Barros Veloso & Katt Tait em Cascais na sexta-feira

Na próxima sexta-feira, 4 de Fevereiro, Barros Veloso (piano) e Katt Tait (voz) actuam em Cascais, na recém inaugurada sede da Jam-Session, Associação Cultural.

Os espectáculos decorrem em dois sets: 21h00 e 22h45.

Inez Cavanaugh: a primeira crítica de Jazz em Portugal

Pops Whitman, Cavanaugh e Villas-Boas (Chave d'Ouro, 1948)

Em 6 de Fevereiro de 1948, Luís Villas-Boas e o Hot Clube de Portugal organizaram no café Chave d'Ouro a I Jam-Session pública em Portugal, na qual participaram vários músicos portugueses e também Pops Whitman (um bailarino que se exibia no Carvaval do Politeama), Tom Kelling e Inez Cavanaugh (1909-1980).

Cavanaugh foi não só uma das primeiras mulheres afro-americanas a assumir a profissão de crítica de Jazz, mas também uma cantora, tendo gravado com músicos como Teddy Wilson. Casada com o dinamarquês Timme Rosenkrantz (jornalista, autor, produtor e divulgador de Jazz), Inez trabalhou também como secretária do poeta negro Langston Hughes e durante a II Guerra Mundial viveu em Nova Iorque, onde recebia em casa músicos como Duke Ellington, com quem fez longa e íntima amizade.

A seguir à guerra, o casal viveu em Paris, onde Inez tinha um bistrô que acolhia músicos como Eartha Kitt, que aí foi descoberta pelo irmão de George Avakian. Foi talvez aí que Villas-Boas a conheceu.

A oportunidade de gravar com Teddy Wilson sugiu já quando Inez tinha 60 anos e foi realizada no Timmes Club, em Copenhaga. Inez actuou também com Ben Webster, músico então radicado na Dinamarca.

Josephine Baker evocada no Teatro da Trindade a 11 e 12 de Março



Em Março de 1941, em plena II Guerra Mundial, Josephine Baker estreou-se em Portugal com uma série de concertos no Teatro da Trindade que fizeram sensação e esgotaram noite após noite. O público desconhecia, porém, que a Vénus Negra concebera os espectáculos como fachada para a sua actividade de espia ao serviço da organização de resistência França Livre e que nas pautas confiadas ao maestro Almeida Cruz se encontravam, escritas a tinta invisível, importantes mensagens sobre as posições do exército Nazi na sua pátria adoptiva...



70 anos depois, a vida e obra de Baker regressam ao palco do Trindade através de um inédito espectáculo musical, teatral e audiovisual protagonizado pela extraordinária voz de Sylvie C. e por um quinteto luso-brasileiro. Em conjunto, interpretam alguns dos temas míticos da carreira da artista, incluindo os que apresentou em 1941 no Trindade: “J’ai Deux Amours”, “Nuit d’Alger”, La Petite Tonkinoise”, “Baiana”, “Ram Pam Pam” e “Dans Mon Village”.

Concebido e encenado por João Moreira dos Santos e artisticamente dirigido por Sofia de Portugal, este evento é uma oportunidade verdadeiramente única para recordar um dos grandes ícones artísticos do século XX e uma notável lutadora pelos direitos cívicos e pela Paz e Igualdade entre os povos e raças: Josephine Baker!



Data: 11 e 12 de Março de 2011 (21h00)

Local: Teatro da Trindade

Autoria e produção: João Moreira dos Santos

Direcção artística e co-encenação: Sofia de Portugal.

Assistência de Produção: Paula Colaço Almeida.

Elenco: Sylvie C. (voz e representação), Jorge Silva (piano e acordeão), Gabriel Godoi (guitarra), Rui Silva (contrabaixo), Milton Batera (bateria); José Augusto (actor), Rafael L. (actor), Ricardo L. (actor), Elsa T. (figurante).

Duração: 2h00

Bilheteira: Teatro da Trindade

Apoio: Diário de Notícias, Estoril-Sol, RTP.