30 de novembro de 2008

Barros Veloso: Medicina e outras coisas

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António José de Barros Veloso acaba de lançar mais um livro. Medicina e outras coisas, que tem chancela da Gradiva e (uma belíssima) capa do cineasta João Botelho, contém reflexões do autor sobre duas das suas três paixões: Medicina e Ciência.

A terceira, o jazz, pode ser apreciada ao vivo todas as terças-feiras no Hot Clube de Portugal e também no próximo dia 12 de Fevereiro, data em que no âmbito do ciclo de jazz Dose Dupla se apresenta em duo no Centro Cultural de Belém com o saxofonista-tenor (e também médico) Art Themen.

Um dos primeiros músicos portugueses de Jazz, Barros Veloso despertou para este género musical no final da adolescência através da audição das grandes orquestras de swing. A paixão pelo piano foi inspirada pela mãe, exímia pianista, instrumento em que se iniciou semi-profissionalmente já em Coimbra, cidade onde cursou medicina, tendo integrado a Orquestra Ligeira Académica e estado na origem de um pioneiro quarteto aberto aos novos sons do Bebop. Em meados dos anos 50, rumou a Lisboa, vindo a desempenhar papel de relevo nas primeiras jam-sessions do Hot Clube de Portugal, onde tocou, entre outros, com José Luís Tinoco, Bernardo Moreira e o conceituado pianista Friedrich Gulda. Nos anos 80 desempenhou funções na assistência de realização das filmagens no Cascais Jazz, tendo contribuído para o importante legado audiovisual jazzístico da RTP.

29 de novembro de 2008

Maria João e Mário Laginha em Cascais: Puro Chocolate

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Fotos JMS/JNPDI

Maria João e Mário Laginha actuaram ontem à noite na FNAC de Cascais no âmbito da digressão do seu mais recente CD, tendo, como já é hábito, uma casa cheia a testemunhar o encontro.

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Foto JMS/JNPDI

O histórico e incomparável duo surpreendeu e encantou a audiência com temas de Chocolate e também com alguns clássicos do seu repertório, tendo Maria João protagonizado um solo vocal que deixou o público visivelmente rendido à sua técnica e criatividade. Mário Laginha, por seu lado, evidenciou por que é um dos expoentes do piano em Portugal.

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Fotos JMS/JNPDI
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Fotos JMS/JNPDI
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Fotos JMS/JNPDI
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Fotos JMS/JNPDI
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Fotos JMS/JNPDI

No final do espectáculo, Maria João assinou os autógrafos da praxe e reuniu-se com antigas e actuais alunas.

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Fotos JMS/JNPDI
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Fotos JMS/JNPDI
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Fotos JMS/JNPDI
Já nos bastidores, o duo foi convidado pelo representante da editora Universal Music a gravar uma mensagem de Boas Festas, o que ambos fizeram no registo pessoal e criativo que os caracteriza. A foto abaixo regista o momento em que ambos visionaram o resultado final...

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Fotos JMS/JNPDI

28 de novembro de 2008

Júlio Resende: "Deep blue"

O pianista Júlio Resende actua hoje à noite na Casa da Música, pretexto mais que suficiente para JNPDI aqui o evocar através do tema "Deep Blue", extraído do seu primeiro CD, o belo Da Alma.

JNPDI no jornal Público de hoje

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JNPDI foi hoje noticiado no Público através do suplemento 8ª Colina, jornal produzido pelos alunos da Escola Superior de Comunicação Social. O artigo/entrevista é da autoria de Pedro Gomes.

2008 tem marcado a institucionalização e reconhecimento do Jazz no País do Improviso, blogue que só neste ano já soma mais de 50 000 visitas.

A todos os leitores e colaboradores (músicos, media, editoras, fotógrafos, designers), o nosso sincero agradecimento.

Esperanza Spalding no CCB em Fevereiro

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Esperanza Spalding, contrabaixista e cantora - que tanto tem dado que falar nos últimos meses na imprensa internacional do jazz, tanto pelo seu talento, como pelo facto de contar apenas 24 anos - actua no próximo dia 1 de Fevereiro no Grande Auditório do Centro Cultural de Belém.

Natural de Portland, no Oregon, interessou-se pela música aos 4 anos na sequência da audição do violoncelista clássico Yo Yo Ma num programa de televisão (e ainda dizem por cá que a televisão não educa...) e um ano depois já tocava violino de forma autodidáctica, o que lhe permitiu obter um lugar na The Chamber Music Society of Oregon, uma orquestra comunitária que incluía tanto crianças como adultos. Aí passou 10 anos, mas paralelamente contactava com os blues blues, funk, hip-hop e outras músicas que ouvia no circuito dos clubes.

Aos 16 anos, Spalding entrou na Portland State University com o apoio de uma generosa bolsa de estudo, sendo a mais jovem estudante de contrabaixo, instrumento que já tocava desde os 14. Seguiu-se o Berklee College of Music, onde aprendeu e veio também a ensinar. Em 2005, com apenas 20 anos, tornava-se a mais jovem professora desta prestigiada escola de Boston.

Os anos passados em Boston e na Costa Leste trouxeram-lhe igualmente a oportunidade de tocar com músicos como Michel Camilo, Stanley Clarke, Pat Metheny, Patti Austin, Donald Harrison e Joe Lovano.

Em 2008, Esperanza Spalding viu incidirem sobre si as luzes da ribalta, tendo sido amplamente noticiada em revistas como a Downbeat e JazzTimes.







Em Portugal, Esperanza Spalding actua com o seu quarteto, composto por Leo Genovese (piano), Ricardo Vogt (viola) e Otis Brown (bateria).



Restam poucas dúvidas de que Esperanza Spalding vai longe e ainda nos vai deliciar com muitos e interessantes projectos. É que para além dos conhecimentos musicais, tem também uma peculiar experiência de vida que certamente a vai influenciar e inspirar, podendo levar o jazz a uma nova dimensão social.

27 de novembro de 2008

Maria João e Mário Laginha apresentam Chocolate no CCB

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FOTO: JNPDI/JMS

É já no próximo dia 5 de Dezembro, sexta-feira, que Maria João e Mário Laginha apresentam o seu mais recente CD, com um concerto no grande auditório do Centro Cultural de Belém. Para o efeito, foram "convocados" Julian Arguelles (saxofone-tenor), Bernardo Moreira (contrabaixo) e Alexandre Frazão (bateria).

Por falar em CCB, passámos por lá hoje e é este o aspecto da nova e moderna bilheteira.

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FOTO: JNPDI/JMS

Bill Evans meets Herb Geller

Em Fevereiro de 1972, o trio de Bill Evans encontrou-se com Herb Geller para um concerto em Hamburgo.

Os ensaios para esse espectáculo ficaram felizmente registados em vídeo e é precisamente esse documento audiovisual que hoje apresentamos.

Tocam: Bill Evans (piano), Eddie Gomez (contrabaixo), Marty Morell (bateria) e Herb Geller (flautas e saxofone-alto).

Parte 1


Parte 2


Parte 3


Aproveitamos a oportunidade para recordar a actuação de Geller no 4.º aniversário de JNPDI, um concerto memorável.

26 de novembro de 2008

Maria João e Mário Laginha apresentam Chocolate em Coimbra

Maria João e Mário Laginha, que ontem tiveram uma enchente no Teatro Gil Vicente, regressam hoje mesmo a Coimbra, desta feita à FNAC, onde pelas 22h00 apresentam o seu novo CD.

Ella Fitzgerald "noutras" músicas

Hoje JNPDI mostra o lado humorístico de Ella Fitzgerald, que por vezes adoptava, ou simplesmente parodiava, "outras" músicas. Foi o que sucedeu quando em 1968, num concerto em Berlim, cantou, por exemplo, "I can't stop loving you", um grande hit de Ray Charles.



E esta era a versão original...



Em 1974, em Londres, Ella "atirou-se" ao Country & Western...



"Sunshine of your love", um tema composto em 1968 pelos rockeiros Cream, foi apresentado por Ella Fitzgerald em 1969, quando da sua actuação no Festival de Jazz de Montreux. O resultado foi o que seguidamente apresentamos.



Esta era a versão original...



Neste mesmo concerto, interpretou um original dos Beatles, o famoso "Hey Jude".



E, já agora, aqui fica o original.


25 de novembro de 2008

Paula Oliveira e Bernardo Moreira: "No teu poema"

Recordamos hoje uma excelente produção de Paula Oliveira e Bernardo Moreira, o tema "No teu poema", um original de José Luís Tinoco, ele próprio um dos primeiros músicos de jazz portugueses. O cenário do videoclip foi o Hot Clube de Portugal.

24 de novembro de 2008

Notáveis do jazz visitaram exposição dos 80 anos de Jazz em Cascais

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Foto JNPDI/JMS

A exposição 80 anos de Jazz em Cascais em Imagens e Memorabilia, mostra que abriu ao público a 19 de Outubro, tem sido visitada por várias figuras destacadas do jazz em Portugal, sempre recebidas com uma visita guiada e personalizada.

O ilustre visitante de hoje foi o Eng.º Bernardo Moreira, Presidente do Hot Clube de Portugal, instituição que cedeu várias das peças expostas.

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Foto JNPDI/JMS

De recordar que Bernardo Moreira ficou ligado indelevelmente ao Luisiana, onde nos anos 60 protagonizou, por exemplo, uma marcante jam-session com Louis Hayes (que se deslocara a Portugal com o trio de Oscar Peterson) e Gerry Mulligan.

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Foto JNPDI/JMS

Igualmente como músico, participou em algumas jam-sessions organizadas por Luís Villas-Boas no programa radiofónico Hot Club, emitido a partir dos estúdios da Parede, localizados portanto no Concelho de Cascais.

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Foto JNPDI/JMS

Na semana passada, esta mesma exposição foi visitada por António José de Barros Veloso (Presidente da Mesa da Assembleia Geral do Hot Clube) e António Rubio (crítico de jazz do Correio da Manhã e correspondente da Downbeat) e também pelo comandante José Guedes (autor de um interessantíssimo blogue sobre o desastre de aviação que em 1943 quase vitimou em Lisboa a cantora Jane Froman).

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Foto JNPDI/JMS

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Foto JNPDI/JMS

Também os medias marcaram presença nesta mostra, tal como temos noticiado, tendo um grupo de estudantes da Escola Superior de Comunicação Social - liderado por Pedro Gomes - realizado na passada semana um extenso trabalho académico sobre a mesma, aproveitando a oportunidade para entrevistar Barros Veloso, Maria Viana (ambos ligados à história do jazz em Cascais) e João Moreira dos Santos, o Comissário desta exposição.

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Foto JNPDI/JMS

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Foto JNPDI/JMS

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Foto JNPDI/JMS

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Foto JNPDI/JMS

Por esta exposição, que hoje encerrou as suas portas, passaram também músicos profissionais destacados, nomeadamente o maestro Jorge Costa Pinto e Kirk Lightsey, e personalidades das artes plásticas, como o escultor Charters de Almeida.

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Foto JNPDI/JMS

23 de novembro de 2008

Sons do Brasil

Vale a pena ver e ouvir o surpreendente e criativo vídeo produzido em 1942 pela Disney a partir da canção "Aguarela do Brasil", um original composto por Ary Barroso e que dispensa grandes apresentações.

21 de novembro de 2008

Zé Eduardo Unit hoje em Cascais

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O trio Zé Eduardo Unit encerra hoje as celebraçoes dos 80 anos de Jazz em Cascais, actuando pelas 21h00 no Centro Cultural. Este grupo é composto por Zé Eduardo (contrabaixo), Jesús Santadreu (sax-tenor) e Bruno Pedroso (bateria) e é um dos combos mais interessantes e criativos da cena do jazz nacional, pelo que o recomendamos vivamente aos nossos leitores.

Ainda no âmbito dos 80 anos de Jazz em Cascais, Maria Joao e Maria Viana sao hoje distinguidas pela Câmara Municipal de Cascais com a medalha de mérito cultural, a qual pretende destacar as carreiras destas duas cantoras residentes no Concelho deste há longa data. A outorga das medalhas ocorre antes do concerto e é realizada pela Vereadora da Cultura, Dra. Ana Clara Justino.

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Maria Viana e Maria Joao com Sheila Jordan
Foto JNPDI/JMS

20 de novembro de 2008

Maria Joao e Joe Zawinul

Maria Joao e Joe Zawinul (o mítico teclista fundador dos Weather Report e que colaborou com músicos como Miles Davis, Julian Cannonball Adderley e Dinah Washington) mantiveram a partir do final dos anos 90 uma interessante parceria musical e é precisamente um dos concertos que ambos protagonizaram que JNPDI! hoje apresenta em primeira exibiçao em Portugal.

O espectáculo teve lugar em 1999, em Leverkusen, na Alemanha, e segundo Maria Joao, com quem falámos hoje telefonicamente a este propósito, foi o primeiro que realizaram juntos.

17 de novembro de 2008

Kurt Elling em DVD

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Foi recentemente lançado no mercado nacional um DVD do cantor Kurt Elling, a grande sensação vocal do jazz masculino.

Este título documenta a actuação de Elling no Festival Internacional de Jazz de Montreal em Julho de 2007, apenas dez dias antes do concerto que protagonizou no Estoril Jazz.

Um dos pontos acrescidos deste DVD reside nos convidados que Elling somou em Montreal ao seu trio habitual. Entre estes contam-se Richard Bona, Bob Sheppard e Randy Bachman.

"My foolish heart"



"Tight"

16 de novembro de 2008

PODCAST #8 de JNPDI! já está online

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Já está online o podcast #8 de JNPDI!

Esta emissão é dedicada às novidades discográficas e na secção Jazz ao Vivo em Portugal apresenta o dueto entre Sheila Jordan e Maria João no concerto do 5.º aniversário de JNPDI! no Centro Cultural de Belém.

Roberta Gambarini - Jazz Baltica 2004

Já aqui falámos várias vezes de Roberta Gambarini, que tivemos oportunidade de entrevistar em 2007.

Hoje propomos um vídeo gravado no festival Jazz Baltica 2004. O tema é o clássico "In a sentimental mood", de Duke Ellington, e no saxofone-tenor está o lendário Johnny Griffin.


13 de novembro de 2008

5.º aniversário de JNPDI: tudo sobre a festa no Centro Cultural de Belém!

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Foto: Rosa Reis

As várias actividades jazzísticas que nos têm ocupado desde Outubro explicam que só agora nos seja possível fazer uma reportagem sobre o concerto de comemoração do 5.º aniversário deste blogue (que obviamente não podíamos deixar passar em claro), o qual teve lugar no passado dia 1 de Outubro, no pequeno auditório do Centro Cultural de Belém.

Convidamos, pois, os nossos leitores a realizarem connosco uma visita guiada a este evento marcante na vida de JNPDI!, reportagem que completa a que aqui publicámos anteriormente sobre os ensaios para este espectáculo.


17h30: Soundcheck


Tudo começou, como é costume em qualquer espectáculo musical, com o soundcheck, momento em que os músicos se encontram em palco para testar e afinar o som e a luz com os técnicos especializados. Este é um passo crucial para garantir que durante o concerto o som projectado para a sala e para os músicos (através dos monitores, colunas que permitem que cada música se ouça em palco) é de qualidade e no volume adequado e que as luzes realçam o que se passa em palco.

Cada músico testa e ajusta separadamente o seu som com os técnicos e, normalmente, também em conjunto, para averiguar que o ensemble se encontra correcta e equilibradamente amplificado.

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João Moreira Foto: JNPDI!/JMS

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Filipe Melo Foto: JNPDI!/JMS

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Bernardo Moreira Foto: JNPDI!/JMS

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Bruno Pedroso Foto: JNPDI!/JMS

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Foto: JNPDI!/JMS

Testado o som da secção rítmica e do solista convidado, é tempo de entrarem em cena as vozes, que neste concerto eram três, o que torna a tarefa mais complexa no soundcheck.

A primeira voz a testar e afinar o seu som foi a cantora Maria Viana.

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Maria Viana Foto: JNPDI!/JMS

Seguiram-se Maria João e Sheila Jordan, que se cruzaram em palco pela primeira vez neste concerto, embora a sua relação remonte já ao início dos anos 90, na Austria. Assim sendo, além do teste de som, foi necessário fazer um ensaio do tema que decidiram interpretar em duo: "I remember you".

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Maria João e Sheila Jordan Foto: JNPDI!/JMS

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MJ, SJ, João Farinha (piano) e BM Foto: JNPDI!/JMS

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MJ, SJ e João Farinha Foto: JNPDI!/JMS

Ora vamos lá experimentar o "I remember you" à primeira vista e sem qualquer ensaio prévio. Faça-se música!



Ajustado o som individual de cada cantora, é agora hora de afinar o som das três vozes.

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Maria João, Sheila Jordan e Maria Viana Foto: JNPDI!/JMS


20h00: relaxando nos bastidores



Entre o relax e a descontração, sempre sob o olhar atento da direcção de cena do CCB, é tempo de os músicos se prepararem para o concerto.

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Foto: Rosa Reis

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Foto: Rosa Reis

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Foto: Rosa Reis

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Foto: Rosa Reis

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Foto: Rosa Reis

Cantar em duo pressupõe muitos acertos e nesta ocasião ainda se trabalha nos últimos detalhes...

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Foto: Rosa Reis

O mesmo se aplica aos instrumentistas, que vão subir ao palco dentro de minutos com apenas um ensaio breve na véspera... mas o jazz há-de se encarregar de fazer magia em cena.

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Foto: Rosa Reis

Entretanto e enquanto o público vai chegando ao CCB, é tempo da maquilhagem... O jantar, esse, vai ter de esperar por depois do concerto. Vida de músico é assim mesmo.

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Foto: Rosa Reis


20h45: aquecimento


O espectáculo está prestes a começar e é preciso aquecer...

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Foto: Rosa Reis


21h00: let the show begin!


A primeira "vítima" a entrar em palco é o autor de JNPDI!, a quem cabem as honras de abertura do espectáculo que visa celebrar o quinto aniversário deste blogue.

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Foto: Rosa Reis

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Foto: Rosa Reis

Após umas breves palavras sobre a fundação de JNPDI! (ver texto no final deste post), é tempo de homenagear a equipa que tem trabalhado no projecto desde 2003 (Miguel Mendes: designer) e Mário Silva (web strategy) e, sobretudo, aquele a quem se devem as imagens que permitem contar quatro importantes décadas da história do jazz em Portugal: Augusto Mayer.

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Foto: Rosa Reis

Na placa que lhe foi atribuída por JNPDI! pode ler-se:

Augusto Mayer, amador de jazz e entusiasta da fotografia a quem se devem as primeiras imagens deste género musical em Portugal nas décadas de 40, 50, 60 e 70, retratos de uma história que, sem o seu contributo, seria apenas uma ténue e desfocada memória. Homenagem do blogue Jazz no País do Improviso! Centro Cultural de Belém, 1 de Outubro de 2008.

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Foto: Rosa Reis

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Foto: Rosa Reis

É agora tempo de dar ao público aquilo que o traz ao Centro Cultural de Belém: bom jazz! É aqui que as nossas palavras deixam de ser necessárias já que a música fala por si nos seguintes vídeos.

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Foto: Rosa Reis

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Foto: Rosa Reis



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Foto: Rosa Reis



E que dizer deste impressionante "Autumn in New York" e das belíssimas intervenções de João Moreira no fliscórnio? Basta, na verdade, referir que no final do espectáculo Sheila Jordan o convidou veementemente a actuar em todos os seus concertos em Portugal... juntando-se ao trio Filipe Melo, Bernardo Moreira e Bruno Pedroso, com que a cantora se manifestou sinceramente maravilhada.



"Honeysuckle Rose" alimentou um notável duo entre Sheila Jordan e Maria Viana em que dominaram o scat singing e a boa disposição. Viana esmereou-se e teve aqui um momento marcante da sua carreira e que vai somar-se à actuação ao lado de Al Grey no Jazz Num Dia de Verão de 1989.



Maria João e Sheila Jordan encontraram-se em "I remember you" e de facto lembravam-se bem uma da outra, ou não se tivessem cruzado anos antes em Graz. A interpretação de ambas é memorável, com João e Sheila Jordan a recriarem a letra à sua maneira, introduzindo o seu humor e história de vida.


Depois de duas actuações inesquecíveis de Maria Viana, com a sua emblemática "Inútil paisagem", e Maria João, com uma "Beatriz" tão brilhante que no dia seguinte levou várias pessoas às lojas para obter uma cópia do CD, o espectáculo encerrou com "Confirmation", subindo ao palco as três cantoras para um ensemble que fica na história até porque o CD de gravação já não foi infelizmente suficiente para o registar...

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Foto: JNPDI!/JMS

Por falar em registar, o artista plástico Xico Fran decidiu imortalizar em tela este concerto e o aniversário de JNPDI!, tendo oferecido um impressionante quadro para o espólio deste blogue. Lá se encontram perpetuados alguns dos músicos que participaram no espectáculo. Adicionalmente, Xico Fran ofereceu também a Sheila Jordan um quadro realizado a partir de uma fotgrafia.

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Tela de Xico Fran Foto: JNPDI!/JMS


23h30: regresso aos bastidores


Nos bastidores o ambiente era agora de celebração e festa, com convidados e músicos a partilharem a alegria do momento. Por lá passaram José Duarte, Marta Hugon e muitas outras figuras do nosso jazz, para além dos sempre simpáticos membros do Clube dos Entas, a quem agradecemos pelo apoio continuado que tem dados aos nossos projectos.

Mas, a música não terminara ainda porque Maria João e João Farinha haveriam de regressar ao palco (já em processo de desmontagens) para interpretar em duo uma canção a pedido do autor de JNPDI, o belo "Oceano", de Djavan. Momentos especiais e únicos que ficam para uma vida. Obrigado, João & João!

E assim se fez a festa de JNPDI! e do jazz!

Daqui a 5 anos há mais, mas nunca será ingual à magia deste dia tão especial e inesquecível.

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Foto: JNPDI!/JMS

JNPDI e o seu autor agradecem a Sheila Jordan (grande alma e voz!), Maria Viana, Maria João, Filipe Melo, Bernardo Moreira, Bruno Pedroso e João Farinha (cuja generosidade tornou possível este concerto), à equipa do CCB (incrível e inexcedível!), Rosa Reis (belas fotos!), Xico Fran (não temos palavras para agradecer o quadro!), Mário Silva, Miguel Mendes, Jorge Padeiro, Joana Vann, público, jornalistas, RDP, Hotel Jerónimos 8, colegas bloguistas, sponsors, leitores, família, amigos e a todos que tornaram possível esta celebração. Valeu!



JAZZ NO PAÍS DO IMPROVISO!

CCB, 1-10-2008 / 5.º Aniversário


Caros amigos e amigas do Jazz,

Para além de agradecer a vossa presença neste auditório, permitam-me que como autor do blogue Jazz no País do Improviso! profira umas breves palavras a propósito deste projecto criado há 5 anos.

Não vou maçar-vos com todas as realizações que conseguimos neste período de tempo porque este nunca foi um projecto narcisista ou de ego, mas tão só um ponto de encontro daqueles que gostam de jazz e de música em geral.

Gostaria contudo de explicitar desde logo o porquê deste título: Jazz no País do Improviso! E isto porque provavelmente era mais lógico ou expectável termos ficado pelo inócuo Jazz no País do Fado…

Claro que este é um título que só se compreende sendo português, embora a Sheila Jordan com os poucos dias que leva de Portugal já vá tendo uma ideia do que ele significa…

Ele surgiu contudo em 2003 numa fase muito aguda da vida política, económica e social do país, fase que afinal era apenas o prelúdio do que agora vivemos. Sem citar nomes, direi apenas que este título é da mesma geração do célebre “O país está de tanga” e do “país pântano”.

Ele evoca portanto no autor a ideia desse Portugal improvisado, sem rumo e esperança que atravessa partidos políticos, governos e gerações.

Ao dizer isto, fica desde já claro que Jazz no País do Improviso é mais do que um título: é a contestação diária e pública do país que como cidadão não me interessa construir – o país dos derrotados, dos vencidos, do desenrasca, do logo se vê, do deixa andar, do não vale a pena, do não te esforces, do faz o mínimo ou mesmo do não faças nada que alguém há-de resolver…

Mas não viemos aqui hoje para debater o país e as mentalidades… ainda para mais no Dia Mundial da Música.

Queria dizer-vos apenas que Jazz No País do Improviso é fruto dessa conjuntura de 2003 e surgiu num período que antecedeu o grande boom dos blogues em Portugal. Para este projecto em concreto muito contribuiu a visibilidade que Pacheco Pereira deu ao fenómeno com o seu Abrupto, que é apenas 4 meses mais velho do que JNPDI! Foi isso que nos chamou a atenção para esta poderosa ferramenta de comunicação, que bem pode ser um antídoto do século XXI para a manipulação e toxicidade informativa que caracteriza tantos dos media tradicionais.

Jazz no País do Improviso nasceu inicialmente para partilhar conhecimentos sobre a história do Jazz em Portugal, objecto que estudo com afinco desde então, e honestamente, há cinco anos na minha mente via este projecto como um espaço de comunicação que jamais iria para além da meia dúzia de pessoas. De tal forma que se em 11 de Setembro de 2003, quando publiquei o primeiro post, me dissessem que hoje estaríamos aqui reunidos em torno do Jazz No País do Improviso, digo-vos com toda a franqueza que não acreditaria.

Mas com o passar do tempo e com o feedback positivo de leitores, músicos e editoras, comecei a acreditar que era possível que o blogue fosse realmente uma casa do Jazz na internet. Uma casa por onde já passaram mais de 200 000 visitantes e que regista uma média mensal de 5 000 visitas. E vejam bem que tudo isto sem falarmos uma vez que seja de F-U-T-E-B-O-L ou C-R-I-M-E-S.

Se me perguntarem se estou orgulhoso… não sei o que responder porque na verdade creio que não fiz mais do que aquilo que qualquer um de nós pode fazer se o fizer com dedicação, determinação e honestidade. A mim dá-me muito prazer poder comunicar convosco o que se passa no mundo do jazz e essa é a grande motivação. E dá-me sobretudo prazer poder levar ao público os momentos únicos do passado e do presente desta grande música universal.

Mas… este projecto não é só meu. E por isso mesmo esta é a ocasião para dar-vos a conhecer os rostos e nomes de duas pessoas que estão comigo desde o início e que quero aqui simbolicamente distinguir.

Peço-vos uma salva de palmas para o autor do logotipo e identidade visual do Jazz no País do Improviso: o jovem e talentoso designer, Miguel Mendes!

Peço-vos também uma salva de palmas para o autor dos banners e responsável pelo suporte técnico do blogue: o jovem e promissor comunicador, Mário Silva!

Disse-vos há pouco que este blogue nasceu da minha actividade de pesquisa sobre a história do Jazz em Portugal. Pois bem, hoje quero aqui homenagear a pessoa que permite que hoje olhemos de frente para o passado do jazz entre nós.

Jazz No País do Improviso presta hoje pública homenagem aquele que é um grande Amador de Jazz e entusiasta da fotografia e a quem se devem as primeiras imagens deste género musical em Portugal nas décadas de 40, 50, 60 e 70, retratos de uma história que sem o seu contributo seria apenas uma ténue e desfocada memória.

Uma salva de palmas para “the one and only”, Augusto Mayer.

E agora, Sheila Jordan… confesso que tenho dificuldade em exprimir por palavras a honra que é apresentar-vos esta cantora histórica, criativa e ousada, que tão bem sabe o que é pagar o preço da diferença e da fidelidade a si mesma e à sua música. Esta grande alma que cresceu musicalmente com Charlie Parker e que aos 79 anos cruza o Atlântico várias vezes por ano para fazer aquilo de que mais gosta: cantar jazz.

Esse prazer é redobrado pela presença neste palco de alguns dos músicos portugueses num quarteto constituído propositadamente para a sua digressão em Portugal, que hoje aqui se inicia. Se dúvidas houvesse, digo-vos que Sheila Jordan está absolutamente encantada com eles e com o seu talento e capacidades.

E como se não bastasse… Maria Viana (a nossa Billie Holiday) e João Moreira (o nosso Miles Davis).

E como se não bastasse… Maria João e um pianista da nova geração, o João Farinha.

Hão-de convir que neste país do improviso, improvisámos um programa realmente extraordinário. E que trabalho dá improvisar!

Aliás, devo confessar, que hoje me comovi quando abri o Diário de Notícias e vi o destaque que o jornal deu ao concerto e a Sheila Jordan, a quem tanto me orgulho de proporcionar o primeiro palco em Lisboa.

Este concerto não seria possível sem a fabulosa (e o adjectivo não é exagerado) colaboração da equipa do Centro Cultural de Belém, que desde a primeira hora acarinhou a ideia. Um agradecimento muito especial é devido ao Dr. Miguel Coelho.

E, sem mais demoras, os vossos aplausos para Sheila Jordan and Friends!!


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