Festa do Jazz de hoje até Domingo
A Festa do Jazz está de regresso ao S. Luiz, em Lisboa, onde decorre, na sua oitava edição, até ao próximo Domingo, apresentando mais um notável programa do que de melhor se faz no jazz em Portugal.
Tem a palavra Carlos Martins, director artístico deste evento tão importante e que JNPDI tem acompanhado ao longo dos anos:
"É simplesmente impossível desistir. A energia positiva que se desprende de todos e de cada um é a Festa do Jazz do São Luiz. Para chegar a esta simplicidade foi necessário talento, trabalho, paixão e uma visão. Foi necessário criar comunidade e confiança, focagem e abertura. Algo difícil entre nós, portugueses. Mas que os músicos de jazz e a organização da Festa conseguiram fazer em conjunto. É bom reter esta memória do trabalho colectivo. É impressionante como nos podemos surpreender após oito anos.
Gostaria de realçar três pontos nesta oitava edição:
Decidimos dedicar um dia, o primeiro, ao Hot Club de Portugal. Depois da catástrofe que foi o encerramento da histórica cave que deixou muitos músicos de jazz sem a sua ‘casa’, sentimos que a partilha da perda entre músicos, artistas, redes sociais, imprensa, etc., revelou, nesta irónica mutilação, o reconhecimento da sua sublime importância. O que durante mais de 60 anos se passou, nas linhas e entrelinhas das variadas vivências daquele espaço, a influência que teve na vida artística e cultural de Lisboa e do país e a generosidade e altruísmo que emanaram do fundador, Luiz Villas-Boas, são razões mais do que suficientes para esta homenagem a O Hot na Festa. Esta ‘energia positiva’ levou à criação de um espectáculo único com participações de várias áreas artísticas.
O critério que presidiu à escolha dos músicos e grupos convidados em 2010 para os principais concertos da Festa tem a ver com a produção de novos discos, recentemente editados ou a editar em breve, com a ajuda da Festa do Jazz (alguns destes trabalhos integram músicos internacionais de grande qualidade, algo que incentivamos para que no próximo ano nos dediquemos à internacionalização do jazz português). Acreditamos que podemos assim realçar a importância da preservação da memória fonográfica de um dos melhores períodos da história do jazz português para o qual a Festa do Jazz tanto tem contribuído. As raras excepções, que resultam de novas propostas por nós apadrinhadas, sublinham a regra deste ano.
Continuamos a promover o único concurso entre escolas de jazz do país. O que começou por ser uma simples apresentação do trabalho realizado por alunos e professores nas escolas de jazz nacionais, transformou-se numa saudável competição entre os combos mais avançados dessas escolas. A simplicidade da mostra mantém-se. O que melhorou exponencialmente e tornou mais complexa a tarefa do júri foi a qualidade dos grupos e dos solistas. Os prémios ou menções honrosas, que têm um valor simbólico e não monetário, são altamente estimulantes no início de carreira. Para alguns há um antes e um depois do qual, esperamos, “é impossível simplesmente desistir”.
A Festa do Jazz está de regresso ao S. Luiz, em Lisboa, onde decorre, na sua oitava edição, até ao próximo Domingo, apresentando mais um notável programa do que de melhor se faz no jazz em Portugal.
Tem a palavra Carlos Martins, director artístico deste evento tão importante e que JNPDI tem acompanhado ao longo dos anos:
"É simplesmente impossível desistir. A energia positiva que se desprende de todos e de cada um é a Festa do Jazz do São Luiz. Para chegar a esta simplicidade foi necessário talento, trabalho, paixão e uma visão. Foi necessário criar comunidade e confiança, focagem e abertura. Algo difícil entre nós, portugueses. Mas que os músicos de jazz e a organização da Festa conseguiram fazer em conjunto. É bom reter esta memória do trabalho colectivo. É impressionante como nos podemos surpreender após oito anos.
Gostaria de realçar três pontos nesta oitava edição:
Decidimos dedicar um dia, o primeiro, ao Hot Club de Portugal. Depois da catástrofe que foi o encerramento da histórica cave que deixou muitos músicos de jazz sem a sua ‘casa’, sentimos que a partilha da perda entre músicos, artistas, redes sociais, imprensa, etc., revelou, nesta irónica mutilação, o reconhecimento da sua sublime importância. O que durante mais de 60 anos se passou, nas linhas e entrelinhas das variadas vivências daquele espaço, a influência que teve na vida artística e cultural de Lisboa e do país e a generosidade e altruísmo que emanaram do fundador, Luiz Villas-Boas, são razões mais do que suficientes para esta homenagem a O Hot na Festa. Esta ‘energia positiva’ levou à criação de um espectáculo único com participações de várias áreas artísticas.
O critério que presidiu à escolha dos músicos e grupos convidados em 2010 para os principais concertos da Festa tem a ver com a produção de novos discos, recentemente editados ou a editar em breve, com a ajuda da Festa do Jazz (alguns destes trabalhos integram músicos internacionais de grande qualidade, algo que incentivamos para que no próximo ano nos dediquemos à internacionalização do jazz português). Acreditamos que podemos assim realçar a importância da preservação da memória fonográfica de um dos melhores períodos da história do jazz português para o qual a Festa do Jazz tanto tem contribuído. As raras excepções, que resultam de novas propostas por nós apadrinhadas, sublinham a regra deste ano.
Continuamos a promover o único concurso entre escolas de jazz do país. O que começou por ser uma simples apresentação do trabalho realizado por alunos e professores nas escolas de jazz nacionais, transformou-se numa saudável competição entre os combos mais avançados dessas escolas. A simplicidade da mostra mantém-se. O que melhorou exponencialmente e tornou mais complexa a tarefa do júri foi a qualidade dos grupos e dos solistas. Os prémios ou menções honrosas, que têm um valor simbólico e não monetário, são altamente estimulantes no início de carreira. Para alguns há um antes e um depois do qual, esperamos, “é impossível simplesmente desistir”.
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