Aqui está a prova do crime!
É nesta edição da «Jazz Times» que vêm publicadas as declarações de René Marie que tanta polémica têm dado neste blog, a tal ponto que ponderamos oferecer discos a quem conseguir bater em mau gosto e falta de educação o que já foi escrito no post respectivo!
Kidding, of course!
E a polémica vem de René Marie afirmar em entrevista que os standards já não a motivam, razão pela qual no novo album que acaba de lançar, «Serene Renegade», apenas dois temas não são da sua autoria. Uma das suas citações mais polémicas"reza" assim:
«playing standards is like faking an orgasm».
No seguimento disso, um produtor de jazz em Portugal e agora também um produtor de jazz em Espanha ponderam não contratar esta belíssima cantora para os respectivos festivais, alegando que o jazz é feito de standards e cresceu e viveu deles. Mais, consideram que não é preciso sair dos standards para inovar, dando o exemplo da forma como Betty Carter inovou a partir desses mesmos standards.
Estas são claramente posições sobre a estética e estrutura do jazz, passíveis de discussão, mas não de ofensa a quem as defende. Em matéria de direito de opinião, cerio ser consensual que este assiste tanto a quem defende esta posição como a quem a critica.
E assim se vive em Democracia, a não ser que 30 anos depois ainda haja quem não saiba lidar com a liberdade de expressão enquadrada pela velha máxima de que «a minha liberdade termina onde começa a dos outros».
Enfim, a avaliar pelo que se vê neste País é bem provável que não...
E assim sendo, por que haveria o jazz de ser excepção?!
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