30 de setembro de 2005

Ciclo Internacional de Jazz de Oeiras

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Atenção que está quase a terminar o Ciclo Internacional de Jazz de Oeiras e com dois grandes concertos.

Hoje, 30 de Setembro:

Christian Brewer Quintet
Christian Brewer (sax alto), Jim Hart (vibrafone), Leon Greening (piano), Tom Herbert (contrabaixo) e John Blease (bateria)

Amanhã, 1 de Outubro

Ben Allison Quartet
Ron Horton (trompete), Steve Cardenas (guitarra), Ben Allison (contrabaixo) e Michael Sarin (bateria).

Os concertos decorrem todos no Auditório Municipal Eunice Muñoz, em Oeiras (R. Mestre de Aviz), a partir das 22h00.

Os preços são acessíveis: 6,00 euros (plateia); 5,00 euros (balcão).

O concerto de Ben Allison (que entrevistámos recentemente em exclusivo para JNPDI!) é a não perder e quem gosta de guitarra jazz vai ter uma grande surpresa com Steve Cardenas!

JNPDI! FILES

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Em 1961, as orquestras de Duke Ellington e Count Basie, expoentes máximos das big bands, encontraram-se em estúdio e gravaram este magnífico disco que estamos a ouvir.

Disco: First Time: The Count Meets the Duke

Tema: "Take the A Train"

29 de setembro de 2005

Loucura na discoteca Roma: tudo a 50%

Na discoteca Roma, localizada em Lisboa na avenida que lhe dá o nome, vivem-se por estes dias horas de grande agitação.

Com a loja em pleno processo de liquidação (há quem diga que vai fechar, mas na montra informam-nos que vai para obras...), os preços dos discos baixaram 50% e os clientes atropelam-se para escolher as melhores obras. Há mãos e dedos que percorrem freneticamente as prateleiras, há discos que caem, há pessoas que supiram e outras que, admiradas, perguntam o preço final ou o calculam...

Nós passámos por lá hoje e conseguimos ainda encontrar verdadeiras pérolas a preço muito conveniente:

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[Disco praticamente esgotado no mercado mundial e que é um verdadeiro tesouro]

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[Um dos discos fundamentais do Nat King Cole trio]

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Recomendamos aos nossos leitores que comprem sobretudo edições da Telarc e Concord, pois essas costumam rondar os 18/20 euros no mercado e assim saberão que estão a fazer uma boa compra quando o preço final rondar os 9 euros. Já noutras editoras o preço normalmente praticado varia muito pelo que a pechincha aqui já não é tão significativa.

Convém ainda espreitar na prateleira em frente à secção de jazz, pois aí encontra-se uma larga dezenas de discos a 5 e 3 euros...

Está à venda o novo disco de Jamie Cullum

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Antecipando-se ao que estava previsto, a editora Uiversal acaba de lançar o mais recente trabalho discográfico de Jamie Cullum.

Catching Tales foi gravado em Londres e em Los Angeles e a faixa principal do disco, Get Your Way, resulta da colaboração com Dan the Automator (Gorillaz and Handsome Boy Modeling School fame).

O novo CD, o terceiro de Cullum, gravita essencialmente em torno de temas da autoria do cantor, embora tenha ainda espaço para standards como I Only Have Eyes for You e Our Day Will Come.

JNPDI! FILES

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Disco: Head Hunters

Tema: "Chameleon"

A importância de se chamar Hancock

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Já está aí a mais recente edição da revista Downbeat e na capa surge Herbie Hancock.

Deve-se tal honra ao facto de Hancock ser quem é, mas também ao novo disco - Possiblities - em que o pianista navega ainda mais para os mares da música pop, ao colaborar com músicos como Sting, Paul Simon, Annie Lennox, Mayer, Carlos Santana, Trey Anastasio, Christina Aguilera, Angelique Kidjo, Joss Stone, Damien Rice e Raul Midon.

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27 de setembro de 2005

Bird e Gillespie ao vivo em concerto inédito

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Já temos o disco de que se fala, um concerto inédito do quinteto de Dizzy Gillespie com Charlie Parker, gravado em Nova Iorque, em 22 de Junho de 1945.

Dizzy Gillespie - Charlie Parker Town Hall, New York City, June 22, 1945, resulta da compilação de 7 velhinhos discos de acetato que se encontravam perdidos num género de feira da ladra...

Em breve voltaremos a este disco que, ao que sabemos, ainda não chegou a Portugal.

Então explicaremos como é que foi possível gravar temas com mais do que 3 minutos, o que permite que Parker e Dizzy estejam livres dos constrangimentos de tempo que na época limitavam a duração dos solos e dos temas nos discos de 78 rpm.

Roubo!

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Em Janeiro deste ano foram descobertas na Biblioteca do Congresso, nos EUA, gravações inéditas de Thelonious Monk e John Coltrane ao vivo no Carnegie Hall de Nova Iorque, em concerto realizado em 1957 e gravado pela estação de rádio Voice of America (VOA).

Pois bem, tal como noticiámos há meses, as gravações estão a partir de hoje à venda ao público, numa edição da Blue Note (EMI, em Portugal).

E daí?

Bem, daí que a diferença de preços entre Portugal e outros países é escandalosa, sobretudo no caso da FNAC.

Senão veja-se:

Preço na FNAC Portugal: 20,50!!
Preço na FNAC França: 16,50 (preço verde)

Aguardemos por Espanha, mercado em que este CD parece ainda não ter saído.

Para já podemos dar um conselho aos nossos leitores: não comprem a este preço na FNAC!

É que em marketing existe algo a que chamamos de preço psicológico, isto é, o preço que os consumidores estão dispostos a pagar por um produto ou que acham justo. Esse preço é aferido pela reacção dos consumidores. Ou seja: se vierem para Portugal, por exemplo, 200 unidades deste CD e se venderem as 200 a este preço nos primeiros meses quer isto dizer que o consumidor português o considera aceitável/normal/justo.

Normalmente, o que sucede é que quando os consumidores não picam o isco, passados 2/3 meses a FNAC baixa o preço para a casa dos 15 euros e ao fim de seis meses o mesmo CD já pode andar nos 13 euros.

Não há, quanto a nós, nenhum bem cultural que justifique pagar o escandaloso preço da novidade. Não há, na verdade, nenhum produto cultural que não possa ser comprado ao fim de seis meses.

É, para nós, uma questão de consumo racional e com bom senso ou, se preferirem, de educação para o consumo saudável e jsuto.

PS: O tema que se ouve em fundo é de Monk, chama-se "Epistrophy" e é aqui tocado por ele. Desconheço de que disco seja retirado...

Dizzy for President!

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Com as eleições presidenciais na ordem do dia em Portugal, JNPDI! relembra aqui a candidatura de Dizzy Gillespie a Presidente dos EUA...

O famoso trompetista anunciou a sua candidatura corria o ano de 1964, depois de ter lançado um ano antes o disco Dizzy for President.

Inicialmente em jeito de brincadeira, Gillespie acabou mesmo por lançar-se na corrida à Casa Branca, tendo feito campanha contra dois adversários de peso: Lyndon Johnson e Barry Goldwater. Que se saiba foi o único músico de jazz a realizar tal proeza, agora mais própria dos bilionários do Texas...

Na verdade, Dizzy não teria pensado no assunto seriamente até ser surpreendido por um conjunto considerável de pessoas a desfilar em Washington, na célebre marcha pelos direitos cívicos de 1963, com crachats "Dizzy for President" ao peito.

Entre as promessas de Gillespie encontravam-se:

- Terminar a participação dos EUA na Guerra do Vietnam;
- Colocar afro-americanos no espaço;
- Alterar a designação da residência oficial do Presidente dos EUA: de White House para Blues House;
- Nomear Miles Davis para presidente da CIA;
- Nomear Max Roach para Secretário da Defesa;
- Nomear Duke Ellington para Secretário de Estado.

Naturalmente, Gillespie acabou por desistir, mas o humor que introduziu na campanha perdurou até aos dias de hoje e pensa-se que poderá ter tido algum efeito positivo na afirmação da comunidade afro-americana.

E se fosse em Portugal, quem se candidataria?

Já houve um músico, não de jazz, que se candidatou... O candidato Vieira.

JNPDI! acha que Filipe Melo era a pessoa ideal para tal desiderato, tendo em conta o seu envolvimento na campanha do referido músico e o seu bom humor.

:)

JNPDI! FILES

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Disco: Duets: Sonny Rollins and Sonny Stitt

Tema: "Sumphin'"

Intérpretes: Dizzy Gillespie, Ray Bryant, Tommy Bryant, Charli Persip, Sonny Rollins e Sonny Stitt.

26 de setembro de 2005

Portrait of Sheila Jordan

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[Foto de João Moreira dos Santos]

Nos camarins do Auditório Municipal Eunice Muñoz, Oeiras, 24 de Setembro de 2005.

25 de setembro de 2005

Casa Shei(l)a para Jordan

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[Foto de João Moreira dos Santos]

A cantora Sheila Jordan actuou ontem à noite no Ciclo Internacional de Jazz que a Câmara Municipal de Oeiras se encontra a promover.

À sua espera encontrava-se uma casa cheia e bem conhecedora do seu trabalho.

Embora já não tenha a voz fluída de outros tempos, até porque já lá vão 76 anos de idade, Jordan dispõe ainda de muitos recursos vocais e de sabedoria de palco para assegurar um espectáculo inesquecível e pleno de comunicação, que foi o que ontem sucedeu. A acompanhá-la esteva um super trio liderado por Serge Forté, que se revelou um exímio pianista, com um notável contrabaixista e um competente baterista.

O concerto começou com "Humdrum blues", tema original de Oscar Brown Jr., e teve como pontos altos a interpretação de "Black Bird" (McCartney e John Lenon), "Dat Dere", (com letra de Oscar Brown Jr.) e de "Sheila's Blues", tema em que a cantora percorreu a sua vida musical e os encontros com Charlie Parker. Já o pianista Serge Forté esteve em evidência com uma notável interpretação do clássico "Take the A Train".

Nos bastidores com Sheila Jordan

Sheila Jordan perguntou durante o concerto se Duarte Mendonça (produtor de Jazz) estava na sala e no final do espectáculo o próprio fez questão de a cumprimentar, ele que foi o primeiro a trazê-la a palcos nacionais, quando a contratou para actuar no Estoril Jazz em 1992.

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[Foto de João Moreira dos Santos]

Não podíamos, claro, deixar de dar nota dos criativos sapatos desta senhora de 76 anos de idade e 50 de jazz...

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[Foto de João Moreira dos Santos]

... e de tirar uma fotografia para mais tarde recordar...

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[Foto de Rosa Reis]

Requisitada pelos fãs, Sheila Jordan subiu ao átrio do Auditório Municipal Eunice Muñoz para autografar os seus discos, mas foi surpreendida com uma chamada telefónica especial de Adriana, cantora e filha de José Duarte, que bem conhece de Nova Iorque.

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[Foto de João Moreira dos Santos]

"How come you're getting married and I don't know?" - Pergunta a sempre bem disposta Sheil Jordan para logo a aconselhar a cantar no seu casamento a canção "I'm Glad There is You" e começar a cantarolar ao telefone:

In this world of ordinary people
Extraordinary people
I'm glad there is you

In this world of over-rated pleasures
Of under-rated treasures
I'm so glad there is you

I live to love, I love to live with you beside me
This role so new, I'll muddle through with you to guide me
In this world where many, many play at love
And hardly any stay in love
I'm glad there is you

In this world where many, many play at love
And hardly any stay in love
I'm glad there is you

More than ever, I'm glad there is you


Sheila Jordan fez ainda questão de nos lembrar que a língua portuguesa tem excelentes intérpretes, como Ivan Lins e João Gilberto, e não deixou de tirar fotografias com os seus admiradores:

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[Foto de João Moreira dos Santos]

A simpatia em pessoa!

Toots Thielemans no CCB e na Casa da Música

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Toots Thielemans, aliás, Jean Toots Thielemans, o mestre da harmónica no jazz, actua no Centro Cultural de Belém no próximo dia 22 de Outubro e na Casa da Música, Porto (24).

Acompanham-no Karel Boehlee (teclados), Hein Van de Geyn (contrabaixo) e Dré Pallemaerts (bateria).

Esta já não é a primeira vez que Toots pisa palcos portugueses, ele que passou pelo Cascais Jazz, Amadora e Aula Magna.

Texto promocional:

Jean Toots Thielemans nasceu em 1922 na Bélgica. Músico raro, escolheu como instrumentos a guitarra, o acordeão e, especialmente, a harmónica. Este instrumento elevou-o à categoria de solista no jazz.

A sua sonoridade viva e cheia de swing foi inspirada inicialmente no seu compatriota Django Reinhardt, o seu primeiro ídolo.

Tocou com Charlie Parker, sua influência inicial, e também com Ella Fitzgerald, Benny Goodman, Dizzy Gillespie, Oscar Peterson, George Shearing, Bill Evans, Kenny Werner, Quincy Jones, Jaco Pastorius, Natalie Cole, Pat Metheny, Paulo Simon, Billy Joel, entre muitos outros.

No Brasil gravou com os maiores nomes da música, como Elis Regina, Chico Buarque, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Milton Nascimento,

Djavan, Ivan Lins, Edu Lobo, Oscar Castro?Neves, Dory Caymmi, Ricardo Silveira, Luís Bonfá, e Eliane Elias.

Toots Thielemans conta com uma longa carreira no mundo do jazz e hoje com 83 anos continua a fazer arrepiar plateias em todo o mundo.

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Disco: Time Out
Tema: "Take Five"

Um disco essencial em qualquer colecção de jazz que se preze.

Um clássico!

Time Out porque só usa tempos fora do rotineiro 4/4.

"Take Five" é um 5/4

24 de setembro de 2005

Passe por Ella no Camões!

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[Foto de João Moreira dos Santos]

JNPDI! passou ontem pelo teatro Camões, no Parque das Nações, para assistir ao espectáculo que a companhia Lisboa Ballet Contemporâneo organizou em torno da música de Ella Fitzgerald.

Não sendo especialistas em dança contemporânea, o que podemos é transmitir as sensações que recolhemos e essas são do mais alto nível. Só poder estar num teatro a ouvir a voz de Ella Fitzgerald já vale a pena a deslocação, até porque a selecção musical foi muito bem feita.

Quando a isso se soma uma coreografia com momentos que considero sublimes, um corpo de artistas inspirados e dedicados e momentos de humor e de interação com o público, o resultado só pode ser excelente.

Por isso, aconselhamos vivamente a que não perca os espectáculos que têm lugar hoje às 16h e às 21h. É que são os últimos, quando o natural seria que um espectáculo destes tivesse continuidade e até fizesse alguma itinerância pelo país. Tem mais do que qualidade para tal, em nosso entender e sentir.

A peça é interpretada por todo o elenco da Companhia Lisboa Ballet Contemporâneo contando ainda com as participações especiais de Benvindo Fonseca, da cantora Marta Plantier e do saxofonista Eddy Jam.

Já agora, se realmente se dispuser a assistir, tenha cuidado com os chocolates voadores... Eu levei com um em cheio - e devo dizer propositadamente atirado por uma das bailarinas que percorreu a plateia de bandeja na mão - onde todos os homens menos desejam ser atingidos!

TEATRO CAMÕES

Setembro 23: 21h00
Setembro 24: 16h00 e 21h00
Bilhetes: de euros 5,00 a 20,00 (FNAC, Teatro Camões e www.ticketline.pt)

COREOGRAFIA E CENOGRAFIA: Benvindo Fonseca
ASSISTENTE DO COREÓGRAFO: Paula Careto
BAILARINOS: Alessandra Cito; Ana Santos; Angela Eckart; Débora Queiroz; Isadora Ribeiro; Hugo Martins; Marcelo Magalhães; Nuno Gomes.
SAXOFONISTA: Eddy Jam
CANTORES: Marta Plantier | Fernando Ferreira
ARRANJOS: César Viana
DESENHO DE LUZ: Paulo Graça
FIGURINOS: José António Tenente

Miles Davis "cantou" em Portugal...

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[Foto de Tim Motion]

Em 1991, ano em que se despediu do mundo dos vivos, Miles Davis passou por Portugal para dois últimos concertos, um no coliseu do Porto e outro no Coliseu de Lisboa, ambos realizados em Março.

Que se saiba Miles nunca cantou, porém no dia 1 de Março deste mesmo ano um jornal de referência da nossa praça anunciava nos seguintes moldes o concerto no Porto:

Miles Davis, Pat Metheney [sic] e Sting vão estar ainda este mês em Portugal, onde darão uma série de concertos no Porto.

O primeiro deles, já no dia 16, levará Miles Davis ao palco do Coliseu.

Kenny Garrett (saxofone), Ricky Wellman (bateria), Foliey [sic] McCreary (baixo), Erin Davis (percussionista) e Richard Patterson (baixo) acompanham o cantor [sic] neste espectáculo promovido por uma nova produtora, a primeira do Porto, a Sá.


Este mesmo jornal anunciava algo que já agora é curioso divulgar: o concerto de Miles Davis fazia-se com 20 000 watts de som e 180 000 de luz.

JNPDI! FILES

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Disco: Doo Bop
Tema: "The Doo Bop Song"

23 de setembro de 2005

Hoje passamos a noite com Ella...

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A companhia Lisboa Ballet Contemporâneo propõe para hoje e amanhã uma noite de dança com a música d'Ella, numa performance que pretende ser "Um tributo à vida e música de Ella Fitzgerald que vive neste espectáculo através da relação directa entre determinados momentos da sua vida e momentos chave da vida do próprio coreógrafo. Ella começa por ser a inspiração do coreógrafo, passando a ser a própria respiração do bailarino".

A peça é interpretada por todo o elenco da Companhia Lisboa Ballet Contemporâneo contando ainda com as participações especiais de Benvindo Fonseca, da cantora Marta Plantier e do saxofonista Eddy Jam.

JNPDI! já tem presença assegurada para hoje e não perde por nada este espectáculo!

TEATRO CAMÕES

Setembro 23: 21h00
Setembro 24: 16h00 e 21h00
Bilhetes: de euros 5,00 a 20,00 (FNAC, Teatro Camões e www.ticketline.pt)

COREOGRAFIA E CENOGRAFIA: Benvindo Fonseca
ASSISTENTE DO COREÓGRAFO: Paula Careto
BAILARINOS: Alessandra Cito; Ana Santos; Angela Eckart; Débora Queiroz; Isadora Ribeiro; Hugo Martins; Marcelo Magalhães; Nuno Gomes.
SAXOFONISTA: Eddy Jam
CANTORES: Marta Plantier | Fernando Ferreira
ARRANJOS: César Viana
DESENHO DE LUZ: Paulo Graça
FIGURINOS: José António Tenente

JNPDI! FILES

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Disco: Our Love Is Here To Stay: Ella & Louis Sing Gershwin
Tema: "Summertime"

Miles Davis em Cascais, 1971

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O fotógrafo Tim Motion, sediado em Londres, captou assim a estreia de Miles Davis em palcos portugueses, em Novembro de 1971.

22 de setembro de 2005

JNPDI! FILES

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A partir de hoje JNPDI! vai começar a "emitir" um tema diferente a cada dia, isto com o propósito de divulgar o jazz e de chegar mesmo a quem não tem um único disco de jazz, mas possui uma ligação à internet e pode escutar os músicos que vamos apresentando.

Começamos por um tema ligado a uma cidade que está na ordem do dia - Nova Orleães, cantado por Harry Connick Jr.

Indicaremos sempre o disco em que se pode encontrar o respectivo tema, já que o nosso objectivo é também contribuir para divulgar a obra dos músicos que vamos apresentando.

Começa hoje o Ciclo Internacional de Jazz de Oeiras

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Começa hoje o Ciclo Internacional de Jazz de Oeiras e JNPDI! lá estará para assistir ao concerto do trio de Bernardo Sassetti.

PROGRAMA COMPLETO:

22 de Setembro - Trio de Bernardo Sassetti
Bernardo Sassetti (piano), Carlos Barretto (contrabaixo) e Alexandre Frazão (bateria).

23 de Setembro - Moutin Reunion Quartet
Stéphane Guillaume (saxofones tenor e soprano), Pierre De Bethmann (piano), François Moutin (contrabaixo) e Louis Moutin (bateria).

24 de Setembro - Sheila Jordan + Serge Forté Trio
Sheila Jordan (voz), Serge Forté (piano), Marc-Michel Le Bévillon (contrabaixo), Stéphane Grémaud (bateria).

29 de Setembro - Quinteto Rodrigo Gonçalves / Tribology
Libert Fortuny (sax alto), Mário Delgado (guitarra), Rodrigo Gonçalves (piano), Demian Cabaud (contrabaixo) e Alexandre Frazão (bateria).

30 de Setembro - Christian Brewer Quintet
Christian Brewer (sax alto), Jim Hart (vibrafone), Leon Greening (piano), Tom Herbert (contrabaixo) e John Blease (bateria)

1 de Outubro - Ben Allison Quartet
Ron Horton (trompete), Steve Cardenas (guitarra), Ben Allison (contrabaixo) e Michael Sarin (bateria).

Os concertos decorrem todos no Auditório Municipal Eunice Muñoz, em Oeiras (R. Mestre de Aviz), a partir das 22h00.

Os preços são acessíveis: 6,00 euros (plateia); 5,00 euros (balcão).

Miles Davis perpetuado em Nice e em Montreux

Miles Davis tem uma estátua em Nice, junto ao mar e ao famoso hotel Negresco...

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... e um busto em Montreux, junto ao lago Gruyère.

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[Pormenor do trompete incrustado na base de suporte ao busto de Miles Davis]

Era algo do género que devíamos ter em Cascais, cidade onde nasceram os grandes festivais de Jazz e os primeiros grandes concertos de rock.

Em Montreux, que goza da mesma condição, são várias as estátuas dos grandes músicos que por ali passaram além de Miles Davis:

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[Ray Charles]

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[B. B. King]

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[Freddie Mercury]

Pois bem, por Cascais passaram também grandes nomes e logo ali ao lado do Pavilhão do Dramático, onde actuaram, está o Parque Marechal Carmona, que tinha mais do que dimensão e dignidade para acolher esta homenagem. Ou também podia ser um "passeio da fama" ou dos "famosos", como se fez em Montreux, criando um circuito turístico em torno das estátuas.

Assim se sedimenta a diferença, uma identidade e se cativam turistas...

21 de setembro de 2005

900 000 pessoas num festival de jazz!

Sim, nós sabemos que nos EUA é tudo em grande e que há pessoas para tudo e sempre aos milhares.

Aí devem existir pelo menos:

- 50 000 grunhos especializados em cuspir na sopa enquanto fazem o pino...
- 75 000 criaturas capazes de vender a mãe e o pai por 1 milhão de dólares...
- 100 000 almas leitoras de Saramago...
- 150 000 coleccionadores da borboleta XPTO...

Assim se entende, talvez, como quase 1 milhão de pessoas (ou seja, dois milhões de ouvidos...) passou pelo Festival Internacional de Jazz de Detroit deste ano, batendo todos os recordes prévios de afluência!

A vida d'Ella dava um filme...

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Tal como sucede com muitos artistas, a vida de Ella Fitzgerald dava um filme.. para além da estátua (fotografia) que se ergue na cidade de Yonkers (Nova Iorque), para onde se mudou com a mãe após o divórcio dos pais.

Orfã de mãe em criança, maltratada pelo padrasto Joe da Silva (um emigrante português que devia ser tão bom ou tão mau que Ella recusou-se a falar sobre ele quando foi entrevistada por um jornalista português na sua chegada ao aeroporto de Lisboa), internada num reformatório, biscateira de rua..., dançarina e finalmente cantora.

Esse filme não existe porém, a não ser em documentário, que aconselhamos vivamente:

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No entanto, Ella apareceu em alguns filmes ao longo da sua vida e carreira:

- Let No Man Write My Epitaph (1960): no papel de Flora
- St. Louis Blues (1958): como cantora
- Pete Kelly's Blues (1955): no papel de Maggie Jackson
- Ride 'Em Cowboy (1942): no papel de Ruby

O mais conhecido é precisamente o último, com Abbott & Costello, em que Ella canta o seu êxito da época, "A Tisket a Tasket".

Aqui ficam duas imagens da exígua passagem de Ella pela sétima arte:

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["St. Louis Blues"]

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[Com Jack Webb em "Pete Kelly's Blues"]

Aqui mora um génio (4)

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Será que génio tem feminino?

Provavelmente não, tal como Ella Fitzgerald não teve uma versão masculina que se aproximasse do seu talento e sucesso.

Ella mora aqui.

20 de setembro de 2005

Um contrabaixista injustamente esquecido

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Já o conhecia de ouvir em disco, com Herb Ellis (no famos Doggin' Around), mas tive oportunidade de o conhecer pessoalmente em 1988 quando orientou um workshop sobre comunicação musical no Hot Clube de Portugal.

Refiro-me a Red Mitchel, contrabaixista com C maiúsculo que hoje celebraria o seu aniversário se fosse vivo.

Nascido em Nova Iorque, em 20 de Setembro de 1927, começou a tocar piano logo aos 3 anos de idade, sendo instruído na música dita clássica.

Porém, um dia o jovem Mitchell ficou sozinho em casa, ligou a aparelhagem hi-fi dos pais, colocou ao acaso um disco da orquestra de Count Basie e apaixonou-se pelo som do saxofonista tenor, Lester Young.

Após alguns anos a tocar piano, clarinete e saxofone alto de ouvido, aos 20 anos já estava a tocar contrabaixo, que seria o seu instrumento doravante. O seu primeiro trabalho enquanto contrabaixista teve lugar no clube Onyx, na 52nd Street, vindo a tocar com Jackie Paris (1947-1948), Mundell Lowe, orquestra de Chubby Jackson, Charlie Ventura (1949), orquestra de Woody Herman. De 1952 a 1954 integrou o trio de Red Norvo e tocou na Europa com a cantora Billie Holiday.

Isto até formar o seu próprio quarteto, com Billy Higgins, e um quinteto com Jim Hall, o que não o impediu de tocar com o trio de André Previn e de formar um quinteto em parceria com Harold Land, no início dos anos 60.

Red Norvo deixou os EUA no seguimento do assassinato de Martin Luther King e do Senador Robert Kennedy, fixando residência em Estocolmo e dedicando-se ao ensino e a tocar com alguns dos melhores músicos suecos.

A partir de 1977, Mitchell dedicou-se essencialmente aos duos, no que era mestre, tendo tocado com Hak Jones, Kenny Barron, Herb Ellis ou Clark Terry.
Curiosamente Red Mitchell morreria a 8 de Novembro de 1992, precisamente no mesmo dia do workshop realizado no Hot Clube quatro anos antes.

Discografia essencial:

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PS: Alguém tem fotografias do workshop realizado por Red Mitchell no Hot?


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