31 de outubro de 2006

Livro sobre Jazz em Portugal lançado em Coimbra

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O livro JAZZ EM PORTUGAL (1920-1956) - ANÚNCIO - EMERGÊNCIA - AFIRMAÇÃO (Ed. Almedina), da autoria de Hélder Bruno Martins, é apresentado já no próximo dia 2 de Novembro, no âmbito do "Jazz ao Centro - Encontros Internacionais de jazz de Coimbra, 2006".

Ao JNPDI! Hélder Martins referiu que "este trabalho é a adaptação da minha tese de mestrado (despida de conceitos e formalismos científico-musicológicos). Como tese de mestrado, é, acima de tudo, uma análise socio-político-cultural de Portugal, e da axiologia instituída, relativamente ao Jazz".

Mas o presente livro é muito mais do que issso, como esclarece o autor: "Ao longo do processo de investigação recolhi artigos dos jornais (décadas de 20 a 60) que suscitarão no leitor um misto de perplexidade e humor. O livro contém, para além dos artigos referidos, uma lista de orquestras de Jazz que desenvolveram actividade performativa nas décadas de 20 e 30, uma lista de Clubes, uma lista de músicos de uma segunda geração (décadas de 40 a 60), entre outras informações de grande interesse. Para além disto, as dúvidas e as incertezas que existiam em relação a músicos e a actuações dos mesmos em Portugal aparecem, nesta obra, esclarecidas... Da tese de mestrado, com todos os elementos que caracterizam um trabalho científico-musicológico, passou a ser um livro para um público generalizado, com o objectivo de se dar a conhecer a maior informação possível e que foi recolhida ao longo da investigação levada a efeito".

Este é, pois, "o primeiro trabalho científico-musicológico realizado sobre o Jazz em Portugal", refere Hélder Martins, que considera ainda que "não é o «estudo conclusivo» sobre as décadas em questão: muito há ainda a fazer!"

É nesse mesmo sentido que temos vindo a realizar o nosso estudo, desde 2003, o qual esperamos poder publicar em 2007/2008, cobrindo a história do Jazz em Portugal durante o Século XX. A cada dia que passa novos factos vão surgindo e certamente a leitura deste livro vai contribuir para um conhecimento ainda maior do que por cá se passou em termos de jazz.

O evento decorre pelas 18h, no Teatro Académico de Gil Vicente, em Coimbra, ficando a apresentação da obra a cargo do Professor José Maria Pedrosa Cardoso (Musicólogo, Doutor em Musicologia Histórica pela Universidade de Coimbra, Docente da FLUC).

JNPDI! deseja desde já o maior sucesso ao autor e seu "filho"!

História do Jazz contada no Porto

Dia 8 de Novembro Rui Azul (sax) e Rogério Ribeiro (trompete) contam ao vivo a história mundial do Jazz e dos Blues, num evento que decorre no Café Lusitano, a partir das 23h00.

De acordo com Rui Azul este é "um espectáculo de conceito inovador, aliando a componente didática de um documentário socio-cultural e de uma sessão de divulgação sobre a História do Jazz e dos Blues, partindo dos cantos de trabalho e dos espirituais dos finais do séc. XIX seguindo cronologicamente a sua evolução, seus estilos e correntes mais significativas, até aos nossos dias".

Para tal recorre ao som e imagem, "resultando num apelativo concerto multimedia", como explica Rui Azul: "Farei a apresentação, a introdução e comentários e explicações sobre cada época, com as suas características socio-culturais, que directamente influenciaram os estilos de Jazz e Blues praticados nessas décadas, assim como algumas curtas análises e referências sobre os temas a executar e seus autores ou compositores. Executarei (a solo ou acompanhado por outro solista, habitualmente outro sopro, neste caso um trompetista) diversos temas e standards relativos às sucessivas correntes e épocas, como os Delta Blues, o Swing, Bop, West Coast, Mainstream, Funkye, AfroCuban, etc... Nas respectivas improvisações, tentarei citar e abordar os tipos de fraseado melódico e as estéticas que lhes são inerentes e característicos dos solistas desses mesmos estilos e tipologias do Jazz".

O saxofone e o trompete como instrumentos solistas serão acompanhados por uma secção rítmica, cujos instrumentos foram previamente executados, gravados, mixados e masterizados pelo próprio Rui Azul, constituindo assim as BACKING TRACKS, contendo guitarra ou piano, contrabaixo e percussão, formando a base de acompanhamento e o suporte para desenvolver os temas e os solos.

A projecção de um video acompanhará integralmente o desenrolar da sessão, suporte constituído por excertos de filmes, curtas metragens, registos de Jazz ao vivo, animação, slide-shows, fotos, cartazes de festivais de Jazz e quadros (situações, retratos, diálogos) de banda desenhada que Rui Azul executou para o efeito.

O presente espectáculo foi criado em Abril de 2006 e foi já apresentado em alguns eventos e locais, como 3º Festival Internacional de Curtas Metragens do Porto; Lançamento do cd « À BOLINA », de Rui Azul; Contagiarte - Porto; Hot Five Jazz & Blues Club.

30 de outubro de 2006

Downbeat de Novembro

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28 de outubro de 2006

Lá estaremos, Amigo!

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Vicente Amigo actua hoje no CCB com o seu septeto.

O guitarrista vem apresentar o seu mais recente CD, Un momento en el sonido, trabalho povoado por bulerías, soleá, farruca, taranta, tangos, rumba, sapateado e bolero. "Estou a tentar enviar uma nova mensagem e ao mesmo tempo preservar o passado. Com Un momento en el sonido criei o album que queria," diz Vicente Amigo. "E o título reflecte exactamente o que eu procurava ? um momento perfeito no som".

Digno sucessor de Paco de Lucía, Vicente Amigo é considerado "o mais virtuoso e destacado intérprete de Guitarra Flamenca do momento", tendo colaborado com músicos como Stanley Jordan, Djavan, Milton Nascimento, John McLaughilin, Paco de Lucía, Al DiMeola, Camarón de la Isla, Yosoun´dor, Alejandro Sanz, Joe Cocker, entre outros, e acompanhado Sting em Sacred Love.

27 de outubro de 2006

35 anos de Cascais Jazz na BLITZ

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Chega hoje às bancas a revista BLITZ (n.º 5 - Novembro) em que publicamos um extenso artigo (8 páginas) sobre o I Cascais Jazz, celebrando assim os 35 anos da primeira edição do mais importante festival de jazz realizado em Portugal.

Aqui descrevemos o que foi musicalmente este evento, como foi planeado e realizado, assim como as exigências de Miles Davis, o caso Charlie Haden (com direito a uma fotografia inédita do momento em que os panos contra a Guerra Colonial foram dependurados nas bancadas do Pavilhão do Dramático) e as peripécias de bastidores, sem esquecer a PIDE, claro.

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A realização deste trabalho exigiu muitas horas de pesquisa em arquivos e de entrevistas a quem participou no Festival ou o acompanhou de perto, assim como o visionamento das imagens da RTP, pelo que queremos aproveitar a oportunidade para agradecer a todas as pessoas e entidades que nos permitiram realizar este artigo com a profundidade que nos impusemos:

- Helena Villas-Boas
- Augusto Mayer
- João Braga
- Duarte Mendonça
- Manuel Jorge Veloso
- Paulo Gil
- Bernardo Moreira
- Fernando Cascais
- Inês Homem e Mercedes Piñeda (Hot Clube de Portugal!)
- Filomena Fernandes (RTP)
- Fernando Costa (Arquivo de Fotografia de Lisboa)

Last but not least, um agradecimento muito especial ao Miguel Cadete, Director da BLITZ, que desde a primeira abriu entusiasticamente as páginas desta publicação ao Cascais Jazz, e aos designers da revista, pelo excelente trabalho realizado.

Creio ter dado um contributo para que a memória deste emblemático e mítico festival perdure e fique registada, podendo ser conhecida pelas novas gerações que, como eu, não tiveram o privilégio de lá estar em 1971, quando a história estava a ser feita ao vivo. Infelizmente nem todo o interessante material a que tive acesso pôde ser divulgado (por naturais condicionalismo de espaço na revista), pelo que será remetido, por direito próprio, para o livro que me encontro a organizar sobre a história do Jazz em Portugal, e grande parte dela passa por aqui ou começou realmente aqui no Cascais Jazz.

Este artigo é também uma homenagem a todos os que conseguiram, literalmente contra tudo e contra todos, montar um evento desta dimensão num Portugal que então era ainda mais pequeno (em mentalidades e abertura ao mundo e ao jazz em particular), pelo que o dedico sobretudo a Luís Villas-Boas, João Braga e Hugo Lourenço, o trio organizador do I Cascais Jazz, e a Duarte Mendonça, que lhe deu continuidade até 1988 e ainda hoje o mantém de certa forma vivo através do Estoril Jazz, seu digno sucessor.




Miles Davis foi uma, senão a maior, das estrelas do I Cascais Jazz.

Neste vídeo podemos ver o mesmo grupo, no mesmo ano, mas no Festival de Jazz de Berlim.

26 de outubro de 2006

Lou Donaldson já não vem aos Açores

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Por motivos de doença súbita, Lou Donaldson, que devia abrir hoje o VIII Festival de Jazz de Ponta Delgada, estará ausente deste evento, o que é sem dúvida uma baixa de peso. Ainda assim, actua o seu trio, composto por Dr. Lonnie Smith, Randy Johnston e Fukushi Tainaka, músicos que por si só justificam plenamente o interesse do concerto.

LOU DONALDSON QUARTET 26/10/06 (5ª FEIRA)

Dr. Lonnie Smith - Hamond B3
Randy Jonhston - Guitarra eléctrica e twin reverb
Fukushi Tainaka - Bateria e pratos

JACINTA 27/10/06 (6ª FEIRA)

Jacinta - Voz
Jorge Reis - Saxofone
João Custódio - Contrabaixo
João Lencastre - Bateria
Rui Caetano - Piano

JONATHAN BATISTE QUARTET 28/10/06 (SÁBADO)

Jonathan Batiste - Piano
Joe Saylor - Bateria e pratos
Phillip Kuehn - Contrabaixo
Aaron Holbrook - Saxofone alto

WILLIAM PARKER QUARTET 29/10/06 (DOMINGO)

William Parker - Contrabaixo, arco e percussão
Hamid Drake - Bateria, pratos, adufe e percussão
Patrícia Nicholson - Dança e voz
Daniel Cárter - Piano e Saxofone alto

Chris McNulty

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Fruto da nossa crescente colaboração com o site norte-americano www.allaboutjazz.com, acabámos de receber três discos da cantora Chris McNulty, dos quais aqui falaremos em breve, nomeadamente o seu mais recente: Whispers the Heart.

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Se algum dos leitores de JNPDI! conhecer esta artista, a sua opinião é muito bem-vinda.

25 de outubro de 2006

O disco mais caro de Jazz em Portugal

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Procure bem e veja se por acaso não tem aí por casa ou na casa dos seus pais ou avós um exemplar deste disco do Charlie Parker, intitulado CHARLIE PARKER / HI FI...

Mas atenção, tem de ser em vinyl, versão LP e 10 polegadas. Em CD não vale!

Na verdade este disco não está à venda e nem por 500 euros o seu proprietário, uma loja de discos em segunda mão, o dispensa. E ofertas não têm faltado.

Aaron Goldberg no Hot em Novembro

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É um grande pianista e toca no Hot Club de Portugal no dia 11 de Novembro, juntamente com dois músicos que dispensam apresentações: Omer Avital (contrabaixo) e Ali Jackson (bateria).

Aaron Goldberg, que tem uma forte ligação a Portugal e ao Hot Clube em particular, vem apresentar o seu mais recente CD, Worlds, registo em que contou com a colaboração de Reuben Rogers, Eric Harland, Kurt Rosenwinkel e Luciana Souza...

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Goldberg aprendeu jazz com Bob Sinicrope e Jerry Bergonzi e estudou na New School for Jazz and Contemporary Music, em Nova Iorque, onde teve como colegas músicos como Omer Avital, Brad Mehldau, Roy Hargrove e Ali Jackson.

Entre os grandes nomes do jazz com quem tocou contam-se Betty Carter, Al Foster, Nicholas Payton, Stefon Harris, Tom Harrell, Freddie Hubbard, Mark Turner, Joshua Redman, Kurt Rosenwinkel e Wynton Marsalis...

A não perder!

24 de outubro de 2006

O Jazz anda no ar!

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O Jazz anda no ar, concretamente no Canadá, onde funciona uma companhia aéra que tomou este género musical como nome comercial.

A companhia é a Jazz, foi fundada em 2002 e é detida pela Air Canada, empregando nada menos do que 4000 colaboradores.

No site desta empresa só não se fica a saber 1) Porquê o nome Jazz; 2) Se há Jazz a bordo.

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23 de outubro de 2006

Grandes Portugueses: E porque não Villas-Boas?

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Villas-Boas com Bill Evans (Estoril, 1975)

A RTP decidiu levar a votos junto do público a eleição dos grandes portugueses.

Pois bem, e porque não Luís Villas-Boas, que tanto fez pela cultura e pelo Jazz em Portugal?

De facto, a ele se devem pelo menos três iniciativas pioneiras e fundamentais:

- A divulgação e legitimação do Jazz, tendo criado o mais importante programa de rádio e assinado os primeiros artigos de imprensa, consistentes, sobre os novos sons que sopravam do ocidente, para além de ter dinamizado programas televisivos sobre jazz e proferido várias palestras em liceus e universidades;

- A produção do Jazz, pela organização das primeiras jam-sessions, pela produção dos primeiros grandes concertos e pelo lançamento do Cascais Jazz - o mais emblemático festival de Jazz jamais realizado entre nós - e outros festivais;

- A congregação dos amadores, a formação de músicos e a perpetuação do Jazz, mediante a fundação do Hot Clube de Portugal (Lisboa) e do Luisiana (Cascais).

Mas mais do que isto, Villas-Boas foi um dos agentes do Século XX que contribuiram para o direito dos negros à cultura, à produção de cultura, o que era avidamente negado pelos brancos do establishment. E a luta por este direito, ainda que indirecta, marcou a queda da última fronteira entre as raças.

Não foi, pois, Villas-Boas um grande português, maior até do que o seu País?

Eu acho que sim e não estou seguramente só.

«Antes de Luís Villas-Boas ter "arrancado" aos portugueses um inesperado êxito num festival de jazz, este vivia, ou vegetava, no período das trevas, no antes-de-Cascais».
Fernando Cascais, in «Flama» 25/02/1972

«Luís Villas-Boas, sinónimo inteligente da anticultura, talvez tenha um país que não o mereça».
Anabela Martins da Cruz, in «Diário de Notícias» 04/02/1989

«Luís Villas-Boas nasceu para o jazz, viveu o jazz e deu a Portugal uma revolução [Cascais Jazz] dois anos antes do 25 de Abril».
Rui Tentúgal, Editor de Cultura do «Expresso», in «A Capital» 11/03/1999

«Foi o labor de uma vida plena que impôs entre nós o Jazz (essa «música de pretos», como se dizia) como uma força cultural imparável, confirmou os novos músicos sustentado-lhes o ímpeto e ajudou à divulgação dos seus talentos até fora das fronteiras de um país que, para Villas-Boas, era exactamente do seu tamanho: imenso».
José Mendes, «Expresso» 13/03/1999

22 de outubro de 2006

"Glenn Miller" em Novembro

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É mais um concerto para o já mais do que concorrido mês de Novembro.

Agora é a vez da Euroconcerto anunciar a vinda de uma orquestra de homenagem a Glenn Miller, a qual actua em Lisboa (20), no Coliseu, e no Porto (21).

Não resta já qualquer dúdiva de que o próximo Novembro vai ser realmente um grande "Festival de Jazz" em Lisboa...

Cassandra Wilson (1)
Wayne Shorter (9)
Jamie Cullum (9)
Stacey Kent (11)
Keith Jarrett (12)
Patricia Barber (12)
Herbie Hancock Quartet (16)
Richard Galliano (17)
Madeleine Peyroux (18)
Glenn Miller Tribute (20)
Andrew Hill (26)

Não há fome que não dê em fartura...

Para relembrar Glenn Miller e a sua música, aqui ficam dois vídeos dos anos 40.


"Chattanooga Choo Choo"



"In The Mood"

Ella só video...

JNPDI! inicia hoje uma nova secção que pretende dar aos leitores uma panorâmica da evolução dos principais músicos de jazz ao longo da sua carreira. Só que em vez de utilizarmos fotografias e texto vamos recorrer às imagens vídeo, para o que contamos com a preciosa colaboração do site www.youtube.com

A ideia é começar cronologicamente do início para o fim da carreira, na medida em que as imagens disponíveis assim o permitam.

Dedicimos dar o pontapé de saída com Ella Fitzgerald, ela que é uma das nossas cantoras favoritas e que felizmente está muito bem documentada em filme.

1942: No filme "Ride 'em Cowboy", a cantar o seu primeiro grande sucesso "A-Tisket A-Tasket":



1950: Com Harry Sweets Edison, Lester Young, Flip Phillips, Phil Harris, Hank Jones, Ray Brown e Buddy Rich - "Blues for Greasy"



1955: no programa Colgate Variety Hour, a cantar "Hard Hearted Hannah"



1957: Em Amesterdão, a cantar "Angel Eyes":



1959: Com Benny Goodman e Peggy Lee



1961: Em Londres - "Lady Be Good" e "Mack the Knife"



1965: Em Londres, com o trio de Tommy Flanagan, em "Misty"



1966: Na Côte d'Azur, com a orq. de Duke Ellington, no mesmo ano em que actuou em Lsiboa com esta mesma formação - "Something to live for" e "Só danço samba"



1968: Com Duke Ellington no "Ella Fitzgerald Show, em "Don't get around much anymore"



1969: Com o trio de Tommy Flanagan no Festival de Jazz de Montreux - "I Won't Dance"



1974: No clube Ronnie Scott - "Good Morning Heartache"



1979: Em Montreux, com Count Basie, talvez no melhor registo vídeo do seu scat singing!



1980: "How High the Moon"



1986: Em Berlim, em "T'ain't nobodys business"



1990: No Moulin Rouge, com Ray Charles





Parcerias...

Com Sarah Vaughan e Pearl Bailey



Com Frank Sinatra, em "The Lady is a Tramp"



Com Dean Martin



Com Dean Martin e Gordon MacRae



Com Dinah Shore



Com Tommy Flanagan



Com Joe Pass

Música da liberdade foi à prisão

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Os reclusos de Santa Cruz do Bispo tiveram ontem uma manhã diferente, com a prisão a acolher o projecto «Jazz sem barreiras», uma iniciativa da Câmara de Matosinhos que contou com a participação da Orquestra de Jazz de Matosinhos.

O site do Primeiro de Janeiro informa que "Ao longo de cerca de uma hora, os reclusos da prisão matosinhense tiveram a hipótese de contactar com os diversos momentos da evolução deste género musical, desde a sua génese até à actualidade. Com o apoio dos elementos da Orquestra de Jazz de Matosinhos, foi ainda possível perceber o significado de cada um dos temas, a evolução dos estilos, os instrumentos utilizados, bem como o enquadramento sócio-cultural da época, seguindo-se a respectiva execução. Refira-se que o jazz tem as suas raízes na música norte-americana, devendo a sua fama mundial a nomes como Miles Davis ou Dizzie Gillespie.

Refira-se que a Câmara Municipal de Matosinhos é uma das que mais tem feito pela divulgação do jazz em Portugal, pelo que aproveitamos para lhe endereçar as nossas felicitações. Com efeito, o «Jazz sem barreiras» é apenas um dos programas que esta elidade tem usado para divulgar este género musical, sendo que o Pelouro da Juventude desenvolve ainda outras iniciativas, nomeadamente «Jazz para todos», «Jazz desce à cidade», «Jazz vai à escola» ou «Jazz do Pai Natal», já para não falar no facto de a autarquia suportar uma orquestra de jazz que tem deixado bem claro o seu alto nível.

20 de outubro de 2006

Jazz ao Centro no centro da polémica

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A notícia de que a segunda parte do Jazz ao Centro teria sido viabilizada pelo Ministério da Cultura através do Instituto das Artes (IA) está a criar polémica e mal estar entre alguns produtores de jazz.

Em causa está o apoio de 20 mil euros do IA, que se soma aos 30 mil euros da Câmara Municipal de Coimbra, valor que as fontes que nos contactaram afirmam ser "escandalosamente acima" do orçamento necessário para contratar os quatro grupos que vão actuar, "nenhum deles de topo" na cena do Jazz - Quinteto de Mário Santos, trio Kühn/Humair/Chevillon, Gábor Gadó Quartet e Paulo Curado - sendo dois destes conjuntos portugueses, o que, segundo as vozes críticas, não implica custos com deslocações aéreas, e os restantes europeus, "com custos de deslocação menores do que no caso de grupos norte-americanos".

Contactado por JNPDI!, Pedro Rocha Santos, director-geral do festival, esclareceu, porém, que o apoio do IA se destinou à totalidade do Jazz ao Centro. "Não só lamentamos como reprovamos a atitude dos ditos produtores que, claramente, não se documentaram devidamente antes de a tomarem. Como forma de os ajudar a concluir, por si mesmos, o absurdo das críticas que pretendem tornar públicas através do [JNPDI!], juntamos em anexo, o programa completo do "Jazz ao Centro - Encontros Internacionais de Jazz de Coimbra, 2006", iniciativa apoiada pelo Ministério da Cultura através do Instituto das Artes (...)", afirmou.

Aqui deixamos, pois, o programa completo do Jazz ao Centro.

II PARTE

2 de Novembro - Teatro Académico Gil Vicente, 21h45m
Quinteto de Mário Santos
Michael Lauren - bateria
António Augusto Aguiar contrabaixo
Zé Pedro - saxofone tenor/soprano
Rui Teixeira - saxofone barítono e alto
Mário Santos - saxofone tenor e alto

3 de Novembro - Teatro Académico Gil Vicente, 21h45m
Kühn/Humair/Chevillon
Joachim Kühn - piano
Daniel Humair - bateria
Bruno Chevillon - contrabaixo

4 de Novembro - Teatro Académico Gil Vicente, 21h45m
Gábor Gadó Quartet
Gábor Gadó - guitarra
Matthieu Donarier - saxofone tenor
Sébastien Boisseau - contrabaixo
Joe Quitzke - bateria

2, 3 e 4 de Novembro - Salão Brasil (Baixa de Coimbra), 24h00m
Paulo Curado "O Lugar da Desordem"
feat. Ken Filiano
Paulo Curado - saxofones e flauta
Acácio Salero - bateria
Ken Filiano - contrabaixo

I PARTE

1 de Junho - 15h00
Concerto Didáctico com IMI Kollektief

1 de Junho - 21h30
IMI Kollektief
Alípio C Neto - saxofone tenor
Jean-Marc Charmier - trompete e acordeão
Els Vandeweyer - vibrafone
Adam Lane - contrabaixo
Rui Gonçalves - bateria

2 de Junho - 21h30
The Thing vs Scorch Trio
Mats Gustafsson - saxofones tenor e barítono
Raoul Björkhenheim - guitarra eléctrica
Ingebrigt Haker Flaten - contrabaixo e baixo eléctrico
Paal Nilssen-Love - bateria

3 de Junho - 21h30
Mario Pavone Quintet
Mario Pavone - contrabaixo
Tony Malaby - saxofone tenor
Steven Bernstein - trompete
Peter Madsen - piano
Gerald Cleaver - bateria

1,2, 3 Junho - 24h00
Adam Lane / Ken Vandermark Quartet
Ken Vandermark - saxofone tenor
Magnus Broo - trompete
Adam Lane - contrabaixo
Paal Nilssen-Love - bateria

Vicente Amigo em Faro e Lisboa

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É já nos próximos dias 27 e 28 de Outubro que Vicente Amigo se apresenta com o seu septeto em Faro e em Lisboa, dois concertos a não perder.

O guitarrista vem apresentar o seu mais recente CD, Un momento en el sonido, trabalho povoado por bulerías, soleá, farruca, taranta, tangos, rumba, sapateado e bolero. "Estou a tentar enviar uma nova mensagem e ao mesmo tempo preservar o passado. Com Un momento en el sonido criei o album que queria," diz Vicente Amigo. "E o título reflecte exactamente o que eu procurava ? um momento perfeito no som".

Digno sucessor de Paco de Lucía, Vicente Amigo é considerado "o mais virtuoso e destacado intérprete de Guitarra Flamenca do momento", tendo colaborado com músicos como Stanley Jordan, Djavan, Milton Nascimento, John McLaughilin, Paco de Lucía, Al DiMeola, Camarón de la Isla, Yosoun´dor, Alejandro Sanz, Joe Cocker, entre outros, e acompanhado Sting em Sacred Love.

19 de outubro de 2006

É tempo de dar à manivela!

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Telefonem às vossas bisavós, avós, mães, tios (nem que sejam afastados) e procurem os velhos gramofones e as velhas grafonolas que estejam guardadas no sótão...

É que com o aumento de 16% na electricidade qualquer dia ouvir música só dando novamente à manivela...

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Eu por mim já estou prevenido com o belo exemplar que as fotos documentam.

É simples: dá-se à manivela durantes uns "breves" segundos, coloca-se um velhinho disco de jazz de 78 rpm e há música garantida durante 3 minutos, sem impacto ambiental (tirando o ruído, pois controle de volume não há) nem orçamental!

E assim sempre vamos treinando para quando for preciso fazer o mesmo aos automóveis...

Destroce...

Ah, e se por acaso o Secretário de Estado da Energia vos aparecer a dizer que isto do aumento da electricidade é normal e que a culpa é vossa, acreditem que os velhinhos e pesados discos de 78 rpm ainda podem ter outra utilidade bem prática...

Anita O'Day completa hoje 87 anos

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A cantora Anita O'Day, uma das vozes mais emblemáticas do período do Swing, completa hoje 87 anos.

Embora esteja bem de saúde, Anita acusa já o passar dos anos (muitos deles vividos com grande dependência e abuso de substâncias tóxicas), conforme nos disse recentemente o seu agente, o que não a impediu de lançar um novo CD em Abril deste ano (o primeiro depois de um longo período de 13 anos passados longe dos estúdios de gravação) e de ter actuado ao vivo num clube de Nova Iorque. Aliás, ainda recentemente Anita lançou um DVD de um espectáculo realizado em 2001...

Anita Belle Colton nasceu a 18 de Outubro de 1919, em Chicago, e começou por dançar, isto até descobrir os seus talentos vocais, tendo sido uma das primeiras cantoras de orquestra a colocar-se ao nível dos músicos, rompendo assim com o tradicional papel de ser "apenas uma voz".

De facto, Anita O'Day tinha a mesma garra e o mesmo swing dos músicos de jazz e a mesma vontade de improvisar e "brincar" com a música, características que lhe valeram grande popularidade, sobretudo com a memorável interpretação de "Let Me Off Uptown" (1941), em que dialoga com o trompetista Roy Eldridge (infelizmente neste vídeo essa cena não se vê) numa gravação com a orquestra de Gene Krupa:



Volvido algum tempo, Anita deixou a orquestra de Krupa para se juntar à formação de Woody Herman, regressando à origem, mas para logo em 1943 passar a integrar a banda de Stan Kenton, com a qual gravaria em 1944 o primeiro gande êxito desta formação: "And Her Tears Flowed Like Wine".

Em 1946 (há 60 anos...) gravou a solo pela primeira vez, acompanhada por John Poole. Seria porém a Verve a lançá-la para o sucesso e bem se pode dizer que ambos o fizeram juntos, já que o primeiro album que gravou foi também o primeiro lançado por esta editora... Estávamos em 1955 quando o long playing Anita (aka This Is Anita) foi colocado à venda no mercado.

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A partir daqui Anita aparecia em concertos e festivais de jazz ao lado de músicos como Louis Armstrong, Thelonious Monk e George Shearing. Seria um desses festivais que a tornaria famosa a nível mundial - o Newport Jazz Festival de 1958, gravado em filme e intitulado Jazz on a Summer's Day.



Não parece por vezes a nossa Maria Viana?



Entretanto, desde o início dos anos 50 até à década seguinte, Anita gravaria cerca de 20 lp para a Verve, tendo à sua disposição alguns dos melhores arranjadores musicais, como Billy May, e músicos: Oscar Peterson Quartet (Anita Sings the Most), Jimmy Giuffre (Cool Heat), Cal Tjader (Time for Two) e o fabuloso trio Three Sounds (Anita O'Day and the Three Sounds).

Tudo corria até que em 1967 a cantora sofreu um colapso físico provocado pelo uso de heroína e um ritmo alucinante de concertos. Seriam precisos três anos para Anita se libertar dos vícios de que se tornara dependente, fazendo o seu regresso artístico em 1970, no Festival de Jazz de Berlim. Por esta altura já Anita era bastante popular no Japão, onde gravou alguns LP, e já tinha a sua própria editora, a Emily Records.

A história da vida de Anita ficou contada na autobiografia High Times, Hard Times, publicada em 1981.

17 de outubro de 2006

Bom Jazz para 2007!

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Charles Lloyd em Tallin, Estónia

JNPDI! dá-lhe em primeira mão um panorama global dos concertos de Jazz que estão previstos para os primeiros meses de 2007.

Brad Mehldau
23 Janeiro - Porto
Casa da Música

Brad Mehldau
24 Janeiro - Lisboa
Centro Cultural de Belém

Michel Camilo and Tomatito
30 Janeiro - Lisboa
Centro Cultural de Belém

Michel Camilo and Tomatito
31 Janeiro - Porto
Casa da Música

McCoy Tyner Trio*
24 Fevereiro - Lisboa
Culturgest

McCoy Tyner Trio
25 Fevereiro - Porto
Casa da Música
*Com Charnett Moffett (cb) e Eric Kamau Gravatt (bat).

Jason Moran and the Bandwagon
6 Março - Lisboa, Portugal
Centro Cultural de Belém

Charles Lloyd Quartet*
18 Abril - Porto
Casa da Música

Charles Lloyd Quartet
20 Abril - Lisboa
Culturgest
* Com Geri Allen (p), Reuben Rogers (cb) e Eric Harland (bat).

E são só os primeiros meses...

Depois ainda há-de se ouvir o duo Pat Metheny Brad Mehldau e várias outras surpresas...



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Pena é que o Charles Lloyd não venha com o projecto musical do seu mais recente disco Sangam (2006), com Zakir Hussain e Eric Harland, que podemos ver aqui em vídeo.



16 de outubro de 2006

YouTube JNPDI Jazz Series I

Começamos hoje a emitir aqui alguns vídeos de Jazz a partir do YouTube.

E para dar o pontapé de saída nada melhor do que Ella Fitzgerald e Duke Ellington em "Lady Be Good" (1968).



Isto é scat singing, com direito a imitar o som de um contrabaixo com arco e a citar "A tisket-a-tasket"...

VIII Festival de Jazz de Ponta Delgada

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Decorre de 26 a 29 de Outubro o VIII Festival de Jazz de Ponta Delgada, com concertos no Teatro Micaelense.

O evento abre com o quarteto de um músico que bem gostaríamos de voltar a ouvir por Lisboa: Lou Donaldson.


LOU DONALDSON QUARTET 26/10/06 (5ª FEIRA)

Lou Donaldson - Saxofone alto
Dr. Lonnie Smith - Hamond B3
Randy Jonhston - Guitarra eléctrica e twin reverb
Fukushi Tainaka - Bateria e pratos

JACINTA 27/10/06 (6ª FEIRA)

Jacinta - Voz
Jorge Reis - Saxofone
João Custódio - Contrabaixo
João Lencastre - Bateria
Rui Caetano - Piano

JONATHAN BATISTE QUARTET 28/10/06 (SÁBADO)

Jonathan Batiste - Piano
Joe Saylor - Bateria e pratos
Phillip Kuehn - Contrabaixo
Aaron Holbrook - Saxofone alto

WILLIAM PARKER QUARTET 29/10/06 (DOMINGO)

William Parker - Contrabaixo, arco e percussão
Hamid Drake - Bateria, pratos, adufe e percussão
Patrícia Nicholson - Dança e voz
Daniel Cárter - Piano e Saxofone alto

13 de outubro de 2006

O que se passa no Hot Clube em Outubro

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Aguarela de Elsa Canavarro. Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Hot_Clube_de_Portugal

12, 13, 14 QUINTA a SABADO
Carlo Magni Trio (Ita/Por)
Carlo Magni - piano
Nelson Cascais - ctb
Bruno Pedroso - bat

19, 20, 21 QUINTA a SABADO
Carlos Carli Trio (Uru/Arg/Por)
German Kucich - piano
Hugo Antunes - ctb
Carlos Carli - bat

26, 27, 28 QUINTA a SABADO
Júlio Resende 4teto
Júlio Resende - piano
José Pedro Coelho - saxs
Hugo Antunes - ctb
Alexandre Frazão - bat

Django Reinhardt em livro

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É lançado em Novembro, nos EUA, um livro totalmente dedicado ao genial guitarrista que foi Django Reinhardt, músico cigano que apesar de ter dois dedos da mão esquerda inutilizados (devido a um incêndio na roulotte em que vivia) era um autêntico virtuoso.

Django Reinhardt and the Illustrated History of Gypsy Jazz é da autoria de Michael Dregni, Alain Antonietto e Anne Legrand (curadora dos arquivos de Charles Delaunay, depositados na Biblioteca Nacional de França) e é composto por mais de 400 fotografias, desenhos e ilustrações, muitos destes inéditos.

JNPDI! aproveita o press-release da editora, a SpeckPress, e deixa aqui alguns dos eventos mais marcantes da vida de Django:

Selected Moments in Django's Life:

1910 January 23, born in Liberchies, Belgium
1924, begins music career in Parisian dance halls
1928 June, first recording session
1928 October, suffered disfiguring injuries to hand in caravan fire
1930 April, begins to play guitar again, without use of his ring finger and little finger on left hand
1932, Discovers Stephane Grappelli
1934 February, first performance organized by the newly founded Hot Club de France
1935 March, records with Coleman Hawkins
1939 April, meets Duke Ellington at the Hot Club de France?s new office
1940, Releases "Nuages", an anthem to Paris during the Occupation; despite Nazi bans on jazz, Django was a favorite with German troops
1946, Joined Duke Ellington?s tour in the U.S.; begins to paint
1952 December, exhibits paintings at the Salon des Vedettes
1953 May 16, dies from a cerebral hemorrhage


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A quem gostar realmente, como nós, da música deste guitarrista e também de cinema e de Woody Allen... recomendamos o visionamento do filme Através da Noite (no original Sweet and Lowdown), dedicado a um guitarrista norte-americano, Emmet Ray, que tocava como Django o estilo manouche.

12 de outubro de 2006

Shorter sold out!

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Fonte: www.downbeat.com

Já estão esgotados os bilhetes para o concerto que o quarteto de Wayne Shorter dá no dia 9 de Novembro, na Culturgest.

Com Shorter actuam John Patitucci (contrabaixo), Danilo Perez (piano) e Brian Blade (bateria).

11 de outubro de 2006

Jimmy Heath celebra 80.º aniversário com concerto

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O saxofonista-tenor Jimmy Heath toca há cerca de 60 anos e completa no próximo dia 25 nada menos do que 80 anos. Para celebrar este aniversário, o músico convidou alguns velhos amigos e companheiros de palco para um concerto no Blue Note de Nova Iorque. Com ele estarão Bill Cosby, Clark Terry e James Moody.

Nascido numa família que daria ao Jazz três bons músicos, Jimmy é o irmão do meio de Percy (baixista) e Albert (baterista). Os três tocaram até 2005 no grupo Heath Brothers, ano em que Percy morreu, pondo fim a este projecto musical. Em Portugal exibiram a sua arte no Estoril Jazz, em 2002.

10 de outubro de 2006

Genius of Modern Music

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Thelonious Monk faria hoje 89 anos se fosse vivo.

Há 35, actuou no Cascais Jazz.

Há cerca de 40, foi capa da revista Time.

Há mais de 60, ajudou a criar o Bebop, juntamente com Charlie Parker e Dizzy Gillespie.

São dele temas como "'Round Midnight", "Straight No Chaser", "52nd Street Theme", "Blue Monk", "Ruby My Dear", "Well You Needn't", "Bemsha Swing", "Nutty", "Brilliant Corners" ou "Crepuscule With Nellie".

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Um pouco do espírito e da vida e obra de Monk pode ser visto no filme Thelonious Monk - Straight No Chaser (1988), um excelente documentário sobre Monk em tournée, estúdio e na vida privada, onde são já bem visíveis os contornos da doença mental que o levaria a retirar-se da vida activa em 1973.

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Recentemente, foram também editados em DVD dois concertos que o pianista deu em Oslo e em Copenhaga, em 1966, em programa televisivos.

8 de outubro de 2006

Casa do Jazz em Portugal não tem de ser utopia

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Já aqui defendemos por várias vezes a criação em Portugal de uma Casa do Jazz, onde se possam reunir os espólios de várias figuras-chave deste género musical e colocá-lo ao serviço do público, inserido em acções pedagógicas, nomeadamente junto das escolas.

Pois bem, um tal espaço já existe em Roma, Itália, tendo sido inaugurado pela autarquia desta cidade em Abril de 2005, pelo que nem sequer será necessário partir do zero.

Situada na Viale di porta Ardeatina, no interior de um grande parque, a Casa do Jazz é composta por três edifícios. Nestes espaços estão albergados um auditório para 150 pessoas (foto 1), uma sala de ensaios e para gravação e posterior edição discográfica, um arquivo audiovisual (foto 2) consultável através de postos multimedia, e uma biblioteca (foto 3). Existe ainda uma cafetaria e restaurante (foto 4).

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A Casa do Jazz está instalada numa Villa dos anos 30 que foi recentemente confiscada a um antigo líder da máfia, agora restituída aos cidadãos de Roma através da autarquia desta cidade.

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Sucede ainda que a maior parte dos concertos realizados nesta morada do Jazz são gratuitos ou custam uns módicos 5 euros.

Assim se incentiva a cultura e se fomenta o gosto pela música.

Ora em Lisboa o que não faltam são espaços detidos pela CML aos quais ninguém sabe que utilidade dar...

Maria João e Sara Tavares no Festival de Jazz de Londres

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Maria João e Mário Laginha e ainda Sara Tavares têm actuação já agendada no Festival de Jazz de Londres, um dos mais prestigiados a nível mundial.

A dupla Maria João e Mário Laginha actua a 15 de Novembro no Purcell Room, sala incorporada no The South Bank Centre.

Nesta mesma sala actua no dia 17 Sara Tavares.

7 de outubro de 2006

Herbie Hancock em Novembro

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Está confirmada a actuação de Herbie Hancok no Coliseu de Lisboa (16) e no Porto (18). Com ele vêm Vinnie Colaiuta (bateria), Nathan East (baixo eléctrico) e Lionel Loueke (guitarra).

E assim se confirma que Novembro vai ser realmente um grande "Festival de Jazz" em Lisboa. Senão veja-se bem o que está já garantido...

Cassandra Wilson (1, 2)
Wayne Shorter (9)
Jamie Cullum (9)
Stacey Kent (11)
Keith Jarrett (12)
Patricia Barber (12)
Herbie Hancock Quartet (16)
Richard Galliano (17)
Madeleine Peyroux (18)
Andrew Hill (26)

Não há memória de outro mês de tão vasta e elevada oferta.

Vai ser difícil escolher...

6 de outubro de 2006

35 anos de Cascais Jazz na Blitz

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Miles Davis nos bastidores do Cascais Jazz, depois de um memorável concerto.

O Cascais Jazz completa este ano 35 anos da sua primeira edição, realizada em Novembro de 1971.

Para assinalar esta efeméride sobre o mais importante festival de Jazz que jamais se realizou em Portugal - e que não podia obviamente passar em claro - realizei uma extensa investigação de vários meses em bibliotecas e arquivos, entrevistei algumas das pessoas que participaram/organizaram este evento, revi imagens da RTP e o resultado desta "odisseia" será publicado no final deste mês na revista BLITZ (edição de Novembro).

Prometem-se, desde já, histórias curiosas envolvendo o I Cascais Jazz, revelações inéditas, factos desconhecidos ou esquecidos e excelentes fotografias, com direito a uma ou outra surpresa...

Quando a BLITZ de Novembro sair aqui o publicitaremos para que os interessados possam adquiri-la.

5 de outubro de 2006

Festival de Jazz a sério é em Barcelona

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Qualquer comparação que se queira estabelecer entre Portugal e Espanha em termos de festivais de jazz é tempo perdido.

A começar pelo facto de Lisboa não possuir um festival de Jazz, a não ser o Jazz em Agosto, mas nesse há cada vez menos Jazz e nunca houve qualquer envolvimento da CML. Portanto, não serve de comparação; não conta.

Mas ainda que servisse, compare-se a respectiva oferta com a do Festival de Jazz de Barcelona (que não é capital de Espanha, embora o seja economicamente), que este ano aí se realiza pelo 38.º ano, de 28 de Outubro a 5 de Dezembro (quase três meses...).

Ver programa aqui.

Helen Merrill: 60 anos a cantar Jazz

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A propósito do seus 60 anos de carreira, entrevistámos Helen Merrill para o site www.allaboutjazz.com, a voz mais suave e doce do Jazz. Da data da sua publicação online daremos aqui nota em breve.

Da conversa com Helen Merrill resultou o facto curioso e inesperado de ser familiar de André Jordan, parentesco que desconhecíamos por completo.

Razão tinha Marshall McLuhan.... O Mundo é cada vez mais uma aldeia!

4 de outubro de 2006

Hoje há Jazz na Casa da Música

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Fonte: www.downbeat.com

O saxofonista Archie Shepp junta-se aos Dar Gnawa, um grupo de músicos e bailarinos marroquinos, num projecto que visa fundir o free?jazz com a música de transe de ritmos complexos.

Com Shepp actuam, Tom McClung (piano), Wayne Dockery (contrabaixo) e Steve McCraven (bateria). De recordar que Dockery já passou por Lisboa nos anos 90, juntamente com Eddie Henderson, tendo demonstrado ser um grande senhor do contrabaixo...

3 de outubro de 2006

Ciclo Internacional de Jazz de Oeiras

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Teve lugar mais uma edição do Ciclo Internacional de Jazz de Oeiras, este ano realizado no Auditório Ruy de Carvalho, em Carnaxide.

JNPDI! deixa aqui algumas fotografias deste evento, cedidas por um leitor, Carlos Amaral.

29.SET, 6ª feira - 22.00H
CAROLYN LEONHART QUINTET featuring WAYNE ESCOFFERY

CAROLYN LEONHART - voz
WAYNE ESCOFFERY - saxofones tenor e soprano
ORRIN EVANS - piano
JOE MARTIN - contrabaixo
DONALD EDWARDS - bateria

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30.SET, sábado - 22.00H
JEREMY PELT QUARTET

JEREMY PELT - trompete
FRANCK LOCRASTO - piano
GAVIN FALLOW - contrabaixo
ERIC McPHERSON - bateria

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