Nicola Conte contou pouco no Casino Lisboa
Assistimos no passado Domingo ao concerto de Nicola Conte no Casino Lisboa.
Desta performance se podem desde logo tirar pelo menos duas conclusões: 1) Nicola Conte tem interesse e promete. 2) No Arena Lounge (onde se realizou o espectáculo) não há condições senão para ouvir música de fundo que embale o consumo, coisa para que aliás o Casino foi milimetricamente pensado.
Quanto à primeira, é líquida: Nicola Conte tem sido alvo de grandes expectativas e realmente pode identificar-se ali o gérmen de algo em potência de se revelar um caminho interessante para o dito jazz europeu.
Quanto à segunda são várias as razões que nos levam a tal conclusão. Primeira, a disposição da sala, o bar rotativo e a localização do palco fazem com que seja difícil o contacto visual com os músicos, por mais original que seja a arquitectura (e é). Segundo, porque a acústica da sala é pouco mais do que sofrível. Terceiro, porque efectivamente o jazz não é já música de fundo, é uma forma de arte e exige condições para uma audição adequada (sem barulho de copos, conversas e outro ruído de fundo), o que esta sala não permite de todo.
Assistimos no passado Domingo ao concerto de Nicola Conte no Casino Lisboa.
Desta performance se podem desde logo tirar pelo menos duas conclusões: 1) Nicola Conte tem interesse e promete. 2) No Arena Lounge (onde se realizou o espectáculo) não há condições senão para ouvir música de fundo que embale o consumo, coisa para que aliás o Casino foi milimetricamente pensado.
Quanto à primeira, é líquida: Nicola Conte tem sido alvo de grandes expectativas e realmente pode identificar-se ali o gérmen de algo em potência de se revelar um caminho interessante para o dito jazz europeu.
Quanto à segunda são várias as razões que nos levam a tal conclusão. Primeira, a disposição da sala, o bar rotativo e a localização do palco fazem com que seja difícil o contacto visual com os músicos, por mais original que seja a arquitectura (e é). Segundo, porque a acústica da sala é pouco mais do que sofrível. Terceiro, porque efectivamente o jazz não é já música de fundo, é uma forma de arte e exige condições para uma audição adequada (sem barulho de copos, conversas e outro ruído de fundo), o que esta sala não permite de todo.
Depois há algo verdadeiramente complicado que o Casino tem de resolver: ou é uma "estado policial" ou é um local de divertimento. A marcação cerrada dos seguranças de serviço a quem quer circular em redor do bar rotativo (erguendo barreiras com fitas e mostrando má cara) ou simplesmente tirar fotografias aos amigos ou ao espaço cria uma atmosfera pouco compatível com a ideia de bem estar e conforto e descontração.
Por mim, pensarei várias vezes antes de voltar a este local, pois a ideia de estar constantemente a ser vigiado por câmaras de circuito fechado (que rapidamente encaminham o segurança na nossa direcção para nos dizer que fomos vistos pela câmara a tiar fotos...) e de ter tais agentes no meu encalce como se fosse um criminoso é algo a que me recuso.
Só se Miles Davis reencarnasse e só ali voltasse a tocar!
Por mim, pensarei várias vezes antes de voltar a este local, pois a ideia de estar constantemente a ser vigiado por câmaras de circuito fechado (que rapidamente encaminham o segurança na nossa direcção para nos dizer que fomos vistos pela câmara a tiar fotos...) e de ter tais agentes no meu encalce como se fosse um criminoso é algo a que me recuso.
Só se Miles Davis reencarnasse e só ali voltasse a tocar!
1 Comments:
O que o Nicola trouxe a Lisboa é música feita para estar no fundo, enquanto se bebe um copo e se joga na roleta.
Tem qualidade, claro (especialmente os sopros).
Podiam perfeitamente ser a banda residente de um casino (de 1ª categoria)
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