Barros Veloso & Filipe Melo: Livros e Jazz juntos no Braço de Prata



É já no próximo dia 1 de Junho, pelas 21h30, que António José de Barros Veloso e Filipe Melo apresentam conjuntamente os seus novos livros (respectivamente, Caramulo - Ascensão e queda de um estância de tuberculosos e Dog Mendonça e PizzaBoy) e unem também os seus talentos num duo a dois pianos.

Nina Simone Remembered: Lizz Wright, Dianne Reeves & Simone

Em 2009, quatro vozes distintas reuniram-se para homenagear Nina Simone. Entre elas encontrava-se a sua própria filha, Simone, a que se juntaram Dianne Reeves (que na semana passada actuou entre nós), Lizz Wright e Angelique Kidjo.

Neste vídeo podemos vê-las no North Sea Jazz festival a interpretar o mítico "Four Women", tema composto por Nina Simone e estreado no album Wild is the Wind (1966). A canção conta a história de quatro mulheres afro-americanas - Aunt Sarah, Safronia, Sweet Thing e Peaches - que mais não eram do que quatro estereotipos que então estavam presentes na sociedade dos EUA.

Ray Brown Trio: "A Night In Tunisia"

Unsung Cats estreiam hoje no Festival de Jazz Valado dos Frades


Ivan Silvestre, Maio 2010. Foto de JMS/JNPDI

Na linguagem do jazz – o chamado slang (jargão) – Cat significa, literalmente, músico de jazz. Foi precisamente desta raiz, e especificamente do livro que homenageia o lendário Warne Marsh, que nasceu a designação do quarteto Unsung Cats, formação que tem a sua estreia hoje no Festival de Jazz de Valado dos Frades.

O grupo é composto por Ivan Silvestre (saxofone), Nuno Ferreira (guitarra), João Custódio (contrabaixo) e Joel Silva (bateria), quatro músicos que estão longe de ser ilustres desconhecidos (Unsung Cats) pois três deles integram, por direito próprio, a avassaladora onda de novos talentos da mais recente geração de músicos de jazz portugueses e Nuno Ferreira é já um nome sobejamente conhecido e reconhecido neste género musical.

O repertório destes notáveis Unsung Cats é maioritariamente composto por temas originais, representando a procura de originalidade que se impõe a cada nova geração, verdadeira porta aberta para algo inédito e para a actualização desta linguagem musical centenária e universal que é o jazz.

João Moreira dos Santos

Texto escrito para o programa do Festival a convite dos Unsung Cats

Hank Jones: Apagou-se uma estrela no firmamento do Jazz


Hank Jones fotografado por JNPDI em Abril de 2005, na Casa da Música

Faleceu no passado Domingo o pianista Hank Jones (1918-2010), músico lendário que contava 91 anos e tocou recentemente em Portugal, em concerto realizado em Novembro na Culturgest.

Nesse mês, JNPDI escreveu "Esta é provavelmente a derradeira oportunidade para ouvir ao vivo um músico que em mais de 70 anos de carreira tocou e gravou, entre outros, com Coleman Hawkins, Ella Fitzgerald, Charlie Parker, Benny Goodman, John Coltrane, Artie Shaw e Lester Young".

Perspectivas da Música Actual na Universidade Lusíada de Lisboa



“Perspectivas da Música Actual” é o título do ciclo de conferências organizado pela Universidade Lusíada de Lisboa no âmbito da licenciatura em Jazz e Música Moderna, evento que conta com a presença de três figuras de referência das cenas jazzística e erudita nacionais: António Pinho Vargas, Luís Tinoco e Mário Laginha.

As conferências decorrem nos dias 20 e 27 de Maio, às 18h, no Auditório 4 desta Universidade e dirigem-se à comunidade académica e a todo o público interessado.

A intervenção do compositor e pianista António Pinho Vargas tem lugar já na próxima 5ª feira, 20 de Maio, às 18h, e terá como tema base “A Questão do Terceiro Espaço”.

Luís Tinoco e Mário Laginha abordam o tema “Jazz e Música Contemporânea: O Estado da Arte”, na 5ª feira seguinte, dia 27 de Maio, também às 18h.

O ciclo de conferências “Perspectivas da Música Actual” resulta da organização do Prof. Doutor Ricardo Pinheiro e do Prof. Dr. Vasco Mendonça, respectivamente coordenador e professor da Licenciatura em Jazz e Música Moderna.

O auditório 4 da Universidade Lusíada de Lisboa situa-se na Rua Quinta do Almargem/Ar Líquido. A entrada é gratuita.

Nina Simone retratada em filme a estrear em 2012

A cantora Mary J. Blige vai representar Nina Simone no grande ecrã, num filme com estreia prevista para 2012 e guião a cargo de Cynthia Mort, autora e produtora de alguns episódios da série Will & Grace.

Mestrado em Pedagogia do Instrumento na Univ. Lusíada



Vai funcionar na Universidade Lusíada, em Lisboa, em parceria com a Metropolitana - Academia Nacional Superior de Orquestra, um mestrado em Pedagogia do Instrumento. Mais info aqui.

SF Jazz constrói sede em San Francisco




A estória que contamos hoje só podia acontecer nos EUA, terra de realização de sonhos. Graças a um donativo de 20 milhões de dólares recebido de um generoso anónimo, a associação SF Jazz - que tem como missão a difusão do jazz na zona da baía de São Francisco e está associada ao conceituado octecto SF Jazz Collective - vai construir uma casa de 35 000 metros quadrados na sua cidade natal.

Este espaço, concebido pelo arquitecto Mark Cavagnero, terá um auditório para 700 pessoas, estúdio de gravação, salas de ensaios e servirá como escola, suportando as actividades pedagógicas tradicionalmente desenvolvidas por esta associação junto de crianças e adultos. O edifício foi concebido de forma a abrir-se para as ruas envolventes, permitindo assim a comunicação com os transeuntes, o que é sem dúvida uma boa forma de convidar o público para o jazz.

Como não podia deixar de ser, os promotores do projecto estão a investir na sua certificação ambiental através da poupança energética e de uma concepção de raiz amiga do ambiente.

De acordo com Cavagnero, este é o primeiro edifício construído de raiz para o Jazz.

Dianne Reeves regressa a Portugal

Quatro vezes premiada com um Grammy e a única artista a recebê-lo em três anos consecutivos, Dianne Reeves - uma das cantoras de jazz mais marcantes da actualidade - regressa a Portugal este mês, actuando no Festival de Jazz de Matosinhos (15 Maio), Algarve (16) e Centro Cultural de Belém (18).

O pretexto é a apresentação pública do seu novo CD, When You Know, recentemente lançado a nível mundial. A cantora é acompanhada por um quarteto de notáveis que inclui Peter Martin (piano), Reginald Veal (contrabaixo), Romero Lubambo (guitarra) e Terreon Gully (bateria).

Contact: Five on One

Cinco músicos de jazz americanos - Dave Liebman, John Abercrombie, Marc Copland, Drew Gress e Billy Hart - juntaram-se e criaram um novo grupo all-stars que dá pelo nome de Contact e que agora lança o seu primeiro Cd, registo intitulado Five on One e editado pela Pirouet Records.

Este grupo actua em Julho no Porto, o que constitui a oportunidade de ver juntos em palco cinco músicos com carreiras distintas e prestigiadas.

Festival Som da Surpresa arranca hoje em Oeiras

O Jazz volta à Vila de Oeiras com a sétima edição do SOM DA SURPRESA – Ciclo Internacional de Jazz de Oeiras, com concertos a realizar no Auditório Municipal Eunice Muñoz, durante o mês de Maio – dias 7, 8, 21 e 22, às 22:00 horas.

A presente edição irá destacar o trabalho actual de alguns dos melhores solistas de jazz norte-americanos dos últimos anos. Serão apresentados três trios e um septeto, que reúnem intérpretes e compositores muito criativos, cuja produção musical é particularmente aliciante.

DONNY McCASLIN TRIO (dia 7), DON BYRON “IVEY DIVEY” TRIO (dia 8), EDWARD SIMON TRIO (dia 21) e JAMIE BAUM SEPTET (dia 22), permitem ouvir estéticas bem diferentes mas complementares, nesta área da música improvisada, com características que vão das abordagens latino-americanas com vivência jazzística (caso da música do pianista EDWARD SIMON), às sonoridades mais contemporâneas do saxofone tenor (na música imaginativa de DONNY McCASLIN) e do clarinete (nas improvisações de DON BYRON), passando pela linguagem do “jazz de câmara” (obras da flautista JAMIE BAUM).

07. MAI (6ª feira) – 22h - DONNY McCASLIN TRIO
DONNY McCASLIN – saxofones tenor e soprano
SCOTT COLLEY – contrabaixo
ANTONIO SANCHEZ – bateria

08.MAI (Sábado) – 22h - DON BYRON IVEY DIVEY TRIO
DON BYRON – clarinete, saxofone tenor
URI CAINE – piano
TONY JEFFERSON – bateria

21.MAI (6ª feira) – 22h - EDWARD SIMON TRIO
EDWARD SIMON – piano
JOE MARTIN – contrabaixo
HENRY COLE – bateria

22.MAI (Sábado) – 22h - JAMIE BAUM SEPTET
JAMIE BAUM – flautas, direcção
TAYLOR HASKINS – trompete
DOUG YATES – clarinete baixo, saxofone alto
CHRIS KOMER – trompa
GEORGE COLLIGAN – piano
JOHANNES WEIDENMULLER – contrabaixo
JEFF HIRSHFIELD – bateria

NOTA: O presente texto reflecte o press-release enviado a JNPDI pela produção deste evento.

DESBUNDIXIE: Up 2 Nine



Depois de um bem sucedido CD de estreia, lançado em 2007, os simpáticos e bem-dispostos Desbundixie lançaram recentemente Up 2 Nine. O título deste trabalho deriva dos dois convidados - Maria João e Filipe Melo - que se juntam neste disco aos sete músicos que constituem o grupo.

Como o próprio designativo deste ensemble indica, estamos aqui perante uma banda especializada em tocar Dixieland, ou seja, o género de jazz que se tocava em Nova Orleães no início do século XX e que ainda hoje se mantém vivo um pouco por todo o mundo graças precisamente a grupos como os Desbundixie. É um jazz popular, comunicativo, "hot" e marcado pela improvisação colectiva.

O primeiro aspecto que salta à vista neste novo CD é desde logo o excelente trabalho gráfico que Pedro dos Santos realizou para a sua capa e interior, o que coloca esta edição de autor entre as mais cuidadas a este nível no âmbito do jazz nacional, sendo de realçar, por exemplo, os pormenores do verniz localizado a desenhar padrões embelezadores. Claro que o mais importante é sempre a música, mas uma boa embalagem é também, e cada vez mais, uma importante parte do todo estético que é um disco, contribuindo para comunicar a sua essência, pelo menos em teoria pois muitas capas pretendem apenas ser instrumentos de marketing, o que não é o caso aqui.

Quanto à música, parece-nos que este disco marca um passo em frente nos Desbundixie, que surjem aqui mais maduros, mais coesos, mais completos, talvez fruto da experiência que nos últimos 2 anos têm acumulado a animar festivais, festas e concertos um pouco por todo o país. O repertório é, aliás, muito bem escolhido, revelando clássicos como "Muskrat ramble", "Georgia on my mind", "Struttin' with some barbecue", "After you've gone" e "Hello Dolly.

As participações de Maria João em "Baby, won't you please come home" e "What a wonderful world", e de Filipe Melo neste último tema e também em "Sweet Georgia Brown" e "West end blues" revelam-se uma importante mais valia para este CD e, sobretudo, para os seus ouvintes.



Aqui temos, pois, o exemplo de um grupo que se profissionalizou rapidamente e que com muito trabalho e dedicação tem conseguido afirmar-se no panorama do jazz nacional, cumprindo um papel muito específico que é o de levar bom jazz tradicional e um ambiente de festa pelas salas e festas de todo o país. Faz falta este tipo de grupos não só pela comunicatividade da sua música, mas sobretudo porque ajudam a manter viva a tradição do jazz como música popular!

Em tempo de crise e desânimo, nada melhor do que estes 52 minutos vitaminados de jazz alegre e de esperança.

Jazz na Ilustração

A Ilustração foi uma importante revista quinzenal, lançada em 1926 pela Empresa Nacional de Publicidade e Aillaud Ltd. Esta publicação era profusamente ilustrada e à semelhança de outras congéneres, como a Ilustração Portuguesa ou o ABC, prestava especial atenção às novas tendências que chegavam a Portugal.

O Jazz era claro novidade e não raras vezes foi retratado nas suas páginas e mesmo na capa, como sucede neste desenho de Emmerico Nunes (1888-1968).

Jazz e Comunicação para Banda na Universidade do Algarve

Jazz e Comunicação para Banda é a designação de um inovador workshop que se realiza de 30 de Maio a 3 de Junho na Universidade do Algarve, do qual já aqui demos nota há dias. Sugerimos agora a visualização da entrevista ao coordenador deste curso, o Dr. Vitor Reia- Baptista.