15 de fevereiro de 2009

Portalegre Jazz Fest arranca dia 20

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De 20 a 28 de Fevereiro, há Jazz em Portalgre em mais um Portalegre Jazz Fest.


Programa definitivo


Sex. 20 Fevereiro – Joana Machado - “A Casa do Óscar”

Grande Auditório
Inicio 21.30h
Preço único - 10 euros
Livre-trânsito para festival - 30 euros
M/4 anos

Joana Machado – voz
Afonso Pais – guitarra
Filipe Melo – piano
Bernardo Moreira - – contrabaixo
Bruno Pedroso – bateria

Joana Machado iniciou cedo a sua carreira, mudando-se para Lisboa aos 17 anos, onde frequentou durante um ano o curso de canto da Academia de Amadores de Música, e mais tarde a escola de Jazz do Hot Clube de Portugal. No ano de 1999, foi referida como "Nova Voz Revelação" no evento “Novíssimos do Jazz”, durante o Festival de Jazz de Coimbra.

Em 2001 candidatou-se ao programa de Jazz e Música Contemporânea da "New School University”, em Nova Iorque, e foi admitida com uma Bolsa de Estudos. Durante a frequência do curso representou inúmeras vezes a escola, inclusive num evento de "student showcasing" no famoso clube “Birdland”, onde foi a única vocalista, cantando ao lado de artistas de renome como Joe Lovano, Jesse Davis e Jane Ira Bloom. A revista “Downbeat” de Março de 2003 mencionou-a como "uma vocalista talentosa". Na sua estadia em Nova Iorque teve oportunidade de estudar com Buster Williams, Doug Weiss, Joanne Brackeen, Jeannie Lovetri, Luciana Souza, Reggie Workman, Sheila Jordan, Vic Juris, entre muitos outros. Actualmente, tem aulas de técnica vocal com a cantora lírica Lúcia Lemos.

Joana Machado gravou em Janeiro de 2008 o seu segundo disco, “A Casa do Óscar”, um tributo ao legado menos celebrizado do Mestre Tom Jobim. Com Direcção Musical e Arranjos de Afonso Pais, este disco em quinteto conta com a participação especial de Bernardo Sassetti e ainda de um quarteto de cordas.

www.joanamachado.com
www.myspace.com/joanamachado


Sex. 20 Fevereiro – Quarteto de Vasco Agostinho - in tempus

Café Concerto
Inicio 23.30h
Preço único - 3 euros
Livre-trânsito para festival - 30 euros
M/4 anos

Vasco Agostinho - Guitarra
Jeff Davis - Vibrafone
Demian Cabaud – Contrabaixo
Bruno Pedroso – Bateria

A música, sobretudo a improvisada, reflecte a essência do próprio músico que a interpreta, quer a solo, quer em grupo. E para isso contribuem factores por vezes tão subtis como aqueles que originam os próprios sonhos, que apesar de tantas vezes distantes da razão, são sempre o perfeito reflexo dum estado d’alma.

O novo trabalho de Vasco Agostinho reúne, sob a sua direcção, músicos que partilham com ele a convicção de que, mais do que as linguagens, as estéticas, as tradições ou as modas, a música vive na tradução do íntimo de cada interveniente, seja ele músico ou ouvinte.

Por isso que este projecto assenta muito especialmente na espontaneidade como método de criação artística, com a finalidade de enriquecer cada som com um novo elemento para a teia de sensações experimentadas pelos intervenientes, tornando o concerto numa experiência única e completa, usando para isso um repertório variado que inclui não só composições originais, como também temas do cancioneiro Português, e de outras linguagens raramente incluídas no universo do Jazz.

Este é sem dúvida, pelos músicos e pela música, um dos grupos de Jazz mais interessantes do panorama Português.

www.myspace.com/vascoagostinho

Sáb. 21 Fevereiro – Fredrik Nordström Quintet

Grande Auditório
Inicio 21.30h
Preço único - 10 euros
Livre-trânsito para festival - 30 euros
M/4 anos

Fredrik Nordström - saxophone
Magnus Broo - trumpet
Mattias Ståhl - vibraphone
Ole Morten Vågan - bass
Fredrik Rundqvist - drums

Inspirado no jazz americano da década de 1960, mas com uma perspectiva norte-europeia e de inquestionável modernidade, Fredrik Nordstrom impôs-se já como um dos mais interessantes saxofonistas da actualidade na variante tenor. O que é extensivo à sua actividade enquanto compositor, dada a riqueza de ideias a nível da harmonia e do ritmo que o seu quinteto vai colocando em prática.

Com o trombonista Mats Aleklint no lugar onde antes esteve o trompete de Magnus Broo e com Ole Morten Vågan a ocupar a posição do contrabaixo em vez de Ingebrigt Haker Flaten, mas mantendo nos seus postos Mattias Stahl no vibrafone e Fredrik Runqvist na bateria, o projecto renova-se mantendo os mesmos pressupostos de sempre: elasticidade de estilo e grande afirmação expositiva. Na linha dos tenores de som robusto, é no entanto na herança colemaniana (de Ornette, não Steve) que Nordstrom se situa, não obstante a sonoridade de conjunto nos remeter mais para a “Blue Note” e para os grupos de Bobby Hutcherson do que para os conceitos harmolódicos.

Por alturas da edição de “Live in Coimbra” (Clean Feed), gravado ao vivo em 2005 na Cidade Universitária, o Fredrik Nordstrom Quintet volta a Portugal e traz consigo novos temas (alguns deles arranjos de canções da islandesa Bjork), uma mais fresca vocação para improvisar e uma segurança obtida com a rodagem feita nos últimos anos. São apenas cinco os músicos, mas a dimensão do que fazem é orquestral.

www.fredriknordstrom.com
www.myspace.com/fredriknordstrom

Sáb. 21 Fevereiro – Trio Paulo bandeira

Café Concerto
Inicio 23.30h
Preço único - 3 euros
Livre-trânsito para festival - 30 euros
M/4 anos

Paulo Bandeira – bateria
Nélson Cascais – contrabaixo
Afonso Pais – guitarra

Paulo Bandeira começou seus estudos Musicais aos oito anos na Filarmónica de Estarreja, onde posteriormente começou a tocar percussão. Estudou no Conservatório Regional de Aveiro, deslocando-se a Lisboa para ter aulas.

Aos 16 anos abraça a carreira profissional ingressando na Banda Sinfónica da G.N.R e simultaneamente no Conservatório Nacional, onde prosseguiu os seus estudos, tendo também estudado na escola de Jazz do Hot Club de Portugal, e ainda nos E.U.A (New York) na “Drummers Collective”, onde teve como professores Brian Kirk, Michael Lauren, Frank Kats e Bobby Sanabria. Paralelamente teve aulas privadas com Portinho, Náná Vasconcelos, Bill Stewart e Al Foster.

Ao longo destes anos tem tocado em diversos grupos, como o de Janita Salomé, a Ala dos Namorados e diversas Orquestras Sinfónicas.

Na área do Jazz tem tocado com diversos músicos nacionais e internacionais, como Afonso Pais, André Fernandes, André Matos, Carlos Barretto, Laurent Filipe, Mário Delgado, Nelson Cascais, Nuno Ferreira, Rodrigo Gonçalves, Rui Caetano, Andrzej Olejniczak, Carlo Morena, Demian Cabaud, Eddie Henderson, Isaac Turienzo, Jerome Richardson, Jesus Santandreu, Joakim Rolanson, Jorge Pardo, Martim Jacobsen, Patrick Hazell, Torbjorn Zetterberg, entre outros.

www.myspace.com/paulobandeira


Sex. 27 Fevereiro – John Zorn + Cyro Baptista + TTUKUNAK

Grande Auditório
Inicio 21.30h
Preço único - 15 euros
Livre-trânsito para festival - 30 euros
M/4 anos

John Zorn – Saxofone
Cyro Baptista – bateria, percussão
Sara e Maika Gomez (TTUKUNAK) – percussão

John Zorn, o conceituado saxofonista americano, têm uma carreira demasiado rica e versátil para se conseguir definir, podendo-se apenas traçar algumas “estradas” num mapa artístico que é um dos mais ricos do jazz contemporâneo.

Oriundo de Nova Iorque, Zorn iniciou-se no final dos anos 70 nos meandros musicais, incidindo o seu olhar cirúrgico sobre o fenómeno da “improvisação musical”, o que o levou a exaustivamente compôr musica não composta e em realizar performances irrepetíveis, que devem mais no seu âmago a um John Cage que ao Free Jazz de Ornette Coleman.

Zorn colaborou no início de carreira com artistas como Bill Laswell, Elliott Sharp e Arto Lindsay, entre outros, adaptando o “ethos” da música Punk e New Wave ás suas próprias criações, processo que culminou no início dos anos 90 com a criação dos inimitáveis Naked City (em conjunto com os guitarristas Bill Frisell e Fred Frith), uma avalanche dolorosa de vários géneros musicais, uma fusão entre música Jazz-Surf-Punk, carregada de neuroses urbanas e solos/faixas de saxofone de poucos segundos.

Dos seus outros projectos e criações “tortuosas”, destacam-se os Masada, um quarteto de jazz mais tradicional, com Dave Douglas, Greg Cohen e Joey Baron, formação com um maior ênfase na música “Klezmer”, de origem judaica, e muitas das suas composições para filmes, colectadas nos vários álbums intitulados “Filmworks”, oportunidade para colaborar com Marc Ribot e Cyro Baptista, entre outros.

Criador da prolífica e influente editora Tzadik Records, John Zorn já mereceu sem dúvida um lugar na história do Jazz, mas pela sua desconstrução do género e pela criação de um estilo anti-jazzístico, uma mistura caótica entre Música de Câmara, bandas sonoras para Desenhos Animados, Punk-Rock e simples dissonância musical, um terreno fértil para a sua talentosa neurose musical...

Cyro Baptista, o famoso baterista e percussionista brasileiro, chegou aos E. Unidos em 1980, tendo a partir daí trabalhado com diversos artistas e dançarinos, tanto em colaborações como em projectos mais pessoais (destacando-se o grupo Beat the Donkey, com o qual já lançou desde 2002 três álbuns), utilizando instrumentos dos cinco continentes, tudo misturado com o seu humor iconoclasta e a sua veia teatral, além dos seus imensos e óbvios talentos.

As suas colaborações são um autêntico “Quem é Quem” do mundo musical contemporâneo: Yo-Yo Ma, John Zorn (em diversos projectos), Herbie Hancock, Sting, Paul Simon, David Byrne, Dr. John, Brian Eno, Ryuichi Sakamoto, Laurie Anderson, Daniel Barenboin, Bobby McFerrin, Wynton Marsalis, Santana, Cassandra Wilson, The Chieftains, entre muitos outros. No seu país natal, Baptista já tocou com os “ilustres” Milton Nascimento, Caetano Veloso, Ivan Lins, Marisa Monte e Nana Vasconcelos, etc.

O seu primeiro álbum a solo, “Villa Lobos/Vira Loucos”, de 1997, é uma mistura esfuziante das suas próprias composições com as do compatriota Heitor Villa Lobos, tendo sido considerado pela crítica “um dos mais corajosos, brilhantes, divertidos, dramáticos e imaginativos trabalhos de recente memória...”.
O seu mais recente trabalho é o álbum “Banquet of the Spirits”, lançado em 2008 sob a chancela da Tzadik Records.

As Ttukunak são Sara e Maika, duas irmãs gémeas provenientes do País Basco, Espanha, que tocam um instrumento de percussão tradicional, a Txalaparta. Começaram a tocar a partir dos doze anos, tendo colaborado com diversos grupos como os Ojos de Brujo, Radio Tarifa, Arto Tunçboyaciyan, Tomás San Miguel ou Mártires del Compás, entre outros.

www.myspace.com/zornroz
www.cyrobaptista.com
www.myspace.com/banquetofthespirits
www.myspace.com/ttukunak


Sex. 27 Fevereiro – Rodrigo Amado Motion Trio

Café Concerto
Inicio 23.30h
Preço único - 3 euros
Livre-trânsito para festival - 30 euros
M/4 anos

Rodrigo Amado - saxofone
Miguel Mira - violoncelo
Gabriel Ferrandini - bateria

Nascido em 1964, Rodrigo Amado estuda saxofone desde os 17 anos, tendo estudado durante alguns anos na Escola de Jazz do Hot Clube e aulas particulares com diversos professores, nomeadamente os saxofonistas Carlos Martins e Jorge Reis. Na sua discografia (mais de vinte registos) conta com participações em discos de Vítor Rua, Rocky Marsiano, DJ Ride, Anabela Duarte ou Mão Morta. Realizou centenas de concertos em todo o país, tendo feito parte de formações como a Máquina do Almoço Dá Pancadas, de Flak (Rádio Macau), os Plopoplot Pot, de Nuno Rebelo (Mler Ife Dada) ou o projecto RAUM, de Paulo Duarte. Participou ainda em concertos de músicos como Jorge Palma, Xutos e Pontapés, Pop Del’Arte ou Rádio Macau.

Na área do Jazz contemporâneo colaborou com artistas como Adam Lane, Kent Kessler, Paal Nilssen-Love, Steve Swell, Ken Filiano, Steve Adams, Carlos Zíngaro, João Paulo, Greg Moore, Phill Niblock, Sei Miguel, Rafael Toral, Manuel Mota, entre outros.

Em Setembro de 2001 fundou a editora Clean Feed, juntamente com Pedro Costa e Carlos Costa, totalmente dedicada à edição de projectos na área do jazz contemporâneo, projecto que viria a abandonar no início de 2005. Actualmente dirige a sua própria editora, European Echoes.

Para 2009 estão previstas quatro novas edições: o segundo capítulo do trio com Kessler e Nilssen-Love, o novo registo dos “Lisbon Improvisation Players”, o quarteto com Taylor Ho Bynum, John Hebert e Gerald Cleaver, e a gravação do seu novo trio com Miguel Mira e Gabriel Ferrandini.

www.rodrigoamado.com
www.myspace.com/rodrigoamado


Sáb. 28 Fevereiro – GIANLUCA PETRELLA Indigo 4

Grande Auditório
Inicio 21.30h
Preço único - 10 euros
Livre-trânsito para festival - 30 euros
M/4 anos

Gianluca Petrella - Trombone
Francesco Bearzatti – Saxofone Tenor e Clarinete
Paolino dalla Porta – Contrabaixo
Fabio Accardi – Bateria

Para o lançamento do seu primeiro álbum em 2006, com edição da Blue Note, “Indigo 4”, Gianluca Petrella e o seu quarteto procuraram a junção entre o sentido de tradição e as exigências de um som contemporâneo.
Para isso, Petrella prestou grande atenção ao “Som”, e á mediação entre perspectivas de uma forma criativa.

As filosofias caras ao quarteto incluem traços do som “Dixieland”, assim como versões de Thelonius Monk e Duke Ellington, transfiguradas e reinventadas com a marca de um artista alternativo, típico dos projectos de Petrella, colaborador do genial trompetista Enrico Rava e de Lester Bowie.
Trabalhando sózinho no seu estúdio, editando e criando “loops”, padrões, samples e novos sons electrónicos (um pouco á sua imagem como DJ ocasional), o trombonista italiano conseguiu traduzir a sua base material para a formação de um quarteto inovador.

Este quarteto procura de facto a inovação, e oportunamente, mas sem perder de vista o lado acústico e a matriz fundamental do jazz. É um grupo jovem, mas que consegue surpreender pela sua energia básica, que aliada á força impulsionadora do seu líder conta com a experiência de artistas conceituados como Paolino Dalla Porta, Fabio Accardi e Francesco Bearzatti.
Gianluca Petrella recebeu em 2005 o prémio de Melhor Músico Italiano, da revista “Top Jazz”, tendo feito história ao vencer o Prémio da Crítica da conceituada revista “Down Beat”, para o melhor jovem trombonista.

www.gianlucapetrella.com
www.myspace.com/148418523


Sáb. 28 Fevereiro – Space Ensemble - Spy Quintet

Café Concerto
Inicio 23.30h
Preço único - 3 euros
Livre-trânsito para festival - 30 euros
M/4 anos

Gustavo Costa – bateria
João Tiago Fernandes – bateria
Henrique Fernandes – contrabaixo
João Martins – Saxofone
João Guimarães - Saxofone

O projecto Space Ensemble, que tem percorrido o país musicando filmes em octeto, ataca novamente os meandros do free jazz, "desenterrando" um projecto que foi criado propositadamente para a edição do festival “Space 2005”.

Este projecto é inspirado no álbum “Spy Vs Spy” (Elektra, 1989) no qual John Zorn, Tim Berne, Mark Dresser, Michael Vatcher e Joey Baron interpretam temas de Ornette Coleman, seguindo regras e estruturas musicais por este criadas e apresentadas em álbuns como "Free Jazz (A Collective Improvisation) by the Ornette Coleman Double Quartet".

www.myspace.com/spaceensemble

Biografias fornecidas pelo Portalegre Jazz Fest


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