100.º aniversário do nascimento
de Josephine Baker
Celebra-se este ano o 100.º aniversário do nascimento de Josephine Baker, cantora e bailarina que chocou a Europa nos anos 20 com os seus números de nu integral e as suas danças "selvagens", o que lhe valeria mais tarde a interdição de actuar em países sob o regime fascista, como a Itália e a Alemanha. Na Áustria, ainda antes da guerra, a sua actuação só foi permitida depois de uma renhida votação no parlamento...
A história de Baker está também ligada a Portugal, país onde se deslocou por várias vezes, quer para actuar, quer como agente infiltrada dos serviços secretos franceses durante a II Guerra Mundial, encarregue de estabelecer o contacto da resistência francesa com o General Charles de Gaulle e de transmitir informações sobre os movimentos dos exércitos alemães em França e das suas actividades nos portos e aviação, assim como de frequentar as recepções das embaixadas para obter informações sobre os planos do inimigo. Esta e outras missões semehantes valer-lhe-iam em 1961 a Legião de Honra de França.
Um dos projectos mais emblemáticos de Baker foi a criação de uma família multiracial de 10 crianças que adoptou um pouco por todo o mundo (tendo inclusivamente tentado tal desiderato em Portugal) e instalou no Castelo de Milandes, em França.
Este projecto seria, porém, afectado por uma ruinosa gestão financeira, obrigando-a a abandonar o seu idílio, não sem que Baker resistisse a entregá-lo aos credores, que se viram obrigados a retirá-la à força da cozinha onde se havia barricado.
Entretanto, para celebrar os 100 anos da diva, foi criada a Opération Josephine, uma associação que visa angariar fundos para erigir uma estátua de bronze da artista na vila de Milandes.
Já o Castelo de Milandes apresenta uma exposição da sua mais notável habitante.
de Josephine Baker
Celebra-se este ano o 100.º aniversário do nascimento de Josephine Baker, cantora e bailarina que chocou a Europa nos anos 20 com os seus números de nu integral e as suas danças "selvagens", o que lhe valeria mais tarde a interdição de actuar em países sob o regime fascista, como a Itália e a Alemanha. Na Áustria, ainda antes da guerra, a sua actuação só foi permitida depois de uma renhida votação no parlamento...
A história de Baker está também ligada a Portugal, país onde se deslocou por várias vezes, quer para actuar, quer como agente infiltrada dos serviços secretos franceses durante a II Guerra Mundial, encarregue de estabelecer o contacto da resistência francesa com o General Charles de Gaulle e de transmitir informações sobre os movimentos dos exércitos alemães em França e das suas actividades nos portos e aviação, assim como de frequentar as recepções das embaixadas para obter informações sobre os planos do inimigo. Esta e outras missões semehantes valer-lhe-iam em 1961 a Legião de Honra de França.
Um dos projectos mais emblemáticos de Baker foi a criação de uma família multiracial de 10 crianças que adoptou um pouco por todo o mundo (tendo inclusivamente tentado tal desiderato em Portugal) e instalou no Castelo de Milandes, em França.
Este projecto seria, porém, afectado por uma ruinosa gestão financeira, obrigando-a a abandonar o seu idílio, não sem que Baker resistisse a entregá-lo aos credores, que se viram obrigados a retirá-la à força da cozinha onde se havia barricado.
Entretanto, para celebrar os 100 anos da diva, foi criada a Opération Josephine, uma associação que visa angariar fundos para erigir uma estátua de bronze da artista na vila de Milandes.
Já o Castelo de Milandes apresenta uma exposição da sua mais notável habitante.
Resta dizer que mesmo Miles Davis se rendeu aos encantos de Baker, tendo-a pintado desta forma:
Quem pretender saber mais sobre esta artista que ousou afrontar a segregação racial nos EUA e na Europa dominada pelos regimes fascistas pode agora visionar um DVD acabado de sair...
.. ou ler uma reedição de uma das suas primeira autobiografias, também recentemente publicada em França:
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