Patricia Barber regressa a Portugal


Fonte: www.patriciabarber.com

Depois do sucesso da estreia de Patricia Barber no Centro Cultural de Belém em Janeiro passado, a cantora e pianista regressa a Portugal para apresentar o seu novo trabalho MYTHOLOGIES, tocando a 11 e 12 de Novembro, em Braga e Lisboa respectivamente, com um pequeno jazz ensemble, iniciando-se assim um novo ciclo na sua carreira.

A edição em Portugal deste novo trabalho está previsto para Setembro/Outubro pela EMI Portugal. Este trabalho está a ser considerado nos EUA como um contributo marcante na história do jazz, realizando a fusão entre a nova música clássica e o jazz, com o timbre particular dos idiomas populares do mundo cantados por Patricia Barber. É um novo trabalho no limiar das fronteiras do jazz em que cada canção é um quadro musical desenhado sobre cada personagem das histórias de Ovídio contídas no livro Metamorfose.

Ovídio foi um poeta latino que viveu entre 43 A.C. e 17 D.C.. Depois de expulso de Roma pelo Imperador Augusto por escrever A Arte de Amar (Ars Amatoria) viria a escrever a sua principal obra, Metamorfoses (Metamorphoses), escrita em hexâmetro dactílico, métrica comum aos poemas épicos de Homero e Virgílio. Ovídio influenciou com seus versos, cheios de suavidade e harmonia, autores tão diversos como Dante, Milton e Shakespeare. Ovídio é um clássico que exerceu grande influência na revitalização da poesia bucólica e mitológica do Renascimento.

Os bilhetes para o espectáculo na Aula Magna encontram-se a partir de amanhã à venda na FNAC, Ticketline, ABEP, Alvalade e Multibanco. Os preços em Lisboa são: 40 euros doutorais; 35 1º Anfiteatro e 30 2º Anfiteatro.

O Miles que faltava!




Acaba de chegar ao mercado nacional a caixa Miles Davis Quintet: the Legendary Prestige Quintet Sessions, obra que reúne os emblemáticos discos que o primeiro quinteto de Miles Davis (Miles Davis; John Coltrane; Red Garland; Paul Chambers; Philly Joe Jones) gravou para a editora Prestige nos anos 50 (The New Miles Davis Quintet, Relaxin', Steamin', Workin'e Cookin'), uma edição da Concord("herdeira" do catálogo da Prestige).

Todas as gravações, realizadas por Rudy van Gelder, foram remasterizadas em tecnologia 24-bit e são apresentadas na sequência original, desde Novembro de 1955 até Outubro de 1956.

De salientar que quatro destes discos foram gravados já depois de Miles Davis ter assinado contrato com a editora Columbia, em cumprimento do acordo de 5 albuns que o trompetista tinha assinado com Bob Weinstock, presidente da Prestige. Porém, ao contrário do que sucedia com as gravações para a Columbia, as da Prestige foram realizadas sem pós-produção, como se de um concerto ao vivo se tratasse.

A caixa, cuja capa é baseada numa pintura do próprio Miles Davis, contém um total de 32 temas, contando ainda com um CD extra com gravações inéditas para a rádio e televisão. Entre estas incluem-se actuações do quinteto no Steve Allen's Tonight Show ("Max is Making Wax" and "It Never Entered my Mind"), gravações em 1956 no Blue Note de Filadélfia ("Tune Up" e "Walkin'") e gravações de 1958 realizadas no Café Bohemia, em NYC ("Four", "Bye Bye Blackbird", "Walkin'" e "Two Bass Hit").

Aqui ficam os temas interpretados

CD1: Stablemates; How Am I To Know; Just Squeeze Me; There Is No Greater Love; The Theme; S'posin'; In Your Own Sweet Way; Diane; Trane's Blues; Something I Dreamed Last Night.

CD2: It Could Happen To You; Woody'n You; Ahmad's Blues; Surrey With The Fringe On Top; It Never Entered My Mind; When I Fall In Love; Salt Peanuts; Four; The Theme (Take 1); The Theme (Take 2); If I Were A Bell; Well, You Needn't.

CD3: 'Round Midnight; Half Nelson; You're My Everything; I Could Write A Book; Airegin; Tune Up; When Lights Are Low; Blues By Five; My Funny Valentine.

CD4: Steve Allen Introduction; Max Is Making Wax; Steve Allen Introduction; It Never Entered My Mind (The Tonight Show with Steve Allen, 11/17/1955); Tune Up; Walkin' (The Blue Note, Philadelphia, 12/08/1956); Four; Bye Bye Blackbird; Walkin'; Two Bass Hit (Café Bohemia, New York City, 05/17/1958).

Enhanced portion of CD 4: Transcriptions of Miles Davis Solos: Max is Making Wax (The Tonight Show with Steve Allen, 11/17/1955); Tune Up (Original Studio Version); Tune Up (The Blue Note, Philadelphia, 12/08/1956); Four (Original Studio Version) Four Café Bohemia, New York City, 05/17/1958).

Cool Jazz Fest com Diana Krall



Acaba de ser anunciada a programação do Cool Jazz Fest, festival que se realiza em Cascais, Oeiras e Mafra entre 17 e 27 de Julho.

Este ano a grande atracção é Diana Krall (que se desloca a Portugal pela enésima vez...) e também Gal Costa (idem idem).

Aqui fica o programa completo:

Oeiras - Jardim do Marquês de Pombal

17 Julho: Kanye West
18 Julho: Diana Krall

Mafra - Jardim do Cerco

22 Julho: Gal Costa

Cascais - Cidadela

26 Julho: KTU - Kimmo Pohjonen
27 Julho: Ive Mendes

Pizzarelli homenageia Sinatra




No próximo mês de Julho o guitarrista e cantor John Pizzarelli, que estava programado para o Estoril Jazz 2006 (e que dificuldades de agenda levaram a adiar para próxima oportunidade) está de volta com um novo CD intitulado Dear Mr Sinatra.

Este registo resulta da colaboração com a Clayton-Hamilton Jazz Orchestra, que se exibiu com grande sucesso no Estoril Jazz de 2004, e é editado pela Telarc.

O repertório é, claro, constituído por canções escritas para A voz:

1. Ring-A-Ding Ding
2. You Make Me Feel So Young
3. How About You?
4. If I Had You
5. Witchcraft
6. I've Got You Under My Skin
7. Nice 'N' Easy
8. Medley: I See Your Face Before Me/In the Wee Small Hours (Of the Morning)
9. Can't We Be Friends?
10. Yes Sir, That's My Baby
11. Last Dance

Este não é o primeiro trabalho que Pizzarelli dedica a um grande nome da música:

Foi há 40 anos...



Foi há 40 anos que Charles Lloyd gravou o disco Forest Flower: Live in Monterey, que vendeu nada menos do que 1 milhão de exemplares...

Nesse mesmo ano estreava-se em Cascais, no clube Luisiana, contratado por Luís Villas-Boas.

Com ele vinha o seu quarteto, composto por Keith Jarrett (piano), Jack DeJohnette (bateria) e Cecil McBee (contrabaixo).

É precisamente a Lloyd que a revista Downbeat de Julho dedica a sua capa, para celebrar as quatro décadas do lançamento deste disco.

Sonny Rolins bisa nos prémios JJA



Como já vem sendo hábito, a Jazz Journalists Association atribui anualmente um conjunto de prémios às personalidades e instituições do jazz que mais se destacaram a cada ano.

Esses prémios acabam de ser anunciados pela JJA e incluem nomeadamente:

Músico do ano: Sonny Rollins

Saxofonista-tenor do ano: Sonny Rollins

Lifetime achievemente in Jazz: Roy Haynes

Up and Coming Musician of the Year: Dafnis Prieto

Jazz Album of the Year: Thelonious Monk Quartet with John Coltrane At Carnegie Hall

Male Jazz Singer of the Year: Kurt Elling

Female Jazz Singer of the Year: Dianne Reeves

Jazz Journalism Lifetime Achievement Award: Howard Mandel

Best Periodical Covering Jazz: JazzTimes

Best Web Site Concentrating on Jazz: Allaboutjazz.com (de que temos a honra de ser colaboradores, estando para breve a publicação de uma entrevista que realizámos ao pianista Benny Lackner).

Excellence in Newspaper, Magazine or Online Feature or Review Writing: Nate Chinen

Ícones do Jazz regressam ao presente



Em Setembro de 2006 é lançada nos EUA a colecção Jazz Icons, uma interessante série de nove DVD's que permite revisitar os grandes momentos de alguns dos maiores nomes da história do jazz, desde Louis Armstrong a Art Blakey & The Jazz Messengers.

Ira Gitler, conceituado crítico de jazz e autor de livros sobre a história deste idioma, coloca esta colecção "entre os mais importantes documentos audiovisuais retirados do escondido mas sempre supreendente tesouro do jazz".

Cada DVD é acompanhado de um pequeno livro de 16 páginas composto por um ensaio escrito por um historiador do jazz conhecedor do artista em casusa e por fotografias raras ou inéditas.

Aqui ficam os 9 títulos a editar:

Art Blakey & the Jazz Messengers: Live in '58



Dizzy Gillespie: Live in '58 & '70



Chet Baker: Live in '64 & '79



Thelonious Monk: Live in '66



Ella Fitzgerald: Live in '57 & '63



Count Basie: Live in '62



Quincy Jones: Live in '60



Buddy Rich: Live in '78



Louis Armstrong: Live in '59

Mais informação sobre esta colecção produzida pela Reelin? in the Years Productions aqui.

Keith Jarrett regressa a Portugal



25 anos depois da sua última actuação em Portugal, Keith Jarrett volta a pisar palcos portugueses, com um concerto único no Centro Cultural de Belém, agendado para o dia 12 de Novembro.

Este é sem dúvida o concerto do ano e também um dos mais caros de produzir, o que terá reflexo no preço dos bilhetes, ainda que dificilmente a sala não estará esgotada...

O pianista é acompanhado pelo seu trio habitual, composto pelo contrabaixista Gary Peacock e pelo baterista Jack DeJohnette, com o qual se apresenta regularmente desde 1983.

Recuando um pouco no tempo, Jarrett estreou-se em Portugal em 1966, no clube Luisiana, pelas mãos de Luís Villas-Boas, acompanhando o grupo de Charles Lloyd, regressando em 1971, para actuar com Miles Davis no Cascais Jazz, e em 1981, par um concerto a solo no Coliseu de Lisboa (sobre o qual já aqui falámos em anterior post).

Desta vez a iniciativa de apresentasr Jarrett cabe a Duarte Mendonça, que conseguiu contra ventos e marés a proeza de contratar este músico que é considerado um dos expoentes máximos do piano no jazz. Para tal muito contribuiu também o empenho do CCB e do seu presidente, António Mega Ferreira.

JNPDI!, que já há uns meses havia deixado pistas aos leitores quanto à realização deste concerto, tem tido o privilégio de acompanhar os bastidores deste espectáculo e aqui iremos dando notícias sobre os preparativos para o mesmo ao longo dos próximos meses.

BE JAZZ CAFE procura bandas



O be jazz cafe, situado no Barreiro, procura bandas nas áreas dos blues, música brasileira e salsa para marcações de espectáculos a partir de Setembro 2006.

As propostas devem ser enviadas para bejazzcafe@clix.pt

FORUJAZZ II

De 19 a 21 de Junho, integrada na programação das Festas de Lisboa 2006, decorre a segunda edição do ForUjazz, este ano realizado no Teatro Variedades (Parque Mayer).

Aqui deixamos, pois, a programação completa deste evento que apresenta sobretudo um jazz de vanguarda e de origiem europeia.

PROGRAMA

19 de Junho (22h00)
Louis Sclavis/Vincent Courtois Duo
Louis Sclavis (clarinetes, saxofone soprano) e Vincent Courtois (violoncelo)

20 Junho (22h00)
Alexander Von Schlippenbach?s Monk?s Casino
Alexander von Schlippenbach (piano), Axel Dörner (trompete), Rudi Mahall (clarinete baixo), Jan Roder (contrabaixo) e Uli Jennessen (bateria)

21 Junho (22h00)
Peter Brotzmann / Marino Pliakas / Michael Wertmueller
Peter Brotzmann (saxofone tenor, tarogato), Marino Pliakas (baixo eléctrico) e Michael Wertmueller (bateria, percussão)

A completar este programa decorre nos dias 20 e 21, pelas 23h30 e 01h00, no Hot Clube de Portugal, um concerto pelo Imi Kollektief, gurpo composto por Alípio C Neto (saxofone tenor), Els Vandeweyer (vibrafone), Jean-Marc Charmier (trompete e acordeão), João Hasselberg (contrabaixo) e Rui Gonçalves (bateria)

Futebol vai ao Jazz



Deve ser no mínimo inédita a acção que o Estoril Jazz preparou este ano para os seus espectadores, juntando Jazz e Futebol.

Com efeito, no Sábado dia 8 de Julho além do concerto previsto será possível assistir em ecran "gigante" à transmissão televisiva da meia-final do Campeonato do Mundo de Futebol a partir das 20H00, imediatamente antes do concerto de Ben Riley Monk Legacy (22H00). Esta mesma fórmula repete-se no dia seguinte com a transmissão da final do Campeonato, que ocorrerá entre o concerto da cantora/pianista Dena DeRose (17h00) e o quarteto de Pat Martino (21h30).

Enfim, o futebol vai futebolizando a sociedade. Não há como escapar-lhe.

Festival de Jazz de Loulé



Com o Verão à porta vão-se sucedendo os festivais de jazz e um dos mais importantes é o de Loulé, que este ano celebra 12 edições e talvez por isso aposte no trio do pianista sueco Esbjörn Svensson (na foto), que muito boa gente gostaria de trazer a Lisboa.

O festival decorre de 8 a 29 de Julho, na Cerca do Castelo, em quatro Sábados preenchidos com a seguinte programação:

8 de Julho
Big Band Synthesis

15 de Julho
Tuniko Goulart Sexteto
Trupe Vocal

22 de Julho
Quinteto de Mário Santos ?Bloco de Notas?
TGB

29 de Julho
E.S.T. Esbjörn Svensson Trio

Festival de Jazz de San Sebastian



Quem estiver pelo norte de Espanha entre 21 e 26 de Julho próximos poderá assistir ao magnífico cartaz da 41.ª edição do Festival de Jazz de San Sebastian.

Aqui vão actuar, entre outros, Keith Jarrett, Caetano Veloso, Erykah Badu, Dr. John e os Neville Brothers, Solomon Burke, Matthew Herbert, Bill Wyman, McCoy Tyner, Herbie Hancock, Béla Fleck, Richard Bona, Yusef Lateef, Chano Dominguez, Bireli Lagrene, Louis Sclavis e Joachim Kuhn?s Iberia Trio.

Terence Blanchard no Seixal Jazz



JNPDI! revela em primeira mão que o Seixal Jazz deste ano recebe, entre outros, o trompetista Terence Blanchard, sem dúvida um elemento de peso no cartaz deste festival.

Um livro que promete



É editado em Setembro, nos EUA, um livro que promete muitas páginas (144, para ser preciso) de boas fotografias sobre jazz.

Esta obra, The Color of Jazz, reúne imagens que o conceituado fotógrado Pete Turner realizou ao longo de 50 anos para as capas de discos históricos do jazz, incluindo trabalhos de Count Basie, John Coltrane, Stan Getz, Quincy Jones, Freddie Hubbard e Steely Dan.

Ao todo são 100 capas de discos, praticamente na dimensão original, para editoras como a Impulse, Verve e CTI.

O prefácio é de Quincy Jones e a introduccão é da autoria de Ashley Kahn, autor de livros sobre registos de Miles Davis (Kind of Blue) e John Coltrane (A Love Supreme).

ESTORIL JAZZ 2006

Hilton Ruiz (1952-2006)



Hilton Ruiz morreu no passado dia 6 de Junho, vítima de ferimentos na cabeça sofridos na cidade de Nova Orleães, onde o pianista fora encontrado a 19 de Maio, na famosa Bourbon Street. Ironicamente, Ruiz encontrava-se nesta cidade para participar numa acção em benefício das vítimas do Katrina...

Considerado um dos melhores pianistas de jazz com raízes afro-cubanas, Hilton Ruiz distinguiu-se como intérprete do estilo be bop, tendo estudado com a pianista Mary Lou Williams.

Criança prodígio, a sua carreira começou aos 8 anos com um recital no Carnegie Hall, vindo posteriormente a tocar com músicos como Joe Newman, Frank Foster, Freddie Hubbard, Rahsaan Roland Kirk (1973-1977) e George Coleman (1978-1979), e a gravar com Charles Mingus, Betty Carter, Archie Shepp, Clark Terry e Chico Freeman, entre outros.

Ruiz participou ainda na banda sonora dos filmes Crimes and Misdemeanors (Woody Allen, 1989) e American Beauty (Sam Mendes, 1999).

Impulse: a "casa" de Coltrane



Foi ontem colocado à venda nos EUA um conjunto de quatro discos que reúne o melhor do que os melhores jazzmen (e jazzwomen) gravaram para a editora IMPULSE ao longo dos anos.

Este "pack" recebeu o título de The House That Trane Built: Best of Impulse Records e na verdade homenageia o músico que mais impulsionou e prestigiou esta editora. Uma homenagem muito justa, portanto.

Aqui se encontram obras de, ente outros, Oliver Nelson, Art Blakely, Charles Mingus, John Coltrane, Archie Shepp, Albert Ayler, Earl Hines, Alice Coltrane, John Handy, Keith Jarrett, Sonny Rollins ou McCoy Tyner.

Nicola Conte contou pouco no Casino Lisboa



Assistimos no passado Domingo ao concerto de Nicola Conte no Casino Lisboa.

Desta performance se podem desde logo tirar pelo menos duas conclusões: 1) Nicola Conte tem interesse e promete. 2) No Arena Lounge (onde se realizou o espectáculo) não há condições senão para ouvir música de fundo que embale o consumo, coisa para que aliás o Casino foi milimetricamente pensado.

Quanto à primeira, é líquida: Nicola Conte tem sido alvo de grandes expectativas e realmente pode identificar-se ali o gérmen de algo em potência de se revelar um caminho interessante para o dito jazz europeu.

Quanto à segunda são várias as razões que nos levam a tal conclusão. Primeira, a disposição da sala, o bar rotativo e a localização do palco fazem com que seja difícil o contacto visual com os músicos, por mais original que seja a arquitectura (e é). Segundo, porque a acústica da sala é pouco mais do que sofrível. Terceiro, porque efectivamente o jazz não é já música de fundo, é uma forma de arte e exige condições para uma audição adequada (sem barulho de copos, conversas e outro ruído de fundo), o que esta sala não permite de todo.

Depois há algo verdadeiramente complicado que o Casino tem de resolver: ou é uma "estado policial" ou é um local de divertimento. A marcação cerrada dos seguranças de serviço a quem quer circular em redor do bar rotativo (erguendo barreiras com fitas e mostrando má cara) ou simplesmente tirar fotografias aos amigos ou ao espaço cria uma atmosfera pouco compatível com a ideia de bem estar e conforto e descontração.

Por mim, pensarei várias vezes antes de voltar a este local, pois a ideia de estar constantemente a ser vigiado por câmaras de circuito fechado (que rapidamente encaminham o segurança na nossa direcção para nos dizer que fomos vistos pela câmara a tiar fotos...) e de ter tais agentes no meu encalce como se fosse um criminoso é algo a que me recuso.

Só se Miles Davis reencarnasse e só ali voltasse a tocar!

Jazz em Conte hoje no Casino Lisboa



Hoje às 19h30 há jazz para todos (leia-se gratuito) no Casino Lisboa.

No interior deste recém-inaugurado espaço situado no Parque das Nações, será possível ouvir a música de Nicola Conte, com o seu jazz poético e cinematográfico.

O concerto realiza-se no Arena Lounge e conta com a presença de Daniele Scannapieco (Saxofone), Fabrizio Bosso (Trompete), Pietro Lussu (Piano), Pietro Ciancaglini (Contrabaixo), Lorenzo Tucci (Bateria), Nicola Conte (Guitarra) e Lisa Bassenge (Voz).

Informação promocional

Entender o caminho de Nicola Conte é quase como regressar ao final dos anos 50, não só porque é uma das suas épocas musicais favoritas mas também porque foi uma altura em que o jazz começou a ser abordado de uma forma diferente.

A descoberta de músicos hoje consagrados, os primeiros discos de fora a serem ouvidos... Uma ambiência muito semelhante à atmosfera que mais tarde se reviveria em Bari à volta do colectivo Fez, uma fonte de ideias em torno da qual giravam músicos, produtores e dj's numa plataforma de intercâmbio cultural.

É aqui que nascem as primeiras produções de Nicola Conte, dando notoriedade, no meio do movimento acid jazz , a bandas como Paolo Achenza Trio, Quintetto X e Fez Combo. Tudo isto demonstra a versatilidade e inteligência de Nicola Conte ao contagiar de forma equilibrada as suas produções com a sua paixão de sempre, as atmosferas densas do Jazz . É assim que aparece o primeiro álbum em nome próprio " Jet Sounds", lançado em 2000, uma simbiose elegante de sons retro italianos com sugestões cinematográficas e influenciado pelo Jazz, a Bossa e psychadella.

Rapidamente o seu trabalho como remisturador lhe abre novas possibilidades. Através dele desenvolveu a sua pesquisa obtida a partir da manipulação de sons de instrumentos reais de modo a cumprir o seu objectivo: fazer música que tivesse o mesmo impacto que a música electrónica mas que fosse tocada acusticamente com o mesmo feeling do jazz dos anos 60. E isto traz-nos até hoje, com Nicola Conte a ser o primeiro italiano a editar pela lendária editora Blue Note. O álbum "Other Directions" deve ser o cumprimento de um sonho que poucos julgavam possível.

Num passeio oscilante entre a música e o cinema, as "outras direcções" do Jazz esperam-nos no Arena Lounge, num espectáculo único, no Casino de Lisboa.

Jazz no D. Maria II


Fonte: http://www.baixapombalina.blogspot.com/

Até 22 de Julho, às 24h00, há jazz todos os sábados no átrio do Teatro Nacional D. Maria II, ao Rossio.

Este ciclo começou no passado dia 27 de Maio, Sábado, com o trio de Filipe Melo, e prossegue com um programa de qualidade e variedade, encerrando com um quinteto que reúne músicos portugueses e estrangeiros, juntando artistas que gravam para a editora Fresh Sound, Phil Grenadier e André Matos, e o pianista Bill Carrotheres, que se estreou há poucos anos em Portugal, no Estoril Jazz.

17 Junho, Sábado: Rodrigo Gonçalves Trio

24 Junho, Sábado, VGO (Variable Geometry Orchestra)
Dir. Ernesto Rodrigues

1 Julho, Sábado: Joana Machado Trio
Joana Machado (voz), Bruno Santos (guitarra), Nelson Cascais (contrabaixo).

8 Julho, Sábado: ZUM Trio
Carlos Zíngaro (violino), Miguel Leiria Pereira (contrabaixo), Ulrich Mitzlaff (violoncelo).

15 Julho, Sábado: João Paulo Esteves da Silva
João Paulo Esteves da Silva (piano solo)

22 Julho, Sábado: Communion Quintet
Phil Grenadier (trompete), André Matos (guitarra), Bill Carrothers (piano), Demian Cabaud (contrabaixo), João Lencastre (bateria).

JazzTimes Junho 2006

ESTORIL JAZZ: bilhetes à venda


Pat Martino é uma das vedetas do festival

Para comemorar a sua XXV edição o Estoril Jazz, que decorre em Cascais de 7 a 16 de Julho, no Auditório Fernando Lopes Graça/Parque Palmela, aposta este ano num ambicioso programa, apresentando sete concertos, dos quais três representam a estreia em Portugal de músicos de primeiro plano e um consiste num projecto inédito concebido especificamente para este evento.

É assim que no âmbito daquele que é considerado o «mais emblemático festival de jazz português« pisam pela primeira vez palcos nacionais Pat Martino (célebre guitarrista, que vem homenagear a música do virtuoso Wes Montgomery), Delfeayo Marsalis (trombone) e Jason Marsalis (bateria) - ambos irmãos de Wynton e Branford Marsalis. Também inédita em Portugal é a actuação de Tim Hagans com a Ernie Wilkins Almost Big Band, projecto que presta homenagem a um importante saxofonista e arranjador do Jazz.

A ambição do XXV Estoril Jazz não se fica, porém, por aqui, apresentando ainda um projecto especificamente concebido para o Festival no âmbito dos já clássicos concertos JAPP (Jazz At Palmela Park) - o Quinteto de Gary Smulyan/Jeremy Pelt, que vem interpretar a música de Pepper Adams e Donald Byrd. De assinalar também a presença de Ben Riley Monk Legacy (que recria e revisita a música do histórico e inovador pianista e compositor Thelonious Monk).

Como mais-valia adicional, o «cartaz de excelência» apresenta um concerto duplo, designado por "Jazz Garden Party", que tem lugar a 9 de Julho e apresenta a pianista e cantora Dena DeRose e o seu «trio mágico» (17h00), seguida pelo quarteto de Pat Martino, que actua às 21h30, após o jogo da final da taça do Campeonato do Mundo de Futebol, evento a que os espectadores do Festival poderão assistir através de um ecran gigante. A 15 de Julho sobe ao palco o trio de Kenny Barron, considerado um dos melhores pianistas de jazz da cena do Jazz norte americano.

Dena DeRose actua ainda no Casino Estoril (11 Julho) e no Hot Club (12).

Os bilhetes estão à venda desde ontem.

Um Toque de Jazz em Junho

O Programa Um Toque de Jazz, de Manuel Jorge Veloso, prossegue em Junho as suas emissões, antes de encerrar para férias até Outubro. A ouvir aos Sábados e Domingos, das 14.00 às 15.00, na RDP - Antena 2.

Sábado, 03.06.06. Novos Discos Portugueses (1): Day Dream pela cantora Jacinta; «CRUde» pela cantora Joana Machado; Cinco pela cantora Maria João com o quarteto austríaco Saxofour.

Domingo, 04.06.06. Concertos Europeus (9): O Alto Summit Quintet dos saxofonistas George Robert e Phil Woods no clube Kampnagel Fabrik (Hamburgo) em 24.06.05. Gravação Eurorádio.

Sábado, 10.06.06. Novos Discos Portugueses (2): Ode to Chet Baker, pelo quinteto do trompetista Laurent Filipe; Canções e Fugas, pelo pianista Mário Laginha (solo); Encomenda, pelo quinteto do saxofonista Mário Santos.

Domingo, 11.06.06. Concertos Europeus (10): O trio do multi-instrumentista Sam Rivers, com Doug Matthews e Anthony Cole, no Festival de Jazz Intöne (Áustria) em 13.05.05; o trombonista sueco Nils Landgren com o quarteto de trombonistas The Beastie Bonés no clube Kampnagel Fabrik (Hamburgo) em 23.06.05. Gravação Eurorádio.

Sábado, 17.06.06. Novos Discos Portugueses (3): RAUM pelo noneto RAUM; Single pelo contrabaixista Carlos Bica (solo); Fresco pelo quarteto do guitarrista Vasco Agostinho.

Domingo, 18.05.06. Concertos Europeus (11): O trio da pianista Geri Allen, com Darryl Hall (contrabaixo) e Jimmy Cobb (bateria), no Estúdio Rolf Liebermann da rádio pública alemã em 28.10.05. Gravação Eurorádio.

Sábado, 24.06.06. Novos Discos Portugueses (4): Not Afraid of Color, pelo quinteto do guitarrista Francisco Pais; Dança da Solidão, pelo duo Sofia Ribeiro-Marc Demuth; This Life pelo sexteto do contrabaixista Mário Franco com o convidado especial David Binney.

Domingo, 25.06.06. Concertos Europeus (12): O quinteto Fellowship do baterista Brian Blade, com Myron Walden (sax-alto), Melvin Butler (sax-tenor), Jon Cowherd (piano) e Doug Weiss (contrabaixo), no Landeskulturzentrum de Bad Salzau (Alemanha) em 27.07.05. Gravação Eurorádio.