Potter que os pariu!
Há coisas que não consigo perceber nem aceitar por mais que tente.
Soube hoje pela televisão que uma livraria do Canadá colocou à venda alguns dias antes do lançamento oficial o mais recente livro de Harry Potter.
Sucede que a editora recorreu para os tribunais e viu satisfeita as suas pretensões com o juiz a lavrar uma sentença que obriga os 12 compradores a não só devolver a obra em causa, como também a ficarem proibidos de falar sobre a mesma e de a emprestar ou vender até à imediata devolução!! Em contrapartida, a obra ser-lhes-á devolvida no dia do lançamento com um autógrafo da autora.
Agora quem vai dizer às crianças que têm de parar de ler, que o livro tem de regressar à livraria e que não podem falar aos amigos sobre o que já leram?!
Isto é no mínimo ridículo e merecia um boicote massivo à venda desta trampa que é tratada como uma verdadeira preciosidade, quase um segredo de estado, praticamente uma patente super sigilosa.
Senhores do marketing, tende juízo!
Só nos faltava agora um dia ter de devolver um disco de jazz porque foi colocado à venda antes do tempo... Felizmente que no jazz ainda não há vedetismos nem tanto marketing. Aliás, por isso mesmo, gostei do lema da Marsalis Music que aqui coloquei noutro post. É que o marketing não vende obras... vende produtos, bem embaladinhos, é certo.
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