14 de fevereiro de 2006

Têm a palavra os Críticos de Jazz

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Manuel Jorge Veloso, Lugi Trussardi e Chet Baker.

Eles são o elo de ligação entre o público e os músicos, funcionando como verdadeiros agentes de divulgação cultural e artística. Mas, nas suas mãos e vozes reside também em grande parte o poder de projectar ou eclipsar um artista.

Referimo-nos aos críticos de jazz, um grupo restrito de pessoas que dedicam parte da sua vida a tornar conhecida a obra produzida por outras vidas.

Se para alguns mais não são do que frustrados aspirantes a músicos, para o grande público constituem um indispensável farol, um aviso à navegação nas terras do som da surpresa (para que não haja surpresas desagradáveis), ajudando a separar o trigo do joio, e para os músicos, são por vezes autênticos conselheiros, maximizando as potencialidades do seu talento.

Porém, entre artistas, obras, indústria discográfica, festivais e clubes, para onde obviamente apontam os holofotes da fama e da notoriedade, os críticos são muitas vezes negligenciados e apesar de terem acesso ao poder de informar pouco ou nada se sabe deles e da sua actividade.

JNPDI! decidiu investigar e por isso inicia esta semana um conjunto de entrevistas com os mais reputados críticos de jazz portugueses.

Começaremos com um crítico que já foi músico: Manuel Jorge Veloso.

Stay tuned!

3 Comments:

At terça fev. 14, 04:50:00 da tarde 2006, Anonymous Anónimo said...

Aplaudo a iniciativa. Tudo o que se puder conhecer, sobre o jazz, é benvindo.

Mas já que se toca no assunto aqui fica a minha opinião sobre o papel dos críticos, neste caso críticos de jazz.

Convém esclarecer que não sou músico (não sei nem nunca soube tocar qualquer instrumento), nem crítico de coisa alguma.

No que diz respeito ao jazz sou simplesmente um ouvinte muito interessado.

Pertenço ao grupo de pessoas que teoricamente beneficiariam com o trabalho dos críticos.

Mas a minha constatação é que quando os leio, ouço ou vejo, a sua mensagem é na grande maioria das situações bastante técnica, sendo dificil o seu entendimento. Isto é na generalidade. Não estou a referir ninguém em particular.

Concordo que os críticos deveriam ser o elo de ligação entre os músicos e o público em geral. Sobretudo quando utilizam meios de difusão que pretendem ser massificados.

Mas quando se tratam de publicações dirigidas ao grande público, não faz sentido o detalhe técnico das composições, por exemplo. Pois vejam, eu nem sei o que é uma escala musical. Muitos desse textos são mais indicados para outros músicos (profissionais ou amadores). Mas atenção, existe gente (imensa, senão a maioria) que gosta de música, compra música, mas objectivamente não sabe música (não sendo nenhum pecado, eu confesso-me que sou um deles).

Aceito a existência de textos mais técnicos em revistas especialmente dirigidas a músicos profissionais.

Seria mais importante (e acredito que existe muita gente que "sofre" do mesmo mal que eu) que os críticos ajudassem-nos a compreender a música duma forma pedagógica.

Isto não é uma crítica. Apenas um desabafo, já que se está a falar em crítica musical..

 
At quinta fev. 16, 07:13:00 da manhã 2006, Anonymous Anónimo said...

tks jnpdi! pela questão em causa.

quanto a respostas ,não as sei dar, desculpem.
deixem-me só adiantar que olho para a qualidade da critica (em portugal) como para a qualidade do ensino. uma vergonha!
espero estar enganado.

 
At quinta fev. 16, 09:20:00 da manhã 2006, Blogger JMS said...

Caro Rui Fernandes,

Concordo em parte com o que diz, embora não sinta tanto essa parte técnica que refere. Porém, isso pode ter a ver com o facto de ter formação musical. Creio que se devem usar os termos técnicos mas explicá-los. É essencial falar em glissandos e em riffs, etc. mas que se expliquem estes conceitos. Aqui em JNPDI! tento sempre fazer isso.

 

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