5 estrelas para Solal!
Nunca tínhamos tido a oportunidade de ouvir ao vivo o pianista Martial Solal, o que se concretizou finalmente com o concerto de ontem, na Culturgest.
Acompanhado por Dave Douglas, no trompete, todo o virtuosismo de Solal e a sua excentricidade pianística e mímica sobressaíram, todavia, quando ficou a solo e rondou o ambiente Ellingtoniano em "Caravan", o que lhe valeu a maior salva de palmas da noite, inteiramente merecdias.
Na verdade, só este momento já valeria, por si, a deslocação à Culturgest, mas há que reconhecer que Dave Douglas, embora não seja o trompetista que mais nos agrada e motiva, esteve a um nível elevado e deixou bem evidente o músico polifacetado que é e talvez aí resida também o seu maior pecado, pois por vezes torna-se difícil detectar a sua individualidade, sobretudo quando se encontra envolvido num projecto a dois. Músico com vários recursos técnicos e estéticos, a verdade é que o companheiro Solal pareceu sempre muito mais dono e senhor do que se passou em palco, embora fosse óbvio o bom entendimento e a comunicatividade entre ambos, a qual raiou um patamar a que o jazz contemporâneo já não costuma chegar. Referimo-nos concretamente à troca de graças entre os dois músicos e entre estes e o público, o que não nos parecendo mal (antes pelo contrário), soou aqui um pouco descontextualizado, mas isto é de somenos importância no cômputo global do espectáculo.
Interessante a reacção do público, mais efusiva quando o repertório se encaminhou por breves momentos pelos standards, o que demonstra que os velhinhos clássicos estão de boa saúde e continuam a agradar ao público, sendo sempre possível explorá-los em novos contextos musicais.
Aproveitamos esta oportunidade para felicitar a Culturgest pela excelente programação que tem apresentado em termos de jazz nos tempos mais recentes. Por lá passaram nos últimos meses músicos como McCoy Tyner, Andrew Hill, Wayne Shorter, Charles Lloyd e agora a dupla Solal/Douglas. É muito e bom Jazz!
Nunca tínhamos tido a oportunidade de ouvir ao vivo o pianista Martial Solal, o que se concretizou finalmente com o concerto de ontem, na Culturgest.
Acompanhado por Dave Douglas, no trompete, todo o virtuosismo de Solal e a sua excentricidade pianística e mímica sobressaíram, todavia, quando ficou a solo e rondou o ambiente Ellingtoniano em "Caravan", o que lhe valeu a maior salva de palmas da noite, inteiramente merecdias.
Na verdade, só este momento já valeria, por si, a deslocação à Culturgest, mas há que reconhecer que Dave Douglas, embora não seja o trompetista que mais nos agrada e motiva, esteve a um nível elevado e deixou bem evidente o músico polifacetado que é e talvez aí resida também o seu maior pecado, pois por vezes torna-se difícil detectar a sua individualidade, sobretudo quando se encontra envolvido num projecto a dois. Músico com vários recursos técnicos e estéticos, a verdade é que o companheiro Solal pareceu sempre muito mais dono e senhor do que se passou em palco, embora fosse óbvio o bom entendimento e a comunicatividade entre ambos, a qual raiou um patamar a que o jazz contemporâneo já não costuma chegar. Referimo-nos concretamente à troca de graças entre os dois músicos e entre estes e o público, o que não nos parecendo mal (antes pelo contrário), soou aqui um pouco descontextualizado, mas isto é de somenos importância no cômputo global do espectáculo.
Interessante a reacção do público, mais efusiva quando o repertório se encaminhou por breves momentos pelos standards, o que demonstra que os velhinhos clássicos estão de boa saúde e continuam a agradar ao público, sendo sempre possível explorá-los em novos contextos musicais.
Aproveitamos esta oportunidade para felicitar a Culturgest pela excelente programação que tem apresentado em termos de jazz nos tempos mais recentes. Por lá passaram nos últimos meses músicos como McCoy Tyner, Andrew Hill, Wayne Shorter, Charles Lloyd e agora a dupla Solal/Douglas. É muito e bom Jazz!
6 Comments:
"(...)o bom entendimento e a comunicatividade entre ambos, a qual raiou um patamar a que o jazz contemporâneo já não costuma chegar."
Que disparate é este ?
Bo Derek.
Afirmação inacreditável para quem diz gostar de jazz... Como é possível dizer tamanha barbaridade?
Estou convencido de que se vivesse no tempo do Charlie Parker diria mal da sua música...
Boa crítica. Só não concordo com uma ideia: o facto de Dave Douglas ser polifacetado não limita a sua individualidade, de facto eu acho que a enriquece. Salud
Bem, se o meu caro amigo anónimo vê a crítica que publiquei como depreciativa...
Chamar crítica ao que o JNPDI escreveu é o que eu acho depreciativo e um blá blá blá da treta! Muito fraco esse textinho.......
Gostam pouco ,gostam
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