JNPDI e Cascais homenageiam hoje Carlos Menezes
Músico celebrou ontem 89 anos
Carlos Menezes (anos 60). Fonte: Carlos Menezes
Músico celebrou ontem 89 anos
Carlos Menezes (anos 60). Fonte: Carlos Menezes
JNPDI e a Câmara Municipal de Cascais promovem hoje, no Centro Cultural de Cascais, pelas 21h30, um concerto de homenagem a Carlos Menezes, guitarrista madeirense decano dos músicos de jazz portugueses e que ontem celebrou 89 anos.
E como de guitarra se trata, a direcção artística do espectáculo foi confiada a Bruno Santos (também ele guitarrista e madeirense), que dirige um trio composto por Filipe Melo (piano) e Demian Cabaud (contrabaixo). A esta secção rítmica de luxo juntam-se os convidados especiais António José de Barros Veloso (piano), Maria Anadon e Maria Viana (voz), e, obviamente, o próprio Carlos Menezes. A entrada é livre e o tom é de festa.
Centro Cultural de Cascais. Fonte: JMS/JNPDI
Carlos Menezes
Há 89 anos, a 29 de Setembro de 1920, nascia na ilha da Madeira Carlos Menezes, o primeiro músico de jazz português reconhecido internacionalmente e o pioneiro na introdução da guitarra eléctrica em Portugal. A estreia deste instrumento – então amplificado de forma improvisada – ocorreu na boite Nina, em Lisboa, por volta de 1944.
Ao longo de uma carreira de mais de 70 anos, a guitarra de Menezes fez-se ouvir em vários países e cruzou-se com músicos como Don Byas, Max, Tony Amaral, Jorge Costa Pinto (com cuja orquestra, a primeira big-band criada em Portugal, gravou em 1963 para a RTP), Mário Simões e Shegundo Galarza (com o qual actuou nos Estados Unidos), estando registada em centenas de discos gravados na Emissora Nacional pelo sistema de sobreposição.
A sua ligação ao concelho de Cascais data do final dos anos 40, época em que começou a actuar no Casino Estoril. Foi, aliás, neste casino que foi descoberto, nos anos 50, por Steve Race, crítico de música da prestigiada revista Melody Maker, que o colocou no dicionário dos grandes guitarristas mundiais, tornando-o o primeiro jazzman português a internacionalizar-se como tal.
Para além de uma longa carreira na Emissora Nacional, como músico da orquestra ligeira, e de inúmeras gravações para a RTP, a sua exímia técnica na guitarra e a ligação ao Hot Clube de Portugal e a Luís Villas-Boas, asseguraram a participação em múltiplas jam-sessions na cave da Praça da Alegria.
Em jam-session no HCP, com Max (Junho 1954). Fonte: Augusto Mayer
O presente concerto insere-se no lançamento do livro Jazz em Cascais – Uma História de 80 Anos, recentemente editado pela Casa Sassetti com o patrocínio da Câmara Municipal de Cascais e o apoio do Casino Estoril, Hot Clube de Portugal e Jazz no País do Improviso.
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