Ornette Coleman está em Portugal
O histórico saxofonista Ornette Coleman, o pai do free-jazz, actua hoje em Lisboa, na Aula Magna, concerto que repete dia 7 no Coliseu do Porto
O espectáculo é baseado no CD Sound Grammar e conta com Tony Falanga (contrabaixo), Denardo Coleman (bateria), e Al Macdowell (baixo eléctrico).
Coleman esteve há cerca de um ano em Portugal, em 2007, tendo actuado no Jazz em Agosto para uma sala totalmente esgotada. O vídeo que apresentamos documenta este concerto.
Biografias
Ornette Coleman
Desde os finais dos anos 1950, quando emergiu na cena Jazz Norte Americana com o seu lendário compromisso na Five Spot, Coleman tem vindo a ensinar ao mundo novas formas de ouvir música. As suas ideias musicais revolucionárias geraram controvérsia, mas hoje em dia a sua imensa contribuição para a música actual é reconhecida por todo o mundo.
Nascido em Fort Worth, Texas, em 1930, Ornette Coleman foi um autodidacta e aprendeu a tocar saxofone sozinho aos 14 anos, idade com a qual formou a sua própria banda. Em 1958, com o lançamento do seu primeiro álbum, «Something Else», ficou de imediato evidente que Coleman se tinha precipitado para uma nova era na história do Jazz. A sua música, liberta de preconcepções de harmonia, ritmo e melodia, foi transformada na sua própria forma de arte. Desde 1959 e até aos finais dos anos 60, Coleman lançou pelas editoras Atlantic e Blue Note mais de 20 álbuns grandemente aclamados pela crítica, a maioria dos quais são hoje em dia referidos como clássicos de Jazz.
Na década seguinte surgiram os álbuns «trend-setting» e «Song X» com o guitarrista Pat Metheny, «Virgin Beauty», com a participação do falecido líder dos Grateful Dead, Jerry Garcia, bem como as bandas sonoras dos filmes «Naked Lunch» e «Philadelphia». Em 1997 o New York City's Lincoln Center Festival apresentou a música de Coleman durante quatro dias, incluindo a performance com a New York Philharmonic.
Tem recaído no Sr. Coleman e no seu trabalho um enorme reconhecimento, incluindo graus de doutoramento honorário pela Universidade da Pensilvânia, pelo California Institute of the Arts, pela Boston Conservatory, pela New School for Social Research, pela Berklee School of Music e pelo Bard College. Em 1994 ganhou o célebre prémio da MacArthur Fellowship e em 1997 introduzido como matéria de estudo na American Academy of Arts and Letters. Em 2001 recebeu o prestigiado «Premium Imperiale» do governo Japonês.
Ornette Coleman foi galardoado com um dos Grammy Lifetime Achievement Award em 2007. Para além deste fantástico reconhecimento, «Sound Grammar» foi nomeado para o Grammy para Best Jazz Instrumental Album by an Individual or Group, tendo também recebido mo mesmo ano o Pulitzer Prize for Music. Em Maio de 2008 recebeu o grau de doutorado honorário do The CUNY Graduate Center.
Tony Falanga - Baixo
Nascido em Brooklyn, Nova Iorque, Tony Falanga iniciou a sua educação musical na Manhattan and Juilliard Schools of Music, onde teve como principal mentor o mundialmente reconhecido David Walter, e na Boston's Berklee College of Music, onde recebeu uma licenciatura em Jazz Performance. Enquanto aluno da Juilliard School recebeu a prestigiada bolsa de estudo da Lewine Foundation. As suas extensivas actividades profissionais, enquanto músico de câmara e músico jazz, conferiram-lhe a aclamação da crítica pela sua «extraordinária excelência».
No reportório clássico apareceu como solista com a New York Concertino, a Tchaikovsky Chamber Orchestra, no Spoleto Music Festival, no Newport Music Festival e na International Society of Double Bassists, enquanto que, como músico jazz, tocou com lideres de bandas como Wynton Marsalis, Andre Previn, Jim Hall, Junior Mance, Joe Lavano, Randy Brecker ou Bob Mintzer. Recebe igualmente convites frequentes para tocar com orquestras de Nova Iorque e companhias de Ballet. Em anos mais recentes tem colaborado exaustivamente com o fenómeno Giora Feidman Ensemble com o qual tocou por toda a Europa, juntamente com o virtuoso baixista John Feeney, como parte do Duo Feeney/Falanga, estabelecendo novos padrões para performances de «double bass» e oferecendo ao público uma ampla mostra dos seus talentos naturais enquanto músico criativo, inovador e espirituoso.
Denardo Coleman - Bateria
Já passaram mais de 30 anos desde que Denardo Coleman começou a tocar bateria e a gravar com o seu pai, Ornette Coleman. Desde essa altura, Denardo evoluiu para as gravações e eventuais produções de muitos dos discos do seu pai. Em 1966, aos 10 anos de idade, Denardo, juntamente com Ornette e Charlie Haden no baixo, gravou o premiado álbum «The Empty Foxhole» pela Blue Note.
Denardo tem estado envolvido com vários projectos mas nenhum tão envolvente como o desenvolvido com Jayne Cortez, um dos poetas Americanos contemporâneos mais proeminentes. Juntos colaboraram já em cinco gravações (Bola Press) desde 1980 continuando a conquistar novos caminhos no mundo da música e da «spoken word».
Al Macdowell – Baixo Eléctrico
Nascido em Nova Iorque, Al Macdowell estudou piano clássico desde os 16 anos com um instrutor privado. Dando continuidade à demanda da sua expressão musical, Al trabalhou com artistas como Billy Joel, Luther Vandross, Grace Jones, Public Enemy, Ladysmith Black Mambazo, ou Martha Reeves, entre outros. Al é há longos anos estudante da teoria «Ornette's Harmolodic» e tem tocado com a sua banda «Prime Time» desde 1976.
Al está presentemente a escrever e a produzir musicas para várias editoras incluindo a sua própria: Rhyme –n- Rhythm Records. Nos últimos sete anos, Al escreveu e produziu mais de 400 músicas para artistas bem conhecidos, produtores e editoras, co-escrevendo uma das mais conhecidas músicas de dança de todos os tempos: «Believe» de Erick Morillo e Jocelyn Brown para a Subliminal Records. Há 30 anos, quando Ornette Coleman procurava um intérprete de baixo eléctrico, foi à New York City High School of Music and Art e perguntou ao responsável quem era o melhor: a resposta não se fez esperar quando o nome de Al MacDowell foi pronunciado.
Fonte: Produção do espectáculo (Mandrake)
O histórico saxofonista Ornette Coleman, o pai do free-jazz, actua hoje em Lisboa, na Aula Magna, concerto que repete dia 7 no Coliseu do Porto
O espectáculo é baseado no CD Sound Grammar e conta com Tony Falanga (contrabaixo), Denardo Coleman (bateria), e Al Macdowell (baixo eléctrico).
Coleman esteve há cerca de um ano em Portugal, em 2007, tendo actuado no Jazz em Agosto para uma sala totalmente esgotada. O vídeo que apresentamos documenta este concerto.
Biografias
Ornette Coleman
Desde os finais dos anos 1950, quando emergiu na cena Jazz Norte Americana com o seu lendário compromisso na Five Spot, Coleman tem vindo a ensinar ao mundo novas formas de ouvir música. As suas ideias musicais revolucionárias geraram controvérsia, mas hoje em dia a sua imensa contribuição para a música actual é reconhecida por todo o mundo.
Nascido em Fort Worth, Texas, em 1930, Ornette Coleman foi um autodidacta e aprendeu a tocar saxofone sozinho aos 14 anos, idade com a qual formou a sua própria banda. Em 1958, com o lançamento do seu primeiro álbum, «Something Else», ficou de imediato evidente que Coleman se tinha precipitado para uma nova era na história do Jazz. A sua música, liberta de preconcepções de harmonia, ritmo e melodia, foi transformada na sua própria forma de arte. Desde 1959 e até aos finais dos anos 60, Coleman lançou pelas editoras Atlantic e Blue Note mais de 20 álbuns grandemente aclamados pela crítica, a maioria dos quais são hoje em dia referidos como clássicos de Jazz.
Na década seguinte surgiram os álbuns «trend-setting» e «Song X» com o guitarrista Pat Metheny, «Virgin Beauty», com a participação do falecido líder dos Grateful Dead, Jerry Garcia, bem como as bandas sonoras dos filmes «Naked Lunch» e «Philadelphia». Em 1997 o New York City's Lincoln Center Festival apresentou a música de Coleman durante quatro dias, incluindo a performance com a New York Philharmonic.
Tem recaído no Sr. Coleman e no seu trabalho um enorme reconhecimento, incluindo graus de doutoramento honorário pela Universidade da Pensilvânia, pelo California Institute of the Arts, pela Boston Conservatory, pela New School for Social Research, pela Berklee School of Music e pelo Bard College. Em 1994 ganhou o célebre prémio da MacArthur Fellowship e em 1997 introduzido como matéria de estudo na American Academy of Arts and Letters. Em 2001 recebeu o prestigiado «Premium Imperiale» do governo Japonês.
Ornette Coleman foi galardoado com um dos Grammy Lifetime Achievement Award em 2007. Para além deste fantástico reconhecimento, «Sound Grammar» foi nomeado para o Grammy para Best Jazz Instrumental Album by an Individual or Group, tendo também recebido mo mesmo ano o Pulitzer Prize for Music. Em Maio de 2008 recebeu o grau de doutorado honorário do The CUNY Graduate Center.
Tony Falanga - Baixo
Nascido em Brooklyn, Nova Iorque, Tony Falanga iniciou a sua educação musical na Manhattan and Juilliard Schools of Music, onde teve como principal mentor o mundialmente reconhecido David Walter, e na Boston's Berklee College of Music, onde recebeu uma licenciatura em Jazz Performance. Enquanto aluno da Juilliard School recebeu a prestigiada bolsa de estudo da Lewine Foundation. As suas extensivas actividades profissionais, enquanto músico de câmara e músico jazz, conferiram-lhe a aclamação da crítica pela sua «extraordinária excelência».
No reportório clássico apareceu como solista com a New York Concertino, a Tchaikovsky Chamber Orchestra, no Spoleto Music Festival, no Newport Music Festival e na International Society of Double Bassists, enquanto que, como músico jazz, tocou com lideres de bandas como Wynton Marsalis, Andre Previn, Jim Hall, Junior Mance, Joe Lavano, Randy Brecker ou Bob Mintzer. Recebe igualmente convites frequentes para tocar com orquestras de Nova Iorque e companhias de Ballet. Em anos mais recentes tem colaborado exaustivamente com o fenómeno Giora Feidman Ensemble com o qual tocou por toda a Europa, juntamente com o virtuoso baixista John Feeney, como parte do Duo Feeney/Falanga, estabelecendo novos padrões para performances de «double bass» e oferecendo ao público uma ampla mostra dos seus talentos naturais enquanto músico criativo, inovador e espirituoso.
Denardo Coleman - Bateria
Já passaram mais de 30 anos desde que Denardo Coleman começou a tocar bateria e a gravar com o seu pai, Ornette Coleman. Desde essa altura, Denardo evoluiu para as gravações e eventuais produções de muitos dos discos do seu pai. Em 1966, aos 10 anos de idade, Denardo, juntamente com Ornette e Charlie Haden no baixo, gravou o premiado álbum «The Empty Foxhole» pela Blue Note.
Denardo tem estado envolvido com vários projectos mas nenhum tão envolvente como o desenvolvido com Jayne Cortez, um dos poetas Americanos contemporâneos mais proeminentes. Juntos colaboraram já em cinco gravações (Bola Press) desde 1980 continuando a conquistar novos caminhos no mundo da música e da «spoken word».
Al Macdowell – Baixo Eléctrico
Nascido em Nova Iorque, Al Macdowell estudou piano clássico desde os 16 anos com um instrutor privado. Dando continuidade à demanda da sua expressão musical, Al trabalhou com artistas como Billy Joel, Luther Vandross, Grace Jones, Public Enemy, Ladysmith Black Mambazo, ou Martha Reeves, entre outros. Al é há longos anos estudante da teoria «Ornette's Harmolodic» e tem tocado com a sua banda «Prime Time» desde 1976.
Al está presentemente a escrever e a produzir musicas para várias editoras incluindo a sua própria: Rhyme –n- Rhythm Records. Nos últimos sete anos, Al escreveu e produziu mais de 400 músicas para artistas bem conhecidos, produtores e editoras, co-escrevendo uma das mais conhecidas músicas de dança de todos os tempos: «Believe» de Erick Morillo e Jocelyn Brown para a Subliminal Records. Há 30 anos, quando Ornette Coleman procurava um intérprete de baixo eléctrico, foi à New York City High School of Music and Art e perguntou ao responsável quem era o melhor: a resposta não se fez esperar quando o nome de Al MacDowell foi pronunciado.
Fonte: Produção do espectáculo (Mandrake)
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