A verdade sobre os CDs ontem "oferecidos" no Jazz em Agosto
Como noticiámos há pouco, entrámos hoje em contacto com a organização do Jazz em Agosto com o intuito de esclarecer o episódio da pseudo oferta de CDs por parte da contrabaixista Joëlle Léandre.
A este propósito acabamos de receber um e-mail de Rui Neves, Director Artístico do Jazz em Agosto, o qual esclarece exactamente o que se passou e como a própria organização do Festival foi apanhada de surpresa e induzida em erro pela presença dos referidos CDs em palco.
Caro João,
Importa prestar um esclarecimento sobre esta aborrecida e inesperada situação que proporcionou tanto mal estar.
O JeA/Fundação Calouste Gulbenkian é alheio a esta confusão que se ficou devendo a uma iniciativa pessoal da música Joëlle Léandre que nunca nos informou sobre as suas intenções. Temos regras estabelecidas de procedimentos, para cujo cumprimento, são iniciados, com bastante tempo de antecedência, os contactos necessários com os músicos convidados.
Encontra-se estabelecido, por conseguinte e desde há muito, que os músicos não vendem os seus discos no palco pois, para tal, dispomos da funcionalidade de uma banca de discos nas entradas das salas onde os concertos acontecem e que é coordenada por Trem Azul Jazz Store. É com esta entidade que os músicos, que tragam discos para vender, se devem entender. É o que, atempadamente, aos músicos se comunica.
Neste caso, como é óbvio, ficamos surpreendidos com o procedimentos dos músicos do Quartet Noir que, quando abandonaram o palco, informaram, apenas, que as pessoas ‘tinham Cd’s em cima do palco à disposição’.
Para além do facto de a nossa organização desconhecer o que significava um pequeno monte de Cd’s à direita da boca do palco, desde o princípio do concerto, o que foi transmitido ao público indicava claramente que se tratava de uma oferta. Nunca nós tendo sido alertados, pelos próprios músicos, para esta situação que nos pareceu fazer parte de uma instalação cénica, este foi o nosso entendimento e o de muitas pessoas do público que, passado um breve momento de estupefacção, se ‘atiraram’ literalmente aos Cd’s à vista e foram embora, agradecidas.
É, neste breve período de tempo – que, penso ser o seu caso e não testemunhou o que, depois, aconteceu – que Joëlle Léandre se aproxima de um microfone e inicia uma zangada alocução, fazendo notar que os CD’s eram para ser vendidos e não dados. A surpresa foi geral, tendo mesmo algumas pessoas presentes que tinham beneficiado da aparente oferta, devolvido ou comprado os Cd’s que tinham em mão. Joëlle foi, entretanto, acalmada, tendo-lhe eu dito, pessoalmente, que o procedimento não estava correcto.
Estes, são os factos, sobre os quais se podem emitir juízos.
Lamento que tenha sido atingido colateralmente mas, terá, com certeza oportunidade de esclarecer os seus leitores, baseado nesta minha apreciação que pretende ser construtiva.
Cordialmente,
Rui Neves
Espero, pois, que em face das palavras de Rui Neves os leitores que ofenderam o carácter do autor deste Blog e de todos os elementos do público que caíram no mesmo engodo de Joëlle Léandre se disponham - tão celeremente como o fizeram relativamente aos vis e ultrajantes insultos que aqui deixaram sob a forma de comentário - a um sério e profundo exame de consciência. Este tipo de atitude - cujo propósito desconhecemos ou preferimos desconhecer... - não serve o Jazz, mas tão só o ódio de quem aqui deixou as suas bárbaras, maliciosas e injustas palavras.
Como noticiámos há pouco, entrámos hoje em contacto com a organização do Jazz em Agosto com o intuito de esclarecer o episódio da pseudo oferta de CDs por parte da contrabaixista Joëlle Léandre.
A este propósito acabamos de receber um e-mail de Rui Neves, Director Artístico do Jazz em Agosto, o qual esclarece exactamente o que se passou e como a própria organização do Festival foi apanhada de surpresa e induzida em erro pela presença dos referidos CDs em palco.
Caro João,
Importa prestar um esclarecimento sobre esta aborrecida e inesperada situação que proporcionou tanto mal estar.
O JeA/Fundação Calouste Gulbenkian é alheio a esta confusão que se ficou devendo a uma iniciativa pessoal da música Joëlle Léandre que nunca nos informou sobre as suas intenções. Temos regras estabelecidas de procedimentos, para cujo cumprimento, são iniciados, com bastante tempo de antecedência, os contactos necessários com os músicos convidados.
Encontra-se estabelecido, por conseguinte e desde há muito, que os músicos não vendem os seus discos no palco pois, para tal, dispomos da funcionalidade de uma banca de discos nas entradas das salas onde os concertos acontecem e que é coordenada por Trem Azul Jazz Store. É com esta entidade que os músicos, que tragam discos para vender, se devem entender. É o que, atempadamente, aos músicos se comunica.
Neste caso, como é óbvio, ficamos surpreendidos com o procedimentos dos músicos do Quartet Noir que, quando abandonaram o palco, informaram, apenas, que as pessoas ‘tinham Cd’s em cima do palco à disposição’.
Para além do facto de a nossa organização desconhecer o que significava um pequeno monte de Cd’s à direita da boca do palco, desde o princípio do concerto, o que foi transmitido ao público indicava claramente que se tratava de uma oferta. Nunca nós tendo sido alertados, pelos próprios músicos, para esta situação que nos pareceu fazer parte de uma instalação cénica, este foi o nosso entendimento e o de muitas pessoas do público que, passado um breve momento de estupefacção, se ‘atiraram’ literalmente aos Cd’s à vista e foram embora, agradecidas.
É, neste breve período de tempo – que, penso ser o seu caso e não testemunhou o que, depois, aconteceu – que Joëlle Léandre se aproxima de um microfone e inicia uma zangada alocução, fazendo notar que os CD’s eram para ser vendidos e não dados. A surpresa foi geral, tendo mesmo algumas pessoas presentes que tinham beneficiado da aparente oferta, devolvido ou comprado os Cd’s que tinham em mão. Joëlle foi, entretanto, acalmada, tendo-lhe eu dito, pessoalmente, que o procedimento não estava correcto.
Estes, são os factos, sobre os quais se podem emitir juízos.
Lamento que tenha sido atingido colateralmente mas, terá, com certeza oportunidade de esclarecer os seus leitores, baseado nesta minha apreciação que pretende ser construtiva.
Cordialmente,
Rui Neves
Espero, pois, que em face das palavras de Rui Neves os leitores que ofenderam o carácter do autor deste Blog e de todos os elementos do público que caíram no mesmo engodo de Joëlle Léandre se disponham - tão celeremente como o fizeram relativamente aos vis e ultrajantes insultos que aqui deixaram sob a forma de comentário - a um sério e profundo exame de consciência. Este tipo de atitude - cujo propósito desconhecemos ou preferimos desconhecer... - não serve o Jazz, mas tão só o ódio de quem aqui deixou as suas bárbaras, maliciosas e injustas palavras.
Quanto aos três CDs que ontem trouxemos do concerto entendemos que a sua autora, a contrabaixista Joëlle Léandre, deve ser penalizada pela situação equívoca que criou (um verdadeiro engodo que só envergonha a própria, já que tudo foi feito à revelia da organização e contrariando as normas do Festival), ficando naturalmente privada dos mesmos, pelo que colocámos dois cenários à organização do Jazz em Agosto quanto ao destino dos mesmos:
- Oferta à fonoteca/biblioteca da Gulbenkian.
- Oferta à Fonoteca Municipal.
Quanto a JNPDI!, em face do pronto e justo esclarecimento prestado por Rui Neves, continuaremos a colaborar com o Jazz em Agosto e a dar-lhe a divulgação que o seu historial e importância merecem. É nossa modesta opinião que a referida contrabaixista deveria, por seu turno, ser banida deste Festival, pois não só colocou a organização perante uma situação delicada, como acabou por envolver o público nela, criando um triste episódio que em 20 anos de assistência a concertos de Jazz nunca antes testemunhámos.
Em jeito de conclusão convidamos os leitores (referimo-nos exclusivamente aos que ontem e hoje aqui deixaram os seus "simpáticos" comentários) que viram na actuação do público um acto de "roubo por parte de uma matilha" (palavras deles) que envergonha o País a pensarem antes na adjectivação que se deve aplicar ao logro criado por Joëlle Léandre e à sua própria autora... E, já agora, aproveitem e adjectivem a sua própria atitude (a dos leitores em causa, claro)... pois ofender os outros é fácil, mas vermo-nos a nós próprios é mais difícil. Que as palavras que aqui deixaram sejam, pois, um espelho revelador da vossa condição e realidade presente e vos ajudem a ganhar consciência do muito que ainda têm de evoluir no caminho para se tornarem seres humanos justos, verdadeiros e em paz consigo e com os outros.
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