Josephine Baker no Bairro Alto
Por esta é que eu não esperava... Então não é que nos anos 30 Josephine Baker passou em Lisboa a caminho da América do Sul e aproveitou para se passear pela Baixa e pelo Bairro Alto.
A imprensa retratou-a como a estrela «mais excêntrica e porventura mais famosa do nosso tempo», protagonista de «danças infernais e selváticas» e verdadeira personificação do 'jazz-band' musical e coreográfico». Ou, então, a «preta de alma branca»...
Encantados com a sua passagem por Lisboa, alguns jornalistas seguiram o seu percurso pelo Terreiro do Paço, Parque Eduardo VII, Rua Garrett, o qual veio a terminar num restaurante do Bairro Alto. Depois de uma refeição regada com vinhos Colares e uma garrafa de Porto e após um viva a Portugal, escrevia um jornalista que Baker cantou «não com a estridência do jazz, mas à meia-voz tanguista - para não dar escândalo na pacífica travessa do Bairro Alto...»
Estes dados e as fotografias foram publicados pela imprensa da época e já estão a caminho do meu livro sobre a história do jazz em Portugal.
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