Com a reedição do Cascais Jazz à porta (4 a 6 de Dezembro), JNPDI recorda hoje alguns dos comentários proferidos ao longos dos anos pelo seu mentor, Luís Villas-Boas.
Cascais Jazz evocado hoje no site do jornal Expresso
O site do semanário Expresso colocou hoje on-line uma excelente infografia sobre o Cascais Jazz. O trabalho é de Carlos Paes, que se socorreu, entre outras fontes, do Jazz no País do Improviso (biografia de Luís Villas-Boas), e surge no contexto da reedição do Cascais Jazz já a partir do próximo dia 4 de Dezembro.
Maria Schneider, prestigiada e reconhecida pianista, compositora e líder de orquestra, completa hoje mais um aniversário. Este é um pretexto mais do que suficiente para JNPDI a evocar através de alguns vídeos do concerto que realizou no ano passado no festival Jazz à Vienne, em França.
Carlos Bica e João Paulo ao vivo amanhã em Carnaxide
Os músicos Carlos Bica (contrabaixo) e João Paulo Esteves da Silva (piano) apresentam-se amanhã, sexta-feira, ao vivo no Auditório Municipal Ruy de Carvalho, em Carnaxide, pelas 21h30.
O espectáculo insere-se no Portugal Jazz (Festival Itinerante de Jazz), que encerra com este evento o seu terceiro ano de actividade.
Em resultado do nosso périplo pelo Festival de Jazz de Barcelona, tivemos oportunidade de trazer um interessante livro que documenta os 40 anos de história deste evento, obra que já conhecíamos, mas que agora conheceu edição em inglês.
Fonte: Michael Ricci (AllAboutJazz)
Um dos factos interessantes que vem contado no referido livro é o encontro inesperado (e certamente inédito) de Miles Davis e BB King em palco.
Sim, sim, leram bem...
Tudo se passou em 1973 quando o mago do trompete foi pescado da audiência do Palau de la Musica Catalana pelo bluesman, que lhe confiou o trompete de um dos seus músicos.
Reza a história que Miles não se sentiu muito confortável com os abraços de King e que procurava incessantemente uma oportunidade para abandonar o palco.
Um excerto desse momento único pode ser visto no Youtube.
Há precisamente 40 anos, em 1969, Louis Panassié deu início à rodagem de um documentário que veio a terminar em 1972 e a que deu o título de L'Aventure du Jazz.
JNPDI recorda este filme do filho de Hughes Panassié (uma das figuras mais importantes do início do jazz em França), obra que apresenta a música de gigantes como Louis Armstrong, Duke Ellington, Lionel Hampton e Willie "The Lion" Smith.
The Five Blind Boys of Alabama ontem no Palau de la Musica Catalana
O prestigiado e histórico grupo The Five Blind Boys of Alabama actuou ontem à noite em Barcelona no Palau de la Musica Catalana - um edifício cuja arquitectura merece por si só uma visita.
Apesar dos 70 anos de vida deste ensemble (foi fundado em 1939 no seio do Talladega Institute for the Deaf and Blind), as suas três vozes masculinas e a sua música contagiante, baseada no Gospel, levaram ao rubro o público que enchia a sala, fazendo-o vibrar até ao limite do possível.
Para tal contribuiu sobretudo a presença em palco e a comunicatividade do vocalista Jimmy Carter que, apesar de cego, tal como os dois demais cantores (Bishop Billy Bowers e Ben Moore) e o baterista (Eric (Ricky) McKinnie), se passeou pela plateia do Palau e pulou e encenou vários sketches bem conseguidos que têm por objectivo principal incendiar o público e entreter. Neste domínio, os norte-americanos continuam a ser de facto exímios e profissionais a um nível praticamente imbatível.
No final do espectáculo, o público foi brindado com a presença em palco do coro do Instituto de Gospel de Barcelona, seguramente composto por mais de uma centena de homens e mulheres, jovens e menos jovens.
Talvez seja interessante reflectir sobre a participaçao de um grupo de Gospel num festival de jazz, mas a verdade é que o seu eclectismo ao abrir-se a diferentes estilos (Mariza actuou recentemente neste mesmo evento, assim como Sara Tavares) é porventura uma das razoes pelas quais o Festival de Jazz de Barcelona tem vindo a crescer de ano para ano e a afirmar-se como um dos mais importantes a nível europeu e mundial, decorrendo entre Outubro e Dezembro. Independentemente disso, o público foi ontem beneficiado por uma forte dose de boa disposiçao e energia e isso por si só é um espectáculo digno de se ver e que compensa largamente uma agenda mais hermética e elitista.
E em tempo de crise, quando a taxa de desemprego em Espanha se aproxima preocupadoramente dos 20%, momentos mágicos e de libertaçao e participaçao colectiva como o de ontem à noite sao verdadeiramente impagáveis.
É caso para dizer que os The Five Blind Boys of Alabama prestaram ontem um verdadeiro serviço público ao público que acorreu ao seu espectáculo.
JNPDI está em Barcelona e teve hoje, quarta-feira, oportunidade de ser dirigido por Maria Schneider na peça "Cerulean Skies".
Desenganem-se, porém, os leitores que neste momento já imaginam o autor deste blogue a tocar um qualquer instrumento de sopro ou percussao...
Passamos, pois, a explicar.
JNPDI foi convidado por Joan A. Cararach (Director Artístico do Festival de Jazz de Barcelona) a assistir ao ensaio do concerto que Maria Schneider realiza em Barcelona no próximo Domingo juntamente com a Big Band da ESMUC (Escola Superior de Música da Catalunha). Eis que no decurso do referido ensaio, Schneider distribuiu pelo público três pássaros de peluche que têm a especial característica de reproduzirem fielmente o som dos seus homónimos naturais. A ideia era criar ambiente para a sua bela peça "Cerulean Skies" (do CD Sky Blue) e a nós calhou-nos em sorte um habitante dos EUA e do Canadá caracterizado por um belo e sonoro piar. Ao sinal de Schneider, bastava-nos apertar o peluche para que a sua melodia ecoasse pela magnifica sala de ensaios da ESMUC, um excelente recinto todo revestido a madeira e com um impressionante pé direito de cerca de oito metros de altura.
Quanto à Big Band da ESMUC, constituída por 20 jovens estudantes, bastaram a Schneider três ensaios para a fazer soar como se de um ensemble profissional e experiente se tratasse. Impressionaram-na sobretudo o baterista, o percussionista e o acordionista, embora no geral todos os músicos tenham recebido elogios desta notável maestrina e compositora..
No final do ensaio de quase três horas, tivemos oportunidade de trocar algumas palavras com Maria Schneider, registado o enorme carinho que nutre por Portugal e pelas várias amizades que por cá tem, nomeadamente com Paulo Gil, o primeiro produtor a contratá-la para um concerto na Europa, como nos confidenciou, José e Ana Correia Mendes (Dargil), António Corvelo e a Orquestra de Jazz de Matosinhos.
Jazz e primeira princesa negra em filme da Disney para este Natal
Se dúvidas restassem ainda de que tudo está (felizmente) a mudar a um ritmo alucinante, eis que os estúdios da Disney se preparam neste Natal para projectar na tela a primeira princesa negra dos seus desenhos animados.
Tiana, assim se chama, é a personagem principal de The Princess and the frog, um conto de fadas marcado pelo jazz e demais sons de New Orleans.
Dave Brubeck celebra 50 anos de Time Out no Blue Note de NYC
O pianista e compositor Dave Brubeck regressa ao clube Blue Note, em Nova Iorque, para celebrar os 50 anos do lançamento do emblemático disco Time Out. Os espectáculos decorrem de 27 a 29 de Novembro e contam com a sua banda de há anos, composta por Bobby Militello (saxofones, clarinete e flauta), Michael Moore (contrabaixo) e Randy Jones (bateria).
Jamie Cullum regressa a Lisboa a 25 de Maio de 2010 para um espectáculo no Coliseu de Lisboa, sala que já o recebeu em 2006. Os bilhetes para o concerto são postos à venda na sexta-feira e os preços variam entre os 20 euros (galeria) e os 50 euros, para as primeiras filas da plateia.
O cantor e pianista editou recentemente um novo álbum, The Pursuit, estando previsto para dia 23 uma edição especial que inclui um DVD bónus. Este DVD reúne 11 actuações ao vivo nos festivais de Jazz de Montreux e North Sea e um EPK com imagens da gravação de "Just one of those things" com a Orquestra de Count Basie.
Tem dado que falar a prestação do quarteto de Branford Marsalis no festival Guimarães Jazz (14 Novembro), concerto que terminou com uma versão em sax-soprano de "Foi Deus", naquela que foi uma homenagem a Amália Rodrigues. O público não rogou aplausos durante todo o espectáculo e consagrou Marsalis no berço de Portugal.
Os mais puristas dirão que se trata de um equívoco pois Sara Tavares não é propriamente conhecida por cantar jazz. Porém, actualmente a fronteira entre o jazz e as ditas músicas do mundo tem vindo a esbater-se no âmbito de vários e prestigiados festivais de jazz e é neste contexto que a cantora portuguesa de ascendência cabo-verdiana actua amanhã, terça-feira, no Canadá.
Sara Tavares regressa no Verão de 2010 a este prestigiado festival e para já prossegue com a sua maior digressão norte-americana até à data (12 concertos nos EUA e Canadá), no decurso da qual está a apresentar o seu último álbum. Foi assim que actuou na passada sexta-feira no famoso Carnegie Hall, em Nova Iorque.
Em declarações à Lusa, a cantora afirmou que "Os espectáculos estão a correr super bem. Vejo muitas vezes que muitas pessoas no público já conhecem os meus CD". "Para mim, são muitas emoções fortes. Estou numa zona geográfica de tantas referências musicais. Por isso, sinto imenso orgulho por dar estes concertos aqui e transportar a minha identidade", acrescentou.
Hank Jones, pianista lendário que conta actualmente 91 anos, regressa a Portugal amanhã, 15 de Novembro, para um concerto em trio na Culturgest. Com ele actuam tão só George Mraz (contrabaixo) e Carl Allen (bateria).
Esta é provavelmente a derradeira oportunidade para ouvir ao vivo um músico que em mais de 70 anos de carreira tocou e gravou, entre outros, com Coleman Hawkins, Ella Fitzgerald, Charlie Parker, Benny Goodman, John Coltrane, Artie Shaw e Lester Young.
O que poucos sabem é que Hank Jones foi o pianista que acompanhou Marilyn Monroe quando esta cantou o célebre 'Happy Birthday Mr. President' a John F. Kennedy...
O jazz regressa hoje, dia 13, ao Centro Cultural de Cascais através do concerto de Rui Azul e Wolfran Minneman.
Rui Azul conheceu Wolfram Minnemann nos anos 70, na cave da casa de Rui Veloso, então seu colega de liceu e amigo. O denominador comum na época e no presente concerto são os Blues, género musical que serve de base para o blues-shout na voz e o boogie/honky-tonk no piano de Minnemann e para o contraponto e discurso do sax-tenor de Rui Azul, onde se distinguem influências do jazz mainstream, de funky-jazz (dos 50's) e de bebop.
RUI AZUL (saxofone tenor, flauta). Nasceu no Porto e estudou na Academia dos Amadores de Música. Nos anos 80 viveu na Holanda, tendo integrado a banda residente do B14 Jazz Club de Roterdão. Editou até à data Pressões Digitais (1991) e À Bolina (2005) e tocou, entre outros, com George Adams, Frank Wright e Telectu. Além de liderar o seu quinteto, Rui Azul Índex, é membro da Minnemann Blues Band e compõe música para teatro, cinema e televisão.
WOLFRAM MINNEMANN (piano, voz). Alemão, estudou piano no conservatório de Hamburgo, onde a partir dos 15 anos se iniciou em bandas de Dixieland. Em finais dos anos 60 formou os The Thrice Mice, gravando para a MCA e Phonogram, com participações em Festivais Internacionais, tendo actuado com Jimi Hendrix. Vive em Portugal desde o seu casamento, liderando a banda de blues nacional há mais anos em actividade, a Minnemann Blues Band.
O trio do pianista Aaron Goldberg actua no teatro S. Luiz, em Lisboa, no próximo dia 18 de Novembro pelas 23h30. Este é um concerto a não perder no qual participam também dois dos mais requisitados músicos da actualidade: Reuben Rogers (contrabaixista que tem acompanhado Charles Lloyd, Joshua Redman, Dianne Reeves, Wynton Marsalis, etc) e Gregory Hutchinson (Betty Carter, Ray Brown, Roy Hargrove...).
O mítico disco Kind of Blue, que este ano completou 50 anos, é revisitado hoje no Centro Cultural de Belém através de um grupo liderado pelo baterista Jimmy Cobb, o último e único sobrevivente dos músicos que com Miles Davis participaram nas sessões originaisde gravação, em 1959.
Cobb reuniu um grupo de músicos notáveis onde se incluem Wallace Roney (que evocará Miles Davis), Vincent Herring (Julian Canonball Adderley), Javon Jackson (John Coltrane), Larry Willis (Bill Evans e Wynton Kelly) e Buster Williams (Paul Chambers).
De 12 a 21 de Novembro, o jazz está de regresso a Guimarães com mais uma edição de um dos mais prestigiados e abrangentes festivais dedicados em Portugal a este género musical.
“Kind of Blue@50” (com Jimmy Cobb, Buster Williams, Larry Willis, Javon Jackson, Wallace Roney e Vincent Herring), Hank Jones Trio, Branford Marsalis Quartet, George Colligan Quintet, Overtone Quartet (com Dave Holland, Jason Moran, Chris Potter e Eric Harland), Cassandra Wilson e Dave Douglas and Blood Sweat Drum´n Bass Big Band são os nomes que compõem o núcleo duro do cartaz do Guimarães Jazz 2009, no ano em que o festival celebra a sua 18ª edição.
Reconhecido por ser um dos melhores a nível nacional, o programa do Guimarães Jazz 2009 não foge à regra. O Guimarães Jazz conseguiu, ao longo da sua existência, conquistar um lugar de destaque no panorama do jazz nacional e internacional e é, hoje, um festival de referência. Seguindo muitas das propostas apresentadas em edições anteriores, a programação deste ano apresenta um conjunto de concertos que renovam o compromisso assumido noutros momentos e incentivam novas experiências pessoais de participação e convivência através do jazz. O festival irá decorrer de 12 a 21 de Novembro, no Centro Cultural Vila Flor.
O concerto inaugural, “Kind Of Blue @ 50”, no dia 12 de Novembro, celebra o 50º aniversário do lançamento original deste importante disco de Miles Davis. Da formação original da gravação conta-se com a presença do baterista Jimmy Cobb que liderará um importante conjunto de músicos – Wallace Roney, Javon Jackson, Vincent Herring, Larry Willis e Buster Williams.
No dia seguinte, é a vez do trio de Hank Jones subir ao palco do Centro Cultural Vila Flor. Nesta formação, Hank Jones continua a experiência desenvolvida pelo festival em anos anteriores, na qual se tem explorado as potencialidades criativas de uma das formações fundamentais da história do jazz – piano, contrabaixo e bateria. Com este lendário músico teremos a oportunidade de sentir as enormes possibilidades de improvisação de cada um destes instrumentos e de com eles estabelecermos relacionamentos susceptíveis de nos alargarem as múltiplas faces artísticas de cada um.
Branford Marsalis Quartet, no dia 14 de Novembro, e o Projecto TOAP/Guimarães Jazz ’09, no dia 15 de Novembro, encerram a primeira semana de concertos do festival. Branford Marsalis Quartet é um dos grupos mais poderosos e inventivos do jazz actual. É uma formação que trabalha a improvisação como um bloco de sonoridades, recolhendo as suas ideias em todos os géneros de música. Este conjunto de instrumentistas está associado há muitos anos, sendo capaz de criar, em simultâneo, formas antagónicas de estruturação musical que nalguns momentos surgem extremamente enérgicas, noutros intensamente melódicas. O Projecto TOAP/Guimarães Jazz ‘09 – composto por Bernardo Sassetti, Ohad Talmor, Demian Cabaud e Dan Weiss – reúne uma formação que irá registar o concerto para posterior edição. Neste projecto estão associados quatro excelentes músicos com a intenção de trocarem experiências e construírem, a partir desse momento de partilha, uma música passível de exprimir o imenso processo de interacção fomentado pelo Guimarães Jazz, através da conjugação das inúmeras competências adquiridas por cada um dos artistas presentes.
A formação dirigida por George Colligan abre a segunda semana de concertos do Guimarães Jazz, no dia 18 de Novembro. Ao George Colligan Quintet está destinada a realização de todo o trabalho de fundo do festival. Liderado por um promissor pianista da cena do jazz actual, caberá a este grupo de músicos (Michael Blake, Jaleel Shaw, E.J. Strickland e Josh Ginsburg) preparar as sessões de trabalho pedagógico, realizar um concerto no Grande Auditório do CCVF e dirigir, além das jam sessions após os concertos, a Big Band da ESMAE.
Para o dia 19 de Novembro, o Guimarães Jazz programou uma nova experiência musical no âmbito do festival. O Overtone Quartet é uma formação composta por Dave Holland, músico histórico do jazz, e três excelentes músicos de gerações completamente diferentes – Chris Potter, Jason Moran e Eric Harland.
Possuidora de uma voz singular dotada de um conjunto de características muito próprias que a colocam como uma das referências fundamentais do jazz, Cassandra Wilson vai subir ao palco do CCVF no dia 20 de Novembro. Com a presença desta cantora no programa do festival pretende-se propiciar um conjunto alargado de emoções e de sensações relativas à nossa capacidade de escutar a sua música e estabelecer com a audiência uma colecção de novas experiências pessoais acerca da variedade das inúmeras soluções criativas do jazz vocal da actualidade.
O Guimarães Jazz 2009 encerra no dia 21 de Novembro com um concerto de Dave Douglas, Jim McNelly e a Blood Sweat Drum’n Bass Big Band. Na primeira parte, Dave Douglas tocará música composta para Big Band da sua autoria, sob a direcção musical de Jim McNeely. Na segunda parte, a Blood Sweat Drum’n Bass Big Band executará composições do seu repertório, tendo Dave Douglas como solista. Trata-se de um espectáculo propositadamente concebido para o Guimarães Jazz com a participação de uma grande formação de jovens músicos dinamarqueses e com a presença de Dave Douglas, acompanhado por Jim McNeely, um pianista e director de orquestra internacionalmente reconhecido.
Texto da produção do festival excepto parágrafo inicial.
A ECM lançou recentemente o novo CD do saxofonista Jan Garbarek, registo que ainda não chegou a Portugal. O duplo CD foi gravado ao vivo em Dresden, em Outubro de 2007, e tem a particularidade de contar com o baixisita Yuri Daniel, músico brasileiro mas residente em Portugal há muitos anos.
Testament é o mais recente trabalho a solo de Keith Jarrett para a ECM e é composto por três CD que congregam os espectáculos que realizou em Paris e Londres no final de 2008.
Registado no âmago de um turbilhão emocional na vida do pianista (a companheira de 30 anos tinha acabado de o deixar), este trabalho foi encarado pelo próprio como "uma forma de se manter vivo" ou, pelo menos, não se deixar abater ao ponto da inacção e do esgotamento nervoso.
Big Band de Jorge Costa Pinto no Teatro Aberto dia 3 de Novembro
A Sala Azul do Teatro Aberto recebe a partir do próximo dia 3 de Novembro um ciclo de três concertos pela prestigiada Big Band de Jorge Costa Pinto. Reconhecida pela sua qualidade artística, tanto ao nível dos músicos como dos arranjos e do repertório, a Big Band e o seu maestro vão marcar presença nas primeiras terças-feiras dos meses de Novembro, Dezembro e Janeiro, sempre às 21h30.
Para este primeiro concerto, Jorge Costa Pinto seleccionou um repertório centrado no movimento BEBOP, particularmente temas dos grandes autores do jazz que deram corpo a este movimento, tais como Charlie Parker, Thelonious Monk e Dizzy Gillespie, entre outros.
Jorge Costa Pinto dedicou toda a sua vida à música. Estreou-se profissionalmente aos 5 anos na bateria, acompanhado pelo pai ao piano, e foi um dos pioneiros na fundação do Hot Club de Portugal. Cursou piano e composição na Academia Amadores de Música, tendo como professores, entre outros, Fernando Lopes Graça, Francine Benoit, Jorge Peixinho e Louis Sager e estudou Jazz nos Estados Unidos, na Berklee College of Music.
Jorge Costa Pinto.Fonte: Rosa Reis
Antes de se dedicar à direcção de orquestra, Jorge Costa Pinto actuou como músico profissional ao lado de nomes como Hazel Scott, Friederich Gulda, Marshall Brown, George Wein, entre muitos outros. Como maestro, dirigiu em Portugal, Espanha, França, Luxemburgo, Jugoslávia, Grécia, Irlanda, Brasil, Venezuela, Argentina, África do Sul e um pouco por todo o mundo.
Para além da actividade de músico profissional e maestro, a sua carreira passou ainda pela rádio, pela televisão e pelo ensino, tendo leccionado no Conservatório Nacional de Lisboa e em outras instituições, actividade que mantém até hoje.
Weather Report: Primeiro e único concerto em Portugal foi há 25 anos
Há 25 anos, em 24 Julho de 1984, os Weather Report realizaram o seu primeiro e único concerto em Portugal, tendo actuado na antiga FIL (Feira Internacional das Indústrias), edifício próximo da actual sede da escola de jazz do Hot Clube de Portugal.
Não obstante a ausência do mestre Jaco Pastorius, subiram ao palco Wayne Shorter (saxofone), Joe Zawinul (teclados), Victor Bailey (baixo), José Rossy (percussão) e Omar Hakim (bateria).
Um vídeo dos WE, gravado em 1983, na Alemanha, com a mesma formação que actuou em Lisboa, permite vislumbrar a sua sonoridade de então. O tema é o famoso "Procession", que deu o título a um dos seus mais conhecidos LP.
...aqui ficam algumas das condições que o Ministério da Educação Popular definiu, durante o Governo de Hitler, para a atribuição de licenças para espectáculos de música de dança.
DEPARTMENT OF POPULAR EDUCATION AND ART
Conditions Governing the Grant of Licenses for Dance Music
NEGROID: Belonging to a Negro race. This includes the African Negroes (and also those living outside of Africa), also Pygmies, Bushmen and Hottentots. NEGRITO: In the wider sense of the term, the short-statured, curly or frizzy-haired, dark-skinned inhabitants of Southeastern Asia, Melanesia and Central Africa.
1. Music: The Embargo on Negroid and Negrito Factors in dance Music and Music for Entertainments.
2. Introduction: The following regulations are intended to indicate the revival of the European spirit in the music played in this country for dances and amusements, by freeing the latter from the elements of that primitive Negroid and/or Negrito music, which may be justly regarded as being in flagrant conflict with the Europeon conception of music. These regulations constitute a transitory measure born of practical considerations and which must of necessity precede a general revival.
3. Prohibition: It is forbidden to play in public music which possesses to a marked degree characteristic features of the method of improvisation, execution, composition and arrangement adopted by Negroes and colored people. It is forbidden in publications, reports, programs, printed or verbal announcements, etc.:
(a) to describe music played or to be played with the words "jazz" or "jazz music."
(b) to use the technical jargon described below, except in reference to or as a description of the instrumental and vocal dance music of the North American Negroes.
Exceptions may Be permitted where such music is intended for a strictly scientific or strictly educational purpose and where such music is interpreted by persons having two or more Negroid or Negritic grandparents.
4. Descripton of The Main Characteristic Features of the Above-Mentioned Music which Differ from the European Conception of Music: The use of tonally undefined mordents, Ostentatious trills, double-stopping or ascendant glissandi, obtained in the Negro style by excessive vibrato, lip technique and/or shaking of the musical instrument. In jazz terminology, the effects known as "dinge," "smear" and "whip." Also the use of intentional vocalization of an instrumental tone by imitating a throaty sound. In jazz terminology, the adoption of the "growl" on brass wind instruments, and also the "scratchy" clarinet tone. Also the use of any intentional instrumentalization of the singing voice by substituting senseless syllables for the words in the text by "metalizing" the voice. In jazz terminology, so-called "scat" singing and the vocal imitation of brass wind instruments.
Also the use in Negro fashion of harshly timbered and harshly dynamic intonations unless already described. In jazz terminology, the use of "hot" intonations. Also the use in Negro fashion of dampers on brass and woodwind instruments in which the formation of the tone is achieved in solo items with more than the normal pressure. This does not apply to saxophones or trombones.
Likewise forbidden, in the melody, is any melody formed in the manner characteristic of Negro players, and which can be unmistakably recognized.
5. Expressly Forbidden: The adoption in Negro fashion of short motifs of exaggerated pitch and rhythm, repeated more than three times without interruption by a solo instrument (or soloist), or more than sixteen times in succession without interruption by a group of instruments played by a band. In jazz terminology, any adoption of "licks" and "riffs" repeated more than three times in succession by a soloist or more than sixteen times for one section or for two or more sections. Also the exaggeration of Negroid bass forms, based on the broken tritone. In jazz terminology, the "boogie-woogie," "honky tonk" or "barrelhouse" style.
6. Instruments Banned: Use of very primitive instruments such as the Cuban Negro "quijada" (jaw of a donkey) and the North American Negro "washboard." Also the use of rubber mutes (plungers) for wind brass instruments, the imitation of a throaty tone in the use of mutes which, whether accompanied by any special movement of the hand or not, effect an imitation of a nasal sound. In jazz terminology, use of "plungers" and "Wah Wah" dampers. The so-called "tone color" mutes may, however, be used.
Also the playing in Negro fashion of long, drawn-out percussion solos or an imitation thereof for more than two or four three-time beats, more frequently than three times or twice in the course of 32 successive beats in a complete interpretation. In jazz terminology, "stop choruses" by percussion instruments, except brass cymbals. There is no objection to providing a chorus with percussion solos in places where a break could also come, but at not more than three such places.
Also the use of a constant, long drawn-out exaggerated tonal emphasis on the second and fourth beats in 4/4 time. In jazz terminology, the use of the long drawn-out "off beat" effect.