Barbara Hendricks
«Jazz no País do Improviso!» foi assistir ao concerto de encerramento do Cool Jazz Fest, protagonizado por Barbara Hendricks e o quarteto de Magnus Lindgren.
Houve uma parte de nós que gostou do que viu e ouviu e houve uma parte que não gostou.
Passamos a explicar...
Hendricks não é nem pretende ser uma cantora de jazz. embora seja uma grande cantora, com uma grande voz. Sucede que se apresentou com um quarteto de jazz o que significa que raramente produziu swing ou foi capaz de aproveitar a base rítmica para projectar a música.
Ora foi justamente disto que não gostámos.
Mas gostámos, e muito, de Barbara Hendricks quando ela se libertou do quarteto e passou a dueto com o piano. Aí sim, a sua voz ganha a máxima expressão porque é para isso que ela está talhada. Foi neste contexto e especialmente com o repertório de Ellington (muito particularmente «Mood Indigo» e «Sophisticated Lady») e Gershwin («My Funny Valentine») que Hendricks brilhou e encantou.
No caso de Barbara Hendricks e atendendo ao seu registo vocal caracterizado pelos agudos, a escolha do repertório é muito importante e houve temas que claramente não se adaptaram.
Tirando isto, presenciámos uma lição de canto, embora não de canto jazz. E gostámos também de Magnus Lindgren.
Já agora uma nota para o Sr. Comandante responsável pela Cidadela de Cascais, onde decorreu o concerto: mande lá cortar as ervas que polvilham os caminhos e passeios. Assim, não só os soldados se entretêm com alguma coisa útil como se evita o ar desmazelado que não costuma caracterizar os quartéis.
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