31 de dezembro de 2004

1 blog, 15 meses, 15 000 visitas. Obrigado!

Que melhor forma de JNPDI! acabar o ano do que atingir neste preciso 31 de Dezembro as 15 000 visitas?!

Há 15 meses atrás, em Setembro de 2003, quando timidamente lançámos esta casa do jazz na blogosfera, estávamos convictos de que ninguém a visitaria para além de alguns amigos.

Afinal, o tempo mostrou que assim não foi, o que muito nos orgulha.

Mas estas 15 000 visitas são, para nós, essecialmente a prova de que quando alguém se esforça por fazer algo minimamente bem feito (isto é, pesquisar com rigor, procurar temas interessantes, etc), os resultados acabam por surgir.

Honra-nos muito o facto de termos conseguido dar aqui muitas notícias em primeira mão, mesmo antes da imprensa tradicional (como sucedeu com a vinda a Portugal de Woody Allen), de virmos divulgando factos desconhecidos sobre a história do jazz entre nós e além fronteiras, da orientação utilitária que nos guia, sempre preocupados em fornecer informação prática e útil (nomeadamente o local de compra de discos a melhor preço), de termos podido oferecer bilhetes para concertos de jazz e de sermos o tão isentos quanto possível.

Em 15 meses recebemos elogios, críticas, ofensas mesmo. Mas todas estas são afinal sinal de que JNPDI! está vivo e de boa saúde. Não nos assustam as críticas quando achamos que temos razão, nem deixaremos de colocar o dedo nas feridas se isso contribuir para que tenhamos mais e melhor jazz, mais e melhor Portugal. Doa a quem doer.

Uma das vantagens de JNPDI! é não ter rigorosamente qualquer alinhamento partidário e guiar-se tão só pelos valores universais.

É certo, isso sim, que estamos próximos de certas personalidades ligadas ao jazz em Portugal, o que não quer dizer que sejamos os seus embaixadores ou que concordemos com todos os seus pensamentos. Já demos provas aqui e no passado de que muitas vezes as críticas formuladas visaram essas mesmas pessoas. Apesar dos blogs serem por natureza um espaço de opinião, sempre defendemos a isenção e o rigor dos factos e assim continuará a ser.

Infelizmente, como é do conhecimento de muitos, o meio do jazz em Portugal, por mais pequeno que seja consegue ainda tornar-se mais pequeno quando é, como o é, marcado por ódios e invejas. JNPDI! não alinha nesse campo nem tem à partida ódios de estimação ou inimigos. O jazz em Portugal tem de construir-se com todos, desde que com honestidade e seriedade. Dividir para reinar nao faz sentido quando o reino é pequeno e tem demasiados inimigos externos. Aliás, nunca faria sentido, em qualquer circunstância.

Mas, JNPDI! está e estará sempre contra tentativas de hegemonia no campo do jazz, seja em que área, contra a falta de honestidade intelectual (nunca aceitaremos que membros de uma editora apresentem ao público listas de melhores CD's do ano constituídas exclusivamente por títulos do seu catálogo, porque isso não é bom para o público nem para o jazz e é falta de respeito por ambos) ou contra a utilização da palavra jazz para denominar eventos/festivais em que ele não está de facto presente.

Quanto à música em si, somos bastante ecléticos. Gostamos desde o Jazz de New Orleans até ao Free ou à Fusão, seja ela com o jazz, com a música latina ou com as músicas do Mundo. Claro que tempos preferências; agrada-nos mais Miles Davis do que Anthony Braxton. Os critérios para a promoção de festivais ou discos em JNPDI! são e serão sempre guiados pelo valor musical respectivo e pelo interesse público.

Dito isto, em forma de balanço, queremos aproveitar esta oportunidade para agradecer a todos os leitores, à Bizarrologia (empresa que nos tem alojado no seu servidor), ao Pedro Santos (meu irmão, sem o qual JNPDI! não existiria), aos blogs que nos blinkaram (nomeadamente o A Forma do Jazz e o Improvisos ao Sul) e, claro, a todas as fontes de informação que permitem que, praticamente, todos os dias possamos colocar aqui posts.

Ao longo de 15 meses escrevemos quase 500 posts, uns mais profundos, outros mais de faits-divers, outros ainda mais políticos porque não deixamos de ser portugueses e de nos preocupar com o país para além do jazz.

O tal país do improviso... que não parece dar sinais de deixar de o ser nos próximos anos.

Um Excelente 2005 a todos!

PS: Infelizmente 2004 viu também morrer a revista «All Jazz» tal como a conhecemos. Há projectos ligados à sua aquisição por parte de uma editora discográfica. JNPDI! entende que a isenção e pluralidade que têm caracterizado a revista ficam seriamente em risco se tal suceder, mas disso aqui falaremos oportunamente.

30 de dezembro de 2004

Acabar o ano em grande!

Do nosso blog associado, «A Voz da Alma», transcrevemos um poema que reflecte bem o estado de espírito da Nação, o qual subscrevemos na íntegra.

A Poesia é a Voz da Alma

A poesia é a voz da alma,
O grito mudo que ninguém pode calar,
A tristeza que só ela sabe exprimir,
A alegria que não se pode esconder

A poesia é a voz da alma (também que pensa),
E quando a alma vai magoada, as palavras todas gritam
E quando a alma vai enraivecida, as palavras são cravos
Que se cravam bem fundo no fundo ferido da ferida

A poesia é a voz da alma,
A revolução das letras contra as tretas
A revolução dos cépticos e dos ascetas
A voz de quem sente

A poesia é a voz da alma
E quando a alma sofre pelo sofrimento colectivo, as palavras rangem
E quando a alma sente a dor da gente que finge, as palavram exigem
E o poeta já não é um fingidor

A poesia é a voz da alma,
Esta voz doída de ser português
Esta voz moída de ser cidadão feito freguês e burguês
A voz lenta da razão...

E quando o poeta tem razão as palavras falam mais alto
E o artista desce do pedestal à rua,
As palavras andam à solta e sem trela,
Fogem-lhe da página como o tom que se escapa de uma tela

Sobem e descem ruas e calçadas,
Vão sãs e determinadas acordar cada português dormente no seu cantinho,
Marcham em cartazes à frente do povo que as leva a São Bento,
Beijam e mordem, lambem e ferem até que as dêem como odiadas

Ah!, a poesia é a voz da alma,
O grito contra este fingir ser português
Que fala, vota e diz sem saber os quês e os porquês,
O arrepio presente do futuro que se pressente

E por isso eu escrevo
E por isso eu grito
E por isso eu insisto
E por isso, talvez, eu existo

A poesia é a voz da alma que não se conforma,
O sussurro lento e secular contra os falsos patriotas
Que de persistente se faz clamor popular
E assusta os merdas e os agiotas

E por isso eu escrevo e escreverei
E por isso eu grito e gritarei
E por isso eu insisto e insistirei
E por isso, talvez, eu existo

Deixem-me sair para a rua
Sem açaime nem mordaça
Que eu quero a verdade nua,
Essa verdade que escorraça os hipócritas

Ponham-me no Rossio,
Bem alto e junto da populaça
Para que eu grite que o rei vai nu
E o reino ainda mais despido

Chamem-me artista, poeta mesmo ou até anti-nacionalista
Porque enquanto eu tiver voz e dom na escrita
Hei-de mostrar que não é Portugal nem quem o critica que é pequeno
Mas sim os que o engrandecendo em prosa o diminuem em futuro!

«JNPDI!» deseja um excelente 2005 a todos os Portugueses, especialmente aos seus leitores, de preferência com muito swing!

29 de dezembro de 2004

Jazz na TAP só nos Airbus 310 e 340

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Quem quiser ouvir jazz na TAP enquanto voa fica a saber que só nos aviões AIRBUS de maior dimensão é que existe um canal de música específico para o jazz e para os blues.

No canal 5, disponivel nos A310 e A340, é possível ouvir Miles Davis, Duke Ellington, Carmen McRae, etc. enquanto se cruzam os céus.

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E se houvesse DVD's de jazz nos ecrans individuais de bordo?

Hmmm, utopia por utopia, já agora também vivíamos num país em que o Primeiro-Ministro conhecia as razões da dissolução da Assembleia da República e não escrevia aos militantes do seu partido cartas ridículas! (não confundir com as de que Pessoa falava e Bethânia canta. Essas são de amor; estão são apenas de hipocrisia, corporativismo e um verdadeiro atentado à inteligência).

A propósito... sabiam que o Carmona Rodrigues, o Presidente da CML (que como o outro também herdou o cargo), agora é considerado um conceituado adivinho?

Pois então não é que ele mesmo antes do PR pôr os patins ao homem da pulseira encarnada já lhe tinha construído uma pista de gelo para ele patinar à vontade e ainda por cima ali bem perto de Belém!

27 de dezembro de 2004

Contar os meses de 2005 ao ritmo do jazz

Em matéria de calendários com a temática do jazz há-os para todos os gostos embora poucos ou nenhuns chegeum a Portugal.

Há o favorito de JNPDI!, com ilustrações de Ivey Hayes.

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Vejam-se as ilustrações para cada mês e repare-se na riqueza cromática...

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Há, claro, os calendários sobre a história do jazz, com fotografias a preto e branco de alguns dos seus mais notáveis intérpretes/criadores:

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Há calendários com algumas das mais apelativas capas de discos de jazz e de imagens de posters...

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E há os clássicos calendários, compostos por fotografias de autor, como por exemplo o do fotógrafo Chuck Stewart:

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Jazz versus Rock em xadrez

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É possível travar num tabuleiro de xadrez um duelo que teve primeiro lugar na realidade. Jazz e Rock defrontam-se, cada um com os seus instrumentos característicos.

É verdade que as figuras são fracas em termos de design, mas enfim, sempre é melhor do que nada.

Agora se fará sentido o duelo entre jazz e rock, essa é outra questão.

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ECM é em Madrid!

Meus caros leitores,

Escrevo-vos de Madrid para dizer que para além da colecção Rudy Van Gelder, da Blue Note (vendida aqui a 8,95 euros), a FNAC e o EL Corte Ingles têm praticamente todos os títulos da ECM, incluindo as novidades, a 12,95 euros.

Assim, hoje foi ocasião para adquirir:

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e...

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E esta hã?!

Culturgest entra em 2005 com muito jazz!

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O Jazz está bem representado no primeiro trimestre da programação da Culturgest para 2005.

O plano de eventos começa com o concerto do QUINTETO DE ENRICO RAVA, a realizar no dia 28 de Janeiro, às 21h 30 m (18 euros).

Segue-se um conjunto de 5 conferências por Manuel Jorge Veloso, conceituado divulgador do jazz em Portugal e também músico das primeiras gerações (tendo inclusive tocado com Chet Baker!).

Estas palestras realizam-se entre Fevereiro e Março, sempre às quartas-feiras, às 18h30, com entrada livre e têm por tema: "DOIS INJUSTOS ESQUECIDOS DO JAZZ MODERNO: LENNIE TRISTANO E ERIC DOLPHY".

16 de Fevereiro - "A paisagem musical do jazz nas décadas de 40 a 60 do século
XX"

23 de Fevereiro - "A estética de Lennie Tristano como alternativa reformista ao
bebop"

2 de Março - "Lennie Tristano, a sua escola, os seus alunos"

9 de Março - "Eric Dolphy: uma voz diversa na revolução do free jazz"

16 de Março - "Eric Dolphy e os seu contemporâneos"

A finalizar o trimestre jazzístico da Culturgest, actua, a 18 de Março, pelas 21h30, o quinteto de CHANO DOMINGUEZ (20 euros).

26 de dezembro de 2004

A ODJB e o primeiro disco de Jazz

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A Original Dixieland Jazz Band (ODJB), formada por um grupo de músicos brancos de New Orleans - Dominic ("Nick") James LaRocca (corneta), Larry Shields (clarinete), Edwin ("Eddie") Branford Edwards (trombone), Harry W. Ragas (piano) e Anthony ("Tony") Sbarbaro (bateria) - foi o primeiro grupo de jazz a gravar um disco.

Esse facto histórico teve lugar em 26 de Fevereiro de 1917 (ano da foto acima), quando a ODBJ, sob a liderança de Nick LaRocca, colocou em disco os novos sons do jazz sob a forma de dois temas: "Dixieland Jass Band One-Step" e "Livery Stable Blues" (18255).

Este disco (foto abaixo) foi gravado para a Victor Talking Machine Company e colocado à venda em Março de 1917.

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Passados dois anos, a ODJB atravessou o atlântico e actuou pela primeira vez na Europa, em Londres (foto abaixo).

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Este evento foi publicitado (ver cartaz abaixo), mas a crítica musical da época foi demolidora, tal como seria em Portugal com as primeiras jazz-bands que por cá tocaram.

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Actualmente a continuidade da ODJB é assegurada por Jimmy LaRocca, filho de Nick LaRocca, continuando a actuar, nomeadamente na Europa.

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Já agora aqui ficam alguns factos importantes sobre a ODJB:

Founded in 1916. Mr. D.J. "Nick" LaRocca = Leader.

FIRST ever jazz record made by this band for both Columbia and Victor Records in 1917.

RESPONSIBLE for securing the name "jazz" (music style name) as we know it today.
In 1917 the ODJB was responsible for securing the word JAZZ as a musical definition term. Prior to the ODJB recording the music of the time was known as Ragtime and many other style names but not jazz. There were three or four other groups that used the name jass within their band name dating back to 1914, but the term was used more in general language slang and was not used to describe a musical style until the ODJB secured it with their hit recording in 1917.

FIRST jazz band to sell over 1 million Victrola records worldwide within the year of its release.

-This event introduced millions of people worldwide to JAZZ for the very first time.-A popular but controversial jazz Series unfortunately contradicts itself between the documentary film and a published book version with two different sales figures. The facts are that Enrico Caruso, an Italian opera tenor, was the most popular recorded musician up to the ODJB recording in 1917. Enrico Caruso was known as the first million seller and in order for the ODJB to become more popular and outsell Mr. Caruso they had to sell more than a million copies.

FIRST jazz band to travel to Europe in 1919.

FIRST jazz band to appear in a motion picture. ("The Good For Nothing", 1917 Peerless Productions, Distributed by World Pictures, Directed by Carlyle Blackwell and Produced by William Brady.)

FIRST jazz band ever to perform for US servicemen during WWI.

Jazz em selos nos EUA

Em 1995 os serviços postais dos EUA decidiram proceder a uma emissão de selos comemorativos de algumas das grandes figuras do jazz.

Não se pode dizer que graficamente seja uma grande obra, mas, enfim, aqui fica o resultado.

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Scofield faz hoje 53 anos

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Um dos guitarristas contemporâneos preferidos de JNPDI! completa hoje, 26 de Dezembro, 53 anos.

Scofield é um dos grandes nomes da guitarra moderna no jazz/fusão, a par de músicos como Pat Metheny, John Abercrombie ou Bill Frisell, sem contar com muitos outros que gozam de menor visibilidade.

Scofield começou a sua carreira musical com Gerry Mulligan e Chet Baker, depois integrou os grupos de Billy Cobham-George Duke. Em 1977 encontrou-se com Charles Mingus, com quem gravou, integrando mais tarde o quarteto de Gary Burton e o quinteto de Dave Liebman.

A sua consagração sucederia com a integração no grupo de Miles Davis, com o qual tocou e gravou entre 1982 e 1985.

Desde então, Scofield tem liderado os seus próprios grupos e integrado os Bass Desires, gravando com jazzmen como Charlie Haden, Jack DeJohnette, Joe Lovano e Eddie Harris.

De Scofield agradam-nos especialmente os seguintes discos:

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Este último disco conta com a participação de Steve Swallow, um dos grandes nomes do baixo eléctrico.

25 de dezembro de 2004

O Blindfold test de Mingus na "Downbeat"

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A ver na edição online da revista «Downbeat» o blindfold test que Mingus efectuou em 1960 com Leonard Feather.

Com pouca vontade por parte deste músico, diga-se...

Dêem os parabéns ao Cab!

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Se fosse vivo, Cab Calloway, um dos maiores nomes do entertainment norte-americano, faria precisamente hoje 97 anos! Nasceu a 25 de Dezembro de 1907.

JNPDI! tem uma veneração especial por este cantor/bailarino/entertainer e as suas gravações fazem parte da playlist habitual cá de casa.

Em 1931, Cab Calloway teve um grande sucesso discográfico com o famoso tema "Minnie the Moocher" e com a sua actuação regular no Cotton Club, em Nova Iorque. Das suas orquestras fizeram parte sidemen como Walter "Foots" Thomas, Bennie Payne, Doc Cheatham, Eddie Barefield, Shad Collins, Cozy Cole, Danny Barker, Milt Hinton, Mario Bauza, Chu Berry, Dizzy Gillespie, Jonah Jones, Tyree Glenn, Panama Francis e Ike Quebec.

Paralelamente às gravações e actuações, Calloway participou em vários filmes, os quais felizmente estão disponíveis em DVD.

Por falar em "Minnie the Moocher"... aqui fica a letra que, aliás, Calloway interpretou quando da sua actuação em Lisboa, nos anos 90:


Folks, now here's the story 'bout Minnie the Moocher,
She was a red-hot hootchie-cootcher,
She was the roughest, toughest frail,
But Minnie had a heart as big as a whale.

[Call and response scat chorus differs every time. The following is simplified:]
Hi-de-hi-de-hi-di-hi!
Ho-de-ho-de-ho-de-ho!
He-de-he-de-he-de-he!
Ho-de-ho-de-ho!

Now, she messed around with a bloke named Smoky,
She loved him though he was cokie,
He took her down to Chinatown,
He showed her how to kick the gong around.

Now, she had a dream about the king of Sweden,
He gave her things that she was needin',
He gave her a home built of gold and steel,
A diamond car with a platinum wheel.

Now, he gave her his townhouse and his racing horses,
Each meal she ate was a dozen courses;
She had a million dollars worth of nickels and dimes,
And she sat around and counted them all a billion times.

Poor Min, poor Min, poor Min.



Calloway ficou também conhecido pelo seu scat e pelas expressões por si criadas, sendo conhecido pelo Hi-De-Ho Man.

Além disso as suas letras tinham sempre uma grande carga humorísticas, de que é exemplo o fabuloso "Everybody eats when they come to my house":


Have a banana, Hannah,
Try the salami, Tommy,
Give with the gravy, Davy,
Everybody eats when they come to my house!

Try a tomato, Plato,
Here's cacciatore, Dorie,
Taste the baloney, Tony,
Everybody eats when they come to my house!

I fix your favorite dishes,
Hopin' this good food fills ya!
Work my hands to the bone in the kitchen alone,
You better eat if it kills ya!

Pass me a pancake, Mandrake,
Have an hors-d'oeuvre-y, Irvy,
Look in the fendel (?), Mendel,
Everybody eats when they come to my house!

Hannah! Davy! Tommy! Dora! Mandrake!
Everybody eats when they come to my house!

Pastafazoola, Talullah!
Oh, do have a bagel, Fagel,
Now, don't be so bashful, Nashville,
Everybody eats when they come to my house!

Hey, this is a party, Marty,
Here, you get the cherry, Jerry,
Now, look, don't be so picky, Micky,
'Cause everybody eats when they come to my house!

All of my friends are welcome,
Don't make me coax you, moax you,
Eat the tables, the chairs, the napkins, who cares?
You gotta eat if it chokes you!

Oh, do have a knish, Nishia,
Pass me the latke, Macky,
Chile con carne for Barney,
Everybody eats when they come to my house!

Face! Buster! Chair! Chops! Fump!
Everybody eats when they come to my house!

Everybody eats when they come to my house!

Em Madrid é assim!

JNPDI! está novamente por Madrid e tem andado às compras.

É que por aqui conseguem-se comprar discos a menos de 9 euros.

Vejamos algumas compras que já efectuámos a esse preço:


Ron Carter - «The Golden Striker» (2003)

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Dexter Gordon - «Doin' Allright» (reedição 2004)

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Wynton Mrsalis e Ellis Marsalis - «Joe Cool's Blues» (1995)

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Convém aproveitar para referir que todos os títulos da colecção Rudy Van Gelder da Blue Note se encontram a este preço mas só numa loja. Para os interessados o paraíso dá pelo nome de Madrid Rock (por incrível que pareça o nome da loja) e fica na Gran Via, junto ao McDonald's.

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Há, para além dos menores preços, uma grande diferença entre Lisboa e Madrid no que toca à venda de jazz. É que aqui não só a oferta é bem maior como sobretudo as novidades chegam muito mais cedo.

Por exemplo, já encontrámos por cá e comprámos o mais recente DVD de Miles Davis:

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Por outro lado já está disponível o novo DVD de Branford Marsalis...

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É sobretudo nos DVD que se nota maior disparidade na quantidade da oferta entre Madrid e Lisboa. A boa notícia é que este DVD de Miles Davis tem legendas em português de Portugal, pelo que deve chegar também ao nosso mercado, mais ou menos em breve...

Hasta la vista!

23 de dezembro de 2004

BOM NATAL E EXCELENTE 2005!

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Aproveitamos este postal electrónico do Jazz At Lincoln Center para desejar a todos os leitores do JNPDI! um Bom Natal e um Excelente 2005, de preferência com muito swing!

Se Chet Baker fosse vivo...

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Se Chet Baker fosse vivo... sopraria ainda hoje o seu trompete.

Se Chet Baker fosse vivo... encantaria ainda hoje com a sua voz.

Se Chet Baker fosse vivo... o mundo do jazz e da música seria mais rico.

Se Chet Baker fose vivo... não se teria precipitado fatalmente da janela de um hotel em 13 de Maio de 1988

Se Chet Baker fosse vivo... faria hoje, 23 de Dezembro, 75 anos.

Mas não é, o que não nos impede de ouvi-lo em alguns dos seus melhores registos:

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22 de dezembro de 2004

René Marie, a renegada: O "cromo" responde ao "Ignatre"

No passado dia 5 de Dezembro, JNPDI! colocou aqui um post sobre René Marie, o qual foi alvo de vários e duros/ofensivos comentários.

Um destes comentários visava um produtor de jazz com 30 anos de actividade em Portugal nesta área, o qual, sentindo-se atingido na sua dignidade pessoal e profissional (por ter sido, nomeadamente, apelidado de cromo e não só), nos solicitou a publicação da seguinte carta, a qual transcrevemos na íntegra:

Para : Acácio Moreira
04.12.22

RE : BLOGCOMMENT 11/12/04

Meu Caro Acácio,

O "cromo" responde ao "Ignatre" (contracção dos vocábulos "ignorante e atrevido") que infelizmente é o que encontramos mais por aí...

Mas voltando ao assunto em questão (os blogs são importantes para democraticamente sabermos o que vai nas cabeças dos "ignatres" do jazz) o "cromo" desculpa os comentários por reconhecer a juventude do AM, que apanhou o «Blue Train» (do Coltrane ) muito tarde, pelo que provavelmente ignora o que se passou nas décadas de 40 a 70.

O "cromo" interessa-se pelo jazz desde os 15 anos de idade (1946) pelo que começou a digerir discos de 78 RPM, antes do advento do LP, que caso não saiba começaram por ser de 10? (em 49/50) só posteriormente adquirindo o formato de 12?

No caso concreto da René, cuja entrevista vou procurar enviar-lhe para seu conhecimento integral, que aliás é uma cantora que muito admiro, daí estar na minha lista de próximas prioridades, emitiu opiniões a quente resultante de uma "dor de corno" (natural) por ter terminado recentemente uma relação amorosa/sentimental:«Doing standards is like faking an orgasm. I can do it, I can make the sounds but it just doesn?t move me anymore».

Só para citar dois exemplos a enorme Betty Carter, uma verdadeira "Academia de Jazz" viva, cantava standards os quais, graças ao seu grande talento, se tornaram praticamente "originais" com a vantagem de os esclarecidos que a ouviam poderem seguir as harmonias. O mesmo, mas num nível um pouco abaixo, com a talentosíssima Nnenna Freelon, cuja pianista regular, a japonesa Takara Miyamoto, é quem acompanha agora a René Marie.

Vamos ver se nos entendemos: os EUA produziram no século XX o melhor repertório de música dita "popular" e "jazz standards", dos grandes mestres à escala planetária!!! É impossível negligenciarmos este importantíssimo, indiscutível e histórico aspecto. Ao longo das décadas coube aos solistas vocais e instrumentais improvisar sobre estas estruturas harmónicas e mostrar quem é mais ou menos genial!

Tão simples quanto isto...

Agora, meu amigo, é indispensável regressar aos anos 40,50 e 60 e ouvir todos os criadores desses períodos no qual se baseiam algumas novas "vedetas" do século XXI!!

O "rebopper/cromo" não é contra os esforços dos novos intérpretes criarem a sua própria música.... mas encherem um CD só com originais "Is boring to death".... esquecendo-se de improvisar, adaptando harmonias sobre standards (do American Song Book e do jazz) é um crime de lesa Pátria! É que só os próprios é que usufruem, pois conhecem as harmonias; nós pobres ignorantes que não conhecemos não conseguimos fixar concentrar no desenvolvimento criativo.

Esta é a questão, Sr. "Ignatre"...

Espero vir a contratar a René Marie para uma futura iniciativa em que esteja envolvido, mas primeiro tenho que fazer um "briefing" com ela através da Maxjazz..

Saudações jazzisticas e Natalícias

DM



Que bom que seria se em Portugal fosse assim...

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O Jazz at Lincoln Center's emite semanalmente um programa de rádio para cerca de 240 estações públicas de rádio asociadas.

O programa, Jazz at Lincoln Center Radio, é apresentado por Ed Bradley (na foto) e pode ainda ser ouvido através da internet.

Ora por que será que nos EUA isto é possível e em Portugal não? Será que lá o jazz tem audiências e cá não?!

A mais recente edição deste programa foi emitida ontem, com o seguinte guião:

JALC Season XII Program 12
Singers Over Manhattan
Dave Frishberg and Carol Sloane
12/21/2004

1) Music: I Can't Believe That You're in Love With Me.

2) Vox: Carol Sloane "The words, and how I convey them, and how the audience responds to them is what I'm after."

2) Music: fades

3) Vox: Dave Frishberg "I sing songs, and the gimmick is that they're my songs."

4) Music: Frishberg "I'm Ready" cross under to "Zanzibar"

5) Bradley:

WITH JUST A COUPLE OF BARS, DAVE FRISHBERG AND CAROL SLOANE EVOKE THE WARMTH AND INTIMACY OF THE JAZZ CLUBS WHERE THEY PAID THEIR DUES IN THE NINETEEN SIXTIES-- PERFORMING ALONGSIDE LAMBERT, HENDRICKS, AND ROSS, OSCAR PETERSON, BEN WEBSTER, ROY ELDRIDGE AND THE CREAM OF NEW YORK'S JAZZ SCENE. NOW, OVERLOOKING THE HUDSON RIVER FROM THE STANLEY KAPLAN PENTHOUSE, WE RECREATE THE STYLE AND SOPHISTICATION OF THOSE DAYS WITH TWO GREAT "SINGERS OVER MANHATTAN," IT'S JAZZ AT LINCOLN CENTER. I'M ED BRADLEY.

6) Stage sound- ambience

7) Bradley: IN 1957, DAVE FRISHBERG CAME TO NEW YORK FROM MINNESOTA, WITH A DEGREE IN JOURNALISM AND A DETERMINATION TO PLAY JAZZ PIANO. HE GOT A JOB AS THE HOUSE PIANIST AT THE LEGENDARY HALF NOTE, BACKING EVERYONE FROM AL COHN AND ZOOT SIMS TO THE SINGERS JIMMY RUSHING AND ANITA O'DAY. O'DAY RECORDED HIS FIRST PUBLISHED SONG "PEEL ME A GRAPE." IN 1962

IN THE EARLY 70'S FRISHBERG MOVED TO LOS ANGELES TO WRITE MUSIC FOR TELEVISION, AND HE STARTED RECORDING HIS OWN OFFBEAT SONGS. LIKE HIP MUSICAL JOURNALISM, THEY ARE WRY, WISTFUL, AND ELOQUENT. HE FOCUSES ON THE SMALL FLASHES OF AWARENESS THAT ILLUMINATE LIFE. IN PERFORMANCE AT THE KAPLAN PENTHOUSE DAVE FRISHBERG DRESSES DOWN AN UNRULY FRIEND WITH "I CAN'T TAKE YOU NOWHERE."

8) Music: I Can't Take You Nowhere. 2:25

9) Bradley:

"I CAN'T TAKE YOU NOWHERE," DAVE FRISHBERG'S LYRICS SET TO AN OLD TUNE BY TINY KAHN AND AL COHN. WHEN FRISHBERG LEFT NEW YORK FOR LOS ANGELES, HE HAD DREAMS OF GETTING A CALL -- TO WRITE THE THEME FOR A MAJOR MOTION PICTURE.

9a) Vox: Frishberg "This fantasy of mine never happened. But I want you to know and I want them to know, who ever they maybe, that had they had called, had they called, I was ready. OK?"

10) Music: Jaws 2:38

10a) Vox: Frishberg "I told you that I moved out to LA -- I had just- After I moved out there ?The very first time I had occasion to come back to New York, I had the following song prepared to sing for my New York friends."

12) Music: Do You Miss New York? 3:57

13) Alt: Bradley:

DAVE FRISHBERG. "DO YOU MISS NEW YORK?" WHEN HE LIVED IN NEW YORK FRISHBERG CAUGHT THE TAIL END OF THE ERA WHEN ANY ASPIRING SONGWRITER HAD TO TRUDGE THE FLOORS OF THE BRILL BUILDING LOOKING FOR A MUSIC PUBLISHER. ONSTAGE AT THE KAPLAN PENTHOUSE, HE PICKS UP THE STORY.

14) Vox: Frishberg "When I first came to New York it was the late fifties, I was just beginning to write songs, and in those days it was customary for a songwriter to bring the songs directly to the publisher in person. You'd bring the songs to his office and you'd sit there. And he'd have a piano He had a piano it was always a man, and he had a piano, a spinet. You'd sit at the piano pull out a couple of lead sheets, never more than two songs at a time. You'd sing 'em for the guy, and he'd tell you whether or not Connie Francis would be interested in that. One fellow was very influential. He had quite an impact on me He said, "Why don't you do yourself a favor, Do me a favor. Go home and write some cowboy songs for Chrissake?country and western. I said that's not my bag. He said "Your bag! Your bag? What are you talking about your bag? It doesn't have to be good." // I was really upset to have somene talk to me that way. I couldn't imagine. 'It doesn't have to be good'. I left in kind of daze. I went home and I sat down, and like a dummy I began to write cowboy songs."

15) Music: Old Oklahoma Toad 3:42

16) Alt: Bradley

"OLD OKLAHOMA TOAD." DAVE FRISHBERG'S COUNTRY WESTERN SONG.

17) Vox: Frishberg: That's exactly the reaction the publisher had

(Aplse /laughs)

"Thanks."

"This is a collaboration with Johnny Mandel. Whenever I collaborate it seems it's always as the word guy. // This is our new song, it's called "Little Did I Dream."

18) Music: Little Did I Dream 2:38

19) Music: The Hopi Way 4:37

20) Bradley:

AT LINCOLN CENTER'S KAPLAN PENTHOUSE, DAVE FRISHBERG WITH "THE HOPI WAY," AND BEFORE THAT "LITTLE DID I DREAM" -- HIS COLLABORATION WITH JOHNNY MANDEL. SINGER CAROL SLOAN WILL BE TAKING THIS STAGE IN JUST A MOMENT BUT FIRST DAVE FRISHBERG OFFERS "ONE LITTLE TASTE."

21) Music: One Little Taste 2:47 21a) Bradley: JAZZ AT LINCOLN CENTER -- "ONE LITTLE TASTE" -- DAVE FRISHBERG ACCOMPANYING HIMSELF ON PIANO.

22) Music: Frishberg: Swinging the Classics medley from perf (midbreak bed)

23) Bradley: (Mid-break announce) FOR MORE ABOUT DAVE FRISHBERG, AND CAROL SLOANE, FROM WHOM WE'LL HEAR IN A MOMENT, CHECK OUT OUR JAZZ AT LINCOLN CENTER WEBSITE -- J A L C DOT ORG SLASH RADIO, WHERE YOU CAN SEE PICTURES OF OUR NEW ?HOUSE OF SWING´. YOU CAN ALSO HEAR THIS PROGRAM AND OTHERS FROM OUR ARCHIVES, CHECK OUR BROADCAST SCHEDULE AND EVEN SIGN UP FOR EMAIL NOTICE OF OUR UPCOMING SHOWS. THIS IS JAZZ AT LINCOLN CENTER, I´M ED BRADLEY.

24) Midbreak: 60 (music cover for station ID & announcements)

25) Bradley: GROWING UP OUTSIDE OF PROVIDENCE, RHODE ISLAND IN THE EARLY 1950'S. CAROL SLOANE WAS DRAWN TO JAZZ BY THE BIG BANDS ON AM RADIO LATE AT NIGHT.

26) Vox: Carol Sloane If you turned the dial, which I did one day quite by accident, I heard Billie Holliday, Sarah Vaughn, Carmen McRae, Count Basie, Duke Ellington. And that turned my head around. I was only fourteen years old.

27) Bradley: AN UNCLE GOT HER A JOB SINGING WITH A LOCAL DANCE BAND. THEN IN 1959 SHE JOINED LARRY ELGART'S ORCHESTRA IN NEW YORK. BUT IT WAS A 1961 APPEARANCE AT THE NEWPORT JAZZ FESTIVAL WITH COLEMAN HAWKINS THAT REALLY SPARKED PEOPLE'S INTEREST. OVER THE YEARS SHE HAS ELEGANTLY INTERPRETED THE GREAT AMERICAN SONGBOOK WITH WITH JAZZ GROUPS AND SYMPHONY ORCHESTRAS. Music: I Can't Believe That You're in Love with Me. FOR JAZZ AT LINCOLN CENTER, CAROL SLOANE IS BACKED BY THE NORMAN SIMMONS QUARTET ON ON ONE OF THOSE BILLIE HOLIDAY TUNES SHE HEARD GROWING UP.

28) Music: I Can't Believe You're in Love With Me. 3:53 Ladies and Gentlemen, thank you so much. We're happy that you're here with us tonight at the Kaplan Penthouse.

29) Music: Lucky to be Me. 5:29 30) Bradley: THE LEONARD BERNSTEIN BETTY COMDEN AND ADOLPH GREEN CLASSIC FROM THE MUSICAL "ON THE TOWN" -- "LUCKY TO BE ME." NORMAN SIMMONS HAS MADE A SPECIALTY OUT OF ACCOMPANYING VOCALISTS, INCLUDING A LONG STRETCH WITH JOE WILLIAMS. ON THIS NEXT TUNE CAROL SLOANE INVITES HIM OUT FRONT -- FOR A VOCAL DUET ON THE GLORY OF LOVE. 31) Music: Glory of Love/Makin' Whoopie medley 5:50

32) Bradley: "MAKIN' WHOOPIE, AND THE GLORY OF LOVE." CAROL SLOANE DUETTING WITH HER PIANIST, NORMAN SIMMONS. FOR HER NEXT SONG, SLOANE REACHES BACK TO AN ALL BUT FORGOTTEN COMPOSITION BY THE GREAT STRIDE PIANIST JAMES P. JOHNSON. "WHISPER SWEET" 33) Vox: Carol Sloane Whisper Sweet by James P. Johnson And we know it's from 1935 ? it has a ukelele part on the music. We're going to do it as a Bossa Nova. I'm sure Mr. Johnson never would have thought of this. There was no such thing then."

34) Music: Whisper Sweet 4:51 Vox: Sloane (over applause) Norman Simmons, Paul Bollenbeck, Paul West, Grady Tate. I had to get that music from the library of Congress. That's how hard it was to find it. 1935 was a good year.

35) Music: 'Til I Met You 4:26 Sloane: in applause Norman Simmons, Paul Bollenbeck, etc under. 36) Bradley: CAROL SLOANE. "WHISPER SWEET" AND 'TIL I MET YOU. SLOANE HAS BEEN SINGING STEADILY SINCE THE LATE 1950S. THOUGH SHE'S OCCASIONALLY VENTURED INTO OTHER PURSUITS -- AS A LEGAL SECRETARY, RUNNING A MUSIC CLUB, AND EVEN HOSTING A JAZZ RADIO SHOW, HER LOVE FOR INTERPRETING THE STANDARDS KEEPS HER COMING BACK TO THE STAGE.

37) Music: "On The Street Where You Live" 4:49 38) Bradley:

JAZZ AT LINCOLN CENTER -- "ON THE STREET WHERE YOU LIVE." CAROL SLOANE WITH THE QUARTET LED BY NORMAN SIMMONS ON PIANO PAUL BOLLENBECK, GUITAR. PAUL WEST PLAYED BASS. AND GRADY TATE ON THE DRUMS

JAZZ AT LINCOLN CENTER RADIO IS PRODUCED BY MURRAY STREET. OUR WRITER AND ASSOCIATE PRODUCER IS DAVID GOREN. SENIOR PRODUCER IS STEVE RATHE. THE RECORDINGS WERE MADE BY EDWARD HABER AND GEORGE WELLINGTON. THANKS TO AVE CARRILLO, CAT HENRY AND MATTHEW PAYNE. THE ARTISTIC DIRECTOR OF JAZZ AT LINCOLN CENTER IS WYNTON MARSALIS. EXECUTIVE DIRECTOR IS DEREK GORDON. I´M ED BRADLEY.

Por falar em guiões, felizmente existem os originais que o Luís Villas-Boas utilizou durante anos no seu programa de jazz na rádio, documentos que só foram escritos porque a censura assim o exigia para o exame prévio.

Pois é, parece que nem tudo na censura foi mau, já se não fosse ela jamais teríamos hoje estas improtantes peças da história do jazz em Portugal.

É uma ironia, claro.

21 de dezembro de 2004

Telarc edita novo CD de John Pizzarelli

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É já em Março de 2005 que a editora Telarc lança o mais recente CD do cantor/guitarrista John Pizzarelli.

«Knowing You» é um tributo a alguns dos músicos que influenciaram Pizzarelli, nomeadamente Alan Bergman, Johnny Mandel, Sammy Cahn, Frank Loessor e Dave Frishberg.

Entre os temas interpretados contam-se "I Just Found Out About Love", "Ain?t That a Kick in the Head" e "How Long Has This Been Going On".

Além de Pizzarelli, participam neste CD o seu pai, Bucky Pizzarelli e a sua mulher, pelo que o registo tem um certo cunho familiar... Um género de clã Pizzarelli, já que o contrabaixo é assegurado pelo seu irmão...

Para JNPDI! a referência máxima de John Pizzarelli continua a ser este super disco:

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20 de dezembro de 2004

A outra arte de Miles Davis...

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Nos anos 80, Miles Davis virou a sua atenção artística também para a pintura, tendo começado a esboçar figuras primitivas e depois a experimentar cores.

Inspirado pela escola/corrente de design de "memphis", baseada em Milão, Miles viria a revelar uma forte influência das ricas texturas e cores africanas

Recorrendo à pintura em acrílico, pastel, lápis e canetas, Miles apreciava sobretudo a pintura de quadros de grandes dimensões, com muito espaço.

Para ver alguns exemplos das suas obras visitar: http://www.milesdavis.com/art.htm

Por mais que goste de jazz puro e de swing...

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... às vezes apetece mesmo é chegar a casa, ligar o leitor de DVD, inserir o Miles Davis ao vivo em Paris, subir o volume do amplificador, carregar na tecla de play e disfrutar do mago trompete no seu melhor som com a forte batida do funky/rock/pop/hip-hop/street music etc.

Alto e bom som!

E aproveitar ainda para recordar os concertos no Coliseu, em 1989 e em 1991.

Esta foto é dessa fase and I love it!

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Nancy Wilson, uma cantora esquecida?

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Nancy Wilson, uma grande voz do jazz e não só, tem sido um pouco esquecida pelos amantes do som da surpresa, até porque andou a navegar por outras sonoridades, mas tem agora um novo CD de que aqui queremos dar nota.

«R.S.V.P. (Rare Songs, Very Personal)», editado pela Telarc, reúne canções que a cantora nunca gravou em 50 anos de carreira e 67 registos.

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Em cada um dos 12 temas que integram este novo CD Nancy faz-se acompanhar de um convidado, incluindo, entre outros, músicos como George Shearing (com o qual gravou e obteve maior populairdade, tal como com Julian Cannonball Adderley), Toots Thielemans, Phil Woods ou Ivan Lins.

Aqui fica, pois, o repertório interpretado:

1. Older Man Is Like an Elegant Wine - Toots Thielemans
2. Day in, Day Out - Nancy Wilson
3. Why Did I Choose You - Kenny Lattimore
4. I Wish I'd Met You - Joe Negri
5. I Let a Song Go Out of My Heart - Nancy Wilson
6. Goodbye - Nancy Wilson
7. How About Me - Paquito D'Rivera
8. Minds of Their Own (Dois Corregos) - Ivan Lins
9. Little Green Apples - Nancy Wilson
10. You'll See - Bill Watrous
11. That's All - Gary Burton
12. Blame It on My Youth - George Shearing


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