19 de janeiro de 2008

Rabih Abou-Khalil e Joachim Kühn hoje na Culturgest

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A Culturgest apresenta hoje o trio de Rabih Abou-Khalil e Joachim Kühn, uma proposta de fusão entre a música arábica e o jazz.

Oud: Rabih Abou-Khalil
Piano e Saxofone: Joachim Kühn
Bateria: Jarrod Cagwin

Nascido e criado no clima cosmopolita de Beirute dos anos 1960 e 1970, Rabih Abou-Khalil, que nasceu em 1957, aprendeu a tocar oud (semelhante ao alaúde, é o instrumento árabe por excelência, tão popular como o piano ou a guitarra no ocidente) aos quatro anos de idade. Em 1978, por causa da guerra civil do Líbano, forçado a sair do seu país, foi para Munique, onde estudou flauta clássica na Academia de Música dessa cidade.

A preocupação analítica relativa à tradição clássica europeia permitiu-lhe compreender a música árabe de um ponto de vista exterior e teórico, dando-lhe a descobrir a possibilidade de operar em simultâneo com sistemas musicais divergentes. Enquanto os instrumentistas árabes se satisfazem com a imitação das técnicas da voz humana, Abou-Khalil dedica-se a explorar novas formas de tocar o seu instrumento.

Rabih Abou-Khalil afirmou-se na cena de vanguarda como compositor e como instrumentista. Com uma larga e aclamada discografia, editada sobretudo pelas editoras MMP, ECM e, de há uns anos a esta parte, Enja, Abou-Khalil tem-se apresentado em mais de cem festivais de jazz e de outras músicas pelo mundo fora, com diversos projectos e enorme sucesso.

O concerto desta noite tem como ponto de partida o CD Journey to the Centre of an Egg (o 13.º álbum gravado para a Enja) e junta um dos mais conhecidos pianistas de jazz europeus, o alemão Joachim Kühn (que também toca saxofone), cujas origens musicais estão tanto em Bach como em Ornette Coleman, com o baterista Jarrod Cagwin, que desde há muitos anos faz parte de bandas de Abou-Khalil e conhece profundamente os ritmos turcos, árabes e africanos.

Em Journey to the Centre of an Egg pela primeira vez Abou-Khalil compõe em colaboração, escrevendo com Kühn todas as faixas do CD. O resultado, segundo John Kelman escreve em All About Jazz, é o álbum de cruzamento de culturas (cross-cultural) mais livre e mais bem sucedido de todos os que Rabih já gravou.


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