Big Band do Hot Clube no Seixal com Mário Laginha e Maria João
Foto de Rosa Reis
JNPDI teve oportunidade de assistir no passado Sábado ao concerto da Big Band do Hot Clube de Portugal com Mário Laginha e Maria João, espectáculo realizado no Auditório Municipal do Seixal.
Este projecto, que tem andado em itinerância por vários pontos do país, nasceu de um convite do Hot Clube a Laginha e João para apresentarem conjuntamente um repertório composto por originais desta extraordinária dupla. O primeiro concerto teve lugar no cinema S. Jorge, em Março de 2008, quando o Hot Clube celebrou o seu 60.º aniversário com a estreia nacional deste espectáculo.
Entre os dois concertos (Seixal e S. Jorge) medeia cerca de um ano e portanto era grande a expectativa que tínhamos em relação à evolução do projecto, sendo certo que a rodagem de um espectáculo contribui normalmente para o aperfeiçoar e sublimar. E foi precisamente isso que sucedeu.
Antes, porém, de nos focarmos no que se viveu em palco, importa referir que a apresentação conjunta de Laginha e João com a Big Band do Hot Clube representa um momento importante na história do jazz em Portugal e embora já tenha ocorrido pontualmente em 1995, no Jazz em Agosto, só agora adquiriu de facto carácter regular, para o que contribuiu o apoio do Ministério da Cultura.
De facto, este casamento simboliza de certa forma a maturidade do jazz made in Portugal, uma música que parte da tradição do jazz, mas que é fortemente influenciada pelas raízes culturais da portugalidade. Referimo-nos a um jazz feito de temas compostos por Laginha, alguns dos quais com letra de Maria João. Ou seja, estamos perante uma música que tem o cunho pessoal e idiossincrático desta dupla e do seu contributo para o jazz mundial; uma música que não se limita à importação directa mais ou menos adaptada do jazz norte-americano tradicional. Este facto é por si só de extraordinária importância porque demonstra que em Portugal há capacidade para trazer algo próprio e original a este legado do Século XX que é o jazz.
Importa, todavia, referir que um concerto como este só é possível com a qualidade demonstrada graças a uma junção de factores que exigiu ela própria um período longo de maturação. Por um lado, um pianista e uma voz indiscutivelmente de classe mundial a todos os níveis. Por outro, uma orquestra que desde 1991 (quando foi fundada) se pautou sempre pela exigência e profissionalismo e um director musical (Pedro Moreira) que tem efectivamente assumido relevo nacional e internacional como músico, compositor e arranjador, o que logrou alcançar fruto do seu intenso estudo e dedicação (isto para desiludir quem acredita no sucesso overnight). Finalmente, a existência de um cancioneiro relevante de originais (de Laginha e João) que foi capaz de extravasar o Jazz e tornar-se em muitos casos popular, pelo que constitui uma referência e um elo de empatia com o grande público.
Foto de Rosa Reis
Este contexto explica por que razão analisar simplesmente o que se passou efectivamente no Seixal seria por si só redutor da importância deste momento de ouro do jazz português ou, se preferirem, da portugalização do jazz por uma via de qualidade e originalidade. Seria injusto, aliás, esquecer também o contributo de Zé Eduardo para a existência da orquestra e, de forma global, de todos os músicos que, quais trabalhadores especializados, ajudaram desde os anos 40 a erguer este admirável edifício do jazz em Portugal. O Seixal, foi, portanto, um ponto de chegada de uma "corrida" que se iniciou há seis décadas. E, desejavelmente, será para as novas gerações um novo ponto de partida que se quer aberto a novos contributos e ideias, ou, como dizem os arquitectos, novos materiais.
O que atrás expusemos demonstra bem por que insistimos tanto no facto de Portugal atravessar neste momento um período de ouro em termos de Jazz. De facto, nunca na história deste género musical entre nós conseguimos estar num ponto de síntese como estamos actualmente. O ponto em que todo o trabalho de décadas sobe finalmente ao palco na sua expressão de maior originalidade, fusão cultural e quase transformação alquimíca. O público e os media não têm sido indiferentes a este "ouro" alquímico que, diga-se em abono da verdade, é servido por vários outros músicos que não apenas os que no passado Sábado actuaram no Seixal.
Regressemos ao concerto em concreto para dizer que ali se viveram momentos de altíssimo nível musical e para lamentar que as televisões nacionais se mantenham arredadas da gravação de espectáculos ao vivo, pois arriscamo-nos a perder uma importante memória audiovidual do auge do jazz português e, sobretudo, da música portuguesa ou feita em Portugal.
O concerto em si deve ser analisado por diferentes perspectivas: a do compositor (Mário Laginha e Maria João), a da orquestra e direcção musical (Big Band do Hot Clube e Pedro Moreira) e a dos intérpretes, nomeadamente Mário Laginha e Maria João.
Sobre o compositor Laginha, que tem escrito para orquestras nacionais e estrangeiras, é notório no espectáculo que conseguiu realmente passar para o ensemble o espírito próprio que anima a sua música. A sua respiração como compositor é a respiração que a orquestra transparece. Dos temas que mais nos fascinaram, pela forma como o compositor e arranjador conseguiu explorar os recursos da big band e da voz de João, destaque, por exemplo, para "Horn Please". Notável. Da letrista Maria João, falam as palavras que tem dado a conhecer pela sua própria voz nos muitos CD's gravados. São palavras simples, quase naif por vezes, ou pontualmente nuas e cruas, tal como a própria realidade. Esta é uma vertente talvez pouco valorizada na sua carreira, mas de que o CD Chocolate é um claro devedor já que algumas das suas letras são realmente muito bem conseguidas na junção com a linha melódica e harmónica de Laginha.
Foto de Rosa Reis
Sobre a orquestra, é sempre um enorme prazer - para quem como nós a acompanhou praticamente desde o início - testemunhar a sua progressão ao longo dos anos e a sonoridade e profissionalismo que conseguiu atingir. Grande parte deste sucesso está na direcção musical de Pedro Moreira, que tem feito um importantíssimo trabalho neste campo, claramente nos músicos, mas também na pessoa do presidente do Hot Clube, Eng.º Bernardo Moreira, que desde sempre acarinhou e "levou ao colo" este projecto.
Finalmente, e sem qualquer espécie de hierarquia, falemos de Mário Laginha e Maria João como intérpretes. Laginha foi desde a fase de estudante um verdadeiro fenómeno no piano e desde então não tem cessado de se afirmar como um dos pianistas de referência em Portugal e na Europa. Inicialmente criticado por seguir a sua voz interior, muitas vezes distante do que se convencionou chamar de jazz mainstream, fez o mais difícil e também o mais importante ao criar uma música que se relaciona inconfundivelmente não só com a sua personalidade, mas também com a nossa cultura. O tempo mostrou claramente que a sua via estava certa.
Foto de Rosa Reis
O mesmo se pode dizer, sem tirar nem pôr, de Maria João. Quando no início da sua carreira, há 25 anos, o mais fácil teria sido cantar os standards, João prorrogou a gratificação e o reconhecimento público imediatos em benefício da fidelidade à sua voz e estilo. Pois bem, está a recebê-los desde há alguns anos em triplo ou quadruplicado e, mais do que isso, a deixar um estilo e uma música que é já a referência para grande parte da nova geração de cantoras portuguesas. Mais uma vez, também a sua via estava certa.
Foto de Rosa Reis
Parece-nos actualmente claro que o jazz só beneficiou com o trabalho desta dupla que veio sem dúvida prestigiá-lo entre nós e colocá-lo por direito próprio nas melhores salas de concertos. Mais uma vez não estamos a olvidar os demais músicos, pois o edifício do jazz é colectivo, mas se há um jazz intrinsecamente português (leia-se que se fundiu com a cultura nacional) o de Laginha e João é sem dúvida um excelente exemplo e talvez o mais emblemático e o que mais extravasou as nossas fronteiras.
O jazz, diga-se, nem sempre foi justo para esta dupla. Ou, melhor dizendo, alguma opinião publicada sobre o jazz em Portugal, que criticou não raras vezes o seu caminho para além da praça do tradicional cancioneiro norte-americano, que nunca renegaram, mas que nunca deixaram também que os sufocasse ou diminuísse criativamente. Porém, no Seixal deu-se mais uma vez o encontro de dois mundos: o da Big Band do Hot Clube de Portugal (que personifica a tradição das big bands, mas também a capacidade de se adaptar aos tempos modernos) e o de Laginha e João (que personificam os filhos pródigos do jazz que foram em demanda da sua originalidade). O mais interessante é que ambos são hoje em dia nomes grandes no jazz português (e não só) apesar de terem seguido percursos distintos. E, apesar do apesar, são capazes de dialogar em benefício da música e do seu público.
O mais digno de nota é que a fusão destes dois mundos (que são na verdade um só) dá-se de forma complementar, sem que ambos tenham de abdicar das suas personalidades musicais ou venham perder tempo e energia a debater qual das vias é a melhor. Esta é a magia da música e dos seus grandes intérpretes e compositores. O público, esse, aplaudiu de pé, pois tenha ou não consciência deste lado sociológico, o resultado final foi de indiscutível qualidade e valor artístico.
Muito particularmente, é de salientar a notável interpretação de "Beatriz" (só piano e voz) e a originalidade e criatividade de Maria João em "They can't take that away from me". São apenas dois exemplos mais dos muitos momentos que nos agradaram realmente e que fazem com que recomendemos vivamente aos leitores que não percam outras edições deste concerto.
Agora importa pensar num disco pois o projecto está "au point" para o efeito e seria uma pena que vivesse apenas nos ecos da memória de quem a ele pôde assistir.
Todas as fotos deste post são da autoria de Rosa Reis e foram tiradas no concerto do Seixal. À sua autora, endereçamos os nossos mais sinceros agradecimentos pela cedência das mesmas.
Foto de Rosa Reis
JNPDI teve oportunidade de assistir no passado Sábado ao concerto da Big Band do Hot Clube de Portugal com Mário Laginha e Maria João, espectáculo realizado no Auditório Municipal do Seixal.
Este projecto, que tem andado em itinerância por vários pontos do país, nasceu de um convite do Hot Clube a Laginha e João para apresentarem conjuntamente um repertório composto por originais desta extraordinária dupla. O primeiro concerto teve lugar no cinema S. Jorge, em Março de 2008, quando o Hot Clube celebrou o seu 60.º aniversário com a estreia nacional deste espectáculo.
Entre os dois concertos (Seixal e S. Jorge) medeia cerca de um ano e portanto era grande a expectativa que tínhamos em relação à evolução do projecto, sendo certo que a rodagem de um espectáculo contribui normalmente para o aperfeiçoar e sublimar. E foi precisamente isso que sucedeu.
Antes, porém, de nos focarmos no que se viveu em palco, importa referir que a apresentação conjunta de Laginha e João com a Big Band do Hot Clube representa um momento importante na história do jazz em Portugal e embora já tenha ocorrido pontualmente em 1995, no Jazz em Agosto, só agora adquiriu de facto carácter regular, para o que contribuiu o apoio do Ministério da Cultura.
De facto, este casamento simboliza de certa forma a maturidade do jazz made in Portugal, uma música que parte da tradição do jazz, mas que é fortemente influenciada pelas raízes culturais da portugalidade. Referimo-nos a um jazz feito de temas compostos por Laginha, alguns dos quais com letra de Maria João. Ou seja, estamos perante uma música que tem o cunho pessoal e idiossincrático desta dupla e do seu contributo para o jazz mundial; uma música que não se limita à importação directa mais ou menos adaptada do jazz norte-americano tradicional. Este facto é por si só de extraordinária importância porque demonstra que em Portugal há capacidade para trazer algo próprio e original a este legado do Século XX que é o jazz.
Importa, todavia, referir que um concerto como este só é possível com a qualidade demonstrada graças a uma junção de factores que exigiu ela própria um período longo de maturação. Por um lado, um pianista e uma voz indiscutivelmente de classe mundial a todos os níveis. Por outro, uma orquestra que desde 1991 (quando foi fundada) se pautou sempre pela exigência e profissionalismo e um director musical (Pedro Moreira) que tem efectivamente assumido relevo nacional e internacional como músico, compositor e arranjador, o que logrou alcançar fruto do seu intenso estudo e dedicação (isto para desiludir quem acredita no sucesso overnight). Finalmente, a existência de um cancioneiro relevante de originais (de Laginha e João) que foi capaz de extravasar o Jazz e tornar-se em muitos casos popular, pelo que constitui uma referência e um elo de empatia com o grande público.
Foto de Rosa Reis
Este contexto explica por que razão analisar simplesmente o que se passou efectivamente no Seixal seria por si só redutor da importância deste momento de ouro do jazz português ou, se preferirem, da portugalização do jazz por uma via de qualidade e originalidade. Seria injusto, aliás, esquecer também o contributo de Zé Eduardo para a existência da orquestra e, de forma global, de todos os músicos que, quais trabalhadores especializados, ajudaram desde os anos 40 a erguer este admirável edifício do jazz em Portugal. O Seixal, foi, portanto, um ponto de chegada de uma "corrida" que se iniciou há seis décadas. E, desejavelmente, será para as novas gerações um novo ponto de partida que se quer aberto a novos contributos e ideias, ou, como dizem os arquitectos, novos materiais.
O que atrás expusemos demonstra bem por que insistimos tanto no facto de Portugal atravessar neste momento um período de ouro em termos de Jazz. De facto, nunca na história deste género musical entre nós conseguimos estar num ponto de síntese como estamos actualmente. O ponto em que todo o trabalho de décadas sobe finalmente ao palco na sua expressão de maior originalidade, fusão cultural e quase transformação alquimíca. O público e os media não têm sido indiferentes a este "ouro" alquímico que, diga-se em abono da verdade, é servido por vários outros músicos que não apenas os que no passado Sábado actuaram no Seixal.
Regressemos ao concerto em concreto para dizer que ali se viveram momentos de altíssimo nível musical e para lamentar que as televisões nacionais se mantenham arredadas da gravação de espectáculos ao vivo, pois arriscamo-nos a perder uma importante memória audiovidual do auge do jazz português e, sobretudo, da música portuguesa ou feita em Portugal.
O concerto em si deve ser analisado por diferentes perspectivas: a do compositor (Mário Laginha e Maria João), a da orquestra e direcção musical (Big Band do Hot Clube e Pedro Moreira) e a dos intérpretes, nomeadamente Mário Laginha e Maria João.
Sobre o compositor Laginha, que tem escrito para orquestras nacionais e estrangeiras, é notório no espectáculo que conseguiu realmente passar para o ensemble o espírito próprio que anima a sua música. A sua respiração como compositor é a respiração que a orquestra transparece. Dos temas que mais nos fascinaram, pela forma como o compositor e arranjador conseguiu explorar os recursos da big band e da voz de João, destaque, por exemplo, para "Horn Please". Notável. Da letrista Maria João, falam as palavras que tem dado a conhecer pela sua própria voz nos muitos CD's gravados. São palavras simples, quase naif por vezes, ou pontualmente nuas e cruas, tal como a própria realidade. Esta é uma vertente talvez pouco valorizada na sua carreira, mas de que o CD Chocolate é um claro devedor já que algumas das suas letras são realmente muito bem conseguidas na junção com a linha melódica e harmónica de Laginha.
Foto de Rosa Reis
Sobre a orquestra, é sempre um enorme prazer - para quem como nós a acompanhou praticamente desde o início - testemunhar a sua progressão ao longo dos anos e a sonoridade e profissionalismo que conseguiu atingir. Grande parte deste sucesso está na direcção musical de Pedro Moreira, que tem feito um importantíssimo trabalho neste campo, claramente nos músicos, mas também na pessoa do presidente do Hot Clube, Eng.º Bernardo Moreira, que desde sempre acarinhou e "levou ao colo" este projecto.
Finalmente, e sem qualquer espécie de hierarquia, falemos de Mário Laginha e Maria João como intérpretes. Laginha foi desde a fase de estudante um verdadeiro fenómeno no piano e desde então não tem cessado de se afirmar como um dos pianistas de referência em Portugal e na Europa. Inicialmente criticado por seguir a sua voz interior, muitas vezes distante do que se convencionou chamar de jazz mainstream, fez o mais difícil e também o mais importante ao criar uma música que se relaciona inconfundivelmente não só com a sua personalidade, mas também com a nossa cultura. O tempo mostrou claramente que a sua via estava certa.
Foto de Rosa Reis
O mesmo se pode dizer, sem tirar nem pôr, de Maria João. Quando no início da sua carreira, há 25 anos, o mais fácil teria sido cantar os standards, João prorrogou a gratificação e o reconhecimento público imediatos em benefício da fidelidade à sua voz e estilo. Pois bem, está a recebê-los desde há alguns anos em triplo ou quadruplicado e, mais do que isso, a deixar um estilo e uma música que é já a referência para grande parte da nova geração de cantoras portuguesas. Mais uma vez, também a sua via estava certa.
Foto de Rosa Reis
Parece-nos actualmente claro que o jazz só beneficiou com o trabalho desta dupla que veio sem dúvida prestigiá-lo entre nós e colocá-lo por direito próprio nas melhores salas de concertos. Mais uma vez não estamos a olvidar os demais músicos, pois o edifício do jazz é colectivo, mas se há um jazz intrinsecamente português (leia-se que se fundiu com a cultura nacional) o de Laginha e João é sem dúvida um excelente exemplo e talvez o mais emblemático e o que mais extravasou as nossas fronteiras.
O jazz, diga-se, nem sempre foi justo para esta dupla. Ou, melhor dizendo, alguma opinião publicada sobre o jazz em Portugal, que criticou não raras vezes o seu caminho para além da praça do tradicional cancioneiro norte-americano, que nunca renegaram, mas que nunca deixaram também que os sufocasse ou diminuísse criativamente. Porém, no Seixal deu-se mais uma vez o encontro de dois mundos: o da Big Band do Hot Clube de Portugal (que personifica a tradição das big bands, mas também a capacidade de se adaptar aos tempos modernos) e o de Laginha e João (que personificam os filhos pródigos do jazz que foram em demanda da sua originalidade). O mais interessante é que ambos são hoje em dia nomes grandes no jazz português (e não só) apesar de terem seguido percursos distintos. E, apesar do apesar, são capazes de dialogar em benefício da música e do seu público.
O mais digno de nota é que a fusão destes dois mundos (que são na verdade um só) dá-se de forma complementar, sem que ambos tenham de abdicar das suas personalidades musicais ou venham perder tempo e energia a debater qual das vias é a melhor. Esta é a magia da música e dos seus grandes intérpretes e compositores. O público, esse, aplaudiu de pé, pois tenha ou não consciência deste lado sociológico, o resultado final foi de indiscutível qualidade e valor artístico.
Muito particularmente, é de salientar a notável interpretação de "Beatriz" (só piano e voz) e a originalidade e criatividade de Maria João em "They can't take that away from me". São apenas dois exemplos mais dos muitos momentos que nos agradaram realmente e que fazem com que recomendemos vivamente aos leitores que não percam outras edições deste concerto.
Agora importa pensar num disco pois o projecto está "au point" para o efeito e seria uma pena que vivesse apenas nos ecos da memória de quem a ele pôde assistir.
Todas as fotos deste post são da autoria de Rosa Reis e foram tiradas no concerto do Seixal. À sua autora, endereçamos os nossos mais sinceros agradecimentos pela cedência das mesmas.
2 Comments:
Pois não pude ir ao Seixal mas dou como verdadeiro o resultado, que só podia ser esse. Quanto a tudo o que é dito sobre a dupla Mário/Maria, subscrevo na totalidade.
Muito obrigado pelo seu comentário. Considero uma enorme honra podermos assistir a este momento de síntese do jazz made in Portugal.
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