A gravação do CD "DocTetos", de António José de Barros Veloso, realizou-se entre Março de 2010 e Outubro de 2011, envolvendo 12 músicos e 2 estúdios de gravação (Namouche e Jorsom).
Partilhamos hoje alguns vídeos que gravámos durante a primeira sessão de gravação, realizada no Namouche, com Katt Tait e Bruno Santos, em Março de 2010.
Este primeiro vídeo é do ensaio prévio à gravação...
No próximo dia 28 de Fevereiro, pelas 22h00, o Hot Clube de Portugal acolhe o lançamento do CD “DocTetos”, que marca a estreia discográfica de António José de Barros Veloso, pioneiro do moderno piano de jazz entre nós.
Em palco, numa sessão de entrada livre e gravada pela Antena2, estarão alguns dos músicos que participaram nos 12 duetos que compõem este seu primeiro CD: Art Themen, Bernardo Sassetti, Bruno Santos, Carlos Barretto, Filipe Melo, Gonçalo Sousa, João Moreira, Katt Tait, Laurent Filipe, Maria Anadon, Maria Viana e Marta Hugon.
Barros Veloso, que além de uma distinta carreira como médico – destacando-se como director de serviços do Hospital dos Capuchos – e autor e conferencista na área da azulejaria, tem sido músico amador de jazz desde os anos 50, considera que “aos 80 anos, poder desfrutar o prazer de tocar com todos estes grandes músicos, amigos e amigas, é verdadeiramente uma dádiva dos céus”.
“DocTetos” tem edição da JORSOM – editora criada pelo maestro Jorge Costa Pinto –, o patrocínio exclusivo da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna, o apoio de JNPDI! e foi produzido por João Moreira dos Santos, historiador, produtor e divulgador de Jazz: “Foi um privilégio poder estrear-me na produção de um disco com alguém que admiro muito, musicalmente e pessoalmente, e que tanto tem feito pelo Jazz em Portugal ao formar e preparar várias gerações de novos músicos e também ao tratar clinicamente, como médico, muitos deles!”
O design do CD é da autoria de Miguel Mendes, autor do logotipo de JNPDI!, com fotografias de João Moreira dos Santos.
JNPDI está cada vez mais activo no Facebook, onde criou em Janeiro de 2010, há dois anos, um grupo intitulado "Jazz em Portugal".
Este espaço, que já conta com cerca de 750 membros, tem servido para a divulgação da actualidade do jazz entre nós, nomeadamente por parte dos músicos, que ali anunciam periodicamente os seus espectáculos e discos.
O anúncio é de 1956 e terá sido publicado no Jornal Cidade de Tomar.
Para quem não saiba, Jazz era o nome que se dava em Portugal, desde os anos 20, à bateria (instrumento) pelo que o baterista era conhecido como jazz-bandista.
Não sabemos se esta é uma tradição que os bateristas de hoje em dia gostariam de retomar, mas cremos que não!
E se o seu contributo fosse determinante para a edição de um novo CD de Jazz?
Pois é precisamente isso que sucede com o novo CD da cantora Sofia Ribeiro.
Através de um sistema de crowdfunding (que deverá ser cada vez mais uma nova via para a edição discográfica e não só), faça um donativo através deste site e em troca receberá o download do CD assim que esteja pronto.
E além do CD (enviado para a sua caixa de correio), receberá também um vídeo em que a Sofia Ribeiro interpreta um 'cover' à sua escolha e uma aula de canto, entre outros brindes.
Neste momento, com a contribuição de 150 pessoas vindas de mais de 15 países diferentes, o projecto já tem assegurado 93% do valor mínimo para financiar o novo CD!
Com o prazo prestes a terminar, a Sofia precisa apenas de uma pequena ajuda para chegar aos 100%!
E vale bem a pena apoiar este projecto pois a Sofia Ribeiro é uma das mais talentosas vozes do Jazz (e não só) nacional e internacional.
Dose Dupla regressa ao CCB para a sua quarta edição e mantém-se fiel à filosofia original de juntar em palco duos formados por um musico português e um convidado estrangeiro com o qual partilha afinidades musicais na área do Jazz.
Para 2012 os programadores privilegiaram as vozes, representadas por Jacinta, Pat Escobar, Jazzafari, Isabel Ventura e Rita Martins, e o piano, introduzindo ainda, pela primeira vez, um duo de guitarras, formado pelos virtuosos Afonso Pais e Tim Sparks, e repetindo um invulgar duo de piano e bateria, protagonizado por Rodrigo Goncalves e Alexandre Frazão. Nesta edicão estarão representados músicos do Brasil, Cuba, EUA, Itália e Reino Unido.
Os concertos são de entrada livre e sempre à quinta-feira a partir das 22h00.
Direção artística: João Moreira dos Santos e Maria Viana
M/12 anos
Quintas-feiras
Recepção do Centro de Reuniões às 22:00 (exceto dia 29 de março)
Entrada livre
PROGRAMA FEVEREIRO
JAZZAFARI (Voz, Portugal) & VICTOR ZAMORA (Piano, Cuba)
02.02.2012
Jazzafari é um promissor e jovem cantor e uma das poucas vozes masculinas a afirmarem-se presentemente no panorama do jazz nacional. Formado na prestigiada escola Taller des Musics, em Barcelona, tem demonstrado um particular talento para o bebop, partilhando o palco no Dose Dupla com o versátil e aclamado pianista cubano Victor Zamora, capaz de navegar tanto pela música latina como pelo jazz clássico e moderno.
DANIEL BERNARDES (piano, Portugal) & FEDERICO PASCUCCI (saxofone-tenor, Itália)
09.02.2012
Daniel Bernardes, natural de Alcobaça, e Federico Pascucci, natural de Roma, encontram-se pela primeira vez em palco nesta edição do Dose Dupla, mas têm em comum os estudos na Escola Superior de Música de Lisboa e a paixão pelo jazz. E quando um pianista e compositor que tem vindo a ganhar uma sólida reputação (tendo conquistado recentemente o segundo lugar no Prémio Jovens Músicos da Antena 2) se encontra com um saxofonista igualmente talentoso, tudo pode acontecer.
A estreia de Jacinta no Dose Dupla configura um dos momentos altos neste já clássico ciclo de duetos e augura uma noite de grandes canções e inesquecíveis interpretações, desde o jazz mais tradicional aos temas contemporâneos. A seu lado em palco está a jovem e lírica Michele Ribeiro, pianista e compositora brasileira natural de Curitiba.
Rodrigo Gonçalves e Alexandre Frazão conhecem-se há mais de dez anos. Juntos tocaram com diversas formações do Jazz nacional e com músicos estrangeiros, nomeadamente Von Freeman e David O'Higgins. Em gravações, participaram em dois CD de Laurent Filipe – "A tribute do Bessie Smith" e "A Luz" – e no CD "Tribology", de Rodrigo Gonçalves.
PROGRAMA DE MARÇO
ISABEL VENTURA (voz, Portugal) & GEORGE ESTEVES (piano, UK/PT)
01.03.2012
Esta é por excelência a noite do jazz clássico e do swing nesta quarta edição do Dose Dupla. Isabel Ventura é uma cantora nortenha que sabe não só interpretar os clássicos standards mas também vesti-los com a sua própria idiossincrasia. A esta dinâmica alia-se o piano e a voz do anglo-português George Esteves, cujo timbre e estilo evoca os grandes crooners da história da música norte-americana.
RICARDO PINTO (trompete, Portugal) & DAN HEWSON (piano, UK)
08.03.2012
Ricardo Pinto e Daniel Hewson têm colaborado intensivamente nos últimos anos já que o pianista inglês, mas residente em Lisboa, integra o quinteto deste trompetista português. Ao Dose Dupla, os dois trazem uma grande cumplicidade musical e uma mão cheia de temas originais e também de temas da autoria de Kenny Wheeler, prestando assim homenagem aos trabalhos deste trompetista com o pianista John Taylor.
Rita Martins é considerada uma das vozes mais promissoras da nova geração de cantoras de jazz, tendo-se formado na Escola Superior de Música e Artes do Espectáculo, no Porto, e no Berklee College of Music, em Boston. A sua estreia no Dose Dupla ocorre ao lado de Giacomo Aula, pianista italiano que tem acompanhado alguns dos mais conceituados jazzmen europeus e norte-americanos, incluindo Enrico Rava e Lee Konitz.
AFONSO PAIS (guitarra, Portugal) & TIM SPARKS (guitarra, EUA)
29.03.2012
O Dose Dupla apresenta pela primeira vez um duo de guitarras, juntando em palco dois expoentes deste instrumento. Afonso Pais, um dos mais reputados guitarristas nacionais, encontra-se pela primeira vez com o virtuoso Tim Sparks, músico norte-americano, natural da Carolina do Norte, que nos anos 80 viveu em Portugal, fruto da sua paixão pelo Fado e, muito particularmente, pela guitarra portuguesa. A não perder!
RUI CÉSAR (piano, Portugal) & PAT ESCOBAR (voz, Brasil)
05.04.2012
Pat Escobar e Rui César encontraram-se pela primeira vez no Cascais Jazz Club no âmbito do espectáculo "3 na Bossa". O encontro foi puramente casual e curioso: Rui César estava na audiência e saltou espontaneamente para o piano. Agora em dueto com Pat Escobar, deixam o convite para uma noite com muito jazz e muita Bossa.
A Dose Dupla iniciou-se em janeiro de 2009 e tem sido um autêntico laboratório para a arte do duo em jazz, proporcionando encontros de culturas e novos públicos para este género musical.
Mais de 15 000 espectadores assistiram no CCB, ao longo de três edicões, a 31 concertos protagonizados por mais de 60 músicos portugueses e estrangeiros de 15 nacionalidades distintas, incluindo grandes nomes do jazz internacional como Andrea Pozza, Herb Geller, Kirk Lightsey, Peter King e Philip Hamilton.
...aqui ficam algumas das condições que o Ministério da Educação Popular definiu, durante o Governo de Hitler, para a atribuição de licenças para espectáculos de música de dança.
DEPARTMENT OF POPULAR EDUCATION AND ART
Conditions Governing the Grant of Licenses for Dance Music
NEGROID: Belonging to a Negro race. This includes the African Negroes (and also those living outside of Africa), also Pygmies, Bushmen and Hottentots. NEGRITO: In the wider sense of the term, the short-statured, curly or frizzy-haired, dark-skinned inhabitants of Southeastern Asia, Melanesia and Central Africa.
1. Music: The Embargo on Negroid and Negrito Factors in dance Music and Music for Entertainments.
2. Introduction: The following regulations are intended to indicate the revival of the European spirit in the music played in this country for dances and amusements, by freeing the latter from the elements of that primitive Negroid and/or Negrito music, which may be justly regarded as being in flagrant conflict with the Europeon conception of music. These regulations constitute a transitory measure born of practical considerations and which must of necessity precede a general revival.
3. Prohibition: It is forbidden to play in public music which possesses to a marked degree characteristic features of the method of improvisation, execution, composition and arrangement adopted by Negroes and colored people. It is forbidden in publications, reports, programs, printed or verbal announcements, etc.:
(a) to describe music played or to be played with the words "jazz" or "jazz music."
(b) to use the technical jargon described below, except in reference to or as a description of the instrumental and vocal dance music of the North American Negroes.
Exceptions may Be permitted where such music is intended for a strictly scientific or strictly educational purpose and where such music is interpreted by persons having two or more Negroid or Negritic grandparents.
4. Descripton of The Main Characteristic Features of the Above-Mentioned Music which Differ from the European Conception of Music: The use of tonally undefined mordents, Ostentatious trills, double-stopping or ascendant glissandi, obtained in the Negro style by excessive vibrato, lip technique and/or shaking of the musical instrument. In jazz terminology, the effects known as "dinge," "smear" and "whip." Also the use of intentional vocalization of an instrumental tone by imitating a throaty sound. In jazz terminology, the adoption of the "growl" on brass wind instruments, and also the "scratchy" clarinet tone. Also the use of any intentional instrumentalization of the singing voice by substituting senseless syllables for the words in the text by "metalizing" the voice. In jazz terminology, so-called "scat" singing and the vocal imitation of brass wind instruments.
Also the use in Negro fashion of harshly timbered and harshly dynamic intonations unless already described. In jazz terminology, the use of "hot" intonations. Also the use in Negro fashion of dampers on brass and woodwind instruments in which the formation of the tone is achieved in solo items with more than the normal pressure. This does not apply to saxophones or trombones.
Likewise forbidden, in the melody, is any melody formed in the manner characteristic of Negro players, and which can be unmistakably recognized.
5. Expressly Forbidden: The adoption in Negro fashion of short motifs of exaggerated pitch and rhythm, repeated more than three times without interruption by a solo instrument (or soloist), or more than sixteen times in succession without interruption by a group of instruments played by a band. In jazz terminology, any adoption of "licks" and "riffs" repeated more than three times in succession by a soloist or more than sixteen times for one section or for two or more sections. Also the exaggeration of Negroid bass forms, based on the broken tritone. In jazz terminology, the "boogie-woogie," "honky tonk" or "barrelhouse" style.
6. Instruments Banned: Use of very primitive instruments such as the Cuban Negro "quijada" (jaw of a donkey) and the North American Negro "washboard." Also the use of rubber mutes (plungers) for wind brass instruments, the imitation of a throaty tone in the use of mutes which, whether accompanied by any special movement of the hand or not, effect an imitation of a nasal sound. In jazz terminology, use of "plungers" and "Wah Wah" dampers. The so-called "tone color" mutes may, however, be used.
Also the playing in Negro fashion of long, drawn-out percussion solos or an imitation thereof for more than two or four three-time beats, more frequently than three times or twice in the course of 32 successive beats in a complete interpretation. In jazz terminology, "stop choruses" by percussion instruments, except brass cymbals. There is no objection to providing a chorus with percussion solos in places where a break could also come, but at not more than three such places.
Also the use of a constant, long drawn-out exaggerated tonal emphasis on the second and fourth beats in 4/4 time. In jazz terminology, the use of the long drawn-out "off beat" effect.