Dias da música com jazz
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Foto de João Moreira dos Santos
Passámos ontem à tarde pelos Dias da Música em Belém, no CCB, onde tivemos oportunidade de assistir à conferência que se seguiu ao concerto do trio de Mário Laginha com o convidado Julian Arguelles.
O propósito deste debate era proporcionar um encontro informal entre intérpretes e público - sem dúvida uma forma interessante de aproximar quem toca de quem ouve - em género de conferência de imprensa pós jogo de futebol, só que aqui os intervenientes sabiam falar e tinham realmente uma mensagem a comunicar, uma mensagem com significado e com princípio, meio e fim.
Participaram Mário Laginha e Julian Arguelles, com moderação de Paulo Sérgio (director de programas do Rádio Clube Português).
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Foto de João Moreira dos Santos
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Foto de João Moreira dos Santos
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Foto de João Moreira dos Santos
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Foto de João Moreira dos Santos
O público que enchia a nova Sala de Leitura do CCB teve, assim, oportunidade de participar num interessante díálogo em torno da música que o quarteto acabara de produzir, pese embora em Portugal a timidez raramente permitir um grande fluxo de questões.
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Foto de João Moreira dos Santos
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Foto de João Moreira dos Santos
Aqui ficam algumas das respostas às questões colocadas aos oradores, nomeadamente as que em nome de JNPDI! lhes dirigimos. Começamos com o comentário de Arguelles sobre o concerto que acabara de realizar e a música de Laginha.
Perguntámos concretamente a Julian Arguelles se entendia que o jazz de standards estava em crise, em contraste com o florescimento de um jazz de originais muito restrito aos seus compositores e que pode um dia subtrair ao jazz o seu carácter histórico de idioma universal.
Paulo Sérgio quis saber, entre outros aspectos, se era difícil a Arguelles viver da música (isto após uma deixa de Mário Laginha, que afirmara que um músico de qualidade como Arguelles devia ser milionário, mas que também no Reino Unido não é fácil ser-se um jazzman) e se havia algum músico com quem tanto Arguelles como Laginha gostassem de tocar um dia. Eis a resposta.
O balanço desta iniciativa é muito positivo e a forte afluência de público demontra o enorme interesse que o jazz desperta actualmente em Portugal. Foi também muito significativo ver no final da sessão vários admiradores de Laginha comparecerem para o tradicional autógrafo, um deles carregando a sua discografia quase completa. Claro que Laginha tem um enorme prestígio, mas é também hoje em dia o próprio músico de jazz em geral e abstracto que goza, felizmente, de um melhor estatuto social na sociedade portuguesa, condição que raramente teve num passado recente (basta recuar 10 anos).
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Foto de João Moreira dos Santos
É bom ver que passados 60 anos o trabalho e esforço de Villas-Boas (que tantos insultos sofreu por ousar divulgar o jazz) e o empenho de tantos músicos que durante anos lutaram contra a corrente permitem presentemente ao jazz e seus intérpretes e amadores o reconhecimento e respeito que merecem.
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Foto de João Moreira dos Santos
E um exemplo bem claro desse status dos intérpretes e do próprio jazz é a sua inclusão nestes Dias da Música em Belém - que foram também dias de jazz em Belém - facto pelo qual felicitamos o CCB e sua equipa.
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Foto de João Moreira dos Santos
Já agora, aqui ficam alguns números em jeito de balanço deste evento:
Concertos
Número total de bilhetes emitidos (às 16h20): 27.780
Taxa de ocupação: 82,02%
Actividades Pedagógicas
- Concerto de 6ª Feira às 11h00: 600 crianças (lotação máxima 750)
- Quartos de Música (no Jardim das Oliveiras): 750 crianças em cada dia (lotação esgotada)
Aqui há conversas
- Em média, 75 pessoas assistiram a cada conversa
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Foto de João Moreira dos Santos
Passámos ontem à tarde pelos Dias da Música em Belém, no CCB, onde tivemos oportunidade de assistir à conferência que se seguiu ao concerto do trio de Mário Laginha com o convidado Julian Arguelles.
O propósito deste debate era proporcionar um encontro informal entre intérpretes e público - sem dúvida uma forma interessante de aproximar quem toca de quem ouve - em género de conferência de imprensa pós jogo de futebol, só que aqui os intervenientes sabiam falar e tinham realmente uma mensagem a comunicar, uma mensagem com significado e com princípio, meio e fim.
Participaram Mário Laginha e Julian Arguelles, com moderação de Paulo Sérgio (director de programas do Rádio Clube Português).
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Foto de João Moreira dos Santos
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Foto de João Moreira dos Santos
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Foto de João Moreira dos Santos
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Foto de João Moreira dos Santos
O público que enchia a nova Sala de Leitura do CCB teve, assim, oportunidade de participar num interessante díálogo em torno da música que o quarteto acabara de produzir, pese embora em Portugal a timidez raramente permitir um grande fluxo de questões.
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Foto de João Moreira dos Santos
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Foto de João Moreira dos Santos
Aqui ficam algumas das respostas às questões colocadas aos oradores, nomeadamente as que em nome de JNPDI! lhes dirigimos. Começamos com o comentário de Arguelles sobre o concerto que acabara de realizar e a música de Laginha.
Perguntámos concretamente a Julian Arguelles se entendia que o jazz de standards estava em crise, em contraste com o florescimento de um jazz de originais muito restrito aos seus compositores e que pode um dia subtrair ao jazz o seu carácter histórico de idioma universal.
Paulo Sérgio quis saber, entre outros aspectos, se era difícil a Arguelles viver da música (isto após uma deixa de Mário Laginha, que afirmara que um músico de qualidade como Arguelles devia ser milionário, mas que também no Reino Unido não é fácil ser-se um jazzman) e se havia algum músico com quem tanto Arguelles como Laginha gostassem de tocar um dia. Eis a resposta.
O balanço desta iniciativa é muito positivo e a forte afluência de público demontra o enorme interesse que o jazz desperta actualmente em Portugal. Foi também muito significativo ver no final da sessão vários admiradores de Laginha comparecerem para o tradicional autógrafo, um deles carregando a sua discografia quase completa. Claro que Laginha tem um enorme prestígio, mas é também hoje em dia o próprio músico de jazz em geral e abstracto que goza, felizmente, de um melhor estatuto social na sociedade portuguesa, condição que raramente teve num passado recente (basta recuar 10 anos).
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Foto de João Moreira dos Santos
É bom ver que passados 60 anos o trabalho e esforço de Villas-Boas (que tantos insultos sofreu por ousar divulgar o jazz) e o empenho de tantos músicos que durante anos lutaram contra a corrente permitem presentemente ao jazz e seus intérpretes e amadores o reconhecimento e respeito que merecem.
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Foto de João Moreira dos Santos
E um exemplo bem claro desse status dos intérpretes e do próprio jazz é a sua inclusão nestes Dias da Música em Belém - que foram também dias de jazz em Belém - facto pelo qual felicitamos o CCB e sua equipa.
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Foto de João Moreira dos Santos
Já agora, aqui ficam alguns números em jeito de balanço deste evento:
Concertos
Número total de bilhetes emitidos (às 16h20): 27.780
Taxa de ocupação: 82,02%
Actividades Pedagógicas
- Concerto de 6ª Feira às 11h00: 600 crianças (lotação máxima 750)
- Quartos de Música (no Jardim das Oliveiras): 750 crianças em cada dia (lotação esgotada)
Aqui há conversas
- Em média, 75 pessoas assistiram a cada conversa
Dados fornecidos pelo CCB.
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