuou mos principais festivais na Europa, no Brasil e em Macau. Foi convidada para dirigir as principais orquestras de jazz do Brasil, França, Suécia, Dinamarca, Noruega, Finlândia, Bélgica, Holanda, Alemanha, Canadá e Austrália. Metropole Orchestra, Stuttgart Jazz Orchestra, Orchestre National de Jazz (Recapitulation), Carnegie Hall Jazz Orchestra (El Viento), Monterey Jazz Festival (Scenes from Childhood), University of Miami Concert Jazz Band (Three Romances), Hunter College (Concert in the Garden and Sky Blue), Jazz at Lincoln Center (Bulería, Soleá y Rumba), Los Angeles Philharmonic Association (Aires de Lando) e Peter Sellars’ New Crowned Hope Festival (Cerulean Skies) foram composições suas interpretadas por estas famosas orquestras. Schneider foi distinguida pela sua já longa carreira discográfica com os trabalhos: “Evanescence”, nomeado em 1995 para dois Grammy Awards. O seu segundo e terceiro trabalho discográfico “Coming About” e “Allégresse” foram também nomeados para Grammys. Sendo que “Allégresse” foi escolhido pela TIME and BILLBOARD no “Top Ten Recordings”. Em 2005 foi distinguida com Grammy Award for “Best Large Ensemble Album” recebeu ainda o prémio “Jazz Album of the Year” by the Jazz Journalists Awards and the DOWNBEAT Critics Poll. Foi ainda considerada “Composer of the Year” e “Arranger of the Year,” e os críticos de jazz nomearam a sua orquestra, “Large Jazz Ensemble of the Year.”

15 Maio - Exponor
Maria Anadon

Maria Anadon (Voz)
Vitor Zamora (Piano)
Leo Espinosa (Baixo)
Marcelo Araújo (Bateria)


Maria Anadon tem sido acompanhada por músicos e grupos de reconhecido talento – como as Five Play/Women of the World – e tem realizado uma carreira nacional e internacional, com actuações em vários pontos do país e também nos Estados Unidos (tendo actuado recentemente no prestigiado Kennedy Center, em Washington, com a histórica cantora Sheila Jordan), Japão, Irlanda (Cork Jazz Festival) e Itália, quatro dos mercados mundiais que registam maior procura por intérpretes de jazz de qualidade e talento incontestáveis. Aplaudida pela sua criatividade e intuição musical – que lhe conferem uma capacidade de interpretação excepcional – os seus álbuns têm sido elogiados continuadamente pela crítica musical especializada e generalista, destacando-se entre eles o mais recente Smile, gravado em Nova Iorque com as Five Pla (um grupo constituído por cinco instrumentistas femininas de renome mundial), cuja edição está prevista para 2009. Da sua discografia fazem ainda parte A Jazzy Way (um álbum de standards gravado para a editora norte-americana Arbors Records). Cem Anos do Cinema Português e Why Jazz. Nos seus espectáculos, sensualidade, doçura e sofisticação alinham-se numa harmonia perfeita, num misto de elegância e provocação.

Arturo Sandoval

Arturo Sandoval (Trompete)
Ed Calle (Saxofone)
Manuel Valera (Piano)
Dennis Marks (Baixo)
Philbert Armenteros (Percussão)
Alexis Arce (Bateria)

Arturo Sandoval toca fluentemente desde jazz à música latina da mesma forma que interpreta um concerto de Mozart, tal é a sua versatilidade como músico. Protegido do lendário Dizzy Gillespie, trocou a sua terra natal, Artemisa – uma pequena cidade perto de Havana (Cuba) por Miami (Usa). Iniciou os seus estudos clássicos com doze anos, onde estudou trompete e piano. Fundador do grupo mais místico da música cubana, Irakere, foi considerado o melhor instrumentista, entre 1982 e 1990 da música cubana. Arturo Sandoval ganhou 4 Grammy Awards, 6 Billboard Awards e um Emmy Award. O filme “For Love or Country” com Andy Garcia, conta a sua vida. Actuou ao lado de Justin Timberlake e de Alicia Keys, onde ganhou o seu sexto Billboard Awards para o “Best Latin Jazz Album”. Além do seu trabalho como professor na Florida International University, está ligado ao projecto do programa educacional” NARAS “. Sandoval como trompetista classico actua com diversas orquestras sinfónicas por todo o mundo. Compôs o seu próprio concerto para trompete “Concerto for Trumpet & Orchestra”, que podemos ouvir no disco “Arturo Sandoval: The Classical Album.” Foi convidado de John Williams para graver o “ Williams’ original Trumpet Concerto” com a Orquestra Sinfónica de Londres. Arturo tocou e gravou com: Dizzy Gillespie, Woody Herman, Woody Shaw, Michel Legrand, Bill Conti, Stan Getz, Johnny Mathis, Frank Sinatra, Paul Anka, Rod Stewart, Alicia Keys, Celine Dione Tony Bennet e Patti LaBelle. Gravou a música de Dave Grusin’s, no filme “Havana”, e participou no “Mambo Kings” com a sua composição “Mambo Caliente”. Foi comissário no the Kennedy Center to e compôs a música para o ballet “Pepito’s Story” com coreografia de Debbie Allen.

16 Maio - Exponor
Sandro Norton


Sandro Norton (Guitarras)
Claudia Fier (Voz)
Luis Trigo (Violino, Harmonica, voz e guitarras acústica)
Bruno Cardoso (Violoncelo)
João Salcedo (Piano)
André Oliveira (Percussões)
José Fidalgo (Contrabaixo)
Antonio Torres (Bateria)

Sandro Norton nasceu no Porto a 9 de Dezembro de 1978. Desde cedo mostrou as suas aptidões musicais e desenvolveu um interesse especial pelo instrumento de cordas "guitarra". Em Setembro de 2000, Sandro Norton e a sua guitarra seguem de rumo a Londres. Entra na London College of Music. Em 2004 termina os seus estudos com o mestrado em Composição contemporãnea. Durante o seu percurso académico estudou com Mike Ôutram, Shaun Baxter, Ian Scott (Beach Boys), Phillip Mead (George Crumb), Dave Cliff (Lee Konitz), Eddie Harvey(Ella Fitzgerald),etc. No periodo compreendido entre o ano de 2003 e 2007 leccionou no Conservatório de Hertfordshire. Como "session musician", actuou em varios locais designadamente o "The Cavern" em Liverpool, Jazz Café em Cambden Town, 100Club Oxford Street, Borderline,Soho. Foi membro na banda Flipsiders, realizando três tournées por toda a Inglaterra. Participou ainda com Jojo Watz no festival de Ashton Court em Bristol, Trabalhou na Orquestra nacional de Londres (NYJO), realizando ainda parcerias musicais com Pip Williams (Dido), Mike Outram, Vasilis Xenopopoulos, Ian Anderson (Jetrhoo Tull) e Gwin Mathias (James Brown). Regressa em Outubro de 2007 com um novo projecto musical a realizar em solo português. I edited my profile with Thomas’ Myspace Editor.

Trumpet Summit

Jon Faddis (Trompete)
Randy Brecker (Trompete)
Terell Staford (Trompete)
Dado Moroni (Piano)
Darryl Hall (Contrabaixo)
Willie Jones III (Bateria)


O Trumpet Summit foi um projecto criado para o famoso festival “Jazz in Marciac”, onde inicialmente participaram os trompetistas Clark Terry, Benny Bailey, Jon Faddis, Roy Hargrove e Nicholas Payton. Nesta apresentação em Matosinhos contamos com a presença de Jon Faddis, Terell Stafford, Wendell Brunious e Randy Brecker, quatro nomes cimeiros da trompete de jazz mundial.

9 de maio de 2009

Boa Hora sem cadeiras para os juízes se sentarem...

No momento em que se discute o encerramento da Boa Hora (o que já por si é irónico e um bom exemplo dos tempos de crise que se vivem...) entendemos útil partilhar uma notícia que ilustra bem o que se passa neste tribunal de Lisboa...

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Pois é, mas embora o título possa ser actual a notícia tem nada menos do que 79 anos, tendo sido publicada no Diário de Lisboa de 4 de Fevereiro de 1930!

E esta, hein?!

JazzTimes Maio 2009

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8 de maio de 2009

Kirk Lightsey hoje em Oeiras

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O pianista Kirk Lightsey, um histórico do jazz, actua hoje às 21h30 no Auditório Eunice Muñoz, em Oeiras, acompanhado por Nelson Cascais (contrabaixo) e Sangoma Everett (bateria). Como convidadas, participam ainda Maria Viana e Maria Anadon.

Lendas do Jazz estreia hoje na RTP2

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O compositor e pianista Ramsey Lewis, premiado com um Grammy, é o anfitrião desta excelente série de treze programas sobre jazz que hoje estreia na RTP2 por volta da 1h00 da manhã.

Cada episódio do Legends of Jazz apresenta magníficas interpretações de grandes nomes deste apreciado género de música, como Roy Hargrove, Ivan Lins, Chris Botti, Kurt Elling, Al Jarreau, Chick Corea, Benny Golson, Dave Valentin, Clark Terry, Marcus Miller, Jim Hall,Pat Metheny, o próprio Ramsey Lewis e ainda outros.



A nao perder!

E porque é de Jarrett que se fala hoje...

... aqui fica uma fotografia que lhe tirámos no soundcheck do concerto que realizou no Centro Cultural de Belém em 2006, verdadeira prova da sua vertente de multi-instrumentista.

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Foto: JMS/JNPDI

Embora não se veja nesta fotografia, o Jack DeJohnette estava ao piano e só o Gary Peacock se manteve no seu instrumento original, o contrabaixo.


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