Livro «Roteiro do Jazz na Lisboa dos anos 20-50»
O livro «Roteiro do Jazz na Lisboa dos anos 20-50», obra da autoria do investigador e ensaísta João Moreira dos Santos, é lançado no próximo dia 5 de Maio, na livraria Ferin, em Lisboa, às 18h00, com apresentação do maestro Jorge Costa Pinto. Concebido como um guia ilustrado de 40 espaços históricos dos primórdios do jazz em Portugal, é editado pela Casa Sassetti para celebrar o primeiro Dia Internacional do Jazz, efeméride instituída em Novembro de 2011 pela UNESCO e comemorada a 30 de Abril.
Quem passeia presentemente pelas ruas da capital não imagina as muitas histórias, memórias e vivências jazzísticas que guardam os seus velhos prédios, as suas centenárias lojas e também as grandes salas de espectáculos, onde tantos músicos, portugueses e estrangeiros – incluindo Sidney Bechet, Count Basie, Louis Armstrong e Ella Fitzgerald – actuaram ao longo dos últimos 90 anos, maravilhando ou escandalizando plateias, repórteres e intelectuais.
O livro Roteiro do Jazz na Lisboa dos anos 20-50 recupera, pois, a memória alfacinha de uma música nova que, a partir da capital do império de um “Estado Velho”, procurou arduamente o seu caminho para os ouvidos dos portugueses, amplificada a partir dos pós Segunda Guerra Mundial pela acção de Luís Villas-Boas e do seu Hot Club de Portugal.
Folheá-lo é partir à descoberta dos 40 principais edifícios, estabelecimentos e instituições em que o jazz primeiramente se fez ouvir em Lisboa, incluindo nightclubs e dancings, cafés e restaurantes, clubes de jazz, grandes salas de espectáculos, faculdades, discotecas e estações de rádio e televisão.
De acordo com o autor, “De entre os seis livros que já publiquei sobre a história do jazz em Portugal, este é o mais abrangente até à data, contendo a síntese de um intenso e profundo trabalho de investigação que venho desenvolvendo há 10 anos. Espero que as inúmeras informações inéditas de que é portador permitam lançar um novo olhar sobre a riqueza da história do jazz no nosso país e do papel que este género musical, tal como a UNESCO reconheceu, tem desempenhado na construção de uma sociedade multicultural, democrática e livre”.
2 Comments:
Este roteiro está muito interessante.
Muito Obrigado.
Como dinamizador da comunidade de Lindy Hoppers em Lisboa (pessoal que dança ao som de música swing dos anos 20-30-40) este será um ponto chave para tentar descobrir o que chegou a Portugal dessa dança durante a época de ouro das Big Bands.
Não sou musicólogo, nem tenho idade para conhecer a época, mas estou a investigar a vertente de dança social associado a este roteiro, o qual será precioso.
Se tiverem algumas sugestões bibliográficas ou nomes com quem falar nessa vertente, ficarei eternamente agradecido.
Estarei atento ao próximo roteiro e novamente os meus Parabéns pelo trabalho.
Caro David,
É sempre bom saber que há quem dance ao som da boa música dos anos 20-50.
Este livro deu entretanto um espectáculo musical (música + teatro) que estreámos no Ritz Club no passado mês de Junho.
Seria interessante podermos ter uma componente de dança, mas infelizmente hoje em dia os orçamentos estão muito reduzidos.
Quanto a sugestões bibliográficas, em língua portuguesa não conheço nada, tirando menções esporádicas em romances dos anos 20 como "O Preto do Charleston", "Nome de Guerra" ou "A Virgem do Bristol".
Há é várias notícias da época, que posso partilhar se quiser.
Abraço,
João Moreira dos Santos
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