Abril no Hot Clube
JAZZ NO PAÍS DO IMPROVISO!
31 de março de 2008
Phil Woods: concertos adiados
Os concertos que Phil Woods tinha previstos para os próximos dias 1 e 2 de Abril, em Lisboa e Porto, respectivamente, foram adiados para data ainda a anunciar, revelou a produtora em comunicado. Contactada por JPNDI! a Mandrake afirmou que os concertos vão realizar-se possivelmente já no segundo semestre.
Quem tenha adquirido bilhetes pode pedir o reembolso no local onde efectuou a compra.
Os concertos que Phil Woods tinha previstos para os próximos dias 1 e 2 de Abril, em Lisboa e Porto, respectivamente, foram adiados para data ainda a anunciar, revelou a produtora em comunicado. Contactada por JPNDI! a Mandrake afirmou que os concertos vão realizar-se possivelmente já no segundo semestre.
Quem tenha adquirido bilhetes pode pedir o reembolso no local onde efectuou a compra.
30 de março de 2008
Chris McNulty: Jazz da Austrália
O site Allaboutjazz acaba de publicar a entrevista que realizámos a Chris McNulty, cantora natural da Austrália, mas que desde há vários anos se encontra radicada nos EUA.
O site Allaboutjazz acaba de publicar a entrevista que realizámos a Chris McNulty, cantora natural da Austrália, mas que desde há vários anos se encontra radicada nos EUA.
27 de março de 2008
Prédio do Automóvel Club do Brasil "vira" clube de Jazz
O antigo edifício sede do Automóvel Club do Brasil vai albergar um clube de jazz e uma biblioteca no seguimento de um concurso de ideias aberto pela Prefeitura do Rio de Janeiro e vencido pela célebre casa de espectáculos Tom Brasil.
O edifício, que se encontra em avançado estado de degradação, foi inaugurado em 1860 através de um baile a que compareceu D. Pedro II.
O antigo edifício sede do Automóvel Club do Brasil vai albergar um clube de jazz e uma biblioteca no seguimento de um concurso de ideias aberto pela Prefeitura do Rio de Janeiro e vencido pela célebre casa de espectáculos Tom Brasil.
O edifício, que se encontra em avançado estado de degradação, foi inaugurado em 1860 através de um baile a que compareceu D. Pedro II.
Parabéns, Sarah Vaughan
Se fosse viva, Sarah Vaughan, uma das três grandes vozes do Jazz, completaria hoje 84 anos.
JNPDI! recorda-a através de alguns dos melhores vídeos disponíveis no Youtube.
"Perdido" (195?)
"Somewhere over the Rainbow" (1958)
"The shadow of your smile" (1964)
"Misty" (Berlin, 1969)
"The fool on the hill" (1977)
"I've Got The World On A String" (Monterey, 1984)
"Send in the clowns" (Nova Orleães, 1987)
"Just Friends" (Tóquio, 1990)
"Autumn Leaves" (com Wynton Marsalis")
Se fosse viva, Sarah Vaughan, uma das três grandes vozes do Jazz, completaria hoje 84 anos.
JNPDI! recorda-a através de alguns dos melhores vídeos disponíveis no Youtube.
"Perdido" (195?)
"Somewhere over the Rainbow" (1958)
"The shadow of your smile" (1964)
"Misty" (Berlin, 1969)
"The fool on the hill" (1977)
"I've Got The World On A String" (Monterey, 1984)
"Send in the clowns" (Nova Orleães, 1987)
"Just Friends" (Tóquio, 1990)
"Autumn Leaves" (com Wynton Marsalis")
25 de março de 2008
Barcelona jazzística
Hotel Jazz. Foto de João Moreira dos Santos
Barcelona é, definitivamente, a capital do jazz da península Ibérica. Não só aí se realiza o maior festival de jazz de Portugal e Espanha, como é lá que estão sediados importantes escolas e vários clubes de jazz. Nesta cidade é possível também encontrar uma estação de rádio exclusivamente dedicada ao "som da surpresa". JNPDI! andou por lá neste fim-de-semana e deixa aqui algumas notas úteis a quem por lá passar. Se puder não perca o excelente Museu da Música.
Quem chegar a Barcelona em demanda do jazz pode desde logo ficar instalado no hotel... Jazz. Inaugurado em 2004, este hotel fica localizado na zona mais central da cidade, a escassos metros da Plaça Catalunya, Paseo de Gracia e das Ramblas.
Daqui até aos clubes de jazz é um pulinho. A cerca de 150 metros está o moderno Bel Luna, que além do mais é também restaurante, um luxo que não há cá por Lisboa, este de comer ao som do Jazz.
Foto de João Moreira dos Santos
Barcelona é, definitivamente, a capital do jazz da península Ibérica. Não só aí se realiza o maior festival de jazz de Portugal e Espanha, como é lá que estão sediados importantes escolas e vários clubes de jazz. Nesta cidade é possível também encontrar uma estação de rádio exclusivamente dedicada ao "som da surpresa". JNPDI! andou por lá neste fim-de-semana e deixa aqui algumas notas úteis a quem por lá passar. Se puder não perca o excelente Museu da Música.
Quem chegar a Barcelona em demanda do jazz pode desde logo ficar instalado no hotel... Jazz. Inaugurado em 2004, este hotel fica localizado na zona mais central da cidade, a escassos metros da Plaça Catalunya, Paseo de Gracia e das Ramblas.
Daqui até aos clubes de jazz é um pulinho. A cerca de 150 metros está o moderno Bel Luna, que além do mais é também restaurante, um luxo que não há cá por Lisboa, este de comer ao som do Jazz.
Foto de João Moreira dos Santos
Foto de João Moreira dos Santos
Perto, mas não tanto (a uns 5 mins a pé pelas Ramblas abaixo) fica o histórico Jamboree, situado na Plaça Reial e por onde passaram músicos como Ella Fitzgerald, Chet Baker ou Lionel Hampton. Outro clube interessantes é a Cova del Drac (Carrer Vallmajor, 33).
Foto de João Moreira dos Santos
Foto de João Moreira dos Santos
Se em vez de descer a Rambla de Catalunya optar por a subir, paralelamente ao Paseig de Grácia, passados alguns minutos encontra-se na Jazz Messengers, uma loja 100% dedicada ao Jazz.
Foto de João Moreira dos Santos
Foto de João Moreira dos Santos
Foto de João Moreira dos Santos
Embora não seja um museu dedicado ao Jazz, o Museu de la Música merece só por si uma longa visita já que é não só muito completo, como não há cá por Portugal nada (absolutamente nada) que se lhe compare em acervo ou qualidade e dignidade de instalações. Inaugurado em 2007 (num novo edifício), este espaço expõe muitos e variados instrumentos, para além de possibilitar aos visitantes seguir uma timeline e acompanhar assim a evolução temporal da música, incluindo o jazz.
Foto de João Moreira dos Santos
Se sempre sonhou extrair som de um instrumento musical, então esta é a sua oportunidade já que o museu dispõe de uma sala interactiva onde é possível tocar harpa, guitarra, órgão ou violoncelo. Mas, atenção, antes de se fazer às cordas não se esqueça de que Barcelona é uma cidade das artes, nomeadamente da música...
Se estiver em Barcelona entre Outubro e Dezembro saiba que pode assistir ao maior festival de Jazz da Ibéria: o Voll-Damm Festival Internacional de Jazz de Barcelona (Voll-Damm é o nome do patrocinador).
Foto de João Moreira dos Santos
Não se espante se aí encontrar entre o público Alfredo Papo (na foto), mítico impulsionador do jazz nesta cidade. Neste nosso périplo por BCN tivemos oportunidade de o entrevistar para o livro que estamos a preparar sobre o Hot Club de Portugal, ele que foi um dos responsáveis pela dinamização do Hot Club de Barcelona nos anos 40 e que aí acolheu Luís Villas-Boas para uma jam-session com Don Byas. Aliás, segundo George Wein (criador do Newport Jazz Festival), Papo e Villas-Boas estão em pé de igualdade em termos de importância na divulgação do jazz nos respectivos países, tal como o exprimiu no posfácio do livro O Jazz Segundo Villas-Boas.
Foto de João Moreira dos Santos
Se se deslocou a Barcelona com o objectivo de aprender jazz então é mais que provável que tenha tomado a opção correcta. Pode fazê-lo no histórico Taller de Músics ou na Escola Superior de Música de Catalunya, que funciona no edifício do l'Auditori, a grande sala moderna de concertos de Barcelona.
Já agora... enquanto estiver de passagem por Barcelona não desligue do jazz: pode ouvi-lo 24 horas por dia através da Barcelona Jazz Radio.
Foto de João Moreira dos Santos
Foto de João Moreira dos Santos
Para além da oferta jazzística, escusado será dizer que Barcelona é uma das mais belas cidades da Europa e, talvez, uma das mais artísticas e criativas, pelo que vale sempre a pena descobri-la ou redescobri-la.
Foto de João Moreira dos Santos
Foto de João Moreira dos Santos
Foto de João Moreira dos Santos
Foto de João Moreira dos Santos
Foto de João Moreira dos Santos
24 de março de 2008
Gonzalo Rubalcaba no Seixal
O pianista Gonzalo Rubalcaba actua no Auditório Municipal do Seixal no próximo dia 8 de Abril, às 21.30 horas. Rubalcaba vem a Portugal para dois grandes concertos a solo, um dos quais no Seixal, e para participar num duo com Jacinta.
O pianista Gonzalo Rubalcaba actua no Auditório Municipal do Seixal no próximo dia 8 de Abril, às 21.30 horas. Rubalcaba vem a Portugal para dois grandes concertos a solo, um dos quais no Seixal, e para participar num duo com Jacinta.
23 de março de 2008
Foi você que pediu uma licenciatura em Jazz?
A Universidade de Évora acaba de anunciar a criação da licenciatura em Jazz, o que faz desta instituição, a seguir à EMAE, a segunda entidade a conferir este grau académico em Portugal. JNPDI! entrevistou Eduardo Lopes, responsável por este curso. Definitivamente, ninguém pára a evolução do Jazz entre nós!
JNPDI!: Como nasceu este projecto de criar na Universidade de Évora uma licenciatura em Jazz?
Eduardo Lopes: A Licenciatura em Música que a Universidade de Évora oferece é constituida por três áreas de especialização (às quais chamamos Ramos) com distintos planos curriculares: a Interpretação, a Composição e a Musicologia. O Jazz será então a quarta especialização a ser oferecida pela nossa Licenciatura já a partir do próximo ano lectivo.
A possibilidade de abrir um curso de Jazz no nosso Departamento de Música já germinava há cerca de dois anos. Vários factores levaram à criação deste curso. No entanto, eu diria que terá sido a criação da Orquestra de Jazz da Universidade de Évora (da qual sou director musical) que despelotou definitivamente o processo.
Desde o seu primeiro concerto dentro de portas, a OJUE tem recebido imenso apoio por parte dos alunos de música bem como da comunidade académica em geral, sendo frequentemente requisitada para concertos em várias instituições, bem como em eventos académicos. Foi então a vontade demonstrada por alunos de música em tocar ‘outras’ músicas, e a excelente recepção que a música Jazz teve na comunidade que nos fez arrancar com este curso.
JNPDI!: O mercado está suficientemente maduro para alimentar procura suficiente por este curso?
EL: É claro que toda a vontade demonstrada na resposta anterior para arrancar com o Jazz na UE não seria por si só suficiente para realizar a oferta de uma nova formação de nível superior. Teve também que se equacionar outros factores, um dos quais a procura de um curso universitário na área da música Jazz.
De momento no país só existe um curso a oferecer uma formação de nível superior na área do Jazz – este a funcionar na ESMAE na cidade do Porto. Sabe-se que este curso teve no ano passado cerca de três vezes mais candidatos a ingresso do que o número de vagas disponíveis.
É também conhecido que nos últimos anos tem aparecido um número bastante significativo de escolas de música particulares especialmente vocacionadas para o ensino do Jazz, muitas destas na região sul do país. Também, muitas escolas tradicionais de música (conservatórios, academias) começaram recentemente a oferecer cursos de Jazz. Pode-se então facilmente observar que já começa a existir um número significativo de alunos de Jazz a terem formação inicial, que muito justamente quererão prosseguir estudos a nível superior.
JNPDI!: Qual a importância real de um músico de jazz possuir uma licenciatura? Que portas podem abrir-se com esta formação?
EL: A importância é imensa e tem implicações em várias áreas a vários níveis. O Jazz não é algo que caiu agora aqui, vindo do nada, que até é tocado numa cave algures, e que assim sendo temos então que fazer alguma coisa com este ‘objecto’.
O Jazz é um género musical, como tal é música, é uma forma arte, e como forma de arte é património da Humanidade. Como outras Artes e Ciências, o Jazz deverá ser uma área integrada nas instituições que promovem o estudo ao mais alto nível.
Este processo de integração do Jazz no meio académico foi uma batalha travada desde meados do século XX por músicos e estudiosos do Jazz, que queriam ver reconhecido o valor da sua expressão artística.
Este reconhecimento acabou por acontecer, estando bem patente na inclusão do estudo do Jazz nas mais prestigiadas instituições mundiais de educação – obviamente nos EUA, mas também por toda a Europa e também na Ásia.
Neste aspecto, a importância de um músico possuir uma licenciatura em Jazz, será a de no mínimo ser um espelho da importância do próprio Jazz na sociedade. Em relação às portas que se poderão abrir a um recém-licenciado em Jazz, serão seguramente mais do que, nas mesmas condições, para aquele que não é licenciado. Uma licenciatura em qualquer área de conhecimento serve como um atestado de que alguém estudou seriamente, durante um determinado momento, uma certa área de conhecimento, e que atingiu um determinado nível de exigência. Apesar de na arte, e em particular na música, haver imensos casos de excelentes músicos sem possuirem uma licenciatura, isto tenderá a ser cada vez menos com a crescente possibilidade de estudar música numa instituição de nível superior. Veja-se, por exemplo, os currículos dos músicos que integram as grandes orquestras ou agrupamentos internacionais: a esmagadora maioria são já músicos licenciados.
JNPDI!: O que é, em traços gerais, esta licenciatura?
EL: Será um curso que formará excelentes intérpretes de Jazz (no seu mais lato sentido, incluindo as suas vertentes mais contemporâneas) com sólidos conhecimentos teóricos.
JNPDI!: Como foi concebido o respectivo programa curricular?
EL: O programa curricular do Ramo de Jazz foi baseado nos mais bem sucedidos programas que estão em vigor em Universidades estrangeiras, tendo sido levada em consideração a realidade nacional e o acordo de Bolonha.
Para além de acreditarmos que o programa curricular do nosso curso é capaz de formar músicos de Jazz de grande qualidade, tem também a vantagem de poder ser moldado de acordo com as necessidades de formação e eventuais linhas de orientação profissional/artística de cada aluno. O plano prevê uma quantidade razoável de disciplinas de Opção, as quais o aluno poderá escolher de um leque bastante alargado e que pertencem a outros Ramos do Departamento de Música.
Por exemplo, um aluno de Jazz poderá ter interesse em orquestração ‘clássica’; neste caso o aluno poderá frequentar uma disciplina sobre este assunto do Ramo de Composição. Outro aluno poderá ter um interesse na análise de música contemporânea, que o poderá ajudar em certos temas de Jazz mais contemporâneos; aqui, poderá frequentar uma disciplina de análise avançada do Ramo de Interpretação. Por outro lado, alunos doutros Ramos poderão também ter interesse em frequentar algumas disciplinas do Jazz; como por exemplo alunos do Ramo de Composição frequentarem como opção a disciplina Técnicas de Arranjo Jazz.
A forma como todos os nossos planos curriculares foram concebidos permite uma transversalidade pedagogicamente salutar entre as várias ‘músicas’.
JNPDI!: Foi fácil encontrar o corpo docente adequado às matérias?
EL: É um facto que neste momento em Portugal já existem músicos de Jazz de grande qualidade. O nosso corpo docente inclui dos mais prestigiados pedagogos e intérpretes de música Jazz que actualmente estão em Portugal. Penso que contamos com a equipa ideal para o que queremos oferecer.
JNPDI!: Quais as perspectivas para este curso? Poderemos a médio prazo ter um mestrado?
EL: As perspectivas não podem ser melhores; a realizarem-se, penso que poderemos a breve prazo dar outros passos, que poderão perfeitamente incluir uma oferta de um curso de mestrado. Também temos em carteira contactos a nível internacional com outras instituições de ensino superior de jazz, com as quais poderemos iniciar processos de cooperação e intercâmbio de alunos e docentes.
JNPDI!: Em que instalações e condições vai funcionar esta licenciatura?
EL: A Universidade de Évora está a finalizar o processo de aquisição do edifício da antiga Academia de Música de Évora. Este edifício tinha sofrido recentemente grandes obras de melhoria de instalações específicas para o ensino da música, como por exemplo salas insonorizadas e um auditório moderno. A aquisição a concretizar-se a tempo do próximo ano lectivo (como se prevê), não poderia ser melhor o início do novo curso de Jazz nas novas instalações.
JNPDI!: Quantos alunos esperam captar neste primeiro ano?
EL: Gostaríamos de admitir vinte alunos divididos pelos oito instrumentos que vamos oferecer (bateria, contrabaixo/baixo eléctrico, guitarra, piano, saxofone, trombone, trompete, voz).
JNPDI!: Quanto custam as propinas?
EL: As propinas para a licenciatura em Música eram o ano passado de 844 euros; o valor normal praticado nas universidades públicas portuguesas.
21 de março de 2008
Julian Arguelles Quintet no Hot Club
Foto de João Moreira dos Santos
Foto de João Moreira dos Santos
Foto de João Moreira dos Santos
O quinteto do saxofonista Julian Arguelles apresentou-se hoje à noite no Hot Club, prolongando assim à cave da Praça da Alegria a festa ontem iniciada no S. Jorge.
A falta de tempo, por motivos Pascais, não nos permite alongar na crítica a este excelente concerto, pelo que apresentamos apenas algumas imagens do mesmo.
Não queremos no entanto deixar de referir a excelência que pudemos verificar em Arguelles e, sobretudo, nos músicos portugueses, que realmente possuem actualmente nível internacional. Referimo-nos, claro, a Bernardo Sassetti, André Fernandes (notável na sua actuações ontem no S. Jorge), Bernardo Moreira e Alexandre Frazão (que já é praticamente português).
Foto de João Moreira dos Santos
Foto de João Moreira dos Santos
Foto de João Moreira dos Santos
Foto de João Moreira dos Santos
Foto de João Moreira dos Santos
Relativamente aos temas apresentados neste concerto (que se repete Sexta e Sábado), impressionou-nos sobretudo "Lester", um original do saxofonista.
20 de março de 2008
Ainda sobre a festa do Hot Club
Foto de João Moreira dos Santos
JNPDI! divulga hoje um conjunto de depoimentos que recolheu ontem no cinema S. Jorge logo após o concerto que marcou a celebração dos 60 anos do Hot Club.
Ouvimos António José de Barros Veloso, Augusto Mayer, Pedro Martins de Lima, Rui Neves e Zé Eduardo.
Foto de Carlos Pinto
António José de Barros Veloso
Augusto Mayer
Pedro Martins de Lima
Rui Neves
Zé Eduardo
Foto de João Moreira dos Santos
JNPDI! divulga hoje um conjunto de depoimentos que recolheu ontem no cinema S. Jorge logo após o concerto que marcou a celebração dos 60 anos do Hot Club.
Ouvimos António José de Barros Veloso, Augusto Mayer, Pedro Martins de Lima, Rui Neves e Zé Eduardo.
Foto de Carlos Pinto
António José de Barros Veloso
Augusto Mayer
Pedro Martins de Lima
Rui Neves
Zé Eduardo
60.º aniversário do Hot Club: grande noite!
Bernardo Moreira e Maria João
Bernardo Moreira e Maria João
Foto de João Moreira dos Santos
O que se viveu ontem à noite no cinema S. Jorge foi uma grande festa da família do jazz, reunida em torno do seu lar: o Hot Club de Portugal. Faltou apenas "o pai", o patriarca do jazz e do Hot: Luís Villas-Boas. JNPDI! publica hoje a primeira parte das impressões que recolheu neste concerto do 60.º aniversário do velhinho, mas sempre actual Hot Club.
O cinema S. Jorge abriu especialmente as portas para se associar aos festejos do seu vizinho de bairro e foi brindado com casa cheia, numa festa a que não faltaram as personagens históricas do Hot e do Jazz em Portugal e também os políticos, representados pelo Ministro da Cultura, Ministro da Ciência e Ensino Superior, Vereadora da Cultura da Câmara Municipal de Lisboa e Manuel Alegre.
Foto de João Moreira dos Santos
O cinema S. Jorge abriu especialmente as portas para se associar aos festejos do seu vizinho de bairro e foi brindado com casa cheia, numa festa a que não faltaram as personagens históricas do Hot e do Jazz em Portugal e também os políticos, representados pelo Ministro da Cultura, Ministro da Ciência e Ensino Superior, Vereadora da Cultura da Câmara Municipal de Lisboa e Manuel Alegre.
Foto de João Moreira dos Santos
Antes do concerto, vários notáveis do Hot e o público em geral iam convivendo no foyer do S. Jorge, em cujas vitrinas se exibiam fotografias históricas do Jazz em Portugal e, particularmente, do clube. Muitas destas fotografias (praticamente todas entre os anos 40 e 60) foram tiradas por Augusto Mayer, um dos primeiros sócios do clube (juntamente com o seu irmão Ivo) e a quem se deve a memória fotográfica do Hot e de grande parte do Jazz entre nós.
Augusto Mayer junto das muitas fotos que tirou no Hot Club e não só...
Foto de João Moreira dos Santos
Ivo Mayer e Augusto Mayer
Ivo Mayer e Augusto Mayer
Foto de João Moreira dos Santos
Luís Villas-Boas esteve representado pela sua companheira de sempre, Helena Villas-Boas, que tivemos oportunidade de entrevistar por breves instantes antes do início do espectáculo.
Helena Villas-Boas
Helena Villas-Boas
Foto de João Moreira dos Santos
As celebrações tiveram formalmente início com a intervenção de António José de Barros Veloso - Presidente da Assembleia-Geral do Hot - que contextualizou as 60 Primaveras do clube preocupando-se especialmente em realçar os muitos e bons músicos de várias gerações que desde os anos 50 têm tocado na cave da Praça da Alegria, nomeadamente Luís Sangareau, Manuel Menano, Pedro Martins de Lima, Carlos Menezes, José Luís Tinoco, Bernardo Moreira, Justiniano Canelhas, Manuel Jorge Veloso, Rão Kyao, Marcos Resende, Zé Eduardo, João Heitor, Maria Viana (que apresentou como "a grande diva do jazz em Portugal"), Carlos Barretto, Carlos Martins, Mário Laginha, Bernardo Sassetti, Maria João, Tomás Pimentel, Claus Nymark ou os irmãos Moreira.
Barros Veloso
Foto de João Moreira dos Santos
Barros Veloso
Foto de João Moreira dos Santos
Um dos pontos mais simbólicos da noite foi a condecoração de quatro históricos sócios que se mantêm ligados ao Hot desde 1948: Augusto Mayer, Ivo Mayer, Pedro Martins de Lima e Vasco Cardoso. Bernardo Moreira, presidente do Hot, entregou aos homenageados os Emblemas de Ouro do clube que ajudaram a fundar e dinamizar.
Foto de João Moreira dos Santos
Barros Veloso com Pedro Martins de Lima e Ivo e Augusto Mayer
Foto de João Moreira dos Santos
Seguiram-se as intervenções do Ministro da Cultura e da Vereadora da Cultura da Câmara Municipal de Lisboa, que aproveitou a oportunidade para entregar ao Hot Club a Medalha de Honra de Lisboa.
Era agora tempo de música...
Vinda do meio do público (porque no S. Jorge, por ser um cinema, não há camarins, nem bastidores de palco), os músicos da Big Band do Hot cruzaram a plateia e tomaram os seus lugares no palco. Sob a direcção de Pedro Moreira, fez-se jazz com a interpretação do primeiro de vários temas compostos por Mário Laginha.
Foto de Carlos Pinto
Era agora tempo de música...
Vinda do meio do público (porque no S. Jorge, por ser um cinema, não há camarins, nem bastidores de palco), os músicos da Big Band do Hot cruzaram a plateia e tomaram os seus lugares no palco. Sob a direcção de Pedro Moreira, fez-se jazz com a interpretação do primeiro de vários temas compostos por Mário Laginha.
Foto de Carlos Pinto
Foto de João Moreira dos Santos
Foto de Carlos Pinto
Não há dúvida de que a Big Band está em grande forma e conta com músicos excepcionais, a que se veio somar o saxofonista inglês Julian Arguelles, convidado especial para este concerto também especial.
Foto de Carlos Pinto
Maria João foi chamada ao palco, começando por interpretar o belo "Parrots and Lions". O público conhece Maria João, mas ficou a saber que a cantora é uma filha pródiga da escola do Hot, de onde saiu há precisamente 25 anos, como fez questão de relembrar.
Foto de João Moreira dos Santos
Foto de Carlos Pinto
Foto de João Moreira dos Santos
Foto de Carlos Pinto
Foto de João Moreira dos Santos
Não faltou neste concerto o célebre "Sete facadas", tema que permitiu a Maria João lançar-se nos seus característicos improvisos vocais, sempre galvanizadores da atenção e admiração do público.
Em termos de emoções, um dos pontos altos da noite foi a interpretação de "Beatriz" (um tema absolutamente extraordinário) só por Laginha e João. Impressionou ver a moldura humana que preenchia o S. Jorge em absoluto silêncio e cativa do encanto destas duas vozes ímpares da música portuguesa.
Foto de João Moreira dos Santos
Em termos de emoções, um dos pontos altos da noite foi a interpretação de "Beatriz" (um tema absolutamente extraordinário) só por Laginha e João. Impressionou ver a moldura humana que preenchia o S. Jorge em absoluto silêncio e cativa do encanto destas duas vozes ímpares da música portuguesa.
Foto de João Moreira dos Santos
No final, o público não regateou palmas aos músicos em palco e ao aniversariante. E se dantes era impossível ignorar o Hot Club, a partir desta noite é também impensável, pois o clube como que viu referendado em aplausos e adesão a sua legitimidade e importância na sociedade portuguesa e respectivo panorama cultural.
Foto de João Moreira dos Santos
Foto de Carlos Pinto
Foto de Carlos Pinto
Parabéns, Hot Club, pelos 60 anos e por esta grande noite!