R.I.P. Jimmy Smith
Morreu Jimmy Smith, um dos mais importantes jazzmen e um dos mestres do órgão, os velhinhos Hammond B3 (dos quais ainda aqui contámos recentemente a história).
A notícia acaba de nos apanhar de surpresa e chegou-nos através do António Garção, fiel leitor de JNPDI!
O célebre organista faleceu no passado dia 8, aos 79 anos de idade, de causa natural.
Sobre Jimmy Smith, afirmou Joey DeFrancesco (outro grande nome do órgão no jazz e que este ano vem a Portugal tocar): "Jimmy was one of the greatest and most innovative musicians of our time. I love the man and I love the music. He was my idol, my mentor and my friend".
Jimmy Smith é considerado o rei do órgão Hammond, tendo tido um papel importante na revolução do uso deste instrumento no jazz, conforme atesta Bob Porter:
Smith revolutionized jazz organ, turning what was, for the most part, a roller-rink instrument into one of the most incisive, dynamic jazz instruments of its time. His work in the late 50s defined what today remains the standard approach to the instrument. In essence, he made the Hammond organ perform the work of an entire Jazz trio: using the left hand for chordal accompaniment, right hand for lead, and both feet to produce a walking bass line. (Bob Porter AMG)
Jimmy Smith nasceu em Dezembro de 1928 e começou a tocar em 1951, tendo dado os primeiros passos no café Bohemia, em Nova Iorque. Uma sessão no clube Birdland e uma actuação no Newport Jazz Festival de 1957 foram a rampa de lançamento para a carreira do organista. A partir daí, Smith tocou intensivamente nos anos 60 e 70 e gravou com músicos como Kenny Burrell, Lee Morgan, Lou Donaldson, Tina Brooks, Jackie McLean, Ike Quebec e Stanley Turrentine. Editou nAda menos do que mais de 30 albums para a Blue Note e 20 para a Verve...
Entre os seus discos mais conceituados estão
"The Sermon"
"Back At The Chicken Shack"
"Midnight Special"
"Bashin': The Unpredictable Jimmy Smith"
"Walk On The Wild Side"
e as suas colaborações com Wes Montgomery, o génio da guitarra
Jimmy Smith passou pelos palcos do Cascais Jazz e em virtude dessa actuação editou em 1973 um disco a que deu o título de «Portuguese Soul». Lançado pela Verve, este registo foi gravado em Nova Iorque, com uma Big band dirigida por Thad Jones.
As faixas deste trabalho são:
1. And I Love You So
2. Blap
3. Portuguese Soul
4. Portuguese Soul, Pt. 1
5. Portuguese Soul, Pts. 2 & 3
Importa ainda dizer que Jimmy Smith foi eleito por várias vezes melhor organista de jazz pela revista "Downbeat", a primeira das quais em 1964.
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