20 de outubro de 2006

Jazz ao Centro no centro da polémica

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A notícia de que a segunda parte do Jazz ao Centro teria sido viabilizada pelo Ministério da Cultura através do Instituto das Artes (IA) está a criar polémica e mal estar entre alguns produtores de jazz.

Em causa está o apoio de 20 mil euros do IA, que se soma aos 30 mil euros da Câmara Municipal de Coimbra, valor que as fontes que nos contactaram afirmam ser "escandalosamente acima" do orçamento necessário para contratar os quatro grupos que vão actuar, "nenhum deles de topo" na cena do Jazz - Quinteto de Mário Santos, trio Kühn/Humair/Chevillon, Gábor Gadó Quartet e Paulo Curado - sendo dois destes conjuntos portugueses, o que, segundo as vozes críticas, não implica custos com deslocações aéreas, e os restantes europeus, "com custos de deslocação menores do que no caso de grupos norte-americanos".

Contactado por JNPDI!, Pedro Rocha Santos, director-geral do festival, esclareceu, porém, que o apoio do IA se destinou à totalidade do Jazz ao Centro. "Não só lamentamos como reprovamos a atitude dos ditos produtores que, claramente, não se documentaram devidamente antes de a tomarem. Como forma de os ajudar a concluir, por si mesmos, o absurdo das críticas que pretendem tornar públicas através do [JNPDI!], juntamos em anexo, o programa completo do "Jazz ao Centro - Encontros Internacionais de Jazz de Coimbra, 2006", iniciativa apoiada pelo Ministério da Cultura através do Instituto das Artes (...)", afirmou.

Aqui deixamos, pois, o programa completo do Jazz ao Centro.

II PARTE

2 de Novembro - Teatro Académico Gil Vicente, 21h45m
Quinteto de Mário Santos
Michael Lauren - bateria
António Augusto Aguiar contrabaixo
Zé Pedro - saxofone tenor/soprano
Rui Teixeira - saxofone barítono e alto
Mário Santos - saxofone tenor e alto

3 de Novembro - Teatro Académico Gil Vicente, 21h45m
Kühn/Humair/Chevillon
Joachim Kühn - piano
Daniel Humair - bateria
Bruno Chevillon - contrabaixo

4 de Novembro - Teatro Académico Gil Vicente, 21h45m
Gábor Gadó Quartet
Gábor Gadó - guitarra
Matthieu Donarier - saxofone tenor
Sébastien Boisseau - contrabaixo
Joe Quitzke - bateria

2, 3 e 4 de Novembro - Salão Brasil (Baixa de Coimbra), 24h00m
Paulo Curado "O Lugar da Desordem"
feat. Ken Filiano
Paulo Curado - saxofones e flauta
Acácio Salero - bateria
Ken Filiano - contrabaixo

I PARTE

1 de Junho - 15h00
Concerto Didáctico com IMI Kollektief

1 de Junho - 21h30
IMI Kollektief
Alípio C Neto - saxofone tenor
Jean-Marc Charmier - trompete e acordeão
Els Vandeweyer - vibrafone
Adam Lane - contrabaixo
Rui Gonçalves - bateria

2 de Junho - 21h30
The Thing vs Scorch Trio
Mats Gustafsson - saxofones tenor e barítono
Raoul Björkhenheim - guitarra eléctrica
Ingebrigt Haker Flaten - contrabaixo e baixo eléctrico
Paal Nilssen-Love - bateria

3 de Junho - 21h30
Mario Pavone Quintet
Mario Pavone - contrabaixo
Tony Malaby - saxofone tenor
Steven Bernstein - trompete
Peter Madsen - piano
Gerald Cleaver - bateria

1,2, 3 Junho - 24h00
Adam Lane / Ken Vandermark Quartet
Ken Vandermark - saxofone tenor
Magnus Broo - trompete
Adam Lane - contrabaixo
Paal Nilssen-Love - bateria

144 Comments:

At sexta out. 20, 09:59:00 da tarde 2006, Anonymous Anónimo said...

Caro João,
Essa noticia que está a dar é ela própria uma vergonha e uma injustiça para uma associação que tanto tem feito pelo Jazz. Eu diria mesmo que dificilmente houve alguma associação ou conjunto de pessoas que tanto tivessem feito pelo Jazz como o Jazz ao Centro Clube (JAC) para além do Festival que tem duas partes anualmente, o JAC é responsável pela unica revista de Jazz em Portugal e por sinal uma revista que deveria ser um orgulho nacional, especialmente a partir do momento em que Rui Eduardo Paes se assumiu como editor. É claro que para os tais produtores e para si, cegos nas vossas verdades inabaláveis, isto nada significa e o facto de eu estar a responder a uma noticia tão triste que não uma triste noticia, se deve apenas ao facto de eu neste momento nada ter a ver com o festival ou com a revista. O João mostra estar bem informado sobre os dinheiros que fazem mexer o Jazz ao Centro e não hesitou em torná-lo publico, não quer fazer o mesmo em relação aos festivais organizados pelos tais produtores ? Não que me interesse, mas pela verdade das coisas. Eu ainda sou daqueles que acredito que existe em Portugal algum controlo sobre essas coisas. É pena é não poder existir controlo sobre as grandes patetices do seu blogue. Quem são esses produtores? Quer dizer quem é ? A sua conduta faz-me lembrar as idiotices do futebol e certo personagem que tinha sempre muito para revelar e que nunca o fazia, atirava só as coisas para o ar. "Vocês sabem de quem eu estou a falar". Porquê que não dá a noticia toda ? Quem é o João para dizer quem é de topo ou não ? Pior que dizer esses disparates é levá-los a sério, porque eu acredito piamente que o João ainda acha que o jazz é um estilo de música que apenas deve ser tocado por americanos e segundo todas as regras do swing. O jazz, caro João, é a música da liberdade e do improviso e esse é apenas de quem o tocar. O João ignora décadas de história e a participação activa dos europeus na música afro americana. O Joachim Kuhn, para si que não sabe, é um dos mais conceituados pianistas do mundo. Para quem conhece, claro. Em 1967, Kuhn gravou para a Impulse o disco "Impressions of New York" com o seu irmão, Rolf, e com Jimmy Garrison e Lado Romano. Esteve presente no funeral de Coltrane, sentado ao lado de Rashie Ali, assistiu á hist´roria performance de Albert Ayler, gravou com Don Cherry, Gato Barbieri, Karl Berger, e foi convidado por Ornette Coleman em meados dos anos de 1990 para gravar o histórico "Colours" para a Verve. É claro que o João e o padrinho não sabem isto, tal como não respeitam Daniel Humair, um insuperável baterista e artista plástico. Os dois formaram ainda nos anos de 1970, com o malogrado baixista Jean-François Jenny-Clark um trio que deu cartas durante três décadas. É mesmo triste que alguém como o João que tem voz no meio do Jazz seja tão pateta, pouco inteligente e com tão pouca curiosidade por uma música viva. Pessoas como o João ajudam a passar a mensagem que o Jazz morreu ou está em vias disso não fossem os Young "copycat" Lions que lhe fazem as delicias no Jazz at Palmela Park.
Pedro Costa.

 
At sábado out. 21, 02:18:00 da tarde 2006, Blogger JMS said...

Caro Pedro Costa,

Agradeço a sua opinião, mas tenho de o corrigir quando afirma, e passo a citar, "Eu diria mesmo que dificilmente houve alguma associação ou conjunto de pessoas que tanto tivessem feito pelo Jazz como o Jazz ao Centro Clube (JAC)". Então o que fizeram pelo jazz os fundadores e sócios do Hot Clube desde 1946 até hoje? O que dizer de Luís Villas-Boas ou José Duarte? Certamente não quer comparar nem a sua relevância para a cultura, nem o esforço que era lutar pelo jazz nos anos 40/50/60/70, sem apoios nem subsídios, com o que é fazer hoje, em Democracia, uma revista ou um festival de uma música que já não é ostracizada e até tem o apoio do Ministério da Cultura (e ainda bem que o tem). Ou será que pensa que o Jazz nasceu no século XXI?

Por outro lado, dispenso as suas lições sobre quem é o Joachim Kuhn ou quem foi o Jean-François Jenny-Clark, figuras que, como deve calcular, conheço sobejamente e um deles até já ouvi ao vivo por algumas vezes (uma delas num festival recentemente promovido por si) e me agrada, assim como toda a música inspirada. E se tivesse lido o artigo com atenção perceberia que não sou eu, mas as fontes que me contactaram, que afirmam que não se trata "de músicos de topo". Não que discorde totalmente delas...

Digo-lhe ainda que está muito errado quando pensa que para mim o jazz é algo morto. O que não concordo é que o único que está vivo seja aquele que o Pedro apadrinha, vende e promove, com todo o seu direito a tal e com toda a sua ferocidade e fanatismo, como fica comprovado pelas suas palavras e tom (de que a seguir já tratarei com mais pormenor...)

Talvez não saiba, mas fica a saber, que sou das vozes mais críticas em relação a festivais que não se abrem a projectos como a fusão do jazz com as músicas étnicas, tal como também sou dos mais críticos quanto aos que se fecham num jazz dito de "vanguarda", em que apenas os músicos parecem saber e apreciar o que se está a passar em palco, o que se viu nas debandadas ocorridas em alguns concertos no recente Jazz em Agosto, em que a cada intervalo entre temas várias pessoas abandonavam a sala. Essa género de programação pode contribuir para afastar o público que vai na expectativa de um determinado jazz, dentro dos parâmetros que o definem, e se depara com experimentalismos herméticos que porventura caberão noutros espaços. Tal como o bebop antes de ir para as grandes salas de concerto nos EUA e na Europa, e o próprio Jazz, teve de se afirmar primeiro no underground, nos pequenos clubes, talvez estes projectos tenham ainda que andar noutros circuitos, provar a suavalidade, em vez de aterrarem em festivais abertos ao grande público como se de estrelas se tratassem.

Agora pergunta você: essa música não tem direito a existir? O experimentalismo não tem direito a existir? Claro que sim. Mal de nós se o Jazz se tocasse sempre como no início do século XX. Só que certo experimentalismo, que nem sequer é novo, a mim pura e simplesmente não me interessa porque é desumanizado, distante, elitista e desprovido de mensagem e genuinidade. Isto sem generalizar nem querer entrar em casos concretos. Já agora, gosto não só do Daniel Humair como de Jazz-Rock, Free-Jazz e de toda a música em geral que tenha alma, conteúdo e genuinidade. Eu não parei no Miles Davis dos anos 50; segui-o até aos 90, com muito prazer auditivo. Esse, sim, foi inovador até morrer. Quanto ao Ornette Coleman tive muito prazer em vê-lo e ouvi-lo na Gulbenkian, assim como músicos como o Jan Garbarek, nos anos 80. E já agora, considero muito interessante o trabalho de um grupo editado pela sua editora, os TGB, especialmente quando recuperam temas dos Led Zeppelin e os integram numa linguagem improvisada e jazzística. Portanto, não tome, pois, o todo pela parte e faça-me a justiça de não pensar que esteticamente ou intelectualmente sou condicionado por padrinhos ou madrinhas, nem ouse imaginar o que me agrada ou não musicalmente, pois para tal teria de me conhecer, o que não sucede.

Quanto às suas afirmações ofensivas, e passo a citar "É mesmo triste que alguém como o João que tem voz no meio do Jazz seja tão pateta, pouco inteligente e com tão pouca curiosidade por uma música viva", não só são inqualificáveis como constituem um crime de lesa honra. Os actos e as palavras ficam para quem os pratica e as diz, mas não se estique porque a tolerância que me caracteriza termina onde começa a ofensa gratuita e arrogante que outro fim não tem do que, à falta de argumentos, tentar convencer pelo descrédito do visado.

A lisura com que tratei a notícia do JAC mede-se pelo cuidado de ter ouvido previamente ambas as partes, como qualquer jornal que se preze teria feito. Aliás, não senti qualquer animosidade da parte do director-artístico deste festival, antes pelo contrário. Portanto talvez se coloque a questão de o Pedro ter uma relação subjectiva/passional com o festival (correndo o risco de ser mais papista que o papa) e não conseguir ser objectivo e aceitar as críticas.

Para minorar esse problema, desde já me comprometo enviar-lhe um livro que acabo de escrever sobre o Villas-Boas, pois aí poderá não só constatar as críticas violentas e arrasadoras de que ele foi alvo ao longo dos anos, como aprender a ser mais humilde e a ficar mais informado sobre o quanto a geração que nos precedeu lutou para que o jazz seja hoje o que é, quando ainda não existia nem sonhava vir a existir o Jazz ao Centro, por mais mérito (e tem certamente) que este tenha.

De resto, apareça sempre que quiser pelo JNDPI! e debata tudo o que quiser, mas enquanto usar a linguagem que caracterizou este seu comentário agradeço-lhe que não polua este espaço de liberdade e partilha que é o JNPDI!, feito com generosidade por quem gosta de Jazz e não só e tem muito gosto em ser um agente da sua divulgação, não para separar, mas para unir.

PS: Em jornalismo as fontes têm o direito ao anonimato quando assim o solicitam. Creio que sabe isso.

 
At domingo out. 22, 02:44:00 da tarde 2006, Anonymous Anónimo said...

Caro João,

Já falei com alguns desses produtores e tudo não passou de um mal entendido, asseguraram-me eles.

Cumprimentos,

Pedro Costa

 
At domingo out. 22, 03:09:00 da tarde 2006, Anonymous Anónimo said...

Em jornalismo, as fontes podem ter direito ao anonimato, mas nunca para emitir opiniões - muito menos quando estas consubstanciam críticas ou acusações!
O caro João esteve bem ao ouvir o presidente do JACC antes de publicar a "notícia", mas muito mal ao dar voz a gente que não tem coragem ou interesse em dar a cara.
Colocou-se numa situação indefensável (a não ser que venha revelar identidade dos tais "proutores"), que pode levar os leitores deste blogue a pensarem que está a servir interesses empresariais (ou outros) pouco claros. Mais: se nas próprias redacções dos jornais há quem invente fontes anónimas para emitir as suas próprias opiniões, é legítimo pensar que o mesmo pode acontecer num blogue...
Nelson Morais

 
At domingo out. 22, 03:21:00 da tarde 2006, Anonymous Anónimo said...

Depois de escrever o meu último comentário, apercebo-me de que já há um outro comentário de Pedro Costa a dizer que falou entretanto com "alguns desses produtores" e tudo não terá passado de um mal entendido.
Isto vem colocar o editor deste blogue numa situação delicada. Caro João, confirmando ou desmentindo o post segundo o qual o apoio do IA ao JACC gerou "mal estar entre alguns produtores de jazz", é seu dever identificá-los. Foi o senhor quem falou, na sua resposta ao Pedro Costa, em "jornalismo"...
NM

 
At domingo out. 22, 03:41:00 da tarde 2006, Blogger JMS said...

Caro Nelson Morais,

O comentário do Pedro Costa dá razão, sim, ao que escrevi, pois ele próprio admite ter falado com alguns dos produtores em causa e esclarecido a situação, pelo que como compreende a notícia não era, como dá a entender, fruto de uma invenção minha... nem jamais isso me passaria pela cabeça.

 
At domingo out. 22, 04:26:00 da tarde 2006, Anonymous Anónimo said...

Caro João,

Pedro Costa parece com efeito confirmar que a sua notícia tem origem em produtores da área, e não na imaginação do editor deste blogue (hipótese que coloquei remotamente, se bem me expressei, a seguir a uma outra).

Mas esse é o único ponto que lhe permite afirmar que o comentário do Pedro Costa dá razão ao que o senhor escreveu.

Lembro que a sua "notícia" dizia que o apoio do IA ao JACC estava a causar "polémica e mal estar entre alguns produtores e jazz"; e lembro que Pedro Costa veio dizer que alguns produtores lhe haviam entretanto afirmado que "tudo não passou de um mal entendido"...

Em que é que ficamos? Reafirma o teor da sua "notícia" e identifica os produtores que o vieram desmentir (segundo Pedro Costa); ou admite que não interpretou da melhor maneira aquilo que os tais produtores lhe disseram (acontece aos melhores)?

NM

 
At domingo out. 22, 04:48:00 da tarde 2006, Anonymous Anónimo said...

Caro JMS,

Como se costuma dizer "os cães ladram e a caravana passam"...
A atitude deste gente do Jazz ao Centro e da Trem Azul é mesmo assim: malcriada, arrogante, caciquista, amiguista e sem uma visão global do que é o Jazz. É gente que acha que só é Jazz o que aconteceu após os anos 60. E o mais curioso é que nem foram eles que leram o seu blog: foram os sabujos dos amigos que leram e depois avisaram os «meninos».
Acho que há muitos Festivais de Jazz em Portugal que são autênticos «conjuntos de concertos» sem lógica, que mais parecem terem sido feitos para os amigos. Nada contra ! Mas daí a receberem subsídios vai uma grande distância. Só de pensar que isso aconteceu fico enojado. Mas atenção que já aconteceu: os concertos no Fórum Lisboa em Junho tiveram patrocínio da Câmara via EGEAC. Sabia desta ?
Um abraço final de solidariedade (apesar de nem sempre concordar consigo) e vá em frente: esta malta não merece o seu latim...

 
At domingo out. 22, 04:48:00 da tarde 2006, Anonymous Anónimo said...

Pelo amor de Deus ...

Que discussão mais estéril ... e sem interesse.

Falem da música e dos músicos. Apenas isso interessa.

 
At domingo out. 22, 05:31:00 da tarde 2006, Anonymous Anónimo said...

Falar de música parece que é o que menos interessa por aqui...mais importante parece defender as quintinhas e mal dizer de forma gratuita e mesquinha...afinal quem é que por aqui gosta verdadeiramente de jazz? Parece que as intrigas são muito mais importantes...

 
At domingo out. 22, 05:48:00 da tarde 2006, Anonymous Anónimo said...

É de facto mais interessante falar da música e dos músicos. Mas também não estéril discutir a credibilidade dos blogues, numa época em que há quem pense que estes vêm tornar desnecessários jornais e revistas, em que os autores dos blogues sugerem que fazem jornalismo. A imprensa escrita comete os seus erros, mas tem um código de conduta que a vai impedindo de publicar acusações e críticas anónimas. E os blogues?? Esta é uma discussão que me interessa (peço perdão a alguns comentadores) e que poderá interessar muito mais gente no futuro, quando a malta se aperceber (?) da falta que faz a imprensa (que está em claro declínio, em parte por sua pópria culpa, é certo). NM

 
At domingo out. 22, 05:56:00 da tarde 2006, Anonymous Anónimo said...

Vasco, és um palermita.

Ass. O Jazz Burgesso.

 
At domingo out. 22, 06:04:00 da tarde 2006, Anonymous Anónimo said...

Vasco !?!?

Mas quem é esse gajo ? Não vejo aqui nos comentários ninguém com esse nome. Alguém me esclarece ?

Jazzlunatic

 
At domingo out. 22, 07:08:00 da tarde 2006, Blogger JMS said...

Isto está animado...

 
At domingo out. 22, 07:13:00 da tarde 2006, Blogger JMS said...

Respondendo a um dos anónimos que deixou aqui um post diria que o problema está justamente na imprensa que, por estar rendida aos interesses e ao establishment, já pouco ou nada questiona. Aliás, uma notícia como esta que JNPDI! jamais passaria num jornal.

A vantagem dos blogs, pelo contrário, como o próprio Pacheco Pereira tem referido, é permitirem a liberdade de opinião e informação justamente pela sua total independência económica.

Agora, eu defendo que os blogs devem seguir as normas da imprensa, uma delas a isenção e a objectividade. Foi o que tentei fazer quando confrontei os responsáveis do Jazz ao Centro com as acusações de alguns produtores de jazz (que Pedro Costa refere ter já contactado), dando-lhes a possibilidade de apresentarem o seu ponto de vista. Assim se faz na boa imprensa e assim se fará sempre aqui.

 
At domingo out. 22, 10:06:00 da tarde 2006, Anonymous Anónimo said...

Anedota (e peta) do ano: o JNPDI gosta de free jazz!!!

Quanto ao assunto que motivou esta discussão, só tenho um comentário a fazer: quando se chega à conclusão que afinal não há polémica nenhuma - nem entre produtor sicrano nem produtor beltrano - quer-me parecer que a credibilidade de JNPDI fica claramente fragilizada já que não há fundamento nenhum para as atoardas que lançou.

Um reparo apenas: acho ridículo não querer revelar as suas fontes. É verdade que em jornalismo isso ocasionalmente acontece, mas apenas em casos muito especiais, nomeadamente quando se trata de informação de altíssimo nível ou quando a fonte corre algum risco (de vida?) decorrente do facto de ter vindo a revelar os dados em questão.
Mais ainda: em qualquer empresa minimamente credível, quaisquer dados ou afirmações proferidas são sempre sustentadas ou credibilizadas pela indicação das fontes. Nunca reparou nisso? Se o jornalismo (em geral ou em particular) não for capaz de sustentar de forma fidedigna aquilo que afirma, perde toda a credibilidade. E isso, caro amigo JNPDI, é um risco que está a correr quando lança atoardas deste género.

 
At segunda out. 23, 04:14:00 da manhã 2006, Anonymous Anónimo said...

...este espaço é engraçado...mas daí a jornalismo!...calma.

anacleto bonifacio(A.K.A.SARDINHA ASSADA,A.K.A. QUEIJO DA SERRA,A.K.A.CARICA DE SUMOL)

P.S-falem dos musicos!e sempre que possivel ,tambem, dos que ainda estão vivos.

 
At segunda out. 23, 10:25:00 da manhã 2006, Blogger JMS said...

Mas quem lhe disse a si, Horácio Neto, que não existe polémica nenhuma quando o próprio Pedro Costa que esteve ligado ao Festival Jazz ao Centro aqui mesmo neste blog revelou ter já resolvido com alguns produtores a polémica sobre o tal subsídio? Passo a citá-lo: "Já falei com alguns desses produtores e tudo não passou de um mal entendido, asseguraram-me eles".

Antes de escrever é importante ler o que outras pessoas escreveram antes, sob pena de fazer deste espaço de comentários um mero balde de argumentos vazios e desconexos de propósito e intenções duvidosas.

 
At segunda out. 23, 10:28:00 da manhã 2006, Blogger JMS said...

Caro anacleto bonifacio(A.K.A.SARDINHA ASSADA,A.K.A. QUEIJO DA SERRA,A.K.A.CARICA DE SUMOL),

Temos falado não só de vivos, como temos falado com eles, muitas vezes em exclusivo mesmo relativamente à imprensa.

Relembro entrevistas a músicos como Ben Allison, Patricia Barber, Houston Person ou Benny Lackner e várias outras conversas de bastidores e críticas de concertos.

Um abraço e apareça sempre.

 
At segunda out. 23, 11:34:00 da manhã 2006, Anonymous Anónimo said...

Exmo Sr. JNPDI:

Quando leio o senhor Pedro Costa dizer "Já falei com alguns desses produtores e tudo não passou de um mal entendido, asseguraram-me eles" leva-me a entender isso mesmo: que é um mal entendido e que não passa de uma notícia sem qualquer fundamento.

De qualquer forma, senhor JNPDI, não sei onde raio viu no meu comentário um balde de "argumentos vazios e desconexos de propósito e intenções duvidosas".
Só lhe digo isto, que foi o propósito do meu comentário anterior: muito pouca inteligência tem o senhor se não consegue perceber o ridículo que é não querer revelar as suas fontes. Acho isso fraqueza e cobardia da sua parte.

Mais ainda: acho que este blog tem o pior que se pode encontrar no jornalismo - o JNPDI manipula a informação a seu bel prazer, não se preocupando com a veracidade das fontes e muito menos com a forma como faz a comunicação. Repito: do pior que se pode fazer em jornalismo.

 
At segunda out. 23, 12:02:00 da tarde 2006, Anonymous Anónimo said...

Só hoje é que vi isto...
Uma vergonha... uma vergonha.. o JACC e o "Jazz em Agosto" é do melhor que passa por terras lusas, alias o "Jazz em Agosto" é um dos melhores festivais da europa (a prova é que tudo que é imprensa especializada o refere). Quanto ao tipo de jazz que estes festivais cobrem.. é pá é uma opção... quem vai deve saber ao que vai... No conecerto dos ROVA eu reparei que muita malta (sobretudo as pessoas mais velhas) sairam a meio, mas uma parte bastante siginicativa ficou até ao fim e reagiu de forma bastante entusiasta. Muita gente que foi ao concerto dizia:"não conheço nada destes gajos... mas acho que são um projecto bastante experimental". Ir para um concerto nestas condições é um risco!
Quanto ao JACC tem o merito de trazer para fora de Lisboa, grandes nomes do jazz mais experimental, correndo, um grande risco... pois o número de pessoas que gostam deste género, na zona do país em causa, é muito menor. Outro mérito do JACC é a revista... que embora tenha as sua falhas, é um projecto de grande qualidade, ao nível do que se faz lá fora!

 
At segunda out. 23, 12:05:00 da tarde 2006, Blogger JMS said...

Caro Horácio,

Claro que manipulamos... Veja bem que até nos demos ao trabalho de ouvir o director-artístico do Jazz ao Centro e mais, até publicámos as suas declarações sobre o assunto! Somos mesmo perversos, manhosos e ressabiados...

Na verdade, o que fizemos foi seguir o princípio da equidade, que, se desconhece, passo a citar do Livro de Estilo do jornal Público (Fev. 1998, p. 47): ?Qualquer informação desfavorável a uma pessoa ou entidade obriga a que se oiça sempre "o outro lado" em pé de igualdade. Só em casos excepcionais, e após autorização da Direcção, se pode contrariar o princípio da equidade?.

Sobre a pretensa cobardia de JNPDI! não identificar as fontes, e uma vez que vejo que o meu estimado amigo terá parcos conhecimentos em matéria de jornalismo e não sendo eu, nem pretendendo ser (embora dedique muito do meu tempo a estudar o assunto), uma autoridade nesse domínio, lá terei de o remeter para o mesmo livro, onde poderá ler, na página 64: ?A fonte pode autorizar a sua identificação ou impedi-la. Pode autorizar a divulgação da informação que presta ou impedi-la. O primeiro impedimento configura uma situação de exigência de anonimato. O segundo de "off the record". Quando a fonte autoriza a sua identificação e a divulgação da informação prestada há informação aberta, "on the record?.

Se depois disto mantém a sua acusação de que ?este blog tem o pior que se pode encontrar no jornalismo - o JNPDI manipula a informação a seu bel prazer, não se preocupando com a veracidade das fontes e muito menos com a forma como faz a comunicação. Repito: do pior que se pode fazer em jornalismo?, então talvez seja de o meu caríssimo leitor considerar refundar as bases do jornalismo e, quem sabe, redigir um novo manual.

Dito isto, agradeço que antes de fazer novos comentários se informe sobre o que diz, antes de lançar ofensas e denegrir gratuitamente. Assim procedendo, poderá falar com conhecimento de causa.

De qualquer forma, quero agradecer-lhe pelas palavras que nos dirigiu, pois a pretexto das mesmas tivemos oportunidade de partilhar agora esta informação com os nossos leitores, sem dúvida importante para perceber melhor os media e a ética a que devem estar subordinados.

 
At segunda out. 23, 12:06:00 da tarde 2006, Anonymous Anónimo said...

Olá a todos,

O que me parece tirar credibilidade a esta discussão é o facto de haver uns cobardolas cheios de opiniões mas que se escondem atrás de nick names. Se têm opiniões identifiquem-se a não ser que tenham vergonha de alguma coisa.
A discussão está boa, não parem agora.
Cumprimentos,
Pedro Costa.

 
At segunda out. 23, 12:11:00 da tarde 2006, Blogger JMS said...

Caro Pedro Costa,

Disso o meu amigo não pode ser acusado pois na verdade teve a coragem e dignidade de assinar a sua dura e violenta crítica a este blog.

Um abraço

 
At segunda out. 23, 12:32:00 da tarde 2006, Anonymous Anónimo said...

Só agora reparei nesta discussão e estou estupefacto com o que leio!!!

1) Então vocês não percebem por que razão a revista Jazz.pt obteve por parte do Instituto das Artes o título de mérito cultural e por que razão o Pedro Costa tanto a defende?

2) E não percebem por que razão o Pedro Costa, responsável pela Trem Azul e Clean Feed, tanto defende o JAC e elogia o Rui Eduardo Paes (REP)?

Meus amigos... vão à página do REP e leiam com atenção que logo encontram resposta às perguntas 1 e 2! Lá se diz, e passamos a citar, que Rui Eduardo Paes:

1) ?(...) integrou a Comissão de Apreciação dos Apoios Sustentados de 2005-2008 para a região de Lisboa e Vale do Tejo do Instituto das Artes ? Ministério da Cultura português, como especialista na área da música!.

2) ?(...) é o responsável pelas newsletters das lojas e distribuidoras discográficas AnAnAnA e Trem Azul, além de colaborar com a editora de jazz Clean Feed?.

Então vocês não sabem que estamos em Portugal e que aqui nunca é o mérito a ditar o reconhecimento, mas sim as cunhas e os conhecimentos? Ou pensam que revistas como O Papel do Jazz e a All Jazz obtiveram esse título por parte do IA? Nunca...

Ai ai ai... andam a dormir...

E se calhar também não sabiam que o Villas-Boas esteve para dar uma violenta surra ao REP...

As coisas que esta malta nova do jazz desconhece...

 
At segunda out. 23, 12:50:00 da tarde 2006, Anonymous Anónimo said...

Afirma PC que "a discussão está boa". Também concordo. Acho que está na altura de definir o que é "serviço público de jazz" e divulgação "ad-hoc" de jazz. Só no caso do jazz ser "de serviço público" é que deveria ser objecto de financiamento público. Isto nunca esteve claro porque não existe um plano nacional de incentivos financeiros à divulgação do Jazz. Se houvesse, era muito fácil: quem quisesse concorrer apresentava o seu projecto e depois de análise este era aprovado para financiamento ou não. Caso não fosse «de serviço público" então o produtor entrava com o seu dinheiro e arriscava. Caso encerrado. Aliás já chega de Portugal depender de subsídios. O problema está em definir «jazz de serviço público". Parece-me que Vandermark, Adam Lane ou The Thing vs. Scorch não cabem neste domínio. Aliás gostava de saber quantos americanos amadores de Jazz reconheceriam estes três nomes...
Em relação aos nicks, lamento mas eles são um reflexo directo da natureza dos blogs. Por isso, tenho tanta legitimidade em chamar-me «jazzlunatic» como outra coisa qualquer. Aliás como se costuma dizer em NYC em relação ao Jazz: não é importante o que se toca (o nome) mas sim como se toca (o que se diz)...

 
At segunda out. 23, 12:58:00 da tarde 2006, Anonymous Anónimo said...

Gostei muito desta intervenção do mais recente "anónimo". Já tinha suspeitas sobre a questão, mas pelos vistos confirma-se...
Por isso é que todos se queixam quando falo de «amiguismo»...
Percebo agora que isto não passa de um eufemismo !!!
Acho importante este anónimo mais recente continuar na discussão.

 
At segunda out. 23, 01:04:00 da tarde 2006, Anonymous Anónimo said...

Caros amigos,

Agora é que eu vi tudo e percebi tudo!

Se a minha mente analítica não me trai os factos são:

1 - Rui Eduardo Paes (REP) é director da revista Jazz.pt, que é editada pelo Jazz ao Centro.

2 - REP é assalariado da Clean Feed/Trem Azul, do Pedro Costa

3 - REP está metido no Instituto das Artes, tendo aí colaborado recentemente (se é que ainda não continua a colaborar)

4 - O Instituto das Artes financiou o Jazz ao Centro com 30 000 euros e distinguiu a revista com o tal título de mérito cultural que alguém aqui referiu.

Agora só resta saber um pormenor que convinha já agora o JNPDI! tentar sacar ao JAC: O cargo de director da Jazz.pt é remunerado? Se sim, com que dinheiro?

Estão a perceber onde quero chegar?

Quero chegar ao ponto de saber se esses 30 000 euros não foram atribuídos ao JAC por REP estar lá e se esses 30 000 euros não vão financiar o novo cargo que herdou do Pedro Costa, para quem continua a trabalhar...

 
At segunda out. 23, 01:53:00 da tarde 2006, Anonymous Anónimo said...

Jazzlunatic, meu companheiro de anonimato,

Pode crer que não vou sair deste debate...

Mais... gostava era que o JNPDI tentasse saber junto do IA se já agora o REP não fez parte do júri que decidiu o subsídio... Eu já acredito em tudo.

Mas mais....

É que houve aqui quem escrevesse que os blogs não valem nada... Pois fiquem sabendo que uma questão como esta do subsídio nunca chegaria aos jornais. E sabem pq? Querem saber?

De quem é a Jazz.pt? Do JAC/Trem Azul...

Quem escreve no Público sobre jazz? Dois ex-colaboradores da Trem Azul...

Ficasssem vocês pela imprensa e iam ver o que sabiam e o que era manipulação.

Se um dia boto a boca no trombone até os cães miam e os gatos rosnam!

 
At segunda out. 23, 05:01:00 da tarde 2006, Anonymous Anónimo said...

Não tenho qualquer ligação com o JAC/Clean Feed/Tream Azul/jazz.pt, mas fico triste quando as pessoas deitam a baixo projectos de grande valor. Não se sabem, mas a Clean Feed é considerada por muitos, como das melhores editoras da actualidade. Já repararam nos CDs que editam?
Conmo já uma vez um senhor disse: "Deixem-me trabalhar!!!" Receberam um subsídio.. e depois??!! Quantas instituições os recebem (com valor muito superior) e não dão provas claras do seu trabalho?!! Este pessoal mostra trabalho... e mais não digo...

 
At segunda out. 23, 05:13:00 da tarde 2006, Anonymous Anónimo said...

o prob é que anda "tudo" ocupado a querer sacar guita(dinheiro) ou influência...Tentem aprender a tocar jazz... ocupam melhor o tempo e ganham outra noção das dificuldades.

Anacleto bonifacio(A.K.A pedro costas largas A.K.A Pedro costa curta )

p.s.- é obvio que este e outros blogs têm VALOR!, quanto aos nicks sr Pedrinho ...pode sempre tentar mudar a configuração da net...ehehhehe

 
At segunda out. 23, 06:20:00 da tarde 2006, Anonymous Anónimo said...

VIVA os musicos...viva ,BICA, BARRETO , DELGADO , FERREIRA ,M. SANTOS ,ENTRE OUTROS...quanto aos produtores façam lá menos barulho.


sempre: ANACLETO BONIFÁCIO

 
At segunda out. 23, 08:37:00 da tarde 2006, Anonymous Anónimo said...

Olá,

Já há muito tempo que não lia tanta tontaria junta.

Vou por partes explicar a esses larilas anónimos algumas das suas questões. Se não gostarem de ser tratados por tal ésó dizer e assinar por baixo.

Não existe nenhuma relação entre o JAC e a Trem Azul em termos objectivos. Em tempos eu servi como programador dos Encontros de Coimbra e fui editor da Jazz.pt. No primeiro caso porque fui convidado e porque a empresa da qual sou sócio, a Trem Azul, tem essa função designada no seu objecto social. Para editor da revista, fui convidado e porque não apareceu mais ninguém para o fazer eu fui ficando mais tempo do que gostaria. Na verdade não tenho o tempo que preciso para as minhas actividades profissionais, quanto mais para exercer uma actividade que, para ser bem feita, requer alguém a tempo inteiro. Tenho um bébé com 10 meses e por isso também passei a pasta mal houve a oportunidade. O Rui Eduardo Paes REP) foi como que um anjo vindo do céu e libertou-me de uma actividade da qual nunca recebi um tostão. Vocês não sabem o trabalho que dá editar uma revista. É sempre mais fácil deitar abaixo, á Portuguesa.
O REP faz textos para a Trem Azul com a qual tem uma modesta avença. Eu não conheço mais ninguém que pudesse fazer esse trabalho que é escrever bons press releases sobre os nossos discos por tão pouco dinheiro. O REP é um jornalista profissional e cada macaco no seu galho.
A Trem Azul nunca teve nenhum subsidio, para mim injustamente, de nenhum organismo. Jamais. Zero. Como profissionais também na area da programação fomos já contratados por diversos organismos como Camaras Municipais e empresas Municipais para produção de eventos na area do Jazz. E então ? Qual é a relação promiscua ? Será que existe algum produtor de Jazz que não o faça ? Eu não conheço nenhum. O JNPDI é colaborador da Prójazz do produtor Duarte Mendonça, escreve livros sobre esse senhor, escreve no seu blogue amiúde sobre a mesma personagem e eu não vejo qual é o problema.
Eu sou muito amigo do presidente do JAC, o senhor Pedro Rocha Santos que conheci no dia em que ele me bateu á porta para me pedir colaboração. Admiro muito essa pessoa pelo que é e pelo que tem feito. Essas vossas palavras são muito tristes, como vós aliás.

Pedro.

 
At segunda out. 23, 08:59:00 da tarde 2006, Anonymous Anónimo said...

Aproveito já agora para vos contar um pouco da minha visão sobre esta música e a razão pela qual há tantos cães a ladrar.

Quanto o Charlie Parker apareceu a tocar daquela maneira, houve muitas vozes discordantes, que aquilo não era Jazz, que o Jazz era para dançar, etc. Quanto apareceu o Thelonious Monk, logo houve os que disseram que ele não sabia tocar, quando o John Coltrane começou a ter fama, logo houve os que disseram que ele tocavamuitas notas e que tinha um discurso pouco claro.

Eu não digo que o que é novo é bom, mas se mantemos essa posição de só o que é antigo é que é bom não estamos atentos ao fruto do nosso tempo. O Jazz é para mim uma música livre e para mim a unica característica imutável durante a história do Jazz é a improvisação e não o swing senão onde encaixavamos o Keith Jarrett a solo, ou o Paul Bley, o Evan Parker ou o Jimmy Giuffre de 1961 para a frente? Parece-me que é nosso dever enquanto amantes desta música tentarmos reconhecer e dar valor aos que são mesmo artistas e criadores a sério. Por acaso acho mesmo que o Ken Vandermark e o Adam Lane, citados por esse triste anónimo são dos que merecem distinção e atenção. Eu sempre achei que a melhor maneira de prestar tributo aos que construiram a história é tentar continuar esse trabalho e não cristalizar a obra revolucionária de Parker, Mingus, Ornette, Davis e companhia. Foi o que eles fizeram no seu tempo. O Jazz como música de liberdade e que reflete como nenhuma outra os tempos em que vive, não pode hoje ser igual á música que passou pela lei seca ou pela administração Nixon. Isso parece-me uma fraude. Não é possível. A música de hoje tem que refletir os blogues, o Iraque eo afganistão, o i-pod, o e-mail e a crise económica. Não é ?
Se não o fizer, o Jazz de hoje, é meramente um exercicio de estilo o que não tendo nada de mal passa a ser música de papel de parede e nada intervencionista. Existe para mim uma grande diferença entre o jazz feito hoje e o jazz contemporaneo, com ideias próprias.
É isto que eu procuro transmitir nas minhas actividades, nomeadamente na editora que represento, a Clean Feed.

Um abraço,

Pedro.

 
At segunda out. 23, 09:02:00 da tarde 2006, Anonymous Anónimo said...

Ok... prometi que não dizia nada... mas é mais forte do que eu.
Por isso faço uma pergunta: Caro João, qual os custos de organizar um evento com estas caracteristicas? Eu não sei... e o João? Se não pergunte aos tais produtores?

 
At segunda out. 23, 10:29:00 da tarde 2006, Anonymous Anónimo said...

"larilas" é uma "boa" palavra para quem tanto fala em liberdade.


Anacleto bonifacio (A.K.A.omelete A.K.A.pedro coça a micose)

 
At segunda out. 23, 10:36:00 da tarde 2006, Anonymous Anónimo said...

Olá, João!
E eu que tenho andado distraído e não tenho ido aí ao teu blog... O que eu perdi, hehehe...
Já agora duas achas para a fogueira: Eu também tinha sabido e não foi por ti, foi no Diário as Beiras que "Ministério da Cultura viabiliza Jazz ao Centro" (http://www.asbeiras.pt/?area=cultura&numero=34595&ed=18102006). O resto das histórias eu já sabia, mas as coisas agora parecem mais claras, não é?
Mas eu gostei mesmo foi da frase do Pedro: "Eu diria mesmo que dificilmente houve alguma associação ou conjunto de pessoas que tanto tivessem feito pelo Jazz como o Jazz ao Centro Clube". Estás a brincar, não é, Pedro? Tu és um brincalhão... Todos os outros que andam a produzir concertos e festivais e editoras e músicos e divulgadores têm andado a brincar ao Jazz, não é? o JAC é que tem feito pelo Jazz... Ai Pedro, Pedro... É que o JAC está até bem longe de ser um bom festival de Jazz, quanto mais o melhor... E essa da revista de Jaz, sabes que eu sou um leitor atento. É realmente lamentávelq

 
At segunda out. 23, 10:58:00 da tarde 2006, Anonymous Anónimo said...

Caro João Moreira dos Santos,

Para contestar as críticas de um comentador à suposta falta de ética deste seu blogue, veio o senhor citar o Livro de Estilo do Público, a propósito do anonimato e do off-the-record das fontes. Foi pena não ter citado o que, nesse livro, verdadeiramente interessa a esta discusão.
Mas eu passo a citar uma pequena passagem do que vigora no Público e em qualquer órgão de comunicação social com rigor ético:
"O anonimato deve ser apenas utilizado quando se esgotaram todas as possibilidades de obter a informação de outra forma e não como solução preguiçosa ou fácil.
(...)
Quando se trata de opiniões, o Público só reproduz as que forem atribuídas a fontes claramente identificadas. Dito de outra maneira: uma fonte anónima não tem opinião.
(...)
Os editores têm especial responsabilidade no controlo da utilização de fontes anónimas, factor de descredibilização crescente dos jornalistas e do próprio jornalismo em todo o mundo".
(pags. 33 e 34, 2º edição do Livro de Estilo do Público)
Nelson Morais

 
At terça out. 24, 12:40:00 da manhã 2006, Anonymous Anónimo said...

Lamentável que a única revista portuguesa com o nome de Jazz.pt seja uma revista da periferia, com muito pouco Jazz. E já nem sequer falo de não ser uma revista independente e dar um protagonismo descabido ao JAC e à Trem Azul, mas é que de Jazz ela tem mesmo muito pouco... Quanto ao REP. Como toda a gente sabe, a começar por ele, "o Jazz é uma música do passado". O REP é um crítico das Novas Músicas Improvisadas ou o que quer que seja, mas ele nem sequer gosta de Jazz. Basta ir ao site dele para confirmar isso: nem uma única referência de Jazz. O REP poderá saber de muitas coisas; de Jazz não, nem gosta. É lamentável que a única revista que se reivindica do Jazz pouco tenha de Jazz, tenha um director que não gosta de Jazz, não seja uma publicação independente. A Jazz.pt não faz um bom trabalho, lança a confusão nos amantes do Jazz. Não serve. O Jazz ao Centro desta vez até merece a atenção do público, com o excelente Gador Gabo e o J.Khun. Bastante melhor que os Vandermark de quem já estamos cheios até às orelhas.

Abraços,

Leonel Santos

(Será que ainda fui a tempo?)

 
At terça out. 24, 03:47:00 da manhã 2006, Anonymous Anónimo said...

Reli, agora com mais atenção a polémica. Será que o Nelson Morais não sabe que os post são anónimos a não ser que os autores se identifiquem voluntariamente? E será que sabe que se o João não quisesse que eles lá estivessem teria que os tirar? É que a colocação não depende do owner do blog...
A notícia do financiamento do JAC era pública, mas o NM apenas parece aborrecer-se com o "anonimato" e não com a malcriadice do PC.
É estranho que o Nelson Morais invoque os valores da ética e não se incomode com a verborreia do PC e de outros nem perceba a diferença que existe entre um blog e um jornal?~
Se crime o JMS cometeu não terá sido esse...

Leonel

 
At terça out. 24, 04:06:00 da manhã 2006, Anonymous Anónimo said...

Outros textos que apareceram aqui nos post a propósito do JaC são significativos da confusão que grassa na informação Jazz em Portugal?
Então o JaC e o Jazz em Agosto são o melhor que se faz em Portugal? Bom, para cada ouvinte a sua ?imprensa especializada?. Cada um lê o que quer, não é? Mas deixem que eu rectifique algumas coisinhas: a maior parte, a quase totalidade do que passa no JaC e no JeA é mais velho do que eu que já cá ando há bué. Uma boa parte do que por lá passa não é Jazz. Não que isso seja importante, mas não é Jazz. Mas pior, uma boa parte do que por lá passa é bastante indigente, velho, repetitivo e chato. Houve muitos jovens (e velhos) que ficaram na Gulbenkian até ao fim, mas é porque gostam de levar porrada e lhes disseram que aquilo é experimentalista e moderno e tal e tal. Mas não é. É velho e chato e ridículo. Não é aqui o local para fazer a crítica do(s) festival (ais), mas o Free Jazz foi uma corrente do Jazz que apareceu nos anos 60 e morreu no final dos anos 70. O que se faz agora são resquícios disso, sendo que os melhores músicos de Jazz integraram os ensinamentos do Free na sua música. Eu que já sou velho (dizem os meus filhos), já ouvi aquelas coisas ou parecido, há muito muito tempo. Nesse tempo tinha graça. Agora já não.
Esta confusão do que é moderno (modernaço) e supostamente experimentalista tem sido alimentada pela jazz.pt e por alguns produtores de concertos. Não serve o Jazz nem a música nem para nada.

Leonel

 
At terça out. 24, 04:36:00 da manhã 2006, Anonymous Anónimo said...

Enfim, li os post até ao fim?
Um dos problemas do Pedro Costa é ser um desbocado e nunca perceber muito bem onde acabam os seus interesses próprios e começam os interesses públicos. Primeiro não tem nada a ver com o JaC nem com a Jazz.pt mas reage como se fossem seus filhos. Depois revela-se e diz: ah, não tenho, embora já tenha tido. Deixei lá um amigo mas isso é um pormenor. Já fiz mas já não faço? São tudo uma cambada de *******.
Eu já trabalhei com o Pedro que tem imensas qualidades, menos a de perceber o que é uma publicação independente e séria. É lamentável que tanta energia não esteja ao serviço do Jazz, mas de uma coisa que é na sua quase totalidade vestígios, caricaturas, ecos do que foi o free jazz, e os seus interesses pessoais e dos seus amigos, que confunde com os interesses do público e do Jazz. Olha-se o catálogo e descobre-se obras dignas de 5 estrelas entre outras merecedoras de bola preta (isto é a minha opinião, claro?). Para dar credibilidade às suas ideias (e aos seus Vandermark e Lanes) não hesita em invocar Parker, Mingus, Ornette ou Davis ou ?inventar? votações dos melhores do ano. Sinceramente, Pedro os produtores de concertos e os editores andam no meio para ganhar dinheiro ? e isso são as regras do jogo, queiramos ou não -, mas Jazz não são (não deveriam ser) batatas?
Ah, se esta tua energia estivesse ao serviço do Jazz! E a verdade é que acredito que não está porque tu não queres...
E enfim, nestes casos como noutros mais te valia estar calado. Se o produto que vendes é bom, a verdade há-de vir ao cimo. Se não, não. E não vale a pena gritares e insultares o resto do mundo.
Leonel

 
At terça out. 24, 09:14:00 da manhã 2006, Anonymous Anónimo said...

O Leonel disse: "...a quase totalidade do que passa no JaC e no JeA é mais velho do que eu que..." Pergunto que idade tem o Leonel?? 20 anos? Menos? Já viu a média de idades do último JaC? Quem é que tem mais de 60? Só se for o pessoal do Mario Pavone.. o resto deve rondar a média dos 40!!!
E no JeA? Viu a formação dos ROVA? Tem lá malta muito nova! O Braxton trouxe malta nova! E o Claudia Quintet? E os LIP?

Estes dois festivais apostam em músicos novos!!! Já viu a média de idades do Estoril Jazz?! E do Guimarães Jazz?

E se o que é apresentado no JeA não é o novo jazz? Então o que é?

A uns tempos um colega perguntou-me: "Essa coisa do jazz é só musica antiga não é? E que o que eu ouço no '5 minutos de Jazz' é só coisas velhas!!! Música da primeira parte do século XX!"

 
At terça out. 24, 09:19:00 da manhã 2006, Blogger JMS said...

Caro Leonel,

Depois das tuas intervenções eu já pouco tenho a dizer. E poucos são os que têm a coragem de dizer frontalmente o que disseste, com o que concordo em grande parte.

Aliás, pegando no que referiste, um dia destes ainda me vou dar ao trabalho de esmiuçar as Jazz.pt e ver quantos dos discos que lá são criticados (e sobretudo favoravelmente) são da Clean Feed/Trem Azul...

É que eu ainda me lembro daquela triste história da FNAC de Almada em que num folheto, feito com a colaboração desta editora, a propósito dos melhores discos daquele ano, a maioria destes era exactamente de músicos do seu próprio catálogo.

E também me lembro que depois de uma conferência que lá dei as pessoas perguntavam-me era que discos podiam comprar para começarem a gostar de jazz e no fim foram à procura do Kind of Blue e afins e não dos Vandermarks e quejandos que apareciam no dito folheto.

Já agora, nesse mesmo ano tinham sido lançados discos de excelência por parte de outras editoras, que obviamente não surgiam no folheto.

É por situações destas que tenho uma discordância de fundo com o Pedro Costa e a sua editora. Não concordo com a falta de isenção.

De resto, Leonel, tu que foste director da All Jazz talvez saibas responder aos comentários que aqui foram feitos a propósito da atribuição à Jazz.pt do título de mérito cultural pelo IA. Não é curioso que a AllJazz, que foi pioneira e era bem mais criativa e plural, nunca tenha obtido tal distinção? Será caso para perguntar se esta distinção foi para a Jazz.pt ou para o REP?

Isto é tudo muito triste. E digo-o sem partidarismos porque eu nem sequer conheço o senhor em causa, embora pelo que li do que aqui escreveste e noutros comentários, comece a achar que há aqui qualquer coisa de muito errado e que realmente a notícia que JNPDI! deu inicialmente sobre o subsídio se calhar era a ponta do iceberg e por isso irritou tanto o Pedro Costa e seus acólitos.

 
At terça out. 24, 09:34:00 da manhã 2006, Blogger JMS said...

Caro Carlos Dias,

Pois é, mas pelo que se viu as debandandas não se deram nem em Guimarães nem no Estoril, mas sim na Gulbenkian, no Jazz em Agosto, e eu assisti a algumas e achei-as confrangedoras para os músicos. Mas talvez eles tenham ainda de fazer o percurso doloroso e penoso de conquistar público para a sua música. É isso que os grandes artistas fazem. E depois há músicos e músicos: eu adorei os solos absolutos do David Liebman, só com o seu saxofone soprano (1990 no Palácio Fronteira e no Hot Clube) e já no Jazz em Agosto deste ano, num concerto também só com sax a solo, saí ao fim da terceira música... E olhe que não foi má vontade, foi apenas saber distinguir o que é bom e tem alma, daquilo que é apenas experimental por exeperimental ou que simplesmente não tem interesse. E como não sou masoquista...

De resto, acho imensa piada ao facto de as pessoas dizerem que o jazz é velho, mas depois irem a correr para a Festa da Música do CCB, ouvir compositores do século 18 e 19. É uma falsa questão. A verdadeira questão é que no caso do jazz os processos de gravação dataram demasiado a música enquanto na clássica tal não sucedeu, pois as gravações de referência já foram realizadas em boa qualidade. Por outro lado, o Jazz é uma música do Século XX, a cujo processo de desenvolvimento nós assistimos e relativamente ao qual somos mais exigentes.

Resta referir que é complicado para um programa de rádio como o do José Duarte (5 minutos de Jazz) passar novos músicos por várias razões: ou os temas são muito longos e não encaixam no tempo de duração do programa, ou a música é muito hermética e afasta o público do programa. Mas pode aconselhar o seu colega a ouvir o programa do Manuel Jorge Veloso, Um toque de Jazz, na RDP, que é plural e divulga várias tendências do passado e do presente.

 
At terça out. 24, 09:37:00 da manhã 2006, Anonymous Anónimo said...

Caro JNPDI,

Eu, que não sou jornalista nem faço tenções de o ser, remeto a minha resposta para o último comentário do leitor Nélson Morais, a quem faço a devida vénia, mantendo aquilo que disse: o senhor é um manipulador de informação. Se acha que isto é uma ofensa gratuita da minha parte, o problema é seu.

Quanto aos comentários do senhor Leonel Santos... acho lamentável que venha para este espaço lavar roupa suja de uma relação pessoal entre ele e o senhor Pedro Costa que nem eu nem os leitores temos nada a ver.

No entanto, é curioso constatar que afinal o pomo da discórdia é apenas um: o que é e o que não é essa música a que se chama jazz!

 
At terça out. 24, 09:49:00 da manhã 2006, Blogger JMS said...

A Nelson Morais e Horácio,

Refere Nelson Morais que "O anonimato deve ser apenas utilizado quando se esgotaram todas as possibilidades de obter a informação de outra forma e não como solução preguiçosa ou fácil.
(...)

Pois bem, se fosse sem anonimanto essas pessoas não falavam e acho que já se percebeu porquê. Leia-se o primeiro comentário de Pedro Costa para se perceber ao que tais pessoas ficariam expostas: insultos, insultos, ofensas e ofensas. E como sabe, o anonimanto está de facto previsto no Livro de Estilo do Público e é utilizado. Não foi uma questão de preguiça nem de solução fácil. Além disso esgotámos as outras possibilidades de obter a informação, ao falarmos com o director artístico do JAC.

Depois cita Nelso Morais que "Quando se trata de opiniões, o Público só reproduz as que forem atribuídas a fontes claramente identificadas. Dito de outra maneira: uma fonte anónima não tem opinião.

Ora sucede que aqui não estamos perante uma mera opinião ligeira ou leviana do tipo "eu acho que...". As fontes em causa, que são produtores de jazz e sabem muito bem quanto custa um festival, são credíveis, autoridades em matéria de festivais e fizeram-me as contas e demonstraram-me como o orçamento do JAC era excessivo para o tipo de músicos contratados, o que tornava o subsídio dispensável, pelo que o consideraram de "vergonhoso". E a prova de que sabiam do que falavam é que estavam a par do orçamento total do JAC, citando subsídios que eu próprio desconhecia.

 
At terça out. 24, 10:05:00 da manhã 2006, Anonymous Anónimo said...

Olá,

Com a entrada do Leonel com o seu ódio habitual e já com a presença de outros do género me retiro. Esta é mais uma discussão sem ponta por onde se lhe pegue que deixou de merecer resposta, infelizmente. Agora até o JNPDI, com as costas quentes, deita achas para a fogueira.
Não mordam a língua, rapazes.

Pedro.

 
At terça out. 24, 10:07:00 da manhã 2006, Blogger JMS said...

Caro Horácio e Nelson Morais,

Desculpem voltar ao assunto, mas eu gosto de reflectir sobre as questões e tinha de vir aqui dar esta informação.

Lembram-se do caso Watergate que levou à resignação de Richard Nixon da presidência dos EUA?

Para quem não sabe, resumo em linhas gerais. Dois jornalistas do Washington Post (Bob Woodward e Carl Bernstein) foram informados regularmente por um anónimo da implicação de Nixon no assalto à sede de campanha dos democratas. Esse anónimo foi baptizado pelos jornalistas de Garganta Funda.

É um dos case-study do jornalimo a nível mundial e a identidade de garganta funda só foi revelada recentemente (era um agente do FBI).

Como vê o jornalismo usa o anonimato, e este é o caso mais célebre, e nem por isso o Washington Post perdeu a sua credibilidade junto dos leitores, pelo contrário.

Não queremos obviamente comparar as situações, mas tão só demonstrar aos leitores que o anonimato das fontes não é nenhum bicho-careta ou demónio, tendo contribuido inclusivamente para afastar um presidente dos EUA, desmascarando os seus actos cobardes e rasteiros. Sem o anonimato jamais o agente do FBI teria ousado divulgar o que sabia.

 
At terça out. 24, 10:10:00 da manhã 2006, Blogger JMS said...

Não se retire, Pedro, porque eu não tenho nenhum ressentimento consigo e faço até questão de o cumprimentar da próximas vez que o vir.

O debate é útil e saudável e se o Pedro pôde dizer o que disse livremente, ofendendo-me gratuitamente, também tem de aceitar as palavras do Leonel.

 
At terça out. 24, 10:23:00 da manhã 2006, Anonymous Anónimo said...

Caro JNPDI:

Aquilo a que acho mais piada no seu comentário é que o senhor, o grande paladino da independência e coerência jornalística, não tem a coragem de admitir que a fonte que não quer revelar é tão somente o "padrinho".

Durma de consciência tranquila.

 
At terça out. 24, 10:35:00 da manhã 2006, Blogger JMS said...

Caro Horácio,

Se fosse somente uma pessoa o próprio Pedro Costa não teria aqui vindo dizer que já tinha falado com os produtores em causa e que estava tudo resolvido.

Os senhores não só não lêem o que foi dito antes nem ao menos se articulam no ataque concertado...

Acredite que durmo de consciência muito tranquila, sobretudo por se ter provado pelos comentários que aqui foram feitos e pelas informações que vieram à superfície, que fiz um bom julgamento quando decidi publicar a notícia que deu origem a tudo isto. Afinal não havia algum mal-estar... Havia e há um profundo mal-estar que é mais vasto do que o JAC e envolve a Clean Feed e a Trem Azul.

 
At terça out. 24, 12:05:00 da tarde 2006, Anonymous Anónimo said...

João Moreira disse: "a AllJazz, que foi pioneira e era bem mais criativa e plural, ". Quanto ao plural... talvez... agora a nível de qualidade gráfica tenho sérias dúvidas.

E disse também: "De resto, acho imensa piada ao facto de as pessoas dizerem que o jazz é velho, mas depois irem a correr para a Festa da Música do CCB, ouvir compositores do século 18 e 19. É uma falsa questão. "
A diferença entre o jazz e a chamada clássica é enorme. O jazz é algo espontâneo, improvisado!! A música clássica é escrita e a execução no inicio do século ou no fim é a mesma!
Uma peça de Monk tocada pelo próprio ou por outro é totalmente diferente... no jazz o músico tem uma voz própria! Conclusão: não se pode comparar...

 
At terça out. 24, 12:06:00 da tarde 2006, Anonymous Anónimo said...

João Moreira disse: "a AllJazz, que foi pioneira e era bem mais criativa e plural, ". Quanto ao plural... talvez... agora a nível de qualidade gráfica tenho sérias dúvidas.

E disse também: "De resto, acho imensa piada ao facto de as pessoas dizerem que o jazz é velho, mas depois irem a correr para a Festa da Música do CCB, ouvir compositores do século 18 e 19. É uma falsa questão. "
A diferença entre o jazz e a chamada clássica é enorme. O jazz é algo espontâneo, improvisado!! A música clássica é escrita e a execução no inicio do século ou no fim é a mesma!
Uma peça de Monk tocada pelo próprio ou por outro é totalmente diferente... no jazz o músico tem uma voz própria! Conclusão: não se pode comparar...

 
At terça out. 24, 12:56:00 da tarde 2006, Anonymous Anónimo said...

Caro JNPDI,

Fala como se eu ou qualquer leitor minimamente informado nunca tivesse percebido que o move um ódio extremo a tudo o que é Clean Feed ou Trem Azul... e isto nota-se desde o momemnto em que começou a regurgitar as suas insuinuações no seu blog.
E eu acho natural e compreensível que haja uma reacção por parte de quem é visado, embora possa não concordar com os moldes com que seja feita.

No entanto, e porque acho que este não é um sítio adequado para discutir seja o que for - afinal, esta é a sua "casinha" - só queria deixar uma coisa bem clara: neste espaço sempre respondi a título individual. E contrariamente ao que quer fazer pretender quando fala am "ataques" concertados (lá está mais um entre os muitos exemplos das suas interpretações falaciosas, estultas e de má fé), não conheço pessoalmente nenhuma das pessoas que vieram aqui discutir estes assuntos.

Cumprimentos ao padrinho.

 
At terça out. 24, 01:26:00 da tarde 2006, Anonymous Anónimo said...

João Moreira disse: "fizeram-me as contas e demonstraram-me como o orçamento do JAC era excessivo para o tipo de músicos contratados".
Então apresente os valores, s.f.f., e assim podemos tirar isto a limpo!

 
At terça out. 24, 01:41:00 da tarde 2006, Anonymous Anónimo said...

ahahahahah
Isto é fabuloso, é maravilhoso, é espectacular, é realmente muito forte.
Eu não gosto nada de jazz, eu odeio o jazz, eu abomino o jazz e a jente do jazz, mas isto é um espectáculo de circo fabuloso,
Ainda bem que caí aqui de pára-quedas. sempre tem mais piada falar com vocês do que os chats.
Já agora, ó sr. Leonel Santos explique lá isso (tecnicamente) o que é o free jazz e o não free jazz?
É que eu sou um leigo no assunto e gostaria de saber, o saber não ocupa espaço.

João More Irra dos Cantos

 
At terça out. 24, 04:09:00 da tarde 2006, Blogger JMS said...

Caros amigos,

Queria informar-vos que esta notícia fez com que se batessem todos os records neste blog, nomeadamente no número de comentários que gerou.

Nunca antes se alcançara tal prodígio e já aqui divulgámos tanta informação bem mais interessante e importante...

 
At terça out. 24, 04:46:00 da tarde 2006, Anonymous Anónimo said...

Podes ir andando, Pedro. Não tenho nenhum ódio por ti, nem por ninguém (tenho é mau feitio, como tu já me disseste. E azia...) Aliás a gritaria e o insulto foste tu que a fizeste, desde logo o 1.º post. E, como sabes, isto não é propriamente roupa suja: são factos. Manipulação é o que a jazz.pt faz diariamente, como na votação dos melhores do ano passado, para onde até fantasmas votaram e as próprias contas estavam erradas. Lisura, correcção, informação verdadeira e debate genuíno era o que se esperaria numa publicação independente. Não foi essa a herança que deixaste ao REP na jazz.pt.
O lobbying faz parte da natureza humana, um cínico uma vez disse. Cada um privilegia os seus amigos e vai tecendo as suas teias de acordo com os seus interesses. Não vale a pena fingires que és indiferente ao JaC e ao REP e à jazz.pt. Basta desfolhar a jazz.pt, a de antes ou a de agora...
O JaC é um festival bastante marcado ideologicamente, mas não o são todos? Pessoalmente eu considero-o pouco interessante, embora e como escrevi, esta edição de Novembro até seja das mais interessantes de sempre. Mas ele está no seu direito de levar lá quem quiser...
Toda a gente se candidata aos subsídios. Mas os subsídios são públicos e até vêm nos jornais. E é bom que o público saiba; isso não é ofensa. Agora o alarido levanta suspeitas... Afinal a história poderia ter acabado logo ali mesmo na notícia do JMS... Fazes bem em sair de cena, Pedro. Mais te valera estar calado.
Já agora sobre improvisação e liberdade e velhice. a) Não é por se ser jovem que a música que se toca é jovem e vice-versa; não preciso de dar exemplos. Não, não tenho 20 anos. b) Livre livre só mesmo os taxis até que ficam ocupados. Mesmo a energia atómica só é livre até chocar com os átomos com que interage. O Jazz é uma música livre, eu estou de acordo, mas essa liberdade resulta da sua própria natureza, que não é só improvisação. A improvisação (que também pode existir na música clássica) existe indissociada da composição e da orquestração/ arranjo. Mas acho que se pode dizer que o Jazz é a mais livre das músicas. Agora o que também é verdade é que muitos músicos aprenderam a improvisar repetindo infinitamente as mesmas ?malhas? ou fechando sobre si mesmo os horizontes estéticos. Onde é que está a criatividade? A improvisação só por si não faz o Jazz! (e isto vale para o mainstream ou o "free") c) O free jazz teve o seu apogeu nos anos 70. O ?canto do cisne? aconteceu nos anos 80 com o NRG Ensemble de Hal Russell onde ?militou? Ken Vandermark. A música de KV e da maioria dos seus parceiros é repetitiva, completamente revivalista e apenas ocasionalmente aparece uma novidade. Fazer passar o free jazz por vanguarda é um embuste. A fusão com o rock ou a clássica/ erudita ou a world deu-se nos anos 60/70 e uma boa parte do melhor do Jazz actual vem daí. Agora o sonambulismo de Fred Frith ou Andrea Parkins, o onanismo de Lê Quan Ninh ou a modernice embicada e forçada dos Rova (que sobre Trane têm um grande disco: Ascension) são pouco mais que nada. São mais do mesmo; ruminações extemporâneas e pretensiosas.
PS: Ena pá, 58 comentários! Ó João, isso é que é frisson!
Leonel

 
At terça out. 24, 07:01:00 da tarde 2006, Anonymous Anónimo said...

LOLOLOLOL

que cromo saíu este Leonel!
como é que a revista all jazz poderia ter sobrevivido!!

 
At terça out. 24, 09:13:00 da tarde 2006, Anonymous Anónimo said...

hehehehe.
podes crer. quando se quer fazer alguma coisa bem feita, independente, prestigiante, com nível, são demasiados os interesses obscuros que se movem por detrás até liquidar os projectos. mas a obra ficou feita. fala por mim.
leonel

 
At terça out. 24, 11:55:00 da tarde 2006, Anonymous Anónimo said...

Apoiado, Leonel.

Eu sei o que tu deste aquela revista e sem receber um cêntimo!

 
At quarta out. 25, 01:51:00 da manhã 2006, Anonymous Anónimo said...

AH! então o free jazz é aquele que não usa composição, só improv. É isso sr. Leonel? Portanto: free=improv? Foi o que me pareceu que disse. Mas concretize melhor que ainda está muito vago sr. Leonel, é que o jazz é musica e a musica é uma ARTE e eu não acredito que se possa reduzir a tão pouco: improv, composição/tema. Então e os outros factores da musica? - tensão, estabilidade, raíz, afastamento da raiz (até ao infinito?), ritmo( considerado pelos historiadores da erudita como o factor do sec.XX), som, silêncio(ou ausência de som),imagem,real, abstração,etc.,etc.,etc. Como é que isto funciona no jazz sr. Leonel? Pergunto-lhe a si porque me parece ser o mais esclarecido. Embora deva dizer que embrulhou um bocadinho os pés com a cabeça no que diz respeito ao free. Passo a sitá-lo:"livre livre ´so mesmo os táxis.... " "o jazz é uma musica livre, e eu estou de acordo...." afinal em que é que ficamos?
"A improv. existe indissociada da composição e da orquestração/arranjo." Afinal o free existe ou não? Se calhar a malta do free afinal também toca as composições só que duma forma mais desfocada, ou então fazem é composição instantãnea. É pá será isso?
Diga diga sr. Leonel

João More Irra dos Cantos(A.K.A. Leon El Tansos)

 
At quarta out. 25, 02:36:00 da manhã 2006, Anonymous Anónimo said...

olha...passou a usar nick ...também ...ehehehh

gosta pouco gosta

 
At quarta out. 25, 02:42:00 da manhã 2006, Anonymous Anónimo said...

isto já parece onde está o wally...é obvio : )

 
At quarta out. 25, 04:40:00 da manhã 2006, Anonymous Anónimo said...

respondo, não respondo? será que o gajo é mesmo burro ou anda só a treinar? Ah, que se lixe... não vale a pena dar-lhe guita. deixa-o aprender por si próprio...
leonel

 
At quarta out. 25, 09:13:00 da manhã 2006, Blogger JMS said...

Leonel, não te canses... mas olha que o tipo é criativo! Até me arranjou uma alcunha e tudo e digna do Contra-Informação!

Um abraço

 
At quarta out. 25, 10:21:00 da manhã 2006, Blogger JMS said...

Uma vez que há aqui tantas pessoas criativas e que "gostam" tanto de mim e de JNPDI! o que eu gostava mesmo era que levassem ao limite o vosso amor ao próximo e arranjassem maneira de fazer uma caricatura desenhada da minha pessoa, assim ao estilo das que o Carlos Zíngaro fez para o Villas-Boas nos anos 70.

Isso é que era!

 
At quarta out. 25, 11:25:00 da manhã 2006, Anonymous Anónimo said...

Só que tu não és o Villas....estás muito longe! Rapazola

 
At quarta out. 25, 01:19:00 da tarde 2006, Anonymous Anónimo said...

Ainda estou a espera de valores Sr. João Moreira!

 
At quarta out. 25, 01:28:00 da tarde 2006, Anonymous Anónimo said...

Outra coisa.. estive a dar uma vista de olhos na última edição da jazz.pt. Das n criticas a discos publicadas, apenas 3 são periféricas ao Jazz, sendo que dois discos são de editoras portuguesas. Uma parte significativa fala de discos que são "da velha guarda".
Na capa está Peter Brotzamann, que é um músico de jazz (ele próprio o diz na entevista!).
A parte de review/preview de concertos engloba todos os tipos desde o JeA, ao Guimarães Jazz, passando pelo Estoril Jazz.
A secção de notícias fala de músicos de todos os estilos.
Até inclui um texto de Laurent Filipe...

Por isso pergunto: a tal jazz.pt que aqui tanto falam é a mesma publicação que acabo de referir?

 
At quarta out. 25, 01:50:00 da tarde 2006, Anonymous Anónimo said...

Este JNPDI é mesmo ridículo... acho que nem vale a pena perder mais tempo com "cromos" destes.

 
At quarta out. 25, 02:44:00 da tarde 2006, Anonymous Anónimo said...

Caro Carlos Dias,
Parece-me que o seu último comentário encerra vários tipos de equívocos:
1. É claro que a Revista de que se fala é a Jazz.pt;
2. "Das n criticas a discos publicadas, apenas 3 são periféricas ao Jazz". Errado ! Todas as de REP são periféricas ao Jazz e olhe que são mais que 3...
3. "Peter Brotzamann, que é um músico de jazz". Bem isto dava pano para mangas...Brotzmann é um insuportável anacronismo: nos dias de hoje não há pachorra para
"guinchos" e "zurros" em palco à moda de Ayler. Esta música tem 40 anos de idade !!!
4. "parte significativa fala de discos que são "da velha guarda""
No jazz nunca houve "velha" e "nova" guarda. Há discos relevantes para criticar e outros para passar por cima. O que é importante é distinguir o trigo do joio e ser objectivo. A Jazz.pt tem muito pouco disso.
5. "Até inclui um texto de Laurent Filipe..."
Bem, eu diria que este é o cerne da questão...
Isto simboliza a falta de política editorial da Revista: não sabe se quer ser 100% Free-Improv ou não, por isso coloca lá uns textos de «mainstream» para despistar...Chama-se a isto falta de coragem editorial, mais nada.
Mais capacidade de discernimento e distanciamento e tudo ficaria melhor...

 
At quarta out. 25, 03:10:00 da tarde 2006, Anonymous Anónimo said...

Vasco és um palermita

 
At quarta out. 25, 03:17:00 da tarde 2006, Anonymous Anónimo said...

Cheguei agora aqui (isto está realmente animado), mas este último anónimo parece que se enganou no Blog, não ?

 
At quarta out. 25, 04:27:00 da tarde 2006, Anonymous Anónimo said...

Em conversa com um amigo tive hoje conhecimento da existência deste blog e do triste espectáculo que nele se esta a passar.
Sou um idoso (quase 80) mas não estou gagá, longe disso: sinto-me mais jóvem que grande parte dos intervenientes no "espectáculo", incluindo o "dono" do blog.
Comecei a apreciar o jazz quando a maior parte de vós provavelmente ainda não tinha nascido. Os meus "reis" eram na altura o Louis Armstrong, o Count Basie... Mas hoje ouço com o maior gosto Vandermark, Brotzmann, e por aí fora, mesmo aqueles que ainda estão a experimentar, incluindo os portugueses. Possuo muitos discos das últimas gerações de músicos, que alguns de vós gostam de insultar.
Achei lastimável a cobardia de alguns dos tais intervenientes e também o facto de hoje, em pleno séc. XXI,haver ainda tantos Hugues Panassié, que eu pensava pertencer à pre-história. Li os escritos de um taljazzlunatic e de um leonel santos: lamentáveis, porque me parecem seres invejosos e mesquinhos, e que só por maldade, inveja e cobardia atacam pessoas sem aparentemente terem bases para tal. E pelo que li, Pedro Costa, que eu juro só conhecer por ter lido o seu nome na revista jazz.pt, foi injustamente atacado, embora eu reconheça que ele foi um bocado agressivo. (O que seria de esperar depois de ataque tão mesquinho?).
Comprei e li a Alljazz enquanto esta revista foi publicada. Era fraquita, mas era a única que se publicava em Portugal! A Jazzz.pt tem muito mais qualidade e reflecte melhor a música do séc. XX (e do XXI!), dêem-lhe o nome que quiserem.
Pelo que li, acho que o "dono" do blog nem sequer tem o direito de falar em Luis Villas-Boas, esse sim, um homem do jazz, que eu bem conheci na década de 1940, ainda antes da criação do Hot Clube: Que os abutres não falem nele, porque ele era um homem honesto e um verdadeiro, repito: verdadeiro amante do jazz.(Mas, havendo liberdade de expressão, falem nele, mas não se sirvam dele!).
Afastei-me da cena nacional do jazz já há alguns anos, quando me apercebi que se formara uma máfia à volta da música que eu amo há tanto tempo. E parece-me que nos encontramos agora na segunda geração dessa máfia, que ainda é pior, porque até já usa blogs!
Não gosto da companhia de cobardes e portanto, depois de escrever estas linhas (provavelmente cheias de gralhas)não tenciono sequer pôr de novo a vista em tão lastimável blog. Podem pois insultar-me à vontade.

Júlio Parente

 
At quarta out. 25, 04:42:00 da tarde 2006, Anonymous Anónimo said...

E íaperdendo uma polémica. Apre que ando distraido.

Bem, começo pelo princípio, pela resposta de JMS que acho que tem muito sumo:

"Talvez não saiba, mas fica a saber, que sou das vozes mais críticas em relação a festivais que não se abrem a projectos como a fusão do jazz com as músicas étnicas"

Shakti e derivados: bater o pézinho?

"tal como também sou dos mais críticos quanto aos que se fecham num jazz dito de "vanguarda", em que apenas os músicos parecem saber e apreciar o que se está a passar em palco"
Há aqui alguns saltos lógicos que me ultrapassam. Há um dito (por quem ?) Jazz de Vanguarda. Neste assim chamado o JMS acha (parece-lhe) que só os músicos apreciam a musica que eles próprios fazem (são uma espécie de matrioscas musicais)

Segue-se:

"o que se viu nas debandadas ocorridas em alguns concertos no recente Jazz em Agosto" Quem viu ? eu não vi debandadas.

Depois
"Essa género de programação pode contribuir para afastar o público que vai na expectativa de um determinado jazz".
Confuso novamente. Há um público que vai à Gulbenkian à espera de um "determinado Jazz" e que depois sai porque o que ouve não é aquilo que determinou ? Também deve acontecer irem pessoas à Gulbenkian para ver a Maluda e saírem porque está lá o Cabrita Reis, e depois ?

Agora esta parte é digna de nota" O tal "determindo Jazz" opera "dentro dos parâmetros que o definem"
Isto meu caro é uma matriosca intelectual.

"e se depara com experimentalismos herméticos que porventura caberão noutros espaços." meu caro: não sei que volta é que quer dar mas qualquer forma de artística é hermética. É um princípio estético, porque a Arte é complexa e estimulante. Até o Jazz branqueado (como tão bem classificou JLB) o é; não sendo arte (oops, uma espiral). Já o Shakti...

Eu queria parar, mas argumentação como: "essa música não tem direito a existir? O experimentalismo não tem direito a existir? Claro que sim." é uma argumentação da 4ª classe ? não é aquela retórica do tipo "O que é melhor Marco Paulo ou Stockhausen?". O que não tem direito a existir é a reprodução de padrões, é o esvaziamento conceptual, é a desvitalização, é o embalsamamento do Jazz. ?Jazz is not dead, it just smells funny? (Frank Zappa(


Assim eu tenho muita dificuldade (mas vou tentar garanto) em fazer a" justiça de não pensar que esteticamente ou intelectualmente sou condicionado". Porque eu nem sei (não o conheço, limito-me à leitura do texto) se sabe muito bem o que é a estética.
É que há a estética, que é pensada pelos estetas e há os cabeleireiros que têm as esteticistas.


Espero que o seu livro sobre o Villas-Boas inclua a opinião dele sobre Keith Jarret, Charles Lloyd, Abercrombie e todos os outros sobre quem se pronunciou nos anos 70: que não eram Jazz serem, apenas experiências herméticas que só eles próprios entendem. Assim poderemos compreender bem como não podemos ficar apenas como estéticistas do pézinho a bater. Temos que fazer um esforço para entrar naquelas estruturas que lhe parecem muito herméticas hoje, mas que com esse esforço desabrocham e, literalmente, tiram da boca um ahhhh.

A parte boa é que nunca tinha ligado grande coisa a este blog e cá estou eu a lê-lo.

Um abraço,

Gonçalo Falcão

 
At quarta out. 25, 05:50:00 da tarde 2006, Anonymous Anónimo said...

Great minds discuss ideas; Average minds discuss events; Small minds discuss people.
Eleanor Roosevelt
US diplomat & reformer (1884 - 1962)

 
At quarta out. 25, 06:46:00 da tarde 2006, Anonymous Anónimo said...

Olha o Gonçalo! Estás bom, man!
Independentemente de outras questões que levantas que me parecem irrelevantes, gostava de te dizer duas ou três sobre o assunto (e vale a pena falar contigo porque pensas pela tua cabeça ? acho eu ? e não és pretensioso nem tens interesses ?estranhos? na polémica):
Toda a música e toda a arte tem o direito de existir. Aliás ela (elas) não pedem licença, elas existem de facto. O facto de as ?formas? de arte terem muito ou pouco público também me parece irrelevante: entre outras coisas, o tempo e o espaço interferem na avaliação, no público e nos aplausos. O problema do JeA (e de outros concertos) é o de se gostarem de fazer passar pelo que não são: novidade, vanguarda, erudição. Como tu sabes, se alguma coisa de novidade (e não foi muita) no JeA deste ano (podíamos ir a outros) foi o Hollenbeck e o Craig Taborn. Coincidentemente eram dois dos poucos grupos de Jazz que estiveram na G., trouxeram erudição, composição, trabalho de casa bem feito, bons solistas e imaginação. O resto cabe em dois sacos de plástico do minipreço: de um lado estão as ruminações dos Cline/ Parkins/ Rainey (o Rainey fazia a diferença, ainda assim), do Ochs/ Frith/ Ninh (o Ochs andou perdido; pudera, era o único músico que além de ser um músico de Jazz também não era surdo) e Mandarin Movie; todos eles a repetir as mesmas malhas que (se) fazem há décadas. Por exemplo um dos ícones da estética catástrofe de Zorn, o Painkiller, tocou num Armazém do Poço do Bispo há talvez quinze anos, mas como tu sabes este tipo de coisas é até bem mais antigo. Não existe qualquer erudição naquela fórmula: apenas noise. Além de mais é completamente indigente. É a minha opinião. Poderia dissecar os outros músicos mas não cabe aqui. No outro saco vêm os Rova que são um quarteto de Jazz fantástico que têm aqui na transposição de Trane para a electrónica um avanço pretensioso e falhado. O concerto foi elucidativo: a trupe estava distraída na sua árdua tarefa de retirar sons (não notas) do seu aparelho, cada um indiferente ao que os outros fazia. Coltrane nunca foi nada disso. A coisa só melhorava a espaços quando o quarteto tocava e os outros se calavam. Ainda também aqui o concerto fraquinho da Corkestra, longe longe da festa que era cada concerto de Sun Ra. Ainda também Evan Parker, um grande solista, mas não um músico de Jazz, com um universo concentracionário, a tocar EXACTAMENTE o que tocava há mais de três décadas. E Braxton, uma sombra de si próprio, longe da criatividade da Creative Orchestra Music, mas um grande músico; o único realmente erudito do grupo.
A maior parte do que passou na G. não era Jazz, o que não tem importância: há mais boa música para além do Jazz. Não é erudito, o que também não é grave; há boa música popular. Não é novidade e menos vanguarda, e também não tem importância: pessoalmente gosto de velharias. O problema é que é muito pretensioso e é apresentado como um festival de Jazz de vanguarda e erudito. E a isto chama-se embuste. O que é grave.
Sobre a Jazz.pt faço minhas quase todas as palavras de jazzlunatic, mas acrescentaria que o REP não sendo um crítico de Jazz tem mais bom senso que o Pedro e até tem procurado dosear o Jazz com a outra tralha toda e até tem procurado baixar a quota dos discos da TA dos escandalosos 90% que detinha.
Quanto ao octogenário fantasma que aqui apareceu, acho que deve ir tomar os remédios do Alzeimer rapidamente que está a ficar balhelhas e olhar com atenção os post para perceber que foi o ?injustamente atacado? PC a começar os tais ataques mesquinhos. E olhe que mais lhe valia voltar a ouvir Satchmo ou o Count. Sempre dormia melhor que com Brotzmann ou KV.
Saudinha e não se molhe muito vôvô! E tome os remédios!
Leonel

 
At quarta out. 25, 07:17:00 da tarde 2006, Anonymous Anónimo said...

Só posso deixar de assinar por baixo o que o Leonel acaba de escrever. É uma das mais lúcidas e distanciadas análises sobre toda esta problemática (sobre a qual acho fundamental pensar e escrever, sobretudo em Blogs deste tipo) que li nos últimos anos. Admito que nem sempre concordo com ele, mas neste caso sim. Digamos que fala a voz da experiência (eu sou mais novo)...
Tenho que saudar JMS (com quem por vezes discordo, mas nada mais natural...) pelo impacto e universo de comentários que gerou o seu post inicial: digno de análise sociológica !
Essa é a prova mais forte (se fosse preciso...) de que falamos de uma música de origem recente (séc. XX) mas que será sempre viva e ardentemente defendida, não só devido à sua diversidade intrínseca mas sobretudo pela enorme paixão que desencadeia nos seus ouvintes !
Nada disto justificará (penso eu) o insulto pessoal, apesar de cada um ter os seus próprios limites, claro. Mas, lá diz o ditado: "quem não se sente não é filho de boa gente"...
Jazzlunatic

 
At quarta out. 25, 09:21:00 da tarde 2006, Anonymous Anónimo said...

...pena que o pessoal não comente mais nada a não ser polémicas sobre guita... novembro vai fazer bem a todos.

Anacleto Bonifácio (A.K.A.clorofila)

p.s.-seria possivel acompanhar as criticas (texto e imagem) com excerto sonoro (minidisc/dat)de pekena parte dos concertos que JNPDI cobre? era lindo!De qualquer maneira...obrigado por este blog! : )

 
At quarta out. 25, 10:46:00 da tarde 2006, Blogger JMS said...

Enfim, os comentários não páram de crescer...

Alguém falou em Evan Parker... Pois bem eu estive lá no concerto dele na Gulbenkian em que tocou a solo absoluto e em que a cada intervalo entre "temas" saíam pessoas da sala. Eu devo ter resistido até ao 3.º tema, por respeito ao Rui Neves...

Já com David Liebman a fazer o "mesmo" nos anos 90 não só fiquei até ao fim, como aplaudi e ainda ouço hoje em dia numa bela gravação audio que fiz.

Quanto ao nosso estimado leitor Júlio Partente, uma vez que era das relações (boas) de Villas (também Boas), talvez possa responder ao comentário do leitor que disse que Villas-Boas esteve para chegar a vias de facto com o actual director da Jazz.pt. Sabe por que foi? Eu gostava de saber.

Quanto à Jazz.pt, o Leonel diz que 90% dos discos aí criticados são da Trem Azul do Pedro Costa. Ainda bem que é ele que diz, que sabe mais de contas e números do que eu. Eu ia fazer essa conta, mas assim poupou-me o trabalho.

Acho que algumas das pessoas envolvidas neste debate aqui no blog ainda não perceberam (ou não querem deixar perceber) que o debate não é sobre o que é e não é jazz, mas o que é e não é ético entre o que se faz com o Jazz em Portugal e seus dinheiros, subsídios, informação, etc.

Alguns dos intervenientes aqui quiseram desviar a atenção para a estética. Mas esqueceram-se de que o verdadeiro debate dispensa a EST, mas não a ÉTICA.

Há quem faça revistas que mais parecem catálogos dos seus produtos discográficos, mas o JNPDI! é que não presta porque levanta as lebres...

Registamos. É sempre bom (embora triste) saber o que algumas pessoas valorizam.

 
At quarta out. 25, 10:50:00 da tarde 2006, Anonymous Anónimo said...

Oh Vasco, diz aí ao pessoal qual foi o festival subsidiado com $ públicos em que os músicos ficaram a dormir em casa do produtor...

Vá, diz lá...

 
At quarta out. 25, 11:26:00 da tarde 2006, Anonymous Anónimo said...

Boa, sr. Gonçalo Falcão. Até que enfim aparece alguém a falar de Arte, texturas, improv., etc. Já estava a ficar desesperado.
Sou aquele que detesta jazz e abomina a malta do jazz, e fez umas perguntas (ao Sr. Leonel Santos) sobre improv., texturas, etc. Só para tentar perceber.
Epá! Fui ao site do Rui Eduardo Paes. O tipo até tem bagagem e currículo também, uns livros escritos e tal....Provávelmente deveria ter feito as perguntas que fiz, não ao Sr. Leonel mas sim a este Rui Eduardo Paes. Quanto à Trem Azul: Ó meus amigos, os tipos têm um historial e património (aliado à sua etiqueta) deveras impressionante e até invejável como poucos (do jazz) têm em Portugal. Estes Srs. são enormes e pelos vistos sem qualquer apoio. Fui à net investigá-los. Estão presentes em tudo o que é links de jazz internacional, sendo altamente respeitados. Até fazem festivais da Clean Feed em NY (terra do jazz actual?). Têm um património considerável de discos que até são bem cotados (AMG) inclusivé de vários músicos portugueses que até eu (burro, como o Sr. Leonel disse - não se excite que eu já sou comprometido) já ouvi falar. Há que ser realista, estes srs. já ultrapassaram em larga escala (para ser modesto) todos as revistitas, bloguezitos e sitezitos...itos...itos...itos que por aí andam. E com toda a certeza factual irão ficar na história não só nacional mas também internacional. Para os nossos descendentes ficam os que fazem história e esquecem-se os tais ?itos?. Convenhamos, estes srs. são autênticos heróis no panorama (degradante) da música em Portugal. O tempo passa, fica a obra.
O que tem para mostrar sr. Leonel? Uma revistita que pelos vistos foi à viola?!
Qual é o seu currículo jazzístico?
O que fez pelo jazz?
Em que factores cimentou todas as suas certezas tão absolutas?
Tenham juízo e ajudem estes srs. da Trem Azul (e todos aqueles que têm coragem de empreender com sustentabilidade) ou então reformem-se para não atrapalhar. É que se os Trens Azuis se cansam, vocês (do jazz) ficam sem nada. Vocês paciência ( comó cabelo do Paulo Bento), que não interessam para nada, agora a malta que realmente grama o jazz e a ARTE é que fica a arder. A ARTE É MUITO MAIS IMPORTANTE QUE NÓS TODOS. Façam alguma coisa por ela, que estão atrasadíssimos em relação aos Trens Azuis.

João More Irra dos Cantos (A.K.A. Leon El Tansos A.K.A. Joe Morei em Santos A.K.A .Leo Nelly o Santo)

p.s: Ó sr. Leonel, você saíu-me cá um frustradão!!!!!Felizmente que neste blog há pessoal com interesse.

 
At quarta out. 25, 11:42:00 da tarde 2006, Anonymous Anónimo said...

A grande diferença entre a ALL JAZZ e a JAZZ.pt é que a primeira apresentava de facto várias tendências do Jazz (all) e a segunda tem quase tudo que é quase jazz, sem contudo ter quase nada de jazz, sobretudo nas críticas discográficas, como já aqui foi sobejamente dito.

É curioso que mesmo assim se intitule Jazz.pt e não All.pt, por exemplo... Fica a ideia... Ou AllTremAzul.pt, talvez ainda melhor... AllRep.pt? Ou quem sabe um dia AllRap.pt?

E AllRip.pt?

 
At quarta out. 25, 11:45:00 da tarde 2006, Anonymous Anónimo said...

Oh Vasco,

Diz lá à malta como é que o Pedro Costa da Trem Azul trás os discos dos EUA quando lá vai...

Qualquer dia acaba no xilindró como Zé Castelo Branco...

É só empresas de sucesso... É tipo Air Luxor... Nunca entendi os mistérios por de trás do sucesso fácil. Ou uns são muito burros ou outros correm mais depressa e são cavalos a fazerem-se de burros!

 
At quarta out. 25, 11:57:00 da tarde 2006, Anonymous Anónimo said...

Ó meninos do Hot e do Berkley e das tiazinhas com dinheiro, vão dar uma curva até ao Guincho jogar um ténizito, ito, ito ...como diz o outro. Esta conversa é para pessoas crescidas

A Basca d´Alfama

 
At quinta out. 26, 12:03:00 da manhã 2006, Anonymous Anónimo said...

isto está cheio de putas virgens

 
At quinta out. 26, 12:34:00 da manhã 2006, Anonymous Anónimo said...

Olha, acusou-se e ofendeu-se.
Não seja malcriado, isto é um blog de respeito. O sr. deve ser um desses de cabelo à béu béu que anda no Hot só para engatar umas miúdas.
Não perca as estribeiras.
Ó Vasco ponha tento na língua deste rapazinho que ainda é pequenino.
A Basca d´Alfama

 
At quinta out. 26, 12:40:00 da manhã 2006, Anonymous Anónimo said...

ando intrigado. quem raio é o vasco?
Leonel

 
At quinta out. 26, 12:42:00 da manhã 2006, Anonymous Anónimo said...

o Vasco não pode responder, foi à pesca

 
At quinta out. 26, 02:58:00 da manhã 2006, Anonymous Anónimo said...

Nada deveria entristecer mais os verdadeiros amantes do jazz (que aqui, supostamente, deveriam ser todos, ou pelo menos alguns) do que uma discussão de tão baixo nível quanto esta.

Em boa verdade, o motivo que aqui me traz é tão simplesmente um: o de reclamar a limpeza, bem merecida, do nome de Rui Eduardo Paes, actual editor da revista Jazz.pt. Não será necessário chamar a vossa atenção para o facto de que o nome de Rui Eduardo Paes foi aqui por várias vezes denegrido, no meu entender, injustamente, para não dizer desalmadamente, sem ética e com muito pouca estética.

Colaboro com a revista Jazz.pt desde o seu nº 7 e, independentemente das minhas tendências ou preferências musicais, tem-me sido dada, desde o primeiro momento, carta branca. Sinto-me numa revista cujo editor, ao ganhar uma percepção dessas minhas preferências (que não são coincidentes com as suas, e que certamente não se enquadram na gaveta daquilo que, num discurso desprovido de qualquer interesse ou relevância, aqui tem por alguns de vós sido caracterizado como "não-jazz" ? Ken Vandermark não é jazz???), não tem senão fomentado a minha participação, sugerindo ele próprio futuras contribuições da minha parte dedicadas a músicos que dificilmente fariam um Jazz em Agosto, mas que teriam todo o cabimento num Guimarães Jazz ou num Seixal Jazz - não mencionarei aqui os seus nomes por constrições de carácter editorial.

O estímulo a entradas na revista relativas a músicos não free (permitam-me a expressão), nacionais (também não Clean Feed) ou estrangeiros será prova maior da isenção de Rui Eduardo Paes e evidência, pelo menos para mim, que tenho sido alvo do estímulo a que acima me refiro, da injustiça de que se recobrem as calúnias aqui contra si proferidas.

Falando de jazz, já ouviram o último da Patricia Barber? Bom, não é? Então e a maravilha que é o último do Vijay Iyer & Rudresh Mahanthappa? E o grande Ornette, que está de volta, e em grande? E o novo do Carlos Bica? Muito bom. Tanto jazz tão bom para ouvir e a malta anda aqui, mais do que a perder tempo, a investir o seu tempo em algo que em nada contribiu para o bom estado de saúde do jazz. De mãos dadas a coisa funcionaria muito melhor. O jazz agradece!

Paulo Barbosa

 
At quinta out. 26, 03:09:00 da manhã 2006, Anonymous Anónimo said...

Por acaso eu acho que a discussão tem duas vertentes, uma mais interessante que outra: uma que é de facto sobre dinheiro (E DE QUE EU AINDA NÃO FALEI ATÉ AGORA) e que se esgota rapidinho: todos os produtores e todos os editores andam nisto para ganhar dinheiro. E não me venham cá com tretas. E enquanto não chegarmos ao socialismo temos que aceitar as regras do jogo. Como o socialismo ainda anda distante, o melhor é esquecer isso de momento e preocuparmo-nos com os problemas da ética e da estética. Porque toda a gente se candidata aos subsídios e aos apoios e aos mecenatos. Até porque é verdade que o Jazz, pelo menos em Portugal, é uma música minoritária e se não fosse com apoios provavelmente não havia concertos de Jazz. Sejamos pragmáticos: produtores bons são os que contribuem para oferecer boa música ao público e produtores maus são os que vêm mais os seus interesses que os do público.
O problema reside então, em primeiro lugar no que é a «boa música» e, no que toca ao dinheiro, nas formas menos claras de o obter, nos corredores, nas cunhas, etc? Não há grande volta a dar a não ser expor publicamente a origem e o volume dos subsídios. Depois o público é que sabe?
Independentemente das motivações do JMS, a verdade é que o crime dele foi publicar aquilo que até já se sabia (no Diário as Beiras escrevia Lídia Pereira em 17/10: ?Ontem, na apresentação dessa segunda parte dos Encontros Internacionais de Jazz de Coimbra, o responsável pelo festival congratulou-se com a atribuição de uma verba de 20 mil euros pelo Ministério da Cultura, através do Instituto das Artes, a qual veio permitir a sua realização?. Onde é que está o crime? Contactado por JMS, o director do JaC respondeu muito normalmente e a coisa podia ter ficado por ali. Mas não, PC (que diz que não tem nada que ver com o JaC nem com a Jazz.pt nem com nada, ofendeu-se com a notícia e desatou a insultar JMS. Depois foi o que se viu: roupa suja, ligações perigosas, disparates e mais insultos.
E acho que sobre dinheiros a conversa já vai longa.
(cont.)
Leonel

 
At quinta out. 26, 03:10:00 da manhã 2006, Anonymous Anónimo said...

A segunda parte da polémica que é a que me interessa mais tem a ver com a ética, a estética e o tal conceito do que é bom e do que não é (e o novo e o velho, etc). Foi só quase disso (e do que está à volta) que eu falei até agora. Acho que já falei de Jazz e de estética que chegue (é só ir lá ler), o resto fica para depois, outros lugares e outros momentos que não uma polémica quente num blog.
(cont)
Leonel

 
At quinta out. 26, 03:11:00 da manhã 2006, Anonymous Anónimo said...

Mas já agora, e porque entretanto o REP resolveu acusar-me de uma série de coisas nuns mails, será melhor esclarecer desde já: Tudo começou porque PC resolveu naquela sua forma naive e muito própria confundir os seus interesses pessoais e os seus amigos num elogio desmedido e descabido e totalmente oco de substância: ?Eu diria mesmo que dificilmente houve alguma associação ou conjunto de pessoas que tanto tivessem feito pelo Jazz como o Jazz ao Centro Clube (JAC) para além do Festival que tem duas partes anualmente, o JAC é responsável pela unica revista de Jazz em Portugal e por sinal uma revista que deveria ser um orgulho nacional, especialmente a partir do momento em que Rui Eduardo Paes se assumiu como editor.? Já mesmo no próximo Novembro irei assistir a um Festival que tem feito muuuuuito mais pelo Jazz que o JaC e deitar assim para o caixote do lixo décadas, indivíduos e organizações só pode ser mesmo alucinação. Dito com aquela convicção até parecia ser verdade. Mas não é. Acho que já falei o suficiente sobre o assunto.
(cont.)
Leonel

 
At quinta out. 26, 03:11:00 da manhã 2006, Anonymous Anónimo said...

Uma outra perspectiva acabou por se revelar e diz respeito às supostas «ligações perigosas». A haver ?ligações perigosas? entre o REP, a Trem Azul, os «patrões» e o IA, não fui eu que as trouxe a lume, mas outros, a começar pelo PC. Está lá escrito naquela sua ingenuidade? O que eu disse e mantenho é que o Rui Eduardo Paes não percebe nada de Jazz nem gosta. Só isso. Aliás ele acaba de reconhecer implicitamente as minhas afirmações e a sua inqualificação para dirigir a jazz.pt (o que ainda assim faz melhor que o PC) no email que mandou aos amigos: ?? apesar de não me considerar especificamente um crítico de jazz?? e mais à frente ?Acresce que não é na qualidade de "crítico de jazz" que surjo como Editor da Jazz.pt, mas na de jornalista.?.
Ora ora, caro REP, o Jazz precisa de pessoas que amem o Jazz, que o vivam, que o discutem e que o estudem e o dêem a conhecer ao público. Porque músicos até vai tendo. Um dos problemas do jazz tocado em Portugal é a valorização excessiva do mainstream e uma relativa (salvo raras excepções) falta de compositores modernos, de novos tratamentos, de arranjadores. O papel de uma publicação de Jazz deveria ser estimular o aparecimento desses novos compositores, mais e melhores músicos, mais público, debater, divulgar. A Jazz.pt pouco mais faz que baralhar, confundir. A Jazz.pt não serve o jazz. Serve interesses alheios ao jazz. Em princípio o Pedro até estaria mais qualificado que tu para dirigir a jazz.pt (ou queres-me convencer que é possível a um leigo dirigir uma publicação especializada?) porque gosta de Jazz. Se não fosse aquela sua baralhação permanente de interesses? A jazz.pt tem um jornalista a dirigi-la, não um especialista em Jazz. Sorte não ser a Maria Elisa.
(fim)
Leonel

 
At quinta out. 26, 03:18:00 da manhã 2006, Anonymous Anónimo said...

PS: Gostei daquele ?Sou aquele que detesta jazz e abomina a malta do jazz, e fez umas perguntas (ao Sr. Leonel Santos) sobre improv., texturas, etc. Só para tentar perceber.? E depois assina umas patetices. Ou melhor dizendo, aquele a quem eu chamei burro.
Ó meu amigo, vá perguntar o quiser a quem quiser. E porque carga de água deveria eu apresentar o meu currículo a um burro?
Leonel Santos

 
At quinta out. 26, 04:09:00 da manhã 2006, Anonymous Anónimo said...

Vá lá, só mais um esforço: só faltam dois para os 100 posts.
(depois o melhor é encerrar a polémica senão rebentas com a blogspot).

 
At quinta out. 26, 06:40:00 da manhã 2006, Anonymous Anónimo said...

acho que não chega aos 100! : )

 
At quinta out. 26, 06:42:00 da manhã 2006, Anonymous Anónimo said...

.!

 
At quinta out. 26, 10:09:00 da manhã 2006, Anonymous Anónimo said...

Volto ao JMS e À sua fuga para trás de Ética e Estética.

Ética:
o JMS fez eco de uma notícia que dizia que "a segunda parte do Jazz ao Centro teria sido viabilizada pelo Ministério da Cultura através do Instituto das Artes (IA) está a criar polémica e mal-estar entre alguns produtores de jazz.". O fulcro deste parágrafo não é o facto de o festival ter recebido apoios estatais mas sim o de que haveria produtores nacionais que, vendo a chegada de concorrência ao seu business, estavam "incomodados". O que é que incomoda ao JMS que os produtores nacionais se incomodem e o leva a escrever a notícia?
Ética ?

Segue o texto do blog "Em causa está o apoio de 20 mil euros do IA, que se soma aos 30 mil euros da Câmara Municipal de Coimbra, valor que as fontes que nos contactaram afirmam ser «escandalosamente acima» do orçamento necessário para contratar os quatro grupos que vão actuar" Sabe o JMS se o monex dado pelo estado foi apenas par o festival ? ou foi para apoiar a estrutura do Jazz ao Centro. Sabe o JMS em que moldes foi feita a candidatura aos apoios? Diz ainda o texto que foram fontes que contactaram o bloguista - e não o inverso - que eram valores muito acima do necessário para o festival. Mas o JMS nem sabe qual era o âmbito da candidatura ao apoio? Mas porque é que JMS ventila as fontes que o contactaram? Que fontes são estas? produtores incomodados ?
Ética ?

Estando então atento aos incómodos dos produtores decidiu JMS contactar a organização; fez bem. Foi-lhe explicado que "que o apoio do IA se destinou à totalidade do Jazz ao Centro". Estando aparentemente esclarecido e não tendo qualquer argumento minimamente lógico que justificasse a publicação do "incómodo" dos produtores concorrentes, não tendo pedido ao IA esclarecimentos adicionais sobre o âmbito do apoio para verificar as informações que tinha, resolveu ainda assim publicar o textículo.
Ética ?

Esteve no concerto do Evan Parker e saiu. Há quem tenha ido ver a exposição do Pistoletto na cómicos e tenha dito ?mas isto são só pneus velhos?. O que é que se conclui ?

Não sei se 90% dos discos criticados na Jazz.pt são da Trem Azul. Mas nem achava muito estranho que assim fosse. A Trem Azul, ao contrário das muitas empresas amadoras criadas em Portugal, trabalha muito bem, tem uma oferta, um ambiente e um ambiente excelente. Onde é que eu iria comprar os discos ? à Valentim de Carvalho do CCB ? à cave da Dargil (ainda existe) ?

Chegados aqui, e tendo percebido que o debate é sobre o que é ético sobre o que se faz com o Jazz em Portugal, acho que é imperioso eticamente que revelar os nomes dos produtores incomodados que o contactarem e por quem escreveu informações erradas para que todos nós ficássemos mais esclarecidos sobre a sua ética e sobre a Ética e o Modus Operandi dos produtores.

É porque se assim não o fizer, o ?JNPDI! é que não presta porque levanta as lebres?: levanta lebres a pedido de produtores incomodados, falsas e infundadas e não se retracta.


Estética
Os gostos discutem-se e é isso que a estética faz à dois mil anos. Mas acho que um blog ? por essência uma coisa onanista, parece-me - é demasiado light.

Gonçalo Falcão

 
At quinta out. 26, 10:09:00 da manhã 2006, Anonymous Anónimo said...

E por que é que o REP não veio aqui defender a sua pretensa honra e o fez em e-mail aos amigos?

Ele que venha cá dizer-nos qual é a sua política editorial para a Jazz.pt... Se calhar é simples e reduz-de a uma linha: Tudo o que é editado pela Clean Feed/Trem Azul ou venha do Pedro Costa é não só jazz como muita bom!

 
At quinta out. 26, 10:12:00 da manhã 2006, Anonymous Anónimo said...

E por que é que o REP não vem cá dizer por que razão o Villas-Boas o queria sovar?!

Deve ter feito das boas... naturalmente como jornalista, pois como amante de jazz já vimos que não é...

Olha, se calhar foi por denunciar alguma coisa... mas aí certamente o Pedro Costa já deve ter achado bem, porque fica sempre bem defender os amigos e os padrinhos ou afilhados.

 
At quinta out. 26, 10:17:00 da manhã 2006, Anonymous Anónimo said...

Não percebo muito de blogs, mas lendo os últimos posts não é possível criar uma secção infantil?

Gonçalo Falcão

 
At quinta out. 26, 10:18:00 da manhã 2006, Anonymous Anónimo said...

Porquê, Gonçalo, não se sente bem aqui na dos adultos, é?

 
At quinta out. 26, 10:20:00 da manhã 2006, Anonymous Anónimo said...

não é bem sabe, já passei a fase do "O Frank Zappa comeu merda em palco " e "O Eric Clapton é o melhor guitarrista do mundo" e "O Villas disse que dava tau tau no REP".

Gonçalo Falcão

 
At quinta out. 26, 10:58:00 da manhã 2006, Blogger JMS said...

Infelizmente a música deixou de ser uma arte para passar a ser uma mercadoria.

Esse é o grande equívoco e o grande vírus que se instalou em todos os géneros musicais e que atrai mercadores, tranformando o público em meros consumidores e a imprensa em mero pé de microfone para as suas mercadorias.

Como eu gosto muito de jazz e tenho muito trabalho a fazer nessa área, perdoar-me-ão por não poder continuar neste debate. O JNPDI! é um hobbie que faço com muito gosto, mas ainda mais gosto me dá entrevistar músicos como a Sheila Jordan, a Helen Merrill ou a Anita O'Day para o site www.allaboutjazz.com, escrever livros sobre esta música e investigar a sua história e é aí que tenho investido e quero continuar a investir o meu tempo.

Portanto, os comentários que poderia fazer a comentários mais recentes são desnecessários pois quem leia os que fiz desde o início, em resposta ao Pedro Costa, encontra lá os dados necessários para formar uma opinião.

Obrigado a todos pela participação neste espaço e continuem a visitar JNPDI! porque aqui cabem todas as opiniões e não apagamos comentários porque achamos que quem os produz merece poder conviver com eles sempre que assim o entender.

 
At quinta out. 26, 11:15:00 da manhã 2006, Anonymous Anónimo said...

Gonçalo Falcão disse:

Não sei se 90% dos discos criticados na Jazz.pt são da Trem Azul. Mas nem achava muito estranho que assim fosse. A Trem Azul, ao contrário das muitas empresas amadoras criadas em Portugal, trabalha muito bem, tem uma oferta, um ambiente e um ambiente excelente. Onde é que eu iria comprar os discos ? à Valentim de Carvalho do CCB ? à cave da Dargil (ainda existe) ?

Ias comprar os discos às lojas que os vendem, como qualquer pessoa normal... Ou achas que as editoras como a Universal, ECM, SONY, Warner, etc. também têm loja aberta ao público?

Já ouviste falar em FNAC? Valentim de Carvalho em vários centros comerciais?

E se calhar pensas que só a Trem Azul é que lança discos e os enviar para a Jazz.pt e que os outros andam a dormir...

Realmente tanta ingenuidade ou é natural (e realmente devias estar na secção JNPDI! infantil) ou é maliciosa (e então teríamos de criar um secção Maquiavel)

 
At quinta out. 26, 11:17:00 da manhã 2006, Anonymous Anónimo said...

Caro JMS, li atentamente as suas respostas ao Pedro Costa e não encontrei respostas para:

1.Porque é que o JMS se incomoda com o incómodo de alguns produtores nacionais e decide publicar esse incómodo ? (a resposta amor à arte, Naomi Klein não cola aqui)

2.Porque é que JMS ventila as fontes que o contactaram? mesmo tendo verificado que a informação não era verdadeira (os relatórios de atribuição dos subsídios do IAsão públicos).

3.Porque é que não revela os nomes dos produtores incomodados que o contactarem e por quem afirma ter escrito informações erradas ? Se a lisura que afirma ter tido, ouvindo as duas partes (produtores incomodados/organizadores do JAC) o levou a concluir que o incómodo dos produtores era infundado (ou não levou ?) porque é que mesmo assim publicou a notícia ? Para quê ?

Aos meus olhos - e não sei se só aos meus - ainda não se desembrulhou da mentira que publicou depois de ter sido contactado por produtores incomodados. Ou não é mentira e sou eu que sou um bocado moca (não escrevo sobre o Villas nem para a allaboutjazz).

Percebo que tem imensas coisas importantes para fazer e para escrever, mas, tendo eu lido os seus posts com atenção (pode-me ter escapado algo reconheço e fico à espera do seu correctivo se assim foi), não deixo de estranhar que queira acabar a conversa por aqui, sem um esclarecer se:

O contactar a dizer que sicrano anda a roubar dinheiro ao estado, se o João contactar esse sicrano e se lhe explicarem que não é assim, o João mesmo assim publica a minha afirmação protegendo a minha identidade ? E chama-lhe jornalismo ? E ainda diz que é um arauto em defesa da Arte contra os comercialismos ?

Gonçalo Falcão

 
At quinta out. 26, 11:22:00 da manhã 2006, Anonymous Anónimo said...

Caro I'm begining to see the liht.
A Fnac e a VC são excelentes locais para ir comprar discos de Jazz. Oferta rica e variada.
Experimente ir à secção Thelonious Monk na FNAC Chiado, por exemplo. A seguir vá a Ellington.
Vá À Valentim e faça o mesmo por favor (Colombo, CCB). Depois venha aqui postar o que viu.
Eu já fiz o teste de sabor planta.

Diz que a Universal, ECM, SONY, Warner também têm loja aberta ao público ? Eu não sabia, ignorância minha. Onde é que fica a loja da Sony ? e a da Universal ? E a da ECM, refere-se à cave da ex-Dargil que vende ursinhos ?


Gonçalo Falcão

 
At quinta out. 26, 11:52:00 da manhã 2006, Anonymous Anónimo said...

Oh Gonçalo,

Nem sabes ler, pah!

Vai lá ler o meu comentário a ver se eu afirmo que as editoras Sony, Universal etc têm loja aberta ou o contrário...

Vais mesmo para a secção infantil ou então dos analfabetos funcionais!

 
At quinta out. 26, 12:18:00 da tarde 2006, Anonymous Anónimo said...

Não, o Mark Knopfler também não é o melhor guitarrista do mundo. Passa essa fase.

Gonçalo Falcão

 
At quinta out. 26, 12:54:00 da tarde 2006, Anonymous Anónimo said...

Caro Gonçalo Falcão,

No início desta discussão, também confrontei JMS com algumas das questões que coloca. Como não lhes respondeu, mas disse muitas outras coisas, ensaiarei eu próprio algumas respostas.

JMS dá conta do suposto incómodo de alguns produtores anónimos, porque lhes quer fazer esse frete e/ou porque ele próprio está incomodado com o apoio do IA dado ao JACC. Do qual, veio a perceber-se nos comentários que fez, tem uma opinião negativa. Também ficou claro, das opiniões que manifestou, que acha injusto o subsídio atribuído pelo IA ao JACC. Por que motivo, então, não se limitou a escrever isso mesmo? Porque é sempre mais fácil - não carece de coragem e não cria tantas inimizades - emitir opiniões próprias por via de fontes anónimas.

Pelo que contou Pedro Costa da conversa que teve com ?alguns desses produtores? e pela posterior abstenção de JMS relativamente ao assunto, fica-se de facto com a ideia de que a "notícia" deste blogue não passou de um "mal entendido". Então por que é que JMS não a desmentiu? Porque, ao contrário do que diz JMS, aqui não se faz jornalismo.
Uma notícia, volto a insistir, não se pode basear-se em opiniões anónimas. JMS veio justificar-se, imagine-se, com o Watergate. Porém, esqueceu-se, ou fez-se esquecido de que o que se revelou neste caso, a partir de uma fonte anónima (a menos famosa garganta funda), foram factos. Em jornalismo, mas não só, um facto é uma coisa, uma opinião é outra. E se em casos muito remotos e excepcionais - como os respeitantes a instituições ou meios onde é perigoso dar a cara por uma opinião - poderá admitir-se o anonimato, o recurso a este tipo de fontes já é absolutamente inadmissível quando está em causa um subsídio de 20 mil euros.

Se JMS foi vítima, cúmplice ou autor de um exercício rasco de manipulação, não sei nem me interessa. Mas uma coisa sei: se continua a achar correcto dar voz a cobardolas, não deveria voltar a falar em ética ou a dizer que faz jornalismo neste blogue.
Nelson Morais

 
At quinta out. 26, 01:46:00 da tarde 2006, Anonymous Anónimo said...

Manipulação é o que a jazz.pt faz diariamente, como na votação dos melhores do ano passado, para onde até fantasmas votaram e as próprias contas estavam erradas. Lisura, correcção, informação verdadeira e debate genuíno era o que se esperaria numa publicação independente. Não foi essa a herança que deixaste ao REP na jazz.pt.

 
At quinta out. 26, 01:48:00 da tarde 2006, Anonymous Anónimo said...

Peço desculpa, mas o texto do meu post anterior saiu-me incompleto. Está aqui o post na sua forma completa:

Sem querer defender (e muito menos ofender) ninguém em particular, mas com a intenção de tentar que certas ofensas sejam repensadas, gostava de fazer um pequeno reparo ao comentário acima tecido pelo Sr. Leonel Santos, que abaixo transcrevo:

«Manipulação é o que a jazz.pt faz diariamente, como na votação dos melhores do ano passado, para onde até fantasmas votaram e as próprias contas estavam erradas. Lisura, correcção, informação verdadeira e debate genuíno era o que se esperaria numa publicação independente. Não foi essa a herança que deixaste ao REP na jazz.pt.»
(Leonel Santos)

1º - fará sentido falar em falta de isenção numa matéria como a acima focada, quando das listas dos melhores de 2005 apresentadas por Pedro Costa e por Hernâni Faustino, ambas com 15 cds (não reedições), não consta um único item Clean Feed? Insisto no facto de que não estou a defender a isenção de ninguém, mas tão simplesmente a tentar demostrar que aquela afirmação não fundamenta qualquer falta de isenção; antes pelo contrário...

2º - quem são os ?fantasmas? votantes? Deverão Manuel Jorge Veloso, Raul Vaz Bernardo ou Rui Neves ser considerados ?fantasmas? no actual cenário do jazz e da escrita sobre jazz em Portugal?

3º - não fiz as contas, nem me sinto em disposição de as fazer, mas penso que a afirmação de que ?as próprias contas estavam erradas? carecerá de comprovação.

Muitos são os aspectos de ordem musical em que concordo consigo, Leonel, e muitas são mesmo as opiniões que aqui emite que seria capaz de subscrever. Mas refiro-me a opiniões emitidas em relação à música em si. No que concerne a pessoas, não só penso que o interesse da conversa cai vertiginosamente, como me parece imprescindível não deixar de ser isento quando se critica a falta de isenção de outros.

Penso, no fundo, que se se tivesse centrado esta discussão na música e não nas pessoas a ela ligadas, poderíamos neste momento estar perante um interessantíssimo debate, que muita falta faz, sobre o estado do jazz em Portugal. Numa conversa civilizada, na qual todos tivessem o direito de expor e defender as suas preferências e os seus anseios em relação ao jazz em Portugal (e não só, naturalmente), muito provável seria que estivesse de acordo com muito do que aqui o Leonel dissesse (e vice-versa, penso eu), mas estes disparos de raiva contra PESSOAS fazem deste o meu último post nesta viciada discussão de interesses pessoais.

Bem haja,

Paulo Barbosa

 
At quinta out. 26, 01:57:00 da tarde 2006, Anonymous Anónimo said...

Já agora, poupando tempo, aviso que "A Oficina" também concorreu aos subsídios do IA tendo ganho ligeiramente mais do que o JACC: 21.735 ? (JACC 20.151 ?)

Espera-se reacção identica (ou superior porque receberam mais pasta) por parte de JMS assim que contactado pelos produtores incomodados.

Mais informo que foram os únicos subsídios dados ao Jazz pelo IA, e que concorreram nos apoios pontuais.

Não deixa de ser interessante uma piscadela de olho aos apoios plurianuais (dinheiro que o IA dá só pelas coisas existirem a dois ou 4 anos); eis alguns exemplos só para terem uma noção da dimensão do problema. Versão 2005:

A DM(Projazz) 20 000?
ZDB - 100 000?
A Olga Roriz 125 000 ?
A R.E.A.L. Criação 130 000?
Alkantara Associação Cultural 155 000?
Miso Music Portugal 200 000?
O Espaço do tempo Centro Coreográfico 300 000?
Cendrev 350 000?
O Bando 450 000?
Artistas Unidos 470 000?
Companhia de Teatro de Almada 550 000?
Novo Grupo de Teatro 605 000?
Cornucópia 625 000?

Gonçalo Falcão

 
At quinta out. 26, 01:58:00 da tarde 2006, Anonymous Anónimo said...

Boa sr. Gonçalo.
Acrescento, se me permite, que os gostos não só se discutem como se educam.
A ética é uma treta pequeno-burguesa. Não interessa nada para a música.
Já repararam que o sr.Leozinho é tão fraquinho? ele gostava também de participar, fazer qualquer coisa tipo festivais ou coisa que o valha(quem sabe, "mamar" também umas crôas à conta dos artistas), mas depois, não tem os requesitos... coitadito.
Ao menos o JMS(que puxa também para o básico no que diz respeito à compreensão da ARTE e da estética - até foge á conversa a sete pés...)ainda tem qualquer coisita.
Hoje de manhã fui comprar discos de jazz. A fnac e a Valentim são uma merda, nimguém conhece jazz meus amigos. Agora nos Trens Azuis... meus amigos, eles conhecem os discos (e tudo o que está á volta do jazz). Quando um dia destes tiver um cargo na cãmara de Lisboa ou outra qualquer vou logo buscá-los para organizar-mos um festival de jazz. Mas não se preocupem que convido mais alguém aqui presente para servir umas imperiais ao pessoal.
Ó JMS encontramo-nos no casino de Lisboa para ver um jazz de smoking swing.

João Irra dos Cantos A.K.A. Leozinho Santinho

PS Ó sr. Leonel não tenha medo que eu saiba o seu currículo jazzistico que eu não sou ninguém importante.
Mas se quiser mandar para eu ver ao microscópio esteja á vontade.
entretanto vou mandar um fax para o Leozinho e para o jazzman burguês

 
At quinta out. 26, 02:38:00 da tarde 2006, Anonymous Anónimo said...

Portugal está cheio de eventos e associações apoiados pelo Estado só porque sim, porque sempre foram...

Só de ver essa lista de apoios até me arrepio!

Se fôssemos analisar o resultado líquido desses subsídios... ia ser bom ia... Não é só No Jazz ao Centro...

Mas no caso do Jazz ao Centro eu até vou dar uma ajuda ao boss aqui do blog. Tenhos umas coisinhas interessantes para lhe dizer sobre os cachets dos músicos...

 
At quinta out. 26, 02:51:00 da tarde 2006, Anonymous Anónimo said...

Tens produtores incomodados que te dizem segredinhos ?

A sugestão da secção infantil não era mal vista.

 
At quinta out. 26, 03:45:00 da tarde 2006, Anonymous Anónimo said...

A conversa dos números, creio já ter esclarecido atrás, é conversa de merda. Não me interessa. A única coisa que me interessa aqui é que os números sejam divulgados. E para mim isso é positivo. Não apenas do JaC mas de todos. São dinheiros públicos. Ponto Final.

Não fiz realmente as contas para dizer se são 90% ou só 85% dos discos. A isto há a contabilizar não apenas os da Clean, mas os distribuidos pela TA. O que é ridículo nisto é a valorização excessiva, descabelada, por um lado dos discos da TA, mas manipuladora ?ideologicamente? de determinadas formas musicais que se formam para confundir com o Jazz. Reparem como a maior parte dos discos passaram a deixar de ter a distribuidora. Cirurgicamente extraída....

A votação do PC e do HF (e outros dos votantes) não têm um único disco editado pela TA. Quase todos são sim distribuídos em Portugal exclusivamente pela TA.
Podíamos pensar que ?honestamente? eles consideram ser os melhores de 2005. O problema é a manipulação final dos números ? solicitando aos amigos todos e mesmo a alguns que ninguém conhece de lado nenhum, nem tiveram alguma vez alguma coisa a ver com o Jazz em Portugal para eleger um disco mediano em detrimento de outros, por acaso bastante melhores. Compare-se a triste votação nacional com a votação dos melhores pela crítica internacional. Dos quinze votados na Jazz.pt apenas 5 ou 6 aparecem referidos. Depois as contas. Faça as contas, caro Paulo Barbosa, e veja como até a bota não bate com a perdigota. A comprovação está lá.

De certa forma eu também estou de acordo em que em Portugal as FNACs não prestam um bom serviço ao Jazz. Desespero quando quero encontrar alguma coisa e ela não existe. E isso acontece amiúde. É por isso é que há tanta gente já hoje a comprar discos na net (E àqueles preços também não admira que haja cada vez mais gente a copiar discos... mas isso vale para todos...)
E nesse sentido a Trem Azul cumpre uma função importante: afinal sempre se encontram lá coisas que não há noutros lados. O problema é quando lá chega um «iniciado» e lhe impingem uma daquelas coisas estranhas... É falta de senso... Já aconteceu, não a mim que sei o que quero, mas a várias pessoas que lá enviei na boa fé... Mas ainda assim, é positivo para os melómanos e os jazzómanos em especial que exista uma discoteca especializada em Jazz em Portugal.
É verdade que na Trem Azul sabem o que vendem (embora também haja bons vendedores e conhecedores nas FNACs e noutras lojas). Aliás considero o Hernâni um dos tipos mais conhecedores do mercado, talvez até mesmo o melhor, e o Pedro Costa é igualmente um conhecedor. Existem outros. O problema são algumas «interferenciazitas»...

O burro não tem emenda. Sugiro-lhe que comece por aprender a escrever:
«Crôas» não existe: escreve-se coroas. «Requesitos» também não: são requisitos. «nimguém» é ninguém. Os «á» (três vezes) são «à». «jazzistico» a existir seria jazzístico. «cãmara» tem um acento circunflexo, não um til. «organizar-mos» escreve-se organizarmos. Vá lá, ó sr. Burro, comece por ir para a primária aprender a escrever e depois venha cá falar com as pessoas.
(Afinal há anónimos em todos os lados. E cretinos em todos os lados)

 
At quinta out. 26, 04:53:00 da tarde 2006, Anonymous Anónimo said...

SR pedro costa é um malcriadão/imitador( dizer asneiras já não é sinónimo de masculinidade),essa é que é essa ... fosse você musico e ia ver como é dificil arranjar guita.
a vida vai boa é para os produtores/promotores.

Anacleto Bonifácio (A.K.A.pedro costa-mos com carinho)

 
At quinta out. 26, 05:50:00 da tarde 2006, Anonymous Anónimo said...

Parece-me que está a responder ao Leonel Santos e não ao Pedro Costa, senhor Anacleto Tontinha-mos.

 
At quinta out. 26, 05:53:00 da tarde 2006, Anonymous Anónimo said...

Sugerir que o Pedro Costa e o Hernani pedem às outras pessoas que escrevem para votar nos discos da TA passa um bom bocado do admissível. É uma acusação grave e que nunca deveria ser feita a coberto do anonimato.

Acho que isto já deu o que tinha a dar e está a descambar para o insulto gratuito e anónimo.

Aquilo que me interessava perceber é porque é que o JMS escreve aquilo que "promotores incomodados" lhe dizem e porque é que chegando à conclusão que não era verdade não se incomodou e o publicou. E fiquei sem resposta.

Um abraço a todos e até sempre que eu tenho que trabalhar que não sou funcionário público nem recebo subsídios, auxílios, alcavalas, ajudas, apoios e todos esses dispositivos viciantes susceptíveis de gerar incómodos repentinos.

 
At quinta out. 26, 05:53:00 da tarde 2006, Anonymous Anónimo said...

ooops Gonçalo Falcão no post acima

 
At quinta out. 26, 07:09:00 da tarde 2006, Anonymous Anónimo said...

Uma sugestão:

Poruqe é que não se encontram no Cais do Sodré e andam todos à estalada...

Espectáculo lamentável. E dizem vocês gostar de Jazz. Querem é servir-se dele... Tenham dó.

Ass. o anónimo que ão se importa de ser chamado de "larilas"

 
At quinta out. 26, 07:34:00 da tarde 2006, Anonymous Anónimo said...

gostam é de guita e de estatuto ... eheheh ...mai(mais) nada!Já percebi porque é que os musicos de jazz são tão calados e reservados,pudera...com tal corja à volta.VIVA QUEM TRABALHA!
Quanto à senhora das bocas ao hot clube...sou aluno e estudante de jazz à (apenas) 2 anos , mas tudo o que lá vi(até hoje) foi pessoal(profs/alunos/funcionários) a trabalhar sob condições miseráveis. pianos sem afinação possivel e salas em que chove e faz um frio de rachar ou um bafo de morte e sem isolamento sonoro.Apesar disso TRABALHA-SE!

Anacleto Bonifácio (A.K.A.BELARMINO A.K.A. BOLA DE BERLIM)

 
At quinta out. 26, 08:46:00 da tarde 2006, Anonymous Anónimo said...

É verdade, escrever ao computador de facto não é a minha especialidade (portanto, ó sr.Anacleto, eu nunca poderia ser o sr. Pedro Costa, ele não dá erros ).Isto ao teclado é diferente. Não tenho muito treino mas agora estou a ter aulas de graça com vocês. Aposto que foi o rato do Leozinho que tem a mania que é intelectual. Apartir de agora vou tratar sempre o sr. Leonel por Leozinho e o JMS por Joe Moreia, soa melhor.
Ó Anacleto ainda estás a tempo de passar para o lado dos bons, o dos Trens Azuis. Ainda por cima és músico. O melhor é começares a frequentar a loja deles para alargares os teus horizontes e aprenderes ainda mais (o velhote Moreira está a anos luz). Boa sorte na tua musica. tive um bom feeling contigo, tens humor. Afasta-te desses reacionários pá!!!

Abraços a todos

Jo Moreia A.K.A. Leozinho tanso

 
At quinta out. 26, 09:17:00 da tarde 2006, Anonymous Anónimo said...

Olá mais uma vez a todos.
Eu sou a Srª das bocas do Hot Clube. Em relação a essas condições de que fala, passo a citar:"pessoal(profs/alunos/funcionários) a trabalhar sob condições miseráveis. pianos sem afinação possivel e salas em que chove e faz um frio de rachar ou um bafo de morte e sem isolamento sonoro", se calhar deve-se ao facto dos srs. do Hot Clube serem uma cambada de chulos, porque por alguma razão não é toda a gente que pode frequentar o Hot, é preciso pagar bem e do belo. Acha que um rapaz dum bairro menos favorecido pode ir para o Hot? É uma escola de elite e sem condições. Aproveitem esse dinheiro bem aproveitadinho e invistam então em melhores condições para receberem os alunos, professores e funcionários.

p.s: e prepare-se, que a seguir tem que ir para o Berkley...

A Basca d´Alfama

 
At quinta out. 26, 11:11:00 da tarde 2006, Anonymous Anónimo said...

Ao contrário do Jazz ao Centro, a orquestra do Hot não teve subsídio atribuído pelo IA. Agora digam-me o que é mais importante: fazer concertos ou formar músicos?

E o senhor Gonçalo Falcão devia ter dito desde o início que é colaborador da Jazz.pt... Há quem possa andar a dormir ou ser embalado pela sua conversa, não é o meu caso.

Eu sou como o Nelo da Idália: sei de coisas...

Já nem comento a história das pseudo-votações dos melhores discos do ano pela Jazz.pt em conluio com a Trem Azul porque isso sempre soube...

E cale-se, gonçalo Falcão, com essa história repetitiva de não haver fundamento para a notícia porque o número de comentários que gerou, a resposta do Pedro Costa (e os termos em que o fez), o reconhecimento deste por parte da existência do tal incómodo junto de alguns produtores é a melhor prova da sua veracidade. Ou o Pedro Costa agora fala com fantasmas?!

E onde é que viu o autor deste blog dizer que afinal tinah chegado à conclusão de que não havia incómodo? Mas você é burro ou quer fazer dos outros asnos?

 
At quinta out. 26, 11:23:00 da tarde 2006, Anonymous Anónimo said...

Esta Basca de Alfama é um espectáculo, já viram? Introduziu um novo debate (com um novo objecto - escola do Hot Club). E ainda por cima tem humor.
Descobri um dicionário on-line, agora ó Leozinho, já me podes chamar inteligente só porque não vou dar erros (vou tentar, que isto de escrever rápido ao computador ...).
É uma tristeza minha amiga( se é que a sra. é realmente uma sra. É que isto dos nick names...) para a malta que não nasce com o rabinho virado para o céu.
Isto é que os meus amigos Leozinho e Joe Moreia deviam discutir (bem o Leo é melhor não porque de facto não tem currículo jazzistíco para falar. Não tem swing, como eu vi alguém dizer num certo site).
Eu gostava era de descobrir quem é esse tal (vosso) padrinho (do Leozinho e do Joe Moreia é claro). Deve ser cá um tanso...
Mas ainda vou descobrir

João more dos cantos A.K.A. O Burro Mutante

 
At quinta out. 26, 11:42:00 da tarde 2006, Anonymous Anónimo said...

joguei no Euromilhões.
Se ganhar vou oferecer uma viagem para estação espacial internacional ao Leozinho, ao Jo Moreia (e o Nelo da Idália pode ir também). Mas só de ida é claro.
E depois eu, a basca e os Trens Azuis vamos até N.Y. ver e ouvir jazz durante um mês.

João More dos Cantos

 
At sexta out. 27, 12:05:00 da manhã 2006, Anonymous Anónimo said...

Sabem o que é que o Pedro Costa diz ao REP?

«Ou dizes bem dos meus discos na Jazz.pt ou vais de carrinho...!»

E o que responde o REP?

«Então não era de Trem?!»

:)

 
At sexta out. 27, 12:27:00 da manhã 2006, Anonymous Anónimo said...

Mas que ódio é esse tão grande com o Pedro Costa e a Trem Azul e o REP, enfim, não se percebe, se calhar têm inveja, gostavam, gostavam.
Confesso que me agradou o convite do Irra dos Cantos para NY, aliás acho que até ía em boa companhia.
Era bom que cá em Portugal as coisas evoluíssem naturalmente sem rodeios nem tipos a dizer mal uns dos outros que se maltratam em vez de se respeitarem e assumirem que todos nós somos diferentes no que respeita a tudo o que é diversificado na música, queiram-lhe chamar jazz, jazz-improv., improv, mainstream, bep bop, free-jazz, etc. O jazz é isto tudo, que é bem mais importante que aquilo que se faz e que se diz neste blob.

A Basca d´Alfama

 
At sexta out. 27, 01:08:00 da manhã 2006, Anonymous Anónimo said...

...Que soninho...

 
At sexta out. 27, 01:47:00 da manhã 2006, Anonymous Anónimo said...

Ó dona basca...basque-mos

Anacleto

 
At sexta out. 27, 02:14:00 da manhã 2006, Anonymous Anónimo said...

o lado bom e o lado mau?????????
há por aqui gente que anda a ver star wars a mais.


assinado: LUKE use the force ahahahhahah

 
At sexta out. 27, 09:37:00 da manhã 2006, Anonymous Anónimo said...

José Manuel Fernandes, director do Público, dedica o editorial de hoje do jornal aos blogues e ao anonimato. E conclui assim:

"Neste país de cobardes sem rosto que intrigam pelas costas, tal espaço de liberdade [a blogosfera] é, para alguns, o lugar onde exorcisam a sua fustração por não viverem no tempo da Inquisição, quando uma carta anónima era suficiente para atirar um inimigo para a fogueira. O bom jornalismo-cidadão da blogosfera tem de ser capaz de isolar e extirpar esta pestilência".
NM

 
At sexta out. 27, 12:04:00 da tarde 2006, Anonymous Anónimo said...

Ressabiados dum cabrão! Irra! Alertado que fui por 'fontes anónimas' aqui vim espreitar... cento e 30 e tal comentários depois, muita parra e pouco sumo.
Insultos? Só de um lado? Vi de todos os lados... aliás, quem mais insulta é o Leonel, que até goza repetidas vezes com diferentes pessoas (até 'vôvô'). Afinal de contas, este pessoal do jazz é todo ressabiado (frustrado?)... façam como o pessoal do rock, vão aos concertos, curtam bem, bebam uns copos valentes e fiquem de ressaca no dia seguinte... escusavam de vir para aqui com gravatas e sapatinhos para se insultarem com uma verborreia menor.
Jazz velho? Jazz novo? Música é música, e está sempre em evolução. Uns gostam de olhar para trás, outros para a frente. Cada um gosta do que gosta. Porque é que têm de andar a impôr o seu gosto como se ele fosse o único válido e verdadeiro?
Cá por mim, gosto de me sentir vivo e a música faz parte do meu sangue. E o sangue corre nas veias, não está estagnado.
Gregório Lopes

 
At sexta out. 27, 03:25:00 da tarde 2006, Anonymous Anónimo said...

Boa tarde meus amigos,

Após várias visitas a este blog, decidi enviar-vos algumas considerações.
Leonel, JazzLunatic e JMS é possível que não me conheçam ao contrário dos vossos familiares. Recordo com alguma saudade as intermináveis sessões de sexo oral em que as vossas mães me chupavam sofregamente o trombone ao som desse Jazz maravilhoso. Percorrendo as várias gerações, cabe-me também elogiar as vossas mulheres também elas dotadas de grande envergadura anal.
Ficar-me-á também eternamente na memória a brutal sodomização que as vossas mulheres com gosto me imploravam para repetir. Para ti Leonel, um grande bem haja deste amigo que ansiosamente espera uma resposta a fim de se comprovar se na tua pessoa se mantem a tradição familiar.
Até blogo!

 
At sexta out. 27, 03:46:00 da tarde 2006, Anonymous Anónimo said...

Caros LS, JN do PDI, Jazzlunatiquinho, Rep e PC

A minha pessoa nada tem a ver com o jazz, nem com a produção de qualquer tipo de espectáculo a nivel nacional ou mesmo internacional.

Ao ver criado um blogue acerca da disputa de subsidios para programação de festivais jazzisticos, pela parte de certas individualidades com interesses no negócio, parece-me a mim estranho que tantas invejas existam e que se dividam pessoas, quando, por detrás de tão belos sons como os do jazz, apenas existem interesses financeiros.
Meus senhores... Cabe-me mandá-los levar na peida, vós e vossas excelsas esposas, que, ao que parece, têm muito jeito para o desempenho de certo e determinado tipo de funções.
Não ficaria mesmo por aqui... Sugiro que se inscrevam num site desses de classificados sexuais e ofereçam os vossos serviços como meretrizes de baixo gabarito...
Lucrariam decerto mais, do que se andassem a organizar festivais de jazz.
Entretanto se quiserem mandar as vossas esposas para realizar certo e determinado tipo de funções com a participação da minha pessoa e de alguns comparsas meus, dariamos inicio a uma longa carreira empresarial.

contacto: folioesdojazz@hotmail.com

 
At sábado out. 28, 11:37:00 da manhã 2006, Anonymous Anónimo said...

Malcriadões!
Estes dois últimos senhores que se manifestaram não têm qualquer nível. E eu que até era amante de um bom swing... Free não, que me faz urticária. Tenho até um primo que teve sérios problemas por causa dessa coisa do free. Meteu-se na droga, coitado. A minha tia, que dominava o piano com mestria sempre defendeu que a culpa era da música que ele ouvia, não das companhias que o desgraçado andava sempre sózinho. É o Zé Manel Aragão, talvez alguns dos confrades que acima se pronunciáram o conhecessem desse vosso meio de chinfrineira. Anda para aí aos caídos... É só bebedeira e droga!!!
Eu a julgar que só a rapaziada do rock se munia de semelhante frasiologia. Há limites meus amigos, há limites! Vou é mudar-me para a Música Antiga que é gente de outras maneiras e que até ouve cravo...

Juízinho e comportem-se,
Martim Aragão

 
At domingo out. 29, 02:10:00 da tarde 2006, Anonymous Anónimo said...

PROGRAMA CULTURA 2007: SESSÃO DE ESCLARECIMENTO + WORKSHOP

Apoio:

CIEJD - Centro de Informação Europeia Jacques Delors


Sessão de esclarecimento: manhã

Workshop "Elaboração de candidaturas ao programa Cultura 2007": manhã e tarde


Sessão de esclarecimento (entrada gratuíta): 09:30 - 13:00
- Apresentação do programa

- Objectivos

- Formas de participação

- Financiamento

- Documentação.


Workshop (60,00 Euros): 09:30 - 13:00 e 14:30 - 18:00

- Análise do convite à apresentação de propostas

- Análise do Formulário de Pedido de Subvenção

- Resultados até ao momento do programa europeu "Cultura 2000"

- Análise de projectos aprovados.


Destinatários
Todos aqueles que desenvolvam actividades em organizações relacionadas com a cultura, nomeadamente associações, cooperativas, empresas e fundações culturais; pelouros culturais autárquicos; centros culturais e de exposição de arte, cinematecas, companhias de dança e teatro, editoras e livrarias culturais, festivais culturais, galerias de arte, monumentos, museus, orquestras, parques e sítios arqueológicos, parques temáticos culturais e teatros; profissionais integrados em outras organizações, nomeadamente financiadoras, patrocinadoras ou mecenas da cultura; profissionais e ou jovens licenciados vocacionados para a criação de pequenas e médias organizações na área da cultura.


A participação está sujeita a inscrição.

Dado que a sessão de esclarecimento tem um número limitado de participantes, será dada prioridade para às inscrições que incluam o workshop.


Local da Formação

O evento decorre no Centro de Informação Europeia Jacques Delors, em Lisboa.



Data

6 de Novembro de 2006.







ELABORAÇÃO E FINANCIAMENTO DE PROJECTOS CULTURAIS


Apoio:

A.P.G.C. ? Associação Portuguesa de Gestão Cultural


Objectivos
Dotar os participantes de conceitos, metodologias e instrumentos capazes de assegurar uma correcta gestão de projectos culturais, particularmente ao nível da comunicação, finanças e gestão operacional. Apresentar as principais fontes de financiamento disponíveis para projectos culturais, enquadramento legal e seus objectivos. Igualmente possibilitar um contacto com os processos formais de candidatura e analisar casos reais de financiamento.



Tópicos a abordar

- O que é um projecto? Considerações críticas (fases e tarefas). O contexto cultural;
- O gestor de projecto e a equipa de projecto;

- Gestão de conflitos, liderança e motivação;

- Gestão de projectos e estrutura organizacional;

- Planeamento: uma visão geral;

- Marketing e comunicação;

- Orçamento e custos do projecto. Financiamento e diversidade de fontes e receitas;

- Elaboração do dossier de projecto e sua apresentação;

- Avaliação de projectos em curso e revisão do projecto;

- Principais fontes de financiamento: públicas e privadas;

- Financiamentos nacionais, comunitários e internacionais: programas genéricos passíveis de financiar projectos nas áreas culturais;

- Programas específicos de financiamento à cultura, incluindo entre outros: POC, Cultura 2007, Fundo de Fomento Cultural;

- A organização contabilística e financeira;

- As fontes privadas: patrocínio e mecenato cultural;

- A elaboração de um dossier de patrocínio e mecenato;

- Análise de casos e boas práticas.


Destinatários
Todos aqueles que desenvolvam actividades em organizações relacionadas com a cultura, nomeadamente associações, cooperativas, empresas e fundações culturais; pelouros culturais autárquicos; centros culturais e de exposição de arte, cinematecas, companhias de dança e teatro, editoras e livrarias culturais, festivais culturais, galerias de arte, monumentos, museus, orquestras, parques e sítios arqueológicos, parques temáticos culturais e teatros; profissionais integrados em outras organizações, nomeadamente financiadoras, patrocinadoras ou mecenas da cultura; profissionais e ou jovens licenciados vocacionados para a criação de pequenas e médias organizações na área da cultura.

Local da Formação

O evento decorre na Fundação Portuguesa das Comunicações, em Lisboa.



Data

13, 14, 15, 20 e 21 de Novembro de 2006. O número de vagas é limitado.



* * *
A organização reserva o direito de adiar ou cancelar a formação caso não exista um número suficiente de inscrições, procedendo ao reembolso dos pagamentos já efectuados.

Mais informação poderá ser consultada online através do endereço www.cultdigest.online.pt ou solicitada directamente a Helena Mesquita pelo telefone (222 085 228 ou 213 140 265), fax (222 085 274) ou através de envio de correio electrónico hmesquita@cultdigest.online.pt

 
At segunda out. 30, 02:55:00 da tarde 2006, Anonymous Anónimo said...

2.ª CONFERÊNCIA SOBRE O ACESSO LIVRE AO CONHECIMENTO
Universidade do Minho - Braga

Data: 27 e 28 de Novembro de 2006
Local: Anfiteatro B1, CPII - Campus Gualtar


Programa (versão preliminar)
25-09-06


Segunda-Feira 27 de Novembro

Recepção/Registo



Workshops/Demonstrações Pré ? Conferência
9H30 ? 12H30


Plataformas e Serviços para alojamento de repositórios ? Dspace, Eprints, Digitool, Digital Commons, Open Repository (a confirmar).


Acesso Livre em português ? Iniciativas e projectos no e para o espaço lusófono (a confirmar).

Sessão de Abertura
14H00m ? 14H30m


Boas vindas e intervenção de abertura - Reitor da Universidade do Minho

Sessão 1 ? O presente e o futuro do Acesso Livre
14H30m-16H00m


Título a indicar - David Prosser

Maximising and Measuring Research Impact Through Open Access Mandates and Metrics - Stevan Harnad

Intervalo

Sessão 2 ? Repositórios institucionais e auto-arquivo: situação actual e perspectivas futuras
16H30 ? 18H00m



Where are we, and where is there to go from here? ? Alma Swan

User and Institutional Services for Institutional Repositories ? (Orador a indicar).

DRIVER - Digital Repository Infrastructure Vision for European Research ? Leo Waaijers


Jantar da Conferência
20H ? 22H


Terça-Feira 28 de Novembro

Sessão 3 - O Acesso Livre e a publicação de revistas científicas


9H30-10H30



Oxford University Press ? (A confirmar)

Apresentação a ser anunciada.


Intervalo

Sessão 4 ? As políticas institucionais de Acesso Livre


11H-12H30m



Building a successful repository: preprints, policies and procedures at CERN ? Joanne Yeomans

A política dos Research Councils do Reino Unido - Economic and Social Research Council (título a confirmar) - Astrid Wissenburg


Intervalo de Almoço

Sessão 5 ? O Acesso Livre em Portugal


14H ? 15H30m



As licenças Creative Commons portuguesas e o Open Access (título a confirmar) - Pedro Ferreira

A Universidade do Minho e o Acesso Livre (título a confirmar) ? Eloy Rodrigues

Apresentação a ser anunciada.


Intervalo

Sessão de Encerramento
16H-17H


Layout do programa da conferência:
Segunda-Feira
27.11.06
Terça-Feira
28.11.06
9:00 Recepção/Registo
9:30 Workshops/Demonstrações Pré ? Conferência Sessão 3 - O Acesso Livre e a publicação de revistas científicas
10:00
10:30
11:00 Sessão 4 ? As políticas institucionais de Acesso Livre
11H-12H30m
11:30
12:00
12:30
13:00 Intervalo de Almoço Intervalo de Almoço
13:30
14:00 Sessão de Abertura Sessão 5 ? O Acesso Livre em Portugal
14:30 Sessão 1 ? O presente e o futuro do Acesso Livre
15.00
15:30
16:00 Sessão de Encerramento
16:30 Sessão 2 ? Repositórios institucionais e auto-arquivo: situação actual e perspectivas futuras
17:00
17:30

18:00
18:30
19:00
19:30
20:00 Jantar da Conferência
20:30
21:00
21:30
22:00


2.ª CONFERÊNCIA SOBRE O ACESSO LIVRE AO CONHECIMENTO
Universidade do Minho - Braga

Data: 27 e 28 de Novembro de 2006
Local: Anfiteatro B1, CPII - Campus Gualtar


Sobre o Acesso Livre


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© 2006 Universidade do Minho - Serviços Documentação

 
At sábado nov. 18, 01:48:00 da tarde 2006, Blogger Rui Azul said...

Ora vivam. É a vez de um músico nacional com mais de 25 anos a tocar jazz dizer algo. As vossas discussões mais ou menos acaloradas (mais hot ou mais cool) nem sequer são inéditas no "mundinho do Jazz português", pois lembro-me de vociferações, argumentos, altercações, ressentimentos, e outras carícias similares no seio da geração de críticos, divulgadores e promotores anterior à vossa, e falo portanto de Vaz Bernardo, Jorge Lima Barreto, Zé Duarte, Rui Neves, Moreira (Pai), Mendonça, entre outros, que se indignavam com as tendências e gostos estilísticos de cada um... Hoje em dia bem mais pacificados e apaziguadores, cabe à geração seguinte, motivados agora com uma energia e um vigor concedidos pelas suas escolhas estilísticas, concepções estéticas e diversificados pontos de vista, nos quais está omnipresente uma intolerância recíproca. Longe de mim querer apontar algo que se possa assemelhar a uma crítica, e peço que interpretem estas linhas como reflexão sobre a situação. E como alguém apelou que se atente na música e nos músicos, ficará aqui a minha perplexidade pelo facto de as mais diversas entidades e indivíduos promotores de espectáculos e concertos de jazz no nosso país não responderem, pura e simplesmente, às propostas que envio. É extremamente árduo conseguir que nos concedam pelo menos, a hipótese de apresentarmos a arte que preticamos e desenvolvemos há décadas, consubstanciado em dois cds editados, recebidos com excelentes críticas entre jornalistas, divulgadores, radialistas e melómanos. Para dar um exemplo, o meu mais recente cd foi eleito disco da semana e apreciadíssimo pela San Francisco Jazz Radio (Califórnia). Mas no meu próprio país não consigo uma oportunidade para tocar em Coimbra, embora no Porto mantenha um público fiel e ultimamente tenha vindo a obter uma surpreendente receptividade positiva de novas camadas de ouvintes e jovens apreciadores entre a assistência, ou de pessoas que nunca me tinham ouvido tocar ou já não o faziam hà muito. Não pertenço a nenhuns lobbies ligados ao Jazz, nem amizades proveitosas no "milieu", e suscito (vá-se lá saber porquê...) alguma animosidade e maledicência entre "oficiais do mesmo ofício", que, se indagados, não perdem tempo em depreciar e influenciar negativamente a opinião que alguém possa querer formar sobre um saxofonista do Porto chamado Rui Azul que a maior parte dos apreciadores de Jazz a sul do Douro nunca ouviu tocar. E tão cedo não vejo que esta situação se modifique, pois não existe abertura, "vontade política", igualdade de oportunidades, nem ao menos curiosidade em conhecer. Não é por falta de propostas ou de tentativas de contacto pela minha parte. O compadrio e o tráfico de influências também minaram o campo do Jazz português. A ver vamos...
Rui Azul

 

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