Uma mão cheia de Reeves no CCB
Creio que ficaram dissipadas quaisquer dúvidas que pudessem ainda existir quanto ao projecto de Dianne Reeves com a dupla de guitarristas com que ontem se apresentou no grande auditório do CCB: Russell Malone e Romero Lubambo.
Casa praticamente esgotada para receber uma das melhores vozes do jazz actual, a par de Dee Dee Bridgewater, que em Fevereiro se exibiu neste mesmo palco.
Quem viu o concerto de Reeves em 2005 e pode comparar com 2006 nota claras diferenças, a começar pelo facto de a cantora se apresentar acompanhada apenas pelo som da guitarra. Porém, tal não a impediu de dar o seu melhor, suplantando mesmo, em nossa opinião, o concerto do ano passado.
Reeves deixou bem explícitos o seu talento e o seu estilo próprio, muito acentuado pelos glissandos e pela exploração dos agudos, e a sua capacidade de reinar no scat singing, o que é muito favorecido pelo seu forte sentido rítmico, baseado nas sonoridades africanas e enraizado no melhor do jazz.
Num concerto que abriu com as guitarras de Malone e Lubambo, não se pode dizer que tenha havido predomínio da parte vocal ou instrumental, pois ambas se complementaram e brilharam por si próprias. Quanto aos dois guitarristas em cena, Malone não esteve ao nível de outros concertos que já tivemos oportunidade de presenciar, nomeadamente aquele em que Diana Krall se estreou em Portugal, mas não deixou de ter momentos realmente inspirados.
Voltando a Reeves, raros foram os momentos em que a sua voz cantou sem alma, muito embora algumas das "brincadeiras" com o público possam já ter soado a showbusines. Referimo-nos concretamente às suas narrativas entre os temas e durante os temas. Mas nada de mal, até porque acrescentaram mais cor e actualidade aos mesmos.
Quanto ao repertório pareceu-nos genericamente feliz, exceptuando porventura o tema do encore final: uma fraca interpretação do clássico "Love for sale". Gostámos obviamente de "Nine", "Softly As In The Morning Sunrise", "One for my baby (And one more for the road)" e "Mista", sem esquecer a fantástica versão de "You've got a friend", letra e música de Carole King:
When you're down and troubled
and you need some lovin' care
and nothin', nothin' is going right.
Close your eyes and think of me
and soon I will be there
to brighten up even your darkest night.
You just call out my name,
and you know wherever I am
I'll come running to see you again.
Winter, spring, summer, or fall,
all you have to do is call
and I'll be there...
You've got a friend.
If the sky above you
grows dark and full of clouds,
and that old north wind begins to blow.
Keep your head together and call my name out loud
Soon you'll hear me knocking at your door.
You just call out my name
and you know wherever I am
I'll come running, running, yeah,
to see you again.
Winter, spring, summer or fall
all you have to do is call
and I'll be there, yes I will.
Now, ain't it good to know that you've got a friend,
when people can be so cold.
They'll hurt you, yes, and desert you,
and take your soul if you let them.
Oh, but don't you let them.
You just call out my name
and you know wherever I am
I'll come running, running, yeah,
to see you again.
Winter spring summer or fall,
all you've got to do is call,
and I'll be there, yes I will...
You've got a friend.
You've got a friend.
Ain't it good to know you've got a friend.
Ain't it good to know...
Ain't it good to know...
Ain't it good to know...
You've got a friend.
Oh, yeah, you've got a friend.
Yeah, Baby, you've got a friend.
Oh, yeah, you've got a friend.
Creio que ficaram dissipadas quaisquer dúvidas que pudessem ainda existir quanto ao projecto de Dianne Reeves com a dupla de guitarristas com que ontem se apresentou no grande auditório do CCB: Russell Malone e Romero Lubambo.
Casa praticamente esgotada para receber uma das melhores vozes do jazz actual, a par de Dee Dee Bridgewater, que em Fevereiro se exibiu neste mesmo palco.
Quem viu o concerto de Reeves em 2005 e pode comparar com 2006 nota claras diferenças, a começar pelo facto de a cantora se apresentar acompanhada apenas pelo som da guitarra. Porém, tal não a impediu de dar o seu melhor, suplantando mesmo, em nossa opinião, o concerto do ano passado.
Reeves deixou bem explícitos o seu talento e o seu estilo próprio, muito acentuado pelos glissandos e pela exploração dos agudos, e a sua capacidade de reinar no scat singing, o que é muito favorecido pelo seu forte sentido rítmico, baseado nas sonoridades africanas e enraizado no melhor do jazz.
Num concerto que abriu com as guitarras de Malone e Lubambo, não se pode dizer que tenha havido predomínio da parte vocal ou instrumental, pois ambas se complementaram e brilharam por si próprias. Quanto aos dois guitarristas em cena, Malone não esteve ao nível de outros concertos que já tivemos oportunidade de presenciar, nomeadamente aquele em que Diana Krall se estreou em Portugal, mas não deixou de ter momentos realmente inspirados.
Voltando a Reeves, raros foram os momentos em que a sua voz cantou sem alma, muito embora algumas das "brincadeiras" com o público possam já ter soado a showbusines. Referimo-nos concretamente às suas narrativas entre os temas e durante os temas. Mas nada de mal, até porque acrescentaram mais cor e actualidade aos mesmos.
Quanto ao repertório pareceu-nos genericamente feliz, exceptuando porventura o tema do encore final: uma fraca interpretação do clássico "Love for sale". Gostámos obviamente de "Nine", "Softly As In The Morning Sunrise", "One for my baby (And one more for the road)" e "Mista", sem esquecer a fantástica versão de "You've got a friend", letra e música de Carole King:
When you're down and troubled
and you need some lovin' care
and nothin', nothin' is going right.
Close your eyes and think of me
and soon I will be there
to brighten up even your darkest night.
You just call out my name,
and you know wherever I am
I'll come running to see you again.
Winter, spring, summer, or fall,
all you have to do is call
and I'll be there...
You've got a friend.
If the sky above you
grows dark and full of clouds,
and that old north wind begins to blow.
Keep your head together and call my name out loud
Soon you'll hear me knocking at your door.
You just call out my name
and you know wherever I am
I'll come running, running, yeah,
to see you again.
Winter, spring, summer or fall
all you have to do is call
and I'll be there, yes I will.
Now, ain't it good to know that you've got a friend,
when people can be so cold.
They'll hurt you, yes, and desert you,
and take your soul if you let them.
Oh, but don't you let them.
You just call out my name
and you know wherever I am
I'll come running, running, yeah,
to see you again.
Winter spring summer or fall,
all you've got to do is call,
and I'll be there, yes I will...
You've got a friend.
You've got a friend.
Ain't it good to know you've got a friend.
Ain't it good to know...
Ain't it good to know...
Ain't it good to know...
You've got a friend.
Oh, yeah, you've got a friend.
Yeah, Baby, you've got a friend.
Oh, yeah, you've got a friend.
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