FELIZ ANO NOVO!!!



Jazz no País do Improviso! deseja a todos um excelente 2008, de preferência com muito e bom jazz!

Mike Carr completou 70 anos



Mike Carr completou no passado dia 7 de Dezembro 70 anos, efeméride que comemorou no dia seguinte com um concerto no Bulls Head, em Barnes, no Reino Unido.

É desse concerto o vídeo que Carr nos fez chegar e que hoje aqui divulgamos, com o pianista/teclista acompanhado pelo seu Blue Note Quartet na interpretação dum original de Horace Silver: "Room 606". Com ele tocam Osian Roberts (sax-tenor), Steve Fishwick (trompete) e Spike Wells (bateria).



Nascido em Inglaterra em 1937, Carr ficou ligado a Portugal quando aqui tocou em 1970 integrado no trio do lendário saxofonista Ronnie Scott, tendo actuado no Hot Clube de Portugal (na foto) e não só.

Guia do Jazz ao vivo para 2008

Já são conhecidas algumas das propostas jazzísticas internacionais que passam por Portugal nos primeiros quatro meses de 2008, ano que se inicia com a actuação da orquestra de jazz de Woody Allen no Casino Estoril.

Curiosamente, há precisamente 80 anos os Robinson Syncopators davam início ao Jazz em Cascais através de um concerto realizado igualmente na noite do ano novo (1927/1928), evento que teve lugar no Grande Casino Internacional Monte Estoril.


Janeiro



Rabih Abou-Khalil/Joachim Kuhn Trio: Centro Cultural Vila Flor, Guimarães (18), Culturgest, Lisboa (19).

Anthony Braxton Septeto: Casa da Música, Porto (28).

Brückner/Möbus/Erdmann/Rohrer: Hot Clube de Portugal, Lisboa (31).


Fevereiro



Brückner/Möbus/Erdmann/Rohrer: Hot Clube de Portugal, Lisboa (1 e 2).

Mari Boine: Culturgest, Lisboa (16).

Enrico Rava «The Words And The Days»: Centro Cultural de Belém (16).

Tomasz Stanko Quartet «Lontano»: Culturgest, Lisboa (20).

Trio Joachim Kuhn, Daniel Humair e Jean Paul Celea: Centro de Artes do Espectáculo, Portalegre (22).

Scott Fields Freetet: Centro de Artes do Espectáculo, Portalegre (22).

Melissa Walker: Centro de Artes do Espectáculo, Portalegre (23).

San Francisco Jazz Collective: Casa da Música, Porto (26).


Março



Dee Dee Bridgewater: Centro Cultural de Belém, Lisboa (2).

Dhafer Youssef Quartet: Casa da Música, Porto (6).

BassDrumBone [Ray Anderson (trb), Mark Helias (ctb), Gerry Hemingway (bat)]: Culturgest, Lisboa (8).

Stacey Kent: Casa da Música, Porto (dia 11), Centro Cultural de Belém, Lisboa (14) e Cine-teatro de Alcobaça (15).

Orquestra de Jazz de Matosinhos convida Chris Cheek: Culturgest, Lisboa (28).

Cassandra Wilson: Auditório Municipal, Gaia (29).

Brussels Jazz Orchestra: Casa da Música, Porto (29).

Abril



Jason Moran «In My Mind: Monk at Town Hall, 1959»: Casa da Música, Porto (29).


Quanto ao segundo semestre de 2008 são muitas e boas as novidades... mas delas falaremos no seu devido tempo.

É Natal ninguém leva a mal...

JNPDI! decidiu ver se os grandes nomes do jazz internacional e nacional sabiam dançar ao ritmo da sua própria música.

Vai daí convidou Duke Ellington, Charlie Parker, Miles Davis e Louis Armstrong para uma dança.



A eles logo se juntaram, lampeiras, as portuguesas Jacinta, Maria Viana, Maria João e Maria Anadon.



Alto e pára o baile! - gritou Paulo Gil com a sua voz de rádio. Então e os meninos não dançam? Vá lá, eu acompanho. Um a um, subiram ao palco Mário Laginha, Bernardo Sassetti e Filipe Melo, como representantes da comunidade masculina dos músicos de jazz nacionais.



Com esta animação toda, os críticos de jazz da imprensa e dos blogues arrebitaram logo os ouvidos e não tardaram em juntar-se à festa, tentando provar que também sabem da poda... Aqui fica a dança de Rodrigo Amado, Rui Eduardo Paes, António Rúbio e, claro, do autor de JNPDI!

Estava já o salsifré instalado quando os históricos do Jazz em Portugal quiseram também mostrar as suas habilidades. Foi assim que subiram ao palco Manuel Jorge Veloso, Bernardo Moreira, António José de Barros Veloso e Duarte Mendonça.



Então e quem é que ganhou o concurso, perguntam os leitores. E JNPDI, depois de ver e rever todas as actuações, não pode deixar de distinguir:

Maria João (prémio "Sorriso louco!")



Paulo Gil (prémio "Vejam como eu danço!")



Filipe Melo (prémio "Traquina do jazz!")



António Rúbio (prémio "Grande estilo clássico!")



Duarte Mendonça (prémio "Isto é melhor que o boogie-woogie!")



F e l i z 2 0 0 8 p a r a t o d o s !

Pat Metheny: Imaginary Day live



Acaba de sair mais um volume da colecção Jazz em DVD. A presente edição apresenta um concerto de Pat Metheny ao vivo com o seu grupo, realizado no Mountain Winery, em Saratoga, Califórnia, corria o ano de 1998.

Com realização do contrabaixista Steve Rodby, este é um bom documento do trabalho mais recente deste génio da guitarra. Com ele apresentam-se em palco "velhos companheiros de estrada": Lyle Mays (teclados), Steve Rodby (contrabaixo), Paul Wertico (bateria), Jeff Haynes (percussão), Mark Ledford e Philip Hamilton.

O concerto começa com um tema a solo na guitarra acústica, "Into the Dream", com Metheny a evidenciar desde logo o seu talento natural neste instrumento e a sua musicalidade.

Temas:

"Into the Dream"
"Follow Me"
"A Story within the story"
"Imaginary Day"
"Heat of the Day"
"Across the Sky"
"The Roots of Coincidence"
"Message to a Friend"
"September Fifteenth"
"Minuano" (Six Eight).



Este DVD encontra-se disponível por apenas € 9,99 (mais portes de envio) exclusivamente através do nº de telefone 219 265 510 ou, eventualmente, num quiosque perto de si.

O Natal de JNPDI!



Neste Natal JNPDI! ofereceu CD's duplos do concerto de Herb Geller no Hot Clube de Portugal, evento com que celebrámos o 4.º aniversário deste blogue.

A edição é super exclusiva, não mais de 10 exemplares, destinando-se apenas aos músicos que participaram no referido concerto e às pessoas e entidades que ajudaram a torná-lo realidade.



A gravação foi, recorde-se, realizada pela Antena 2, tendo sido recentemente transmitida por esta rádio.

Para recordar este evento, para nós um dos eventos jazzísticos de 2007, aqui fica uma vez mais o videoclip do primeiro tema do primeiro set: "Come rain or come shine".

Downbeat Janeiro 2008



O destaque desta edição vai para o histórico pianista Dave Brubeck, para sempre associada ao tema "Take Five", gravado pelo Dave Brubeck Quartet no album Time Out.

É precisamente esse tema que recordamos em três vídeos. O primeiro data de 1997 e junta Dave Brubeck e Al Jarreau.



O segundo remonta a 1966 e apresenta o Quarteto de Brubeck com o saxofonista Paul Desmond, o autor deste tema, ao vivo em Berlim.



Finalmente, o terceiro vídeo tem como protagonistas Kurt Elling e Al Jarreau.

Parabéns, John Scofield



John Scofield, guitarrista que dispensa grandes apresentações, completa hoje 56 anos, ocasião para revisitar a sua música através de alguns vídeos do YouTube.

Conheci Scofield através dos programas radiofónicos de Rui Neves na RFM (se não me engano), nos anos 80, escassos anos após este músico ter deixado a banda de Miles Davis, com quem tocou entre 1982 e 1985. A guitarra de Scofield era assumidamente de fusão e com raízes tanto no jazz como no rock, usando efeitos (nomeadamente a distorsão) que lhe davam uma sonoridade acentuadamente eléctrica e "acutilante".

Nascido em 1951, a 26 de Dezembro, Scofield é actualmente um dos grandes nomes da guitarra Jazz/Fusão, ao lado de Pat Metheny, Bill Frisell e John Abercrombie.

A sua carreira iniciou-se ao lado de gigantes do Jazz, como sejam Gerry Mulligan e Chet Baker, tendo ainda integrado a banda de Billy Cobham e George Duke. O primeiro ponto alto da sua carreira foi porventura o encontro em disco com Charles Mingus, a que se sucederiam parcerias com Gary Burton e Dave Liebman. O segundo ponto alto foi claramente a associação a Miles Davis nos anos 80.

A partir de 1985, Scofield lançou-se a solo com maior empenho, além de integrar o lendário grupo Bass Desires, gravando para a Blue Note e Gramavision e contando com a colaboração de músicos como Charlie Haden, Jack DeJohnette e Joe Lovano.

Entre os músicos com quem tocou e gravou ao longo da sua carreira contam-se Tony Williams, Jim Hall, Ron Carter, Herbie Hancock, Joe Henderson, Dave Holland e Terumasa Hino.

Vejamos, pois, alguns vídeos que ilustram a música deste guitarrista que ainda há pouco tempo se exibiu em Guimarães.

Comecemos por vê-lo com Miles Davis, em concerto gravado em Montreal, em 1985.



Num vídeo de formação do grande e inovador Jaco Pastorius (baixo eléctrico), juntamente com Adam Nussbaum (bateria). O temá e "The Chicken".



"Blue Matter", do album homónimo, de 1986.



Com Joe Lovano.



Nos anos 90, Scofield gravou com Pat Metheny o disco I Can See Your House From Here. Aqui fica o vídeo da respectiva digressão.



Em 2002, com outro grande guitarrista, o inconfundível Pat Martino.



Este é um vídeo mais recente e documenta uma actuação do trio de Scofield no clube Blue Note de Nova Iorque, em 2004. Acompanham-no Steve Swallow (baixo) e Bill Stewart (bateria.



Vejamos agora Scofield num contexto completamente diferente e sem "rede", ou seja, a tocar um Blues numa loja de música nos EUA, usando uma guitarra Telecaster.

Hot Clube reabre em Janeiro e celebra 60 anos



O Hot Clube reabre em Janeiro de 2008, depois de umas merecidas férias Natalícias, ano em que celebra 60 anos desde que Luís Villas-Boas assinou a primeira ficha de sócio, corria então o ano de 1948.

Nos dias 3, 4 e 5 de Janeiro actua o 7teto do Hot Clube de Portugal, composto por João Moreira (tp), Claus Nymark (tb), Pedro Moreira (sax t), Rodrigo Gonçalves (p), Bruno Santos (guit), Bernardo Moreira (ctb) e André S.Machado (bat).

Dia 9 o palco é ocupaado pelo Combo da Escola de Jazz do HCP, formado por Ana Fonseca (voz), Jörg Demel (sax), Rogério Godinho (p), Luís Castro (guit), Gonçalo Leonardo (bx) e André Carvalho (bat).

Segue-se nos dias 10 e 11 o Jesus Santandreu 4tet, com Jesus Santandreu (sax t), Alberto Palau (p), Nelson Cascais (ctb) e Iago Fernandez (bat).

O simpático grupo “Desbundixie” actua a 12 de Janeiro. Em palco estarão Manuel Sousa (tp), Flávio Cardoso (clar), César Cardoso (sax t), Ricardo Carreira (tb), P.Santos (bj), D. Marques (tub) e J.Maneta (bat).

Os dias 15 e 16 ficam por conta do Quarteto de André Sarbib, formação constituída por André Sarbib (p e voz), João Moreira (tp), Bernardo Moreira (ctb) e João Cunha (bat).

O Quinteto de Pedro Moreira toca de 17 a 19, contando com Pedro Moreira (sax t), João Moreira (tp), André Fernandes (guit), Nelson Cascais (ctb) e Alexandre Frazão (bat).

A 23 é a vez do “Trioism”, projecto apresentado por Spyros Manesis (p), Petros Klampanis (ctb), Rui Pereira (bat) e Nuno Costa (guit).

O Quarteto de Alexandre Diniz toca de 23 a 26. Em palco estarão António Pinto (guit), Alexandre Diniz (p), Massimo Cavalli (ctb) e Carlos Miguel (bat).

Finalmente, last but really not least, de 31 de Janeiro a 2 de Fevereiro o Hot acolhe um quarteto de peso, formado por Winnie Brückner (voz), Frank Möbus (guit), Daniel Erdmann (sax t) e Samuel Rohrer (bat).

Morreu Oscar Peterson: O Jazz está mais pobre



Morreu Oscar Peterson, a última grande lenda viva do piano no jazz.

Peterson faleceu ontem, Domingo, no Canadá, vítima de problema renal. Contava 82 anos.

Em Portugal Peterson deu apenas dois concertos, ambos em 1966, um no Cinema Monumental, em Lisboa, e outro no Cinema São José, em Cascais. Foi então acompanhado por Sam Jones (contrabaixo) e Louis Hayes (bateria).

Em breve retomaremos esta notícia que nos apanhou de surpresa quando recebemos um telefonema de um jornalista da TSF a pedir para comentar a morte de Peterson.

Para já aqui fica um vídeo em homenagem ao herdeiro de Art Tatum e que Luís Villas-Boas considerava um "fenómeno".

Feliz Natal!

"Tudo" sobre Miles Davis

Foi recentemente publicado nos EUA mais um livro sobre Miles Davis.

The Miles Davis Reader: Interviews and Features from DownBeat Magazine documenta a carreira do trompetista através das múltiplas entrevistas que concedeu à revista DownBeat desde 1950 (data da primeira) até 1991, ano que marcou a sua partida, e dos inúmeros artigos e notícias que gerou ao longo dos anos.

Este livro compila, pois, tudo o que a DownBeat publicou sobre Miles Davis, constituindo um excelente guia para seguir a sua carreira e compreender as suas diferentes fases.

Acompanhe a escrita da biografia de Ron Carter



Em 2004, Ron Carter, contrabaixista de referência no jazz e que se distinguiu inicialmente pela sua participação nos grupos de Miles Davis, desafiou Dan Ouellette a escrever a sua biografia.

Apesar do entusiasmo inicial com o projecto este crítico de música rapidamente se deparou com o desinteresse das editoras livreiras, as quais argumentavam que os livros sobre jazz vendiam tanto como os discos de jazz, ou seja, um volume insuficiente para justificar o seu investimento.

Ouellette não desanimou e inspirado pelo exemplo de Maria Shcneider, juntou-se ao projecto artistshare, passando a ser o editor do seu próprio livro. Foi assim que nasceu um espaço na internet onde os admiradores de Carter podem acompanhar os progressos na realização do livro, partilhando entrevistas em audio e vídeo, fotografias, relatos do autor, etc.

A obra em si deverá ser publicada em 2008.

Sexta-feira 21 há jazz no Museu da Música



Dia 21, já na próxima sexta-feira, às 18h30, o Museu da Música, em Lisboa, apresenta um concerto de jazz pelo Trio Vaiana, evento organizado com o apoio da Embaixada e da Comunidade Francófona da Bélgica.

Constituído por Pierre Vaiana (saxofone soprano, na foto), Salvatore La Rocca (contrabaixo) e Félix Simtaine (bateria), músicos de topo da cena jazz belga com muita experiência, o Trio Vaiana apresentará um concerto onde será dado o devido destaque ao saxofone, instrumento inventado na Bélgica do século XIX por Adolphe Sax.

A entrada é livre.

MUSEU DA MÚSICA
Estação do Metropolitano Alto dos Moinhos
Rua João de Freitas Branco
1500-359 LISBOA
Tel: (351) 21 771 09 90 / Fax: (351) 21 771 09 99
e-mail: mmusica@ipmuseus.pt / site: www.museudamusica-ipmuseus.pt

Haruki Murakami: o escritor que gosta de Jazz


Haruki Murakami no seu bar de jazz, em Tóquio, 1978.

O japonês Haruki Murakami dispensa grandes apresentações, ele que é um dos grandes romancistas a nível mundial.

O que talvez não seja tão conhecido é a sua paixão pelo Jazz, música que o cativou quando aos 15 anos, em 1964, teve a oportunidade de ver ao vivo, em Kobe, nada menos do que Art Blakey e os Jazz Messengers.

A paixão não se ficou por aqui e assim que terminou a faculdade, para poder ouvir jazz de manhã à noite, abriu um bar de jazz (o Peter Cat), que geriu durante sete anos, entre 1974 e 1982.

Quando mais tarde, aos 29 anos, se tornou escritor o jazz manteve-se presente na sua vida, transitando para as múltiplas obras que tem vindo a publicar ao longo dos anos.

Em Portugal os seus livros têm sido publicados principalmente pela Casa das Letras, traduzidos pela nossa amiga Maria João Lourenço, curiosamente filha de um grande amador de jazz... Não há dúvida de que Jazz e Murakami parecem combinar.

Jazz nos dias de hoje



Conforme aquio noticiámos, decorreu no passado dia 15, na FNAC de Cascais, uma conferência subordinada ao tema "O Jazz nos dias de hoje".

Participaram neste evento, organizado e moderado pelo autor de JNPDI!, António José de Barros Veloso (um dos primeiros músicos de jazz em Portugal), Bernardo Moreira (presidente do Hot Clube de Portugal), Duarte Mendonça (sócio de Villas-Boas no Cascais Jazz e produtor do Estoril Jazz), Fernando Cascais (director do CENJOR e jornalista da revista FLAMA na época do Cascais Jazz) e Maria Viana (em substituição de Paulo Ochoa, ausente por motivos de saúde).

O debate teve como ponto de partida um conjunto de tópicos de reflexão, fruto da visão pessoal do moderador sobre o panorama actual do Jazz em Portugal, a partir da qual os oradores apresentaram o seu ponto de vista, nuns casos concordando e noutros discordando objectivamente.


Barros Veloso e Duarte Mendonça

Bernardo Moreira


Maria Viana e Fernando Cascais

A noite terminou em casa de Maria Viana, já muito para lá de "Round Mindnight", onde decorreu uma inesquecível jam-session com Barros Veloso, em que ambos visitaram o cancioneiro norte-americano e brasileiro.

Sassetti, Barretto e Frazão encerram Lux Jazz Sessions



É já no próximo dia 26, a partir das 23h00, que chegam ao fim as Lux Jazz Sessions com a actuação de um trio composto por Bernardo Sassetti (piano), Carlos Barretto (contrabaixo) e Alexandre Frazão (bateria).

Frank Morgan: partida "anunciada"


Fonte: www.downbeat.com

Morreu o saxofonista-alto Frank Morgan, vítima de insuficiência renal e... de muitos anos de dependência de drogas, 20 deles passados na prisão. Morgan contava 73 anos e tinha acabado de regressar duma tournée pela Europa.

Filho dum guitarrista do grupo Ink Spots, Morgan foi um discípulo de Charlie Parker e um dos seus melhores representantes, apresentando uma sonoridade e fraseado sempre muito próximas de Bird.

Em 1992, actuou no Estoril Jazz com o pianista George Cables, um concerto memorável, felizmente gravado pela RTP.

Afinal em Portugal há leitores para o Jazz!



Parece não se comprovar o argumento de que em Portugal não se lê e que muito menos ainda se lê sobre Jazz.

A comprová-lo estão não só os livros que se têm publicado sobre esta matéria (de autores portugueses e estrangeiros) nos últimos dois/três anos mas, mais do que isso, o facto do livro de que somos autores (que é o único de que podemos realmente falar com dados objectivos), O Jazz Segundo Villas-Boas, ter vendido cerca de 60% da sua tiragem em apenas quatro meses (de Abril a Julho) e de se encontrar praticamente esgotado em várias FNAC, fenómeno que se tem acentuado fortemente com a proximidade do Natal.

Este é um excelente sinal que o público português dá às editoras e pode bem constituir uma excelente oportunidade para que várias obras de referência sobre o Jazz possam ser finalmente traduzidas para português. E pode, e deve, ser sobretudo um incentivo para a edição de autores portugueses, incluindo, por exemplo, trabalhos desenvolvidos pelo departamento de Jazz da Universidade de Aveiro e por faculdades com cursos de musicologia.

Parabéns, John Abercrombie



John Abercrombie, guitarrista que sempre se moveu nas fronteiras do jazz - onde se revelou uma voz ímpar e criativa - completa hoje 63 anos.

Músico com longas ligações a Portugal, onde não só actuou (tendo-se estreado em 1981, no Cascais Jazz), como ensinou, tendo ministrado um interessante workshop no Palácio Fronteira, em Benfica, nos idos de 1989, foi uma indelével influência para uma nova geração de guitarristas, ombreando com John Scofield e Pat Metheny.

As suas ligações à fusão e as influências sonoras de um Jimi Hendrix tornaram-no, todavia, algo de algumas "inimizades" e incompreensão na comunidade do jazz, das quais obviamente nos demarcamos, pois Abercrombie é um dos responsáveis por termos começado a gostar deste género musical.

JNPDI! recorda Abercrombie, recuperando alguns vídeos relativos aos vários contextos musicais em que se tem enquadrado.

Comecemos por ouvi-lo e vê-lo ao lado do saxofonista Charles Lloyd, numa gravação recente.



Com outro grande saxofonista: Michael Brecker.



Em trio, com músicos que o têm acompanhado ao longo da sua carreira: Marc Johnson (ctb) e Peter Erskine (bt).



Outro trio, desta feita com Adam Nussbaum e Dan Wall.



A sensibilidade de Abercrombie e a sua vertente de tecelão de universos musicais estão bem patentes no próximo vídeo, num tema interpretado a solo.



Já agora vale a pena ouvir Abercrombie a explicar como improvisar numa só corda da guitarra.

Feliz Natal 2007!

80 anos de Jazz em Cascais em revista hoje na FNAC



Realizamos hoje na FNAC de Cascais, a partir das 21h30, uma retrospectiva do que foi a evolução do Jazz neste concelho entre 1927 (data do primeiro concerto de que há registo) e o presente.

Além de alguns vídeos do Cascais Jazz (como o de Sarah Vaughan em 1973), serão apresentadas fotos inéditas (como a de Oscar Peterson, 1966) e revisitados todoos os principais locais por onde passou o jazz nestas oito décadas.