Memórias do Jazz no Teatro da Trindade
Conforme aqui noticiáramos, realizou-se ontem uma visita guiada ao Teatro da Trindade, um dos primeiros teatros portugueses a receber jazz tocado por negros norte-americanos, nos idos dos anos 20, entre os quais Sidney Bechet, que aí actuou como suporte ao bailarino Louis Douglas.
Tal constituíu, pois, para nós a oportunidade de conhecer os bastidores por onde passaram tais músicos, assim como a célebre Josephine Baker, que aí dançou e cantou em 1941 (como pretexto para acções de espionagem a favor de uma França livre, sobre as quais falaremos em breve num artigo que estamos a ultimar para a revista Blitz), ou mesmo Archie Shepp, que lá entrevistámos em 1997 (ver post de 17/08/2004), quando da sua actuação neste recinto.
Foi com enorme surpresa e satisfação que, ao subir as escadas que dão acesso ao salão principal, nos deparámos com um conjunto de músicos e actores africanos que ali ensaiavam, o que de imediato nos remeteu para as memórias dos anos 20 e da sensação (e também muita indignação...) que causou na sociedade portuguesa a actuação de jazzmen e bailarinos negros neste e noutros teatros.
A visita prosseguiu pelos camarotes do Trindade e outros espaços, permitindo vislumbrar pormenores arquitectónicos e decorativos que numa normal ida ao teatro frequentemente passam despercebidos.
Para nós revestiram-se de maior interesse os bastidores propriamente ditos e os detalhes históricos deste recinto, nomeadamente o sótão (que excepcionalmente nos foi permitido visitar) e o arcaico primeiro sistema de controle de luzes do teatro (ver foto).
Seria bom e importante que mais espaços de cultura, desde o São Carlos ao próprio CCB, abrissem as suas interessantes "entranhas" ao público, pois a proximidade deste com estas "fábricas" de cultura só pode aproximá-lo, parecendo certo que o conhecimento gera maior sede de conhecimento e que só se pode amar o que nos é próximo.
Já agora, e como é óbvio, o Teatro da Trindade é uma das paragens obrigatórias do II Roteiro do Jazz na Lisboa dos Anos 20/50.
Conforme aqui noticiáramos, realizou-se ontem uma visita guiada ao Teatro da Trindade, um dos primeiros teatros portugueses a receber jazz tocado por negros norte-americanos, nos idos dos anos 20, entre os quais Sidney Bechet, que aí actuou como suporte ao bailarino Louis Douglas.
Tal constituíu, pois, para nós a oportunidade de conhecer os bastidores por onde passaram tais músicos, assim como a célebre Josephine Baker, que aí dançou e cantou em 1941 (como pretexto para acções de espionagem a favor de uma França livre, sobre as quais falaremos em breve num artigo que estamos a ultimar para a revista Blitz), ou mesmo Archie Shepp, que lá entrevistámos em 1997 (ver post de 17/08/2004), quando da sua actuação neste recinto.
Foi com enorme surpresa e satisfação que, ao subir as escadas que dão acesso ao salão principal, nos deparámos com um conjunto de músicos e actores africanos que ali ensaiavam, o que de imediato nos remeteu para as memórias dos anos 20 e da sensação (e também muita indignação...) que causou na sociedade portuguesa a actuação de jazzmen e bailarinos negros neste e noutros teatros.
A visita prosseguiu pelos camarotes do Trindade e outros espaços, permitindo vislumbrar pormenores arquitectónicos e decorativos que numa normal ida ao teatro frequentemente passam despercebidos.
Para nós revestiram-se de maior interesse os bastidores propriamente ditos e os detalhes históricos deste recinto, nomeadamente o sótão (que excepcionalmente nos foi permitido visitar) e o arcaico primeiro sistema de controle de luzes do teatro (ver foto).
Seria bom e importante que mais espaços de cultura, desde o São Carlos ao próprio CCB, abrissem as suas interessantes "entranhas" ao público, pois a proximidade deste com estas "fábricas" de cultura só pode aproximá-lo, parecendo certo que o conhecimento gera maior sede de conhecimento e que só se pode amar o que nos é próximo.
Já agora, e como é óbvio, o Teatro da Trindade é uma das paragens obrigatórias do II Roteiro do Jazz na Lisboa dos Anos 20/50.
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home