19 de janeiro de 2007

Brad Mehldau em Portugal

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Na próxima semana, o piano de Brad Mehldau volta a ser o centro das atenções no grande auditório do Centro Cultural de Belém (24) e em dois outros grandes palcos: o recém restaurado e inaugurado Theatro Circo, em Braga (23), e o Cine-Teatro de Alcobaça (25).

Depois de no Verão de 2004 ter conquistado o auditório da Aula Magna, o pianista norte-americano voltou a Portugal em formato trio, com Larry Grenardier e Jeff Ballard, e regressa agora para três espectáculos a solo. Mehldau tem de resto afinidade com a Península Ibérica, pois foi precisamente em Espanha que foi descoberto pelo saxofonista Jesse Davis, quando tocava em Barcelona, cidade a que, aliás, tem voltado ciclicamente.

Também Portugal foi um dos países que primeiro o recebeu e lhe concedeu honras de grande pianista, com direito a intensa visibilidade mediática, quando se apresentou no Seixal Jazz em 1997, dois anos depois do lançamento do seu primeiro disco. Em 1999 voltaria novamente, desta feita para um concerto ao ar livre no Anfiteatro na Doca, no Parque das Nações.

O ano de 2006 foi bastante produtivo para Brad Mehldau. Três projectos diferentes tomaram forma de disco: Love Sublime, com a contribuição vocal da soprano Renée Fleming; House on Hill, com o seu trio; e Metheny Mehldau, a meias com o guitarrista Pat Metheny.

Com formação clássica, mas desde cedo apaixonado pelo jazz, Brad Mehldau é considerado actualmente um dos mais geniais pianistas de jazz do mundo. Influências tão variadas como Beethoven, Bill Evans, Schumann e Keith Jarrett fizeram com que Mehldau não criasse barreiras musicais. Exemplos da sua versatilidade são as participações em várias bandas sonoras e a revisão pessoal de temas de Radiohead, Beatles, Paul Simon e Nick Drake.

Elogiado pelas suas composições, a sua técnica e a sua enorme capacidade de improvisação, Brad Mehldau desloca-se a Portugal para apresentar o seu espectáculo a solo, depois de em 2006 ter esgotado o grande auditório do CCB em formato trio. O Brad Mehldau Trio formou-se em meados dos anos 90, editando o disco de estreia: Introducing Brad Mehldau, em 1995. É em formato trio que Mehldau melhor explora a sua paixão pelo jazz, facto de que são prova os álbuns intitulados Art of the Trio, já com diversos volumes, e o mais recente House on Hill.

Por não se rever apenas num estilo musical, é considerado um dos músicos mais arrojados e inovadores da actualidade. Participou nas bandas sonoras dos filmes Meia-noite do Jardim do Bem e do Mal, de Clint Eastwood, De Olhos Bem Fechados, de Stanley Kubrick e Million Dollar Hotel ? O Hotel de Wim Wenders. A sua admiração por áreas mais populares da música levou-o a reinterpretar temas dos britânicos Radiohead ? "Paranoid Android" e "Exit Music (For a Film)" ? e Beatles ? "Blackbird".

[Post baseado em informação da produção: Incubadora d'Artes]

3 Comments:

At quarta jan. 24, 05:43:00 da tarde 2007, Anonymous Anónimo said...

Estive ontem no concerto de Brad Mehldau, em Braga (óptimo teatro, o Circo, que sorte para a cidade).

Brad está cada vez mais imerso no seu universo. Não sei se é bom...
A sua música é cada vez mais obstinada.
Não deixa de ser grande jazz, mas parece que vai numa direcção de onde será difícil sair.
Sente-me maior homogeneidade na interpretação, no estilo, nos freaseados.

Prefiro por isso a sua prestação em Trio, onde a interacção com os outros músicos o leva a construir música bem mais imprevisível em concertos ao vivo.

Até à próxima Brad!

 
At sexta jan. 26, 09:26:00 da manhã 2007, Anonymous Anónimo said...

Hello
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Bye

 
At sexta jan. 26, 11:29:00 da tarde 2007, Blogger Suga_Mentes said...

Tive a oportunidade de ouvir o trio de brad mehldau na Casa da Musica e sinceramente fiquei desiludido , espero que não sintan o mesmo

 

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