31 de julho de 2006

A magia das músicas do mundo em Sines

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Foto de João Moreira dos Santos

Sines recebeu mais uma vez as músicas do mundo, essa expressão artística pioneira da globalização e do entendimento dos povos, pois que a sua compreensão é universal, como aliás ficou demonstrado neste evento: mais do que os idiomas (incompreensíveis) imperaram os sentimentos e as notas musicais.

Esta é, porém, uma globalização pacífica e sem outro fim que não seja a aproximação de culturas e o seu entendimento, o que em última instância leva à sua compreensão e a reduzir a xenofobia e o ostracismo.

Dada a extensão do programa deste Festival de Músicas do Mundo (FMM) - com 24 concertos repartidos por Porto Covo, pela Avenida da Praia e pelo Castelo, aos quais assistiram cerca de 50 mil espectadores - só nos foi possível assistir aos concertos realizados no castelo de Sines nos dias 28 e 29 de Julho.

Comecemos pelo concerto que verdadeiramente nos levou ao FMM e que acabou, como já esperávamos, por ser o mais interessante: Trilok Gurtu.

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Foto de João Moreira dos Santos

Eleito cinco vezes o melhor percussionista pela revista Downbeat, nasceu em Bombaím, na Índia, em 1951, numa família de músicos. Estudou tablas desde os seis anos, mas cedo começou a interessar-se pela música ocidental, emigrando em 1973 para os EUA e depois para a Europa. Aqui viria a colaborar com músicos como Pat Metheny, Jan Garbarek, Nitin Sawhney, Charlie Mariano e John Tchicai, Don Cherry, Philip Catherine, Joe Zawinul, Andy Summers e Larry Coryell.

Este ano, Gurtu trouxe a Sines a "tradição acústica indiana", fazendo-se acompanhar por dois dos seus maiores cantores, Rajan e Sajan Misra, mestres do khylal, um canto virtuoso ornamentado e aberto à improvisação.

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Foto de João Moreira dos Santos

Foi a este concerto que tivemos oportunidade de assistir, o qual não nos desiludiu, bem pelo contrário, muito embora o seu formato (com as vozes), não tenha permitido explorar todo o potencial de Gurtu. ainda assim ficou bem claro o seu dom especial para a percussão e a sua capacidade de dar à música a batida e o complemento rítmico necessário em cada momento, seguindo os solistas e as vozes com inteligência e intuição.

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Foto de João Moreira dos Santos

Antes de Gurtu actuara um grupo também muito forte, proveniente do Iraque: Farida & Iraqi Maqam Ensemble.

Este grupo é liderado por Farida Muhammad, apresentada pela organização do FMM como uma das "mais carismáticas e impressionantes intérpretes femininas no circuito da world music", a "voz da Mesopotâmia".

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Foto de João Moreira dos Santos

Deste conjunto nada sabíamos, pois não existe qualquer ligação com o jazz, ao contrário do que sucede com Trilok Gurtu, porém muito nos surpreendeu. De facto, Farida tem uma excelente voz, uma boa presença em palco e uma notável sensibilidade musical e artística. Para o sucesso do concerto muito contarm também os músicos, com especial destaque para Karim Darwish (nas Tablas), um virtuoso deste instrumento.

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Foto de João Moreira dos Santos

Nesta mesma noite subiu ainda ao palco o grupo The Bad Plus, que muita tinta tem feito correr, com os seus admiradores e detractores, formado por Ethan Iverson (piano), Reid Anderson (contrabaixo) e David King (bateria).

Grupo influenciado pela pop-rock, o seu jazz (se assim se lhe pode chamar em rigor...) vai por vezes beber ao cancioneiro de grupos como os Nirvana, Black Sabbath, Blondie ou Aphex Twin, e no concerto de Sines coube mesmo uma versão de "Chariots of Fire", de Vangelis...

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Foto de João Moreira dos Santos

Batida forte e volume elevado, os três músicos deste "power trio" dos EUA agradaram à audiência mas não nos encantaram por aí além porque simplesmente não trazem nada que acrescente algo de verdadeiro valor ao jazz a não ser, eventualmente, a angariação de novos públicos, embora estes entrem por uma porta um tanto equívoca...

A batida é demasiado rock, o piano já viu melhores dias nas mãos de outros pianistas e o contrabaixista não provou ser mais do que mediano.

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Foto de João Moreira dos Santos

Na segunda noite do FMM a que tivemos ooprtunidade de assistir (que na realidade era a terceira e última), ocasião para presenciar dois projectos bem distintos.

O primeiro deles é oriundo do Brasil e dá pelo nome de Cordel do Fogo Encantado, um jovem quinteto pernambucano apresentado pela organização do Festival como "A força da mitologia sertaneja trazida para o século XXI".

A música deste projecto vai beber a sua inspiração ao imaginário rural do Nordeste, tendo começado como um espectáculo teatral, resultando num espectáculo bastante cénico, quase circense, por vezes, animado pelo poeta e vocalista "psicadélico" Lirinha.

Só é pena que ao vivo a música deste quinteto se aproxime tanto do rock (heavy metal?), perdendo o encanto acústico patente no disco disponibilizado pela organização do FMM, onde nos pareceu bem mais interesante.

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Foto de João Moreira dos Santos

O segundo concerto a que assistimos, uma vez que saltámos por cima de um grupo de cantoras da Finlândia, foi o de Seun Kuti & Egypt 80, grupo liderado pelo filho mais novo de Fela Kuti, "a figura régia do afrobeat".

Esperávamos mais deste projecto e não nos agradou especialmente a fusão com a música ocidental, com a inclusão de bateria e baixo eléctrico, embora seja precisamente por esta fusão que Fela Kuti ficou famoso...

Pontos fortes do FMM
- Preço
- Qualidade da programação
- Eficiência da organização
- Qualidade sonora
- Serviços de apoio aos jornalistas e público
- Logística
- Compilação em CD (duplo) dos vários artistas programados
A rever...
- Entrada e saída do Castelo de Sines (filas intermináveis)
- Insuficiência dos serviços de restauração disponíveis

30 de julho de 2006

JNPDI! no Músicas do Mundo

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Foto de João Moreira dos Santos

JNPDI! tirou uns dias de folga para ir espreitar o Festival Músicas do Mundo, que anualmente se realiza em Sines, por estas datas.

Em breve publicaremos aqui algumas impressões sobre este importante evento.

26 de julho de 2006

Jazz em Agosto no Hot Club

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1 e 2 de Agosto às 23:00
Jam Session

3, 4 e 5 de Agosto às 23:00
André Fernandes Quarteto
André Fernandes (guitarra), Jesse Chandler (orgão), Nelson Cascais (contrabaixo), Bruno Pedroso (bateria)

8 de Agosto às 23:00
José Valente & Electro Acoustic Super Band
José Valente (violino, viola de a arco), Lukas Kranzelbinder (contrabaixo), Emanuel Lipus (bateria)

9 de Agosto às 23:00
Jam Session

10, 11 e 12 de Agosto às 23:00
"TGB"
Sérgio Carolino (tuba), Mário Delgado (guitarra), Alexandre Frazão (bateria)

15 de Agosto às 23:00
Jam Session

16 e 17 de Agosto às 23:00
Lisbon Improvisation Players
Featuring Dennis González
Rodrigo Amado (saxofones), Dennis González (trompete), Pedro Gonçalves (contrabaixo), Bruno Pedroso (bateria)

18 e 19 de Agosto às 23:00
"ZURUGUDU"
Quarteto Gonçalo Prazeres
Gonçalo Prazeres (saxofone alto), João Freitas (guitarra), Hugo Antunes (contrabaixo), João Rijo (bateria)

22 e 23 de Agosto às 23:00
Jam Session

24 de Agosto às 23:00
"Solo Pictórico"
Carlos Barretto (contrabaixo)

25 e 26 de Agosto às 23:00
Pedro Madaleno Trio
Pedro Madaleno (guitarra), por confirmar (contrabaixo), por confirmar (bateria)

29 e 30 de Agosto às 23:00
Jam Session

31 de Agosto, 1 e 2 de Setembro às 23:00
Quinteto de Sara Serpa
Sara Serpa (voz), André Matos (guitarra), Jesse Chandler (piano), Demian Cabaud (contrabaixo), Nick Falk (bateria)

Alright, Lizz!

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Lizz Wright apresentou-se no passado Domingo no pequeno auditório do Centro Cultural de Belém, recebida entusiasticamente por uma casa cheia.

Um entusiasmo que não é propriamente típico deste tipo de concertos, mas que se entende bem pelas qualidades artísticas de Lizz e pela sua presença, não tanto a presença em palco, mas a sua presença enquanta pessoa, enquanto alma, quase diríamos uma presença de mensageira, ou não tivesse ela crescido e aprendido a cantar no ambiente de igreja, braços levantados para o céu e voz dirigida aos fiéis.

Ao vivo, Wright confirmou o poder e a beleza da sua voz e a capacidade de conferir emoção e sentimento aos temas interpretados. Não sendo obviamente uma cantora de jazz, as suas influências encontram-se no gospel e na soul e em cantoras como Sister Rosetta Tharpe. É uma voz que cria um ambiente de magia, melancolia e que convida à reflexão e à contemplação. Ou, como ela própria afirma, "I love songs that create moments".

De resto a audiência demonstrou conhecer bem os seus dois registos, aplaudindo os temas mais emblemáticos e acompanhando o ritmo de algumas canções, quase que espontaneamente. Aliás, por momentos, a música parecia ter-se transferido do palco para a plateia, o que Wrihgt viria a apelidar de "fazer a música com o público". E foi bem verdade.

Quanto aos instrumentistas que acompanharam Lizz, destaque muito especial para o percussionista, um verdadeiro animal do ritmo. As guitarras não foram além da competência, mesmo em slide guitar. Estiveram bem, sem ser virtuosas, até porque o género de música de Wright não apela a isso, mas sim à simplicidade e à simples comunicatividade.

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A terminar o concerto um duo de guitarra voz para "Amazing Grace". Não foi uma versão ao nível da que Dee Dee Bridgewater apresentou no CCB há meses, mas ainda assim foi muito emotiva e interessante de seguir.

Muito há a esperar desta cantora que emergiu em 2003, com uma série de concertos de homenagem a Billie Holiday e o seu primeiro CD, e que mostrou ao vivo ser melhor do que em disco, o que é sempre bom sinal nestes tempos em que a pós-produção pode fazer mmaravilhas a vozes pouco talentosas...

Discografia

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22 de julho de 2006

Lizz Wright amanhã no CCB

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19 de julho de 2006

JazzTimes Julho/Agosto

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18 de julho de 2006

Diana Krall hoje no Cool Jazz Fest

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Diana Krall regressa a Portugal e actua hoje no Cool Jazz Fest, pelas 22h00, no Jardim do Marquês de Pombal, em Oeiras.

Uma bela voz para ouvir num belo cenário.

Who could ask for anything more?

Lá estaremos. Claro.

17 de julho de 2006

Tudo o que Metheny pensa de Kenny G

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Muito se falou/tem falado das declarações de Pat Metheny sobre o homem que "melhor" música de elevador tem produzido: Kenny G.

JNPDI! transcreve agora as palavras do guitarrista sobre este multimilioário do ascensor.

Kenny G is not a musician I really had much of an opinion about at all until recently. There was not much about the way he played that interested me one way or the other either live or on records.

I first heard him a number of years ago playing as a sideman with Jeff Lorber when they opened a concert for my band. My impression was that he was someone who had spent a fair amount of time listening to the more pop oriented sax players of that time, like Grover Washington or David Sanborn, but was not really an advanced player, even in that style. He had major rhythmic problems and his harmonic and melodic vocabulary was extremely limited, mostly to pentatonic based and blues-lick derived patterns, and he basically exhibited only a rudimentary understanding of how to function as a professional soloist in an ensemble - Lorber was basically playing him off the bandstand in terms of actual music.

But he did show a knack for connecting to the basest impulses of the large crowd by deploying his two or three most effective licks (holding long notes and playing fast runs - never mind that there were lots of harmonic clams in them) at the key moments to elicit a powerful crowd reaction (over and over again). The other main thing I noticed was that he also, as he does to this day, played horribly out of tune - consistently sharp.

Of course, I am aware of what he has played since, the success it has had, and the controversy that has surrounded him among musicians and serious listeners. This controversy seems to be largely fueled by the fact that he sells an enormous amount of records while not being anywhere near a really great player in relation to the standards that have been set on his instrument over the past sixty or seventy years. And honestly, there is no small amount of envy involved from musicians who see one of their fellow players doing so well financially, especially when so many of them who are far superior as improvisors and musicians in general have trouble just making a living. There must be hundreds, if not thousands of sax players around the world who are simply better improvising musicians than Kenny G on his chosen instruments. It would really surprise me if even he disagreed with that statement.

Having said that, it has gotten me to thinking lately why so many jazz musicians (myself included, given the right "bait" of a question, as I will explain later) and audiences have gone so far as to say that what he is playing is not even jazz at all. Stepping back for a minute, if we examine the way he plays, especially if one can remove the actual improvising from the often mundane background environment that it is delivered in, we see that his saxophone style is in fact clearly in the tradition of the kind of playing that most reasonably objective listeners WOULD normally quantify as being jazz. It's just that as jazz or even as music in a general sense, with these standards in mind, it is simply not up to the level of playing that we historically associate with professional improvising musicians. So, lately I have been advocating that we go ahead and just include it under the word jazz - since pretty much of the rest of the world OUTSIDE of the jazz community does anyway - and let the chips fall where they may.

And after all, why he should be judged by any other standard, why he should be exempt from that that all other serious musicians on his instrument are judged by if they attempt to use their abilities in an improvisational context playing with a rhythm section as he does? He SHOULD be compared to John Coltrane or Wayne Shorter, for instance, on his abilities (or lack thereof) to play the soprano saxophone and his success (or lack thereof) at finding a way to deploy that instrument in an ensemble in order to accurately gauge his abilities and put them in the context of his instrument's legacy and potential.

As a composer of even eighth note based music, he SHOULD be compared to Herbie Hancock, Horace Silver or even Grover Washington. Suffice it to say, on all above counts, at this point in his development, he wouldn't fare well.

But, like I said at the top, this relatively benign view was all "until recently".

Not long ago, Kenny G put out a recording where he overdubbed himself on top of a 30+ year old Louis Armstrong record, the track "What a Wonderful World". With this single move, Kenny G became one of the few people on earth I can say that I really can't use at all - as a man, for his incredible arrogance to even consider such a thing, and as a musician, for presuming to share the stage with the single most important figure in our music.

This type of musical necrophilia - the technique of overdubbing on the preexisting tracks of already dead performers - was weird when Natalie Cole did it with her dad on "Unforgettable" a few years ago, but it was her dad. When Tony Bennett did it with Billie Holiday it was bizarre, but we are talking about two of the greatest singers of the 20th century who were on roughly the same level of artistic accomplishment. When Larry Coryell presumed to overdub himself on top of a Wes Montgomery track, I lost a lot of the respect that I ever had for him - and I have to seriously question the fact that I did have respect for someone who could turn out to have such unbelievably bad taste and be that disrespectful to one of my personal heroes.

But when Kenny G decided that it was appropriate for him to defile the music of the man who is probably the greatest jazz musician that has ever lived by spewing his lame-ass, jive, pseudo bluesy, out-of-tune, noodling, wimped out, fucked up playing all over one of the great Louis's tracks (even one of his lesser ones), he did something that I would not have imagined possible. He, in one move, through his unbelievably pretentious and calloused musical decision to embark on this most cynical of musical paths, shit all over the graves of all the musicians past and present who have risked their lives by going out there on the road for years and years developing their own music inspired by the standards of grace that Louis Armstrong brought to every single note he played over an amazing lifetime as a musician. By disrespecting Louis, his legacy and by default, everyone who has ever tried to do something positive with improvised music and what it can be, Kenny G has created a new low point in modern culture - something that we all should be totally embarrassed about - and afraid of. We ignore this, "let it slide", at our own peril.

His callous disregard for the larger issues of what this crass gesture implies is exacerbated by the fact that the only reason he possibly have for doing something this inherently wrong (on both human and musical terms) was for the record sales and the money it would bring.

Since that record came out - in protest, as insignificant as it may be, I encourage everyone to boycott Kenny G recordings, concerts and anything he is associated with. If asked about Kenny G, I will diss him and his music with the same passion that is in evidence in this little essay.

Normally, I feel that musicians all have a hard enough time, regardless of their level, just trying to play good and don't really benefit from public criticism, particularly from their fellow players. but, this is different.

There ARE some things that are sacred - and amongst any musician that has ever attempted to address jazz at even the most basic of levels, Louis Armstrong and his music is hallowed ground. To ignore this trespass is to agree that NOTHING any musician has attempted to do with their life in music has any intrinsic value - and I refuse to do that. (I am also amazed that there HASN'T already been an outcry against this among music critics - where ARE they on this?????!?!?!?!, magazines, etc.). Everything I said here is exactly the same as what I would say to Gorelick if I ever saw him in person. and if I ever DO see him anywhere, at any function - he WILL get a piece of my mind and (maybe a guitar wrapped around his head.)

NOTE: this post is partially in response to the comments that people have made regarding a short video interview excerpt with me that was posted on the internet taken from a tv show for young people (kind of like MTV)in poland where i was asked to address 8 to 11 year old kids on terms that they could understand about jazz. while enthusiastically describing the virtues of this great area of music, i was encouraging the kids to find and listen to some of the greats in the music and not to get confused by the sometimes overwhelming volume of music that falls under the jazz umbrella. i went on to say that i think that for instance, kenny g plays the dumbest music on the planet ? something that all 8 to 11 year kids on the planet already intrinsically know, as anyone who has ever spent any time around kids that age could confirm - so it gave us some common ground for the rest of the discussion. (ADDENDUM: the only thing wrong with the statement that i made was that i did not include the rest of the known universe.) the fact that this clip was released so far out of the context that it was delivered in is a drag, but it is now done. (its unauthorized release out of context like that is symptomatic of the new electronically interconnected culture that we now live in - where pretty much anything anyone anywhere has ever said or done has the potential to become common public property at any time.) i was surprised by the polish people putting this clip up so far away from the use that it was intended -really just for the attention - with no explanation of the show it was made for - they (the polish people in general) used to be so hip and would have been unlikely candidates to do something like that before, but i guess everything is changing there like it is everywhere else. the only other thing that surprised me in the aftermath of the release of this little interview is that ANYONE would be even a little bit surprised that i would say such a thing, given the reality of mr. gs music. this makes me want to go practice about 10 times harder, because that suggests to me that i am not getting my own musical message across clearly enough - which to me, in every single way and intention is diametrically opposed to what Kenny G seems to be after.

15 de julho de 2006

Leitores de JNPDI! vão ao Estoril Jazz

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Trio de Kenny Barron no Estoril Jazz. Foto de João M. Santos

JNPDI! tem para oferecer aos seus leitores 5 convites duplos para o último dia do Estoril Jazz deste ano.

Os primeiros leitores a enviarem um e-mail para joaomoreirasantos@gmail.com ganham imediatamente as entradas no concerto do quinteto de Gary Smulyan e Jeremy Pelt, que se realiza amanhã, dia 16, pelas 19h00.

Entre 1958 e 1962 dois jovens de 26 anos, Donald Byrd (um dos melhores trompetistas pós Clifford Brown) e Pepper Adams (um dos mais notáveis saxofonistas-barítono) fizeram história na história do jazz ao co-liderar um quinteto que gravou para a editora Blue Note alguns dos melhores registos no estilo hard bop. É justamente este quinteto que, quase 50 anos depois, Gary Smulyan e Jeremy Pelt vêm recriar, num projecto apresentado em exclusivo no Estoril Jazz.

Cabe a Gary Smulyan, considerado pela crítica um dos melhores músicos de jazz no saxofone-barítono da actualidade, evocar a voz de Pepper Adams neste quinteto, o que não deixará de fazer ao melhor nível tendo em conta o seu curriculum. Enquanto adolescente teve tão só a oportunidade de tocar com músicos como Lee Konitz, Chet Baker e Jimmy Knepper. Em 1978 foi convidado por Woody Herman para o seu Young Thundering Herd e dois anos depois integrava a Mel Lewis Jazz Orchestra, então dirigida por Bob Brookmeyer. Ao longo dos anos tocou e gravou tão só com jazzmen como Freddie Hubbard, Dizzy Gillespie, Stan Getz, Ray Charles, B.B. King, Joe Henderson, Joe Lovano, Tommy Flanagan, Chick Corea, Clark Terry, Charles McPherson, James Moody, Tommy Flanagan e Slide Hampton.

Distinguido por várias vezes com prémios das prestigiadas revistas JazzTimes (1990) e Downbeat (1994, 1998 e 2001), Smulyan integra presentemente várias formações, incluindo a Vanguard Jazz Orchestra, o noneto de Joe Lovano, o octeto e a big band de Dave Holland, a Three Baritone Saxophone Band, a Dizzy Gillespie All Star Big Band e os octetos de George Coleman e Tom Harrell, liderando ainda os seus próprios projectos.

Já Jeremy Pelt carrega a responsabilidade de fazer soar neste projecto o trompete de Donald Byrd, ele que é fortemente influenciado por trompetistas como Lee Morgan e Freddie Hubbard. Nascido na Califórnia, em 1976, estudou na Berklee School of Music, vindo a tocar e a gravar desde então com a Mingus Big Band (com a qual iniciou a sua actividade profissional) e, entre outros, com músicos como, Ravi Coltrane, Greg Osby, Cassandra Wilson, Jimmy Heath, Frank Wess, Frank Foster, Nancy Wilson e Cedar Walton.

Pelt integrou ainda a Village Vanguard Orchestra e as orquestras de Roy Hargrove e de Duke Ellington, tocando presentemente no septeto de Lewis Nash Septet, na Mingus Big Band e na The Cannonball Adderley Legacy Band. Este impressionante curriculum explica certamente a razão pela qual Pelt foi eleito por dois anos consecutivos como Rising Star on the Trumpet pela revista Downbeat e pela Jazz Journalist Association.

Kenny Barron: piano de excelência no Estoril Jazz

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O concerto de Kenny Barron, hoje no Estoril Jazz, pelas 19h00, é um dos mais aguardados do cartaz deste ano.

Falar de Kenny Barron é falar de bem mais do que do próprio Kenny Barron, músico reconhecido internacionalmente como um dos expoentes máximos do piano jazz mainstream e referência de muitos dos jovens pianistas da actualidade, de Danilo Perez, a Benny Green, Cyrus Chesnut ou Eric Reed.

É falar de alguém que acompanhou e gravou com alguns dos maiores nomes do jazz de virtualmente todos os instrumentos. Entre eles contam-se nomeadamente Dizzy Gillespie, James Moody, Freddie Hubbard, Milt Jackson, Ron Carter, Bobby Hutcherson, Roy Haynes e Stan Getz.

Influenciado pelos melhores pianistas da chamada escola de Detroit (Hank Jones, Tommy Flanagan e Wynton Kelly) Kenny Barron nasceu em Filadélfia, em 1943, e estudou piano com a irmã de Ray Bryant. Tão rápida foi a sua progressão que em 1959, aos 16 anos, já tocava com o baterista Philly Joe Jones e em 1960 viria a juntar-se ao combo de Yusef Lateef. Neste mesmo ano, trocaria Detroit por Nova Iorque, vindo a ser contratado por James Moody. Nos dois anos seguintes, Barron acompanharia brevemente Lee Morgan, Lou Donaldson e Roy Haynes, para logo ingressar na orquestra de Dizzy Gillespie, onde permaneceria até 1966.

O início dos anos 70 levaria Barron a tocar novamente com Yusef Lateef e com Milt Jackson, Jimmy Heath e Buddy Rich, nomes que vinham somar-se a um curriculum musical onde já constavam Stanley Turrentine, Freddie Hubbard e Jimmy Owens e que em breve contaria igualmente com Ron Carter. Nesta mesma década grava pela primeira vez como líder e associa-se à prestigiada Rutgers University, onde viria a leccionar piano, harmonia e teoria da música.

Os anos 80 trariam novos desafios e novos projectos. O mais importante foi a criação do quarteto Sphere (fundado em parceria com Charlie Rouse, Ben Riley e Buster Williams) com o propósito expresso de tocar a música de Thelonious "Sphere" Monk. Com este combo gravaria discos notáveis para a editora Verve: Four for all e Bird Songs. Outros marcos importantes durante esta década foram a sua associação com o vibrafonista Bobby Hutcherson e a gravação, com Stan Getz, do álbum Voyage, a que se seguiu uma longa digressão europeia e norte-americana com o quarteto deste saxofonista, ao lado de Rufus Reid e Victor Lewis. Dois discos, considerados dos melhores produzidos por Getz, guardam a memória deste grupo: Anniversary e Serenity. A estas obras deve acrescentar-se People Time, que registou o duo Getz/Barron ao vivo em Copenhaga, em 1991.

Os anos 90 marcaram a consagração de Kenny Barron e do seu extraordinário trio composto por Ray Drummond (contrabaixo) e Ben Riley (bateria).

14 de julho de 2006

Delfeayo Marsalis hoje no Estoril Jazz

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O Estoril Jazz prossegue hoje a sua programação, apresentando o quinteto do trombonista Delfeayo Marsalis.

Embora não seja tão conhecido como os seus célebres irmãos mais velhos (Wynton e Branford) Delfeayo Marsalis é tão só o "arranjador de serviço" desta tradicional família de Nova Orleães, o que diz muito do seu talento, que vai muito para além do exímio trombonista na linha de J.J. Johnson que a crítica tem considerado o mais interessante da nova geração que emergiu na década de 90.

Nascido na cidade berço do jazz, em 1965, iniciou a aprendizagem do trombone aos 13 anos, tendo beneficiado de uma sólida formação clássica, a qual viria a ser complementada mediante a passagem pela prestigiada Berklee College of Music, onde se formaria igualmente em produção discográfica. Recentemente, Delefeayo concluiu na Universidade de Louisville o Master of Arts in jazz performance.

O seu talento começou a fazer-se notar quando com apenas 18 anos lhe viu ser atribuído pela Jefferson Performing Arts Society um Outstanding Performance Award, distinção que veio louvar a sua interpretação de uma peça clássica ("Marcello?s Sonata #6") e quando já antes, aos 17, anos produzira o seu primeiro disco. Este seria, porém, apenas o primeiro de vários discos produzidos por Delfeayo, contando-se em mais de 75 os registos que ajudou a nascer, alguns dos quais conquistaram os cobiçados Grammy awards, nomeadamente os que realizou com Harry Connick, jr., Marcus Roberts, Spike Lee, Ellis, Branford e Wynton Marsalis.

Como trombonista, teve a oportunidade de tocar com alguns dos mais conceituados jazzmen, nomeadamente Art Blakey, Abdullah Ibrahim, Elvin Jones, Slide Hampton e Max Roach, tendo ainda acompanhado o lendário Ray Charles. Como líder, lançou o seu primeiro disco em 1992, Pontius Pilate's Decision, seguido por Musashi, em 1997, ambos aclamados pela crítica.

Paralelamente, Delfeayo Marsalis tem estado activamente empenhado em projectos educacionais dirigidos aos jovens.

13 de julho de 2006

Maria Viana on-line

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A cantora Maria Viana acaba de lançar a sua morada na internet, à qual aconselhamos desde já uma visita.

Neste site, concebido por Carlos Pinto, podem encontrar-se vários pontos de interesse, desde a biografia, discografia e recortes de imprensa até uma galeria fotográfica, e sobretudo ouvir a voz de Maria Viana.

A propósito, quem tiver vontade de a rever ao vivo, pode desde já apontar o concerto agendado para o próximo dia 15, no Onda Jazz, em Lisboa.

Já em Setembro, Maria Viana ensina, no âmbito da 5ª edição do workshop "Tavira em Jazz", o muito que aprendeu em mais de 25 anos a levar o jazz ao palco.

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O regresso à velha nova escola...

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Ontem tive a oportunidade de voltar às origens, isto é, à primeira escola de música onde estudei, ainda antes da do Hot Club de Portugal.

Cerca de 20 anos volvidos, a Senófila perdeu-se na memória do tempo e em sua substituição existe agora a JB Jazz, uma escola melhor apetrechada, com um curriculum profissional e com professores ainda mais qualificados, onde tive agora a oportunidade de realizar uma conferência sobre a história do jazz em Portugal.

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Audiência interessada, ficou o convite para regressar e desenvolver a história dos jazzmen portugueses, repto desde logo aceite. A motivação entre os alunos pareceu-me elevada e foi com espanto que testemunhei o interesse pela história do jazz entre nós, tanto se diz que os mais jovens acham a história algo morto e enterrado. Não é verdade. Ou talvez seja se não a soubermos trazer para o seu presente.

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Já agora, um agradecimento especial ao professor José Dias, pelo convite, e à Direcção desta escola.

10 de julho de 2006

Where have you been, Mr. Martino?!

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Fonte: João Moreira dos Santos

Quem teve ontem oportunidade de assistir ao concerto do quarteto de Pat Martino no Estoril Jazz teve também a possibilidade de presenciar um dos melhores espectáculos de guitarra que já passaram por Portugal, com toda a mestria e todo o virstuosismo a fluirem com musicalidade e em benefício da homenagem ao génio da guitarra que foi Wes Montgomery.

Foi um dos grandes concertos deste ano, razão para no final perguntarmos a Pat Martino:

"Where have you been that you have never played in Portugal before?!".

Ele riu-se, no seu jeito simpático e modesto. Nós saímos do concerto com um riso de boca a orelha...

7 de julho de 2006

Foi há 35 anos!

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Foi há 35 anos que se silenciaram a voz e o trompete de Louis Armstrong. A data precisa é 6 de Julho (ontem). Luís Villas-Boas (quem mais?!) marcou presença nos serviços fúnebres por se encontrar casualmente em Nova Iorque.

E, já agora, foi há 45 anos (Março 1961) que Armstrong tocou em Portugal pela primeira e única vez.

6 de julho de 2006

Keith Jarrett quase esgotado!

Soubemos de fonte fidedigna que o concerto de Keith Jarrett no CCB está praticamente esgotado, isto contando com os bilhetes já efectivamente vendidos e as cerca de 300 reservas.

Um autêntico fenónemo, como já se esperava.

4 de julho de 2006

Keith Jarrett já vendeu meio CCB

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Fonte: www.ccb.pt

Soubemos hoje que dois dias após terem sido colocados à venda os bilhetes para o concerto único de Keith Jarrett / Gary Peacock / Jack DeJohnette no Centro Cultural de Belém, meia sala está já vendida...

Nada mal para bilhetes que começam nos 30 euros e ascendem aos 125...

Cadeiras de Orquestra: 125 euros
1ª Plateia: 100 euros
2ª Plateia: 75 euros
Tribuna A: 70 euros
Camarotes Centrais: 65 euros
Camarotes Laterais: 60 euros
Laterais: 60 euros
1º Balcão: 50 euros
2º Balcão: 40 euros
Balcão Lateral: 45 euros
Galerias: 30 euros

Entrevista de Benny Lackner ao site AAJ

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Acaba de ser publicada no site norte-americano www.allaboutjazz.com a entrevista que realizámos ao pianista Benny Lackner, quando da sua actuação no Hot Club de Portugal, em Abril deste ano.

É como muito orgulho que vimos colaborando com esta verdadeira casa do jazz na internet, talvez a mais visitada e mais respeitada. Cada uma das entrevistas que já aí publicámos foi lida por centenas de pessoas (2200 no texto sobre Houston Person e cerca de 1500 no de Ben Allison), algo impensável à escala nacional, e nem sequer se referem a nomes maiores deste género musical...

Virá o dia, assim o esperamos, que aí publicaremos entrevistas com músicos portugueses, contribuindo para a sua internacionalização. Essa é, confessadamente, uma das nossas ambições. O jazz made in Portugal tem qualidade e pode e deve ser conhecido lá fora.

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Por outro lado, com esta entrevista ganha também visibilidade o Hot Club de Portugal, espaço privilegiado de audição do jazz em Portugal, para o que muito nos apraz contribuir. Com efeito, fizemos acompanhar este texto de uma foto de Benny Lackner no Hot e também fizemos questão de o contextualizar no âmbito da sua actuação neste espaço.

Sobre o site www.allaboutjazz.com importa ainda referir que talvez um dos seus pontos fortes e uma das razões do seu sucesso seja - para além da rede de colaboradores que conseguiu reunir em vários partes do mundo - o rigor com que é realizado e o esforço de organização e padronização.

Com efeito, este site possui mesmo um pequeno livro de estilo que assegura que todos os textos apresentam as mesmas características na exposição do conteúdo (por exemplo, a forma como se ecreve o título dos CDs e dos temas, etc) e a mesma formatação, o que mantém um linha gráfica e editorial coerentes, evitando que o leitor seja confrontado com "diferentes" linguagens. Assim se eliminam também os vícios próprios de cada colaborador (o que é importante se se considerar que eles provêm de todos os cantos do mundo) e se constrói um projecto informativo que se pauta pela qualidade e pelo rigor.

Neste livro de estilo cada colaborador é convidado a reflectir sobre a audiência a quem se dirige ("antes mesmo de escrever no teclado, pense em quem vai ler o que vai escrever"), a mensagem que pretende transmitir, a fundamentação/prova do que afirma e a respeitar os códigos da linguagem jornalística, nomeadamente pela utilização de um lead (parágrafo inicial do texto informativo) que capte a atenção dos leitores.

Resumindo, este projecto foi pensado a partir do leitor, isto é, de fora para dentro e não de dentro para fora, o que faz toda a diferença.

Eu que já trabalhei para algumas publicações portuguesas posso assegurar que nunca "cheirei" sequer um livro de estilo, embora eles existam por aí, como sucede no jornal Público.

Faz toda a diferença... ou, como alguém disse, o sucesso não é um acaso, é uma consequência.

2 de julho de 2006

LIZZ WRIGHT CHEGA A PORTUGAL

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O ano de 2006 pode bem ficar para a história do jazz em Portugal como o ano de (quase) todas as cantoras. Depois de Patricia Barber, Dee Dee Bridgewater, Dianne Reeves, Stacey Kent, Nnenna Freelon, Dena DeRose (Estoril Jazz - 9 Julho) e Diana Krall (Cool Jazz Fest - 18 Julho), vamos ainda ter oportunidade de ouvir Lizz Wright.

Esta voz, originária de Atlanta, nos EUA, estreia-se entre nós com uma digressão que passa por Espinho (Casino - 19 de Julho), Famalicão (Casa das Artes - 21), Vila Real (Teatro de Vila Real - 22) e Lisboa (CCB - 23).

Sobre Lizz Wright já aqui falámos em posts anteriores, quando noticiámos este espectáculo em primeira-mão e quando fizemos a recensão crítica do seu mais recente CD: Dreaming Wide Awake. É uma cantora que está bem para além do jazz e que evoca vozes e projectos como o de Cassandra Wilson.

Como nunca a ouvimos ao vivo estamos naturalmente muito curiosos em testemunhar a transformação e expressividade que o palco pode conferir à sua música. Lá estaremos, portanto.

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Informação do produtor:

Com uma maturidade vocal que não deixa adivinhar os seus 24 anos, Lizz Wright tornou-se uma das mais jovens promessas do jazz norte-americano. Em apenas três anos, a cantora nascida numa pequena cidade do estado da Geórgia viu a sua música elogiada tanto pela crítica como pelo público. As inevitáveis comparações apareceram e toda a alma na voz suave e calma de Wright (que transborda as fronteiras do jazz e se reveste de pop, soul e R&B) valeu-lhe paralelismos com Cassandra Wilson, Oleta Adams, Billie Holiday e Jill Scott.

Lizz Wright é uma das grandes apostas da conceituada editora Verve e depois de se ter estreado com Salt, em 2003, regressou aos álbuns em meados do ano passado. Dreaming Wide Awake é o disco em que a cantora, além de explorar a sua veia de compositora, se debruça sobre canções de origens tão variadas como clássicos rock de Neil Young e The Youngbloods e temas celebrizados por Ella Fitzgerald, entre outros. Produzido por Craig Street (que conta no seu currículo com nomes como Cassandra Wilson, k.d. lang e Me'Shell NdegéOcello) o segundo disco de Wright afasta-se de espartilhos técnicos e abraça momentos de profunda emoção.


Os espectáculos em causa são promovidos pela Incubadora d?Artes, produtora que surgiu em 2004, pelas mãos de Tiago Angelino e António Cabrita, com a intenção de fortalecer o panorama cultural nacional. Desde então já trouxe a Portugal nomes como John Cale, Brad Mehldau, Ali Farka Touré, Jay-Jay Johanson, Dianne Reeves e Edu Lobo.


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