Quincy Jones, músico e produtor histórico, acaba de declarar o seu apoio a Barack Obama num vídeo divulgado no seu site e no Youtube.
O Roteiro do Jazz - este ano na sua segunda edição - ultrapassou todas as expectativas, reunindo cerca de 35 participantes. O numeroso grupo percorreu de autocarro os principais locais que marcaram a história do Jazz no Concelho de Cascais, tendo sido guiado pelo autor deste blogue.
Entre os locais visitados contaram-se o edifício dos antigos estúdios do Rádio Club Português (de onde Villas-Boas realizou entre 1946 e 1969 o programa Hot Club), Casino Estoril e Hotel Palácio, discoteca Ronda (actual Bauhaus), Grande Casino Internacional do Monte Estoril (onde há 80 anos se realizou o primeiro concerto de Jazz de que há registo no Concelho de Cascais), antiga localização do Pavilhão do Dramático e Luisiana Jazz Club.
O Roteiro terminou no Centro Cultural de Cascais, onde foi inaugurada a exposição 80 Anos de Jazz em Cascais em Imagens e Memorabilia, mostra comissariada também pelo autor de JNPDI.
Esta exposição está patente até 23 de Novembro e é a primeira grande mostra de Jazz realizada em Portugal ao nível cronológico. Aí é possível, por exemplo, ouvir a música produzida pelo primeiro grupo de Jazz que tocou no Concelho e, ainda, entrevistas de músicos portugueses e estrangeiros durante os primeiros Cascais Jazz, bem como ver vídeos dos bastidores deste mítico festival (que só por si são um tratado sociológico da época) e de alguns episódios mais marcantes (caso Charlie Haden) e, ainda, do Luisiana e de Oscar Peterson (que em 1966 tocou em Cascais).
Entre os objectos e documentos expostos destcam-se os livros A idade do Jazz-Band e Novo Mundo, Mundo Novo (de António Ferro), uma carta de Keith Jarrett para Luís Villas-Boas (Maio de 1970) e, por exemplo, o auto do interrogatório da PIDE/DGS a Charlie Haden (Novembro de 1971). A estes juntam-se ainda objectos ligados às carreiras de três músicos de Jazz residentes em Cascais (Jorge Costa Pinto, Maria João e Maria Viana) e discos com temas inspirados em Cascais e compostos por músicos como Gene Harris, Frank Morgan e Walter Lang.
Após a inauguração da exposição, e integrado nas comemorações dos 80 anos de Jazz em Cascais (que já no Sábado haviam apresentado, para uma casa cheia, a orquestra de Jorge Costa Pinto), seguiu-se um concerto pelo pianista Kirk Lightsey e o contrabaixista Carlos Barretto, a que se juntou ainda Maria Viana. A escolha de Lightsey para encerrar este Domingo gordo de Jazz teve a ver com o facto de Lightsey ter tocado no Cascais Jazz de 1984 e estar portanto ligado à história deste género musical no Concelho.
No dia anterior, este pianista, que tocou e gravou com Dexter Gordon, Chet Baker e Freddie Hubbard, acompanhou as montagens da exposição 80 Anos de Jazz em Cascais, aproveitando para recordar o concerto que deu em 1984 no Cascais Jazz.
As celebrações dos 80 anos de Jazz em Cascais prosseguem em Novembro com um concerto pelo trio de Zé Eduardo, prolongando-se para 2009 com mais novidades...