Ella em Montreux, 1969
Este DVD de Ella Fitzgerald, gravado em Junho de 1969 ("Trés chaud", queixa-se ela ao público...), marca a sua estreia no Festival de Jazz de Montreux.
JNPDI! já teve oportunidade de o ver e ouvir várias vezes e recomenda-o vivamente, pesem embora alguns contras.
Positivamente é de realçar o facto de ser este um registo histórico, mas tal não justifica só por si os 19,00 euros que custa na FNAC.
O que o justifica é a qualidade das interpretações e se Ella Fitzgerald não está absolutamente no seu melhor, está a um nível ainda assim muito bom e tem no piano de Tommy Flanagan, no contrabaixo de Frank de la Rosa e na bateria de Ed Thigpen (ui, ui!)acompanhantes à altura.
Ella consegue imprimir um swing fantástico aos temas em uptempo, como é visível no "breathtaking" «That Old Black Magic", perante uma plateia de suiços que não estalam os dedos nem batem o pé... Frios...
E improvisa, muito, tanto que no início do concerto já vai avisando que vai cantar temas que nem eles (os músicos do trio) próprios conhecem/sabem... O mais supreendente ocorre precisamente num scat medley (é também este o título do tema, se é que é tema) em que Ella puxa a sua voz e imaginação praticamente ao limite.
Depois, bem, depois Ella está aqui muito à vontade e brincalhona, deixando escapar frases como "Play pretty for the people, Tom" (referindo-se a Tommy Flanagan no início de um solo).
O repertório é variado e contempla:
1. Give Me The Simple Life
2. This Girl's In Love With You
3. I Won't Dance
4. A Place For Lovers
5. That Old Black Magic
6. Useless Landscape
7. I Love You Madly
8. Trouble Is A Man
9. A Man And A Woman
10. Sunshine Of Your Love
11. Well Alright Okay You Win
12. Hey Jude
13. Scat Medley
14. A House Is Not A Home
Negativamente, apenas a registar uma realização algo titubeante e o facto de se tratar de um filme a preto e branco (se é que isto é negativo).
Agora, e porque estamos em tempo de crise, coloca-se uma questão ao amante de jazz: então e compro este ou este:
Boa questão!
São dois mundos diferentes.
Separam-nos 10 anos e uma orquestra que, por sinal, é a de Count Basie. Logo, este concerto é muito mais variado.
Eu diria que começava por este, mas não negligenciava o outro.
É que este é mesmo excepcionalmente bom!
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