Valeu, Laura!
«Jazz no País do Improviso!» viu, ouviu e gostou de Laura Fygi ao vivo no Casino da Póvoa de Varzim.
Confirma-se que a cantora, além de ter uma excelente voz é ainda uma «natural born entertainer», "criada" para pisar os palcos e espalhar alegria e boa disposição.
Com um concerto estruturado e pensado ao pormenor, Fygi sabe interagir com o público e escolher acertadamente o repertório, cantando correctamente em português, inglês, francês e castelhano.
De facto, só não ficámos mais impressionados porque este concerto foi decalcado do gravado em DVD no North Sea Jazz Festival.
É evidente que este é um espectáculo muito ensaiado e com pouca margem para a improvisação ou para o jazz puro e duro. Smooth jazz? Sim, talvez, mas ouve-se tão bem... e ela é tão charmosa...
Porém quem pense que Laura é apenas presença e beleza deveria ouvi-la ao vivo a cantar acompanhada apenas pelo piano ou pela guitarra e perceber que ali mora uma enorme capacidade de entrega da alma aos standards e uma voz e sensibilidade capaz de extrair deles uma interpretação genuína e sentida.
Gostámos particularmente dos temas "That old feeling", "Don't make my brown eyes blue", "Guess who I saw today", "For me formidable", "Les feuilles mortes", "Diamond's are a girls's best friend" e "Rhythm is our business".
Valeu, Laura, ficámos fans!
Já agora, uma palavra para a organização do concerto e para a simpatia com que fomos recebidos pelo Casino da Póvoa de Varzim.
Ah, e se puderem não deixem de visitar a Póvoa. Vale a pena e é exemplar em termos de conservação do património e de arranjo paisagístico. Ficámos fascinados com os modernos candeeiros do Passeio Alegre e com a intervenção arquitectónica na marginal. Ao que apurámos, foi tudo feito pelos arquitectos da câmara municipal. Quem disse que santos da casa não fazem milagres?
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