18 de julho de 2005

Jazz explicado às crianças

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Nos EUA (havia de ser cá, não?!) acaba de ser editado um livro sobre jazz que tem por público as crianças dos 4 aos 8 anos.

Hot Jazz Special foi escrito por Johnny Hannah e aborda a história do jazz, de Jelly Roll Morton a Duke Ellington, tendo a especial preocupação de evidenciar o seu impacto nas fundações e genese do rock.

Entre os jazzmen retratados contam-se, além dos já referidos, Django Reinhardt, Walter Page, Louis Armstrong, Benny Goodman, Gene Krupa, Billie Holiday e Charlie Parker.

JNPDI! tem um projecto semelhante em mente, mas sobre a história do jazz em Portugal. Mas para já a prioridade é o livro para adultos, que podemos agora retomar depois de terminada a edição do livro sobre Duarte Mendonça, o qual já está em produção gráfica.

Estas últimas duas semanas têm sido profícuas na obtenção de imagens, nomeadamente da passagem de Count Basie e Quincy Jones pelo Hot Clube, de Duke Ellington no Monumental, Oscar Peterson em Cascais e um concerto curioso pelo contrabaixista Chuck Israels (que acompanhou Bill Evans durante entre 1961 e 1966) no CUJ - Clube Universitário de Jazz, em data que ainda estamos a apurar.

Por outro lado, tivemos a oportunidade de reunir mais informação sobre os primeiros discos de jazz que chegaram a Portugal, sendo curioso que um deles seja de Duke Ellington, em 1928, embora o autor da recensão não se refira a Duke, mas tão só às suas composições, nomeadamente a Black And Tan Fantasy. Vale a pena citar aqui o que se escreveu então na imprensa sobre esta obra:

(...) marcha fúnebre onde os instrumentos, carpideiras, revelam um desgosto tão profundo e humano que os leva mesmo à desafinação, e fortemente caricaturisada pelos compassos finais da marcha fúnebre de Chopin.

Delicioso, não?

Imagine-se o impacto desta música na Lisboa rural dos anos 20...

Temos livro!

2 Comments:

At quarta jul. 20, 09:15:00 da tarde 2005, Blogger Ricardo António Alves said...

Muito interessante. Os arquivos da imprensa regional devem ter guardado ao longo dos anos algum material -- estou a pensar no «Jornal da Costa do Sol», de Cascais ou até de imprensa de concelhos próximos, como o «Jornal de Sintra» e o «Notícias da Amadora»; e talvez arriscasse um ou dois velhos fotógrafos com loja aberta, que, normalmente, colaboram com os jornais da sua terra. Quem sabe se não haverá algumas surpresas?

 
At quinta jul. 21, 03:42:00 da tarde 2005, Anonymous Anónimo said...

Ora viva,

Pois, espero que sim, embora neste momento ainda ande mais pelos jornais dos anos 20/40.

Quanto aos fotógrafos acho uma boa pista.

;)

 

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