We dig Cab!
[Fonte: www.downbeat.com]
Cab Calloway foi dos mais carismáticos e bem humorados cantores de jazz.
Conhecido como o "Hi-De-Ho Man", justamente por causa deste tema que estamos a ouvir, "Minnie The Moocher", atingiu a fama nos anos 30 quando começou a actuar no célebre Cotton Club, de Nova Iorque.
O seu estilo era único, muito pelas expressões linguísticas que utilizava, indo beber ao jive (um género de calão).
Faleceu em 1994, não sem antes ter actuado em Lisboa, no Coliseu dos Recreios, onde tivemos oportunidade de o ver e ouvir.
Cab Caloway era sobretudo um grande entertainer, como infelizmente já há poucos no jazz, para não dizer nenhum. De facto, a veia popular do jazz que ele representava cedeu ao longo dos anos o seu lugar a um jazz engravatado e quase elitista.
6 Comments:
A uma parte do jazz contemporâneo falta-lhe sobretudo o sentido da festa e o jazz nasceu e cresceu como música festiva.
Isso das "elites" é outra conversa, a maior parte das vezes equivocada. Digo eu...
Um abraço!
Ora nem mais, caro Gustavo.
Mas as coisas estão a mudar pois alguns dos que subtraíram ao jazz esse lado festivo e popular estão agora a reformular as suas ideias...
É o caso, por exemplo, de Wynton Marsalis, que tem vindo a referir-se à necessidade de o jazz recuperar a sua aura de música popular.
Abraço
Bons dias
Foi esse sentido de festa que adorei no concerto do John Pizzarelli a que assisti em NY. Para mais tive a sorte de lá estar o pai, Bucky, que também tocou, a mulher, Jessica cantou, a assistir estava uma filha do Benny Goodmann que os Pizzarelli apresentaram ao público, uma festa.
Esse sentido de festa transparece no CD duplo Live at Birdland que o João já referiu e que dá, digo eu, uma excelente prenda de Natal.
O sentido de festa/espectáculo está também presente no DVD Live in New York do Harry Connick Jr, com a sua Big Band: mas com músicos de New Orleans, nem podia ser outra coisa senão uma festa: excelentes solistas, by the way...
Desculpe esta mensagem tão grande.
o povo quer é pagode....
Ora viva Mateus,
São muito bem-vindas as mensagens, curtas ou longas. Achei muito interessante essa sua referência ao concerto a que assistiu em NYC. Em que local foi e quando?
Bons dias, João. Já nem sei quando foi esse concerto, mas tinha sido editado o cd do JP com George Shearing: foi um mero acaso, eu estava em NYC na sequência de uma viagem de trabalho, era Sábado, estava a ler uma daquelas revistas "Time Out" e vi que o John Pizzarelli ia tocar no Feinstein's at the Regency, que é o Bar do Hotel Regency. Telefonei, marquei um lugar e lá fui: foi caro mas é uma sala pequena num Hotel de luxo. Valeu a pena, no entanto. Esqueci a data, esqueci o que paguei, mas lembro-me bem do concerto. Como já referi, a a família Pizzarelli estava presente em força, a mãe assistia na mesa ao lado da minha com a filha de Benny Goodmann. Só conhecia na altura o John Pizzarelli dum concerto que tinha visto no Mezzo, mas fiquei realmente impressionado com a voz suave, os solos naquela guitarra de sete cordas, o pianista Ray Kennedy, o irmão Martin que pelos vistos nunca faz solos, e o pai Bucky. E a simpatia, as histórias e as piadas, tudo se combinou para um grande show.
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