Música para meditar
Tony Scott é um clarinetista com raízes no jazz, concretamente no be-bop, estilo de que foi o expoente no seu instrumento.
Contudo, a partir de 1959, o músico começou a interessar-se mais pelas culturas exógenas aos EUA, país que abandonou para um périplo asiático.
É desse périplo que resulta «Music For Zen Meditation and Other Joys», um disco gravado em 1964, em Tóquio, com Shinichi Yuize (koto) e Hozan Yamamoto (shakahachi).
Pode mesmo dizer-se que Scott foi de certa forma pioneiro na exploração desta linguagem musical, antecipando-se ao boom que a cultura Zen viria a conhecer mais tarde.
Dizer que há aqui jazz seria defraudar as expectativas e distorcer a verdade. A música desta obra é naturalmente construída com as sonoridades orientais e o único ponto comum com o jazz será em princípio a improvisação. Estamos aqui perante uma música pensada para deixar a mente voar, pelo que a componente rítmica não está de todo acentuada ou marcada.
É uma obra interessante para um mundo apressado e em stress.
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